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História Locked Out Of Heaven - À Moda do Amor


Escrita por: CandyVanD

Notas do Autor


Hoje é o dia da nossa família asgardiana <3
Na ordem da capa: Thor, Loki, Taylor, Jennifer e Juno.
Lembrando que a Juno é uma personagem original, retirada da fanfic Obsession do meu mozão @srtastrange, ela que fez a capa do capítulo também <3

Deletei alguns capítulos por conta de furo de roteiro e estou repostando.

Itálico = flashback

Boa leitura!

Capítulo 16 - À Moda do Amor


Fanfic / Fanfiction Locked Out Of Heaven - À Moda do Amor

1998

Palácio Walters

Jennifer chega com os sapatos e pastas nas mãos. O dia fora intenso desde alegrias a aborrecimentos, mas tudo se cala quando adentra a sala principal onde Thor brinca de boneca com Taylor. O marido conduz o carro rosa, o filho indica o caminho que deve ser percorrido. Quando os olhinhos encontram os da mãe, levanta num pulo, corre para abraçá-la e é pego no colo imediatamente. Sorridente, fala:

— Mamãe, você não sabe o que eu e o papai fizemos hoje!

— Não, mas adoraria saber! — um beijo carinhoso nas bochechas gordinhas, caminha até o sofá. — O que fizeram?

— Papai me ensinou a fazer comidinhas! — diz com entusiasmo. — Preciso saber disso pra casar com a Lola!

— Casar?! — arregala os olhos. — Tay, o que sabe sobre um casamento?

— Que quando duas pessoas se amam muito, elas moram juntas. — o Deus dos Trovões se une a eles. — E quando o cabelo da Lola tiver embolado, vou pentear que nem você faz com o do papai!

— Que tal contar o que é o amor?

— Sim, papai! — fita-a. — O amor é relativo, mamãe! — gesticula. — Eu sei que eu amo a Bellinha porque quero proteger. Eu amo a Jujubinha porque ela é muito esperta e me ensina muitas coisas! Eu amo o Canarinho porque ele é meu melhor amigo, porque ele é o melhor pra inventar historinhas quando eu tô com medo! Eu amo a Lola porque vamos casar, mas só quando a gente for bem grande!

— E como sabe que ama o papai?! — indaga ao ser abraçada. — E a mamãe?

— Mamãe, eu... — parece pensativo, despertando risadas. — Eu amo tanto vocês que nem eu sei dizer! — acaba rindo. — Eu amo vocês do tamanho do mundo, é muito grande, muito grande mesmo! 

[...]

2019 

Mansão dos Vingadores

Já é noite quando a reunião encerra, a pauta fora simples, um aviso sobre o programa de Visão estar ativo, há alguém interessado em recriar Magnum e Valete de Copas também, possivelmente o mesmo que ativara o sintozóide. Todos partiram ao fim, exceto Taylor. Faz um tempo que anda inseguro, com pavor dos ventos que trazem o futuro. Começou quando A Face Rubra dos Desejos o tombara, mostrando que apesar da mistura de Deus Asgardiano com Hulk, ainda possui fragilidade. 

São oito horas, ele senta à beira da piscina, admirando o céu estrelado. Pensamentos de tristeza repousam, pavores sobre não ser bom o suficiente como filho, herói, namorado e advogado. 

Algumas reflexões depois, Spencer o traz de volta. 

— Ou! — acena, assustando-o. — Desculpa! — uma pequena risada, coloca os pés descalços na água, sentando ao lado. — Está tudo bem, Doutor Walters?

— Pare de me chamar assim! — ri um pouco. — Mas sobre estar bem… Sinceramente? — fita-o. — Não, as coisas não estão do jeito que imaginei! — coloca a mão sobre o ombro dele. — Porém, não consigo falar sobre, por isso, me diga, como está?

— Triste! — suspira. — Sei o que devo fazer, mas não quero. Dói imaginar que terei de sair da minha cidade, trazer minha família para esse lugar insano. Não quero que minha filha seja um alvo! Louise é a pessoa que mais amo, não sei o que farei se algo acontecer a minha princesa!

— Não vai acontecer! — sorri. — Também tenho pavor de que algo aconteça com as pessoas que amo, mesmo que saibam se defender.

— Por falar nisso!

— Deveria me preocupar?

— Não! — outra risada. — É verdade que você e a Strange estão juntos desde sempre?

— Sim, desde sempre!

— Nunca ficou com outra pessoa, nunca beijou outra...? Desculpe, mas isto é tão bonito que parece mentira!

— Já beijei outra pessoa! — gargalha ao lembrar. — Estava bêbado, beijei o Francis.

— Não julgo, eu teria feito o mesmo!

[...]

Thor gira o Mjölnir, mirando-o em direção ao belíssimo céu, abraça seu eterno amor, aquele que nunca sairá de moda. Não demoram a voar entre as estrelas. É quente, uma adrenalina de quem não perde a juventude, o estilo e alegria pela vida. Eles vão além, sempre vão, chegam a um local acima dos Nove Reinos. 

Acomoda-a, deitando-a em seu peito, entende que oportunidades como as de passar uma noite tranquila, não devem ser desperdiçadas. Não sabe que dia é hoje, não é uma comemoração específica, é sentimento renovado. Jennifer sorri, beija-o várias vezes, solta-o apenas para fazer carinho nas estrelas, ou acenar às criaturas iluminadas que passam. Nestes momentos, ele torna-se um expectador, admirando a pureza que Walters carrega desde o olhar às mãos acetinadas que acomodam um dos astros. 

Pede permissão para abraçá-la, ela assente com um largo e radiante sorriso. Numa fração de segundos, seus corpos já se encontram aquecidos com o calor um do outro. Outro beijo, mais risadas, mais carinhos, o cenário é tão belo quanto o que carregam por dentro. Porém, o silêncio de suas carícias é esmurrado pelo grito de Juno:

— Ai meu Deus! — tapa a própria boca. — Desculpa!

— Por que você e Lady Walters continuam com esta mania horrenda de vociferar ao Deus Cristão quando estão com Deuses de Asgard?!

Loki questiona, não é a primeira vez que as reprime, porque é desconexo.

Acomoda sua menina ao lado da cunhada, empurra o irmão — existem coisas que não mudam. — deita no colo de sua namorada.

— Foda-se vocês! — dá um tapa na cabeça dele. — Perturbei o Carneirinho pra me tirar de casa, era para ser um passeio romântico, sabe?

— Sei, era nosso plano também. Por que você e seu Carneirinho não vão para a puta que pariu?

— Que grosseira! — se faz de ofendida, mas acaba rindo. — Tudo bem, acho que pode ser interessante se...

É interrompida por Taylor, que surge flutuando ao lado de Paola.

— Ih, caralho! 

— Oi, meus amores! — sorri. — Tão bom ter a família reunida neste literal fim de mundo!

— Lolinha, por que não vamos a outro lugar?!

— Por quê?

— Era pra ser um passeio romântico, sabe?

— Sabemos. 

— Por que não aproveitamos esse momento em família para falar sobre o nosso Open Bar? — senta no meio das mulheres, beija a sogra. — Aspinga será promissor!

— As... O que está falando, Lady Strange?! — franze o cenho. — O que seria isto?!

— Nada não, tio! — gargalha, coça a parte de trás da cabeça. — Aspinga é um projeto de castração.

— Como?!

[...]

Sanctum Sanctorum

Após um dia onde auxiliara Spencer com assuntos jurídicos, treinara e estudara, estaciona no portão. Os faróis do carro estão apagados para não chamar atenção de Wanda e Stephen, eles e a filha não conseguem se acertar, por conseguinte, acabara criando mágoa pelos sogros e suas displicências. 

Quando Paola adentra o veículo com sua saia pequena e os lábios pintados de vermelho, ele sorri. Após o beijo, um abraço apertado. 

— Como estão as coisas com o diretor Barnes?

— Tranquilas, ele é um ótimo homem! — dá um beijo no que consegue tocar. — Minha rotina tem sido cansativa, é apenas cansaço.

— Quando vai me contar que sente medo?

