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História A Moça do Táxi - Ano Novo, vida nova!


Escrita por: sqfanfic

Notas do Autor


Eu só digo uma coisa: me emocionei demais!!!

Boa semana, boa leitura.

Capítulo 8 - Ano Novo, vida nova!


31 de Dezembro – Ano Novo

 

 

Ano novo, vida nova. Costumam dizer isso para assimilar a chegada de uma nova sequencia de meses, bimestres e trimestres. Mas, meu ano novo teve início no dia 9 de março de 2017, quando conheci a mulher da minha vida.

Se você, que tem dessa mania de julgamento, olhar para nós duas, hoje, claramente dirá: “Foi tudo tão rápido...”. Porém, para nós, não. Eu a conheci no tempo certo, apesar de ter demorado 32 anos, até isso acontecer. Nós nos beijamos quando devíamos, assim como nossa primeira vez, que aconteceu poucos dias depois. Ao nosso ver, nada foi rápido, se levarmos em consideração o fato de que sabíamos que seríamos uma da outra, desde o início.

Regina é, de longe, a melhor pessoa que eu poderia ter como companheira de vida. Desde que nos conhecemos, até hoje, ela vem sendo a mesma comigo. Não muda no jeito de agir, de pensar, de me agradar. Nada. Ela é sempre ela. E nosso amor, que não é nenhum pouco pequeno, faz questão de crescer a cada dia, provando-nos que sim, nada entre nós aconteceu rápido demais. Estamos, agora, onde deveríamos estar.

Manhã de véspera de Ano Novo, e hoje, daremos um jantar em nosso apartamento, para nossos familiares. Meus pais estão na cidade, e alguns tios de Regina, também. Contratamos uma cozinheira, dona Rosa, para nos ajudar com as comidas que serviremos à noite. Não será nada de muito extravagante, apenas, uma reunião em família; programa, este, que adorávamos fazer, porém, por falta de tempo, não usufruíamos tanto.

— Meu amor, você esqueceu de comprar o vinho para a carne... — Ouço ela dizer da cozinha. Estou na sala, separando algumas fotos de quando era criança, e colocando-as em uma caixa mais nova. — Emma? — Sua voz se aproxima, olhando-me sentada no chão. Usa um short jeans, uma regata preta e está descalça, ao natural.

— Oi... — Respondo, chamando-a para se sentar ao meu lado. — Estou organizando essas fotografias, acho que nunca as mostrei a você. — Ela seca a mão no próprio short, pegando o monte de fotos que estendi para ela. — Eu era uma gracinha, não era?

— Com toda certeza... Mas, é ainda mais hoje. — Sorrio, sem graça, com seu elogio. Ela passa as fotos com certa rapidez. Em algumas, estou deitada no berço, ou enrolada em mantas que, por sinal, Granny ainda guarda em Vancouver.

— Uma belezinha as fotos, mas, vem cá... — Entrega-me. — A Rosa está ficando doida lá na cozinha, Swan. Nos quarenta e cinco do segundo tempo, percebemos a falta do vinho.

— Eu esqueci. Me desculpa, mas é porque saí correndo ontem e você sabe como é dirigir esse horário...

— Sem problemas, amor. Eu compro, agora. Só estava dizendo, mesmo, não cobrando.

— Eu sei... Só estou lhe explicando o motivo de não ter comprado. — Sorrio, sem mostrar os dentes, voltando a olhar as fotografias. — Olha, meu amor, quando mamãe estava grávida. — Entrego a ela, que apenas olha e me devolve.

— Vou pegar um dinheiro e descer para comprar o vinho. Você pode dar uma olhada em Ava? Eu coloquei a água morna na ração agora... — Falo, pois nossa cadela havia feito uma cirurgia para retirada de seus dentes, e só conseguia comer a ração umedecida com água quente.

— Ah, claro... Ér, minha carteira está ali no aparador. Você pode usar o cartão, não compramos nada nele esse mês. — Digo, sem tirar a atenção das fotos. Ela respira fundo e levanta, subindo as escadas, ignorando o meu pedido de que usasse o cartão de crédito. Ela desceu, e ouvi o barulho das chaves e da porta se fechando.

Assim que saiu, levantei e fui dar uma olhada em Ava, que comia sua ração com dificuldade. Rosa estava assobiando na cozinha, sendo acompanhada pelo som da panela de pressão, que cozinha alguma carne. De pensar que, ano passado a esse horário, eu estava chorando no quarto, lamentando a traição de Killian. Passei o ano novo enfurnada em um quarto, ouvindo os fogos e os gritos distantes, não me dando conta de que, nesse ano, tudo estaria diferente, de que estaria casada com uma mulher.

Sinto que nossa vida é excelente, comparada a algumas outras. O sexo é maravilhoso, prazeroso e viciante. Regina me deixa confortável em todos os momentos, me faz relaxar em dias que chego cansada do Tribunal e sempre prepara um banho delicioso para nós duas. É apaixonante... Mas, falta alguma coisa.

Temo em dizer isso, mas, é a verdade. Ainda falta algo entre nós. Pensei de adotarmos outro cachorro, mas a casa ficaria pequena e não seria um bom negócio precisar mudar de apartamento, agora. Minha mulher diz que ano que vem quer passar uma temporