*Quando olhei para a frente vi a Joana caída no chão e com a joelho ferido.
Rapidamente me aproximei e arrastei-a para um local mais seguro.
Ainda olhei para a estrada para ver se o condutor que a tinha atropelado ainda lá estava, mas nem sinal dele.
Posicionei-a no chão á minha frente e fiquei atento ao seu tórax.
Ele movimenta-se para cima e para baixo mas era muito pouco.
Coloquei uma mão perto do nariz dela para confirmar se ela estava a respirar, e estava.
Verifiquei se o joelho não estava em mau estado…
Sangrava muito, muito mesmo.
Aquilo estava mesmo mau….
Abanei-a um pouco mas nada… ela não acordava!
Levantei-a dali e coloquei-a nos meus braços.
Tentei manter a calma e levei-a o mais rápido que pude para o Orfanato.
Chegando lá bati ao portão com dificuldade.
Rebeca abre a porta.*
(T) -Rebeca ajuda-me!
(Rb) -O que é que aconteceu??
-Porque é que a Joana esta nos teus braços a dormir??
(T) -Deixas-me entrar??
-Acho que aqui fora não é um bom local para te contar o que aconteceu!
(Rb) -Claro entra! *entro e coloco-a no chão*
-O joelho dela! *ela espanta-se*
(T) -Sim…. *Carol aparece a cantar em espanhol.*
(Cr) -La cucaracha, la cucaracha
Ya no puede caminar….
-Eii porque é que a Joana esta deitada aqui no chão??
-Já sei!
-Estão a interpretar a Bela Adormecida… acertei??
-Ainda não deram o beijo pois não??
(T) -Carol isto é a sério!
-Bom vou contar-vos o que aconteceu…
-Ela veio falar comigo e tals… mas eu nem liguei!
(Cr) -*cof cof* Estúpido *cof cof*
(Rb) -Carol deixa-o continuar!
(T) -Obrigado Rebeca!
-No momento que eu ia a atravessar a estrada ela corre para a minha frente e empurra-me de volta para o passeio!
-Quando eu fui reparar ela estava caída no chão e tinha o joelho assim…
-Eu já verifiquei e ela está a respirar!
(Cr) -Eu não te disse que ela conseguiria morrer por ti?!
(T) -Sim… Eu fui um estupido em ter-lhe dito aquelas coisas horriveis…
(Cr) -Sim foste!
(Rb) -Pessoal… e que tal pararem de discutir esse assunto sem importância e ajudarem-na?
-Levem-na para o quarto dela enquanto eu digo á Senhora Lee para chamar o Médico!
(Cr) -Ok… vou só buscar as chaves á receção.*ela volta pouco depois.* Anda Taeh eu guio-te!
*Subimos dois lances de escadas e paramos no quarto 227.
Carol abre a porta e eu deito a Joana na sua cama.
Carol senta-se na cama ao lado e eu fico a segurar a mão da Joana.*
(T) -Achas que ela me vai perdoar depois do que eu lhe disse??
(Cr) -Talvez…
-Ela é um amorzinho de pessoa, mas quando a magoam não tem mais volta!
(T) -Estúpido, estúpido!
(Cr) -Eii eu disse talvez!
-normalmente eu diria "não"… mas tu és diferente!
-Ela ama-te mesmo ok??
-Tu só estragas-te mais as coisas!
(T) -Sabes… quando eu ainda não tinha atravessado a estrada ela disse-me que se eu disse-se que já não sentia mais nada, ela deixava-me ir…
(Cr) -E o que é que tu fizeste?
(T) -Eu disse que já não sentia nada por ela!
-Mas eu não estava em mim!
(Cr) -Tu és burro só pode!
-Acabaste de fazer merda… tens noção disso não é??
(T) -Sim…
(Cr) -Se eu bem a conheço nesse momento o mundo dela deve ter caído!
(T) -AAAhhhh que estúpido!
(Rb) -Pronto já falei com a Senhora Lee e daqui a pouco o Médico chega.
-Eii está tudo bem??
(T) -Sim…
(Cr) -Não… o Taeh acabou de fu*** tudo o que tinha com a Joana!
(Rb) -Carol… a linguagem!
(Cr) -Desculpa!
*Depois de esperamos mais ou menos uns 20 minutos o médico chega e manda-nos sair do quarto pois não queria ser atrapalhado.
Ficamos lá fora um pouco até ele nos mandar entrar.
Encontramos a Joana na cama já com um curativo na perna.*
(M) -Eu estive a examiná-la e está tudo bem…
-Foi apenas um toque que o carro lhe deu…
-Daqui a pouco ela deve acordar… está só desmaiada… nada de grave.
(T) -Ok obrigado Doutor!
(M) -De nada!
-Quando ela acordar ajudem-na… ela deve-se sentir super fraca e esfomeada!
*Ele sai do quarto e acompanho-o ao portão.
Como já era tarde jantei no Orfanato, aproveitei e perguntei á Senhora Lee se podia dormir lá aquela noite e ela concordou.
Fui para o quarto da Joana e fiquei na cabeceira da cama a acariciar-lhe o cabelo.*
(T) -Amo-te tanto…
-Desculpa tudo o que te disse!
-Todas as lágrimas que derramaste por minha culpa.
-Tudo!
-Eu sei que não me estás a ouvir mas queria que soubesses que és a pessoa mais importante pra mim.
-Eu deveria ter acreditado em ti quando tive tempo!
-Queria poder retirar tudo o que disse mas já é tarde de mais… *começo a emocionar-me*
-Desde a morte da minha Mãe que eu nunca tinha amado ninguém tão intensamente…
-Ainda me lembro das ultimas palavras dela "Vais saber quando é amor verdadeiro".
-E eu sei que tu és esse amor verdadeiro de que a minha mãe falava. *uma lagrima escorre do meu olho*
-Agora eu sei que posso ter estragado tudo contigo só por causa de umas palavras que eu disse da boca para fora!
-Perdoa-me por favor! *começo a chorar ali*
*Deito-me na minha cama e desligo a luz do abajur.
Acabo por cair no sono pouco depois….
Ouço um estrondo e acordo.*
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