— Porque não temo especificamente por minha vida. — se solta do acalento, fita-a serenamente. — Tenho medo que se machuque, tenho medo que machuquem meus pais, meus irmãos de coração. Meu único pavor sobre o que pode ocorrer comigo, é que não consiga cuidar de vocês, isso inclui a tia Ju e o tio Loki.

— Não há de acontecer nada! — alisa o rosto, contornando os traços. — Somos como seus pais, um casal da moda, nunca vamos sair de moda!

— Mas e se...

— Se acontecer algo, vamos nos refazer, isto inclui o idiota do seu tio e a maluca da Juno!

— E aí, pra onde vamos?!

O casal se assusta com Pietro.

— Caralho, seu imbecil! — dá um soco no irmão. — O que quer?!

— Que agressiva! — move a cabeça em negação. — Os convites do nosso Open Bar ficaram prontos!

— Dá próxima vez que abrir um portal para dentro do meu carro, juro pelo nome de minha avó Frigga, que não vai sobrar nada para contar história! — vocifera, bate as mãos no volante. — Precisava aparecer do nada só pra falar dessa porra?!

— Na verdade não... — estende um pacote de suspiros. — Aceitam?

— O que quer?!

— Papai tava querendo saber quem tinha estacionado, como sou um ótimo irmão, falei que era um entregador de pizza. Por que não me agradecem?

— Por que não sai do carro?!

— Eu acho...

— Sai!

[...]

Hel

A soberana nunca admitira, mas aprecia as visitas do sobrinho. É um tanto quanto complicado, mas há algo na pureza do herdeiro de Thor que a encanta profundamente, uma energia que desperta o escasso afeto que possui, algo que nunca sentira por seus irmãos, é isto que a faz sorrir disfarçadamente quando o atrevido rapaz adentra seu reino, mesmo inesperadamente, como ocorre agora. 

Assim que pisara ali ao lado de Juno e Valquiria, ela abrira um portal, jogando os três diante ao seu trono, caídos de joelhos aos seus pés. Fenrir corre imediatamente na direção de Taylor, sendo acariciado enquanto sua dona fita-os com cara de poucos amigos.

Bate as pontiagudas unhas nos braços da cadeira, aguardando saber o que desejam, vendo que ninguém faz, indaga:

— O que desejam?!

— Tem álcool?

— Não! — revira os olhos. — O que querem?!

— Vamos dar uma festa em Asgard... — a companheira de Loki dá um passo à frente. — Gostaríamos muito de ter sua presença! 

— Por que... — desvia o olhar a Thorson, que extasiado, deita nas costas de seu fiel companheiro. — Dá para sair de cima?!

— Você vem ou não?! Vai ser divertido!

— Sim, titia! — fala com entusiasmo, mostrando que só tem tamanho, a ingenuidade é nítida. — Tia Juno vai contar que prenhou, vou pedir a Lola em casamento, a mamãe vai colocar fogo na sala do trono para vingar tudo que Odin fez!

— Prenhou?! — franze o cenho. — O que está querendo dizer?!

— Tô grávida do seu irmão, vou te dar um sobrinho, é isso que significa! — dá pulinhos de animação. — Vamos, vai ser legal!

— Como se chama esta celebração? — finalmente um sorriso. — Estou começando a me interessar!

— Aspinga!

— Não sei o que significa, mas meus olhos brilham ao ter consciência de que Odin irá se revirar em Valhalla ao ver o estrago!

— Você vai, titia?

— Vou!

[...]

Palácio Walters

“Bem-vindo ao mundo nosso astro do rock, prometemos tietar você até o resto dos nossos dias. E se depender de nós, este amor nunca sairá de moda!”. — Foi o que disseram assim que Taylor nascera, é isto que tentam cumprir. A vida é voltada à felicidade de seu herdeiro. Nesse exato momento, aguardam o retorno de seu menino para que façam a refeição, algo que sempre fazem juntos, pelo menos três vezes na semana. Todavia, mal conseguem imaginar que o rapaz luta contra uma dor invisível, que teme por algum desastre, principalmente após ser atingido pela Face Rubra. 

“Talvez, quando a lua vá dormir, eu possa amanhecer tranquilo!”. — pensa ao caminhar para o cômodo. 

Chegando, involuntariamente sorri, sente-se mais leve ao ver Paola à mesa com seus progenitores. A Feiticeira é sua alma gêmea, aquela que lhe foi prometida desde o ventre. É aí que o coração aquieta, porque ela é o amor que precisa como homem. Sabe que não deve exigir, mas torce para que mais uma vez, Lola dê tudo o que precisa para deixar o mundo menos preocupante.

— Boa noite!

Um beijo carinhoso em cada um, senta-se ao lado da musicista.

— Está tudo bem, meu amor?

— Não sei, mamãe... — desvia o olhar. — Tenho ficado ansioso, não sei como falar sobre o que me aflige e... Não sei se é reflexo do que a magia escarlate deixara, mas faz uns dias que sinto a presença de outra magia, é loucura, não?

— Não. — Thor responde, suas feições são amáveis. — O Cofre dos Antigos Invernos não está totalmente a salvo. 

— Malekith?! — ergue o rosto. — Ele não estava morto, congelado, sumido, sei lá?!

— Não, meu amor, infelizmente não.

— Podemos ajudar de alguma forma?

— Agora não há nada que se fazer, princesa! — suspira lentamente. — Além de levantarmos a guarda para um possível retorno de Visão, Simon e Jack, temos que pedir para Loki dobrar a segurança no Cofre daquele cuzão do Odin.

[...]

 

Talvez, esteja sendo exagerado ao sentir o vento mais agressivo, chicoteando o rosto. Não pode negar que a sensibilidade trai sua própria mente. Não deveria estar infeliz, têm pais maravilhosos, uma família incrível, um emprego dos sonhos, um amor verdadeiro... O que mais poderia pedir? Não sabe responder, mas pode afirmar que sente medo. 

Quando passa pela sala de TV, encontra Juno maratonando a novela Mulher Como Eu ao lado de sua mãe:

— Tá vendo?! — aponta. — Eu não consigo acreditar que esse roteiro é do Pietro e... 

— Tudo bem?!

Apoia-se nas costas do sofá.

— Só um minuto, amor! — gesticula. — Falei que não iam ficar presas!

— Mas acho burrice fugir com o jato deles, é óbvio que vão ser rastreadas!

— Bem... — pausa o vídeo. — Está tudo bem, meu príncipe?

— Na verdade, mamãe, eu...

— Ansiedade. 

— O quê?! — pula, senta no meio das duas. — Como assim?

— Assuma que há uma fraqueza!

— Minha cabeça tá confusa! — deita no ombro dela. — Tenho muito medo!

— Não tenha medo das mudanças que os ventos sopram, elas são boas. — a tia fala piedosamente. — Ainda passaremos noites inteiras sendo felizes. — uma pequena risada, abraça-o. — Agradeça por ter belos olhos e a motivação para trazer o paraíso ao nosso reino.

Thor adentra carregando uma garrafa de vinho, estende a cunhada.

— Tá ficando louco? — brada. — Ela não pode beber!

— Não posso?!

— Óbvio que não! — fita-a. — Você está grávida!

— E daí?

— Grávidas não podem beber vinho, tia!

— Não sabia, nunca estive grávida antes.

[...]

All My Love é uma das canções favoritas de Jennifer, que quando foi diagnosticada com depressão, pedia que Francis, Paola e Terry cantassem, deixando-a melhor.

Led Zeppelin é um gosto que Walters e Stark compartilham, sendo lei nas festas. Lembrando da letra, e o porquê ser tão marcante, começa sua reflexão: Deveria se perder do que conhece como luz, um intenso fogo que lhe cobre desde que sorrira a primeira vez, para perseguir uma pena no vento? Tudo o que construiu é sólido, há âncoras em todas as portas do prédio, e o pavor se assemelha a uma pena voando sem rumo. 

Thor o abraça, pela intensidade de seus gestos, parece coagir com a música, costurando o que o compositor chama de manto de delícias, deixando um fio que não tem fim.

— Eu te amo muito.

— Eu te amo, papai! 

[...]

No cômodo que abriga o piano, All My Love é tocada por Paola, enquanto a sogra observa-a ao apreciar um cálice de vinho seco.

“Por tantas horas e dias que passam tão rápido, as marés fizeram a chama diminuir. Por fim o braço está estendido, a mão no tear. Será isso o fim ou apenas o começo?”.

Chegando ao refrão, acompanha-a:

“De todo o meu amor, de todo meu amor. Oh, de todo o meu amor. De todo meu amor, todo meu amor. Oh, de todo meu amor para você, agora [...] Seu é o tecido, minha é a mão que costura o tempo, dele é a força que repousa por dentro. Nosso é o fogo, todo o calor que podemos encontrar!”.

— É de todo o seu amor?

— É de todo o meu amor! — sorri ao largar do instrumento. — Você é a mãe que sonhei em ter, lhe dou todo meu amor!

— E quando vão me dar netos?

— Não, nada de crianças agora!

— Vocês transam que nem dois coelhos, uma hora vai acontecer!

— Como?!

— Ué, querem ganhar o que transando toda hora? — gargalha. — Uma TV Smart e um Iphone?

[...]

Mansão dos Vingadores

É meia noite quando Paola estaciona o carro na entrada, desta vez, ela vai buscar seu amor após um dia de trabalho, não só dela com o Show da Polly, o ensaio da banda e os treinamentos que tem feito por conta própria, como dele que segue fielmente auxiliando Spencer, dando total prioridade. 

Os faróis estão apagados, não quer chamar atenção, sabe que se Francis e Hope souberem que está ali, farão questão de tê-la perto para virar o dia dando risada. Em outras épocas, faria, mas hoje não tem cabeça. Está exausta fisicamente, mentalmente e espiritualmente.

Seu amor surge com uma belíssima regata branca e o cabelo jogado para trás. Um abraço energizante para ambos.

Algo fora revelado a Pietro, haverá chamas no paraíso. Já faz um tempo que entendera o que de significa a Teoria do Caos e como afeta sua família, dando confirmação.  

— Te amo, Lolinha! — murmura ao esconder-se no acalento. — Não se esqueça que mesmo nas chamas, nosso amor reinará!

Uma sensação estranha acomoda-se, é nostálgico, em algum lugar do espaço e tempo àquela cena já ocorreu. 

— Há algo que queira dividir?

— Chamas no paraíso. — bufa. — E se...?

— Não podemos sofrer por antecipação.

— Correto. — solta-o para repousar seus azuis nos dele. — Há algo que queira dividir?

— Spencer disse coisas horríveis sobre a Val, não sei porque me afeta saber, mas quando falou: “Ela é legal demais para sentir remorso!”, meu coração doeu, algo foi remetente a Bellinha e toda essa loucura!

— Está absorvendo a empatia dele?! — tenta descontrair por ter dimensão do nervosismo que circula. — Entendo que Valeria é impulsiva, mas não a considero uma pessoa ruim, acho que Franklin é mau, ela não.

— Acho que esse é o ponto que me afeta. — fala de maneira reflexiva. — Temos nossos pecados, mas como poderemos confiar uns nos outros no meio de mentiras e julgamentos?!

— Ainda tá triste pelo Canarinho não ter contado sobre Azari?

— Não gosto de mentiras, de gritos, pareço com...

— Sua mãe?!

— Pietro!

Vociferam ao tomar um grande susto, pulando nas cadeiras.

— Ju me passou mensagem, papai Loki tá desconfiando do Open Bar.

— Quem contou?!

— Acomodem-se, a história é longa... — faz um balde de pipoca surgir, oferece, mas recebe olhares de reprovação. — Tudo bem, é que hoje mais cedo...

Estávamos no SPA da Mansão Barton, aí a Gabriela falou: Asgard está sendo atacada!

— Quem é essa?!

— Governanta.

— Achei que o nome dela fosse Paula.

— Achei que era Dani.

— Não importa agora, acontece que...

Estávamos no SPA.

— Quem?

— Eu, meus dindos, Fran, Azari, Terry, Lizzy, Juno e Olaf, aí a Gabi gritou: Asgard está sendo atacada! 

— Quem é Olaf?

— O Chitauri, enfim, aí a Gabi gritou:

— Asgard está sendo atacada!

— A gente já ouviu! — Ju respondeu. — Quem está no local?

— Loki, Valquiria, Executor e...

— Eles dão conta! — Azari interrompeu. — Diga que ficaremos aqui para proteger o SPA.

Aí em Asgard o pai Loki berrou:

— QUÊ? 

Aí no SPA a gente berrou:

— VIRA, VIRA, VIRA!

E aí o Canarinho virou mais um copo.

— Dá pra encurtar essa merda?!

Alguém bate no vidro, Lola revira os olhos, destrava as portas, o Arqueiro adentra sorridente, se acomodando ao lado do amigo.

— Estão falando sobre o quê?

— Como meu tio começou a desconfiar do Open Bar.

— Ah! — pega um pouco de pipoca. — Foi assim, estávamos no SPA da minha Mansão, aí a Guadalupe falou: Asgard está sendo atacada!

[...]

Palácio Walters

Após horas de história que receberam detalhes e cenas pós-crédito depois que Scott chegara, concluíram que o ataque era o pessoal levando as bebidas e o equipamento para o Open Bar, mas Loki acabara forçado a esquecer, Terry limpara suas memórias. Pegaram a estrada de volta ao lar. No trajeto, por algumas vezes, ele não conseguiu manter seus olhos no caminho, seu olhar sonhador de James Dean focaram nos lábios vermelhos de seu amor, lembrando-o que pedi-la em casamento será um dos melhores momentos de sua vida, esta que decidira partilhar com ela.

Agora, quando adentram a sala de jogos, gargalham ao ver que Thor usa uma regata branca, assim como Jennifer também tem seus lábios pintados de vermelho. E faz todo o sentido: Nunca sairão de moda! Os anos se passaram, mas eternamente possuirão o charme do cabelo para trás, a camiseta, a estrondosa fé de boa garota, a saia pequena e apertada.

Quando abraça os sogros, sente em seu íntimo que são seus verdadeiros pais, mesmo que não tenham gerado, acabaram por devolver a vida que a depressão havia tirado. E o melhor é saber que existe reciprocidade, sua voz angelical é uma reza para a sogra, um acalento para o sogro. 

[...]

A vida é contínua, as mudanças são inevitáveis, não há razão para ignorar o aprendizado das novas estações. Quando Taylor reflete, sente seu coração mais leve.

Um pouco antes de subir, ouvira sua mãe falar: “Tudo deve ser trocado e renovado, acredite, é para um bem maior. Perdemos pessoas no meio da jornada, infelizmente, precisavam partir, como Lady Sif e Clea. O que é para ficar, sempre ficará, vale para amigos, paixões, lugares, músicas, perfumes. Dá uma sensação estranha, imagino que seja um dos motivos de sua ansiedade, há muitos sentimentos presos, um deles é a saudade das risadas que com o tempo acabam se tornando raras. Não é acostumado com mudanças, meu príncipe, e tudo bem não ser, mas querendo ou não, a vida faz a gente se acostumar.”.

Walters fora exímia no que dissera, fazendo-o refletir na banheira. De olhos fechados, conclui que a existência é uma loucura, que em sua jornada acabou amando pessoas que jurou que jamais se afastariam, como o Doutor Murdock, um de seus mestres, Lady Sif que falecera, Bella que era seu xodó, mas sumira. 

— Remoendo suas perdas?!

— Infelizmente. — fita-a, está parada em sua frente ao se despir. — Sem sono?

— Infelizmente.

Joga o vestido no chão, repousa na água quente, deitando a cabeça no peito dele, sentando no meio das pernas. Ela gostaria de fingir que não precisa disso, desse amor, desses momentos, mas quando as mãos acariciam suas coxas, o coração bate desenfreado. A chuva de verão auxilia o vapor que exala da banheira, fazendo todos os vidros suarem, os internos e externos. Há coisas que simplesmente nunca mudam, que realmente não saem de moda, o amor deles é uma dessas. 


Notas Finais


Por favor, me contem o que estão achando!


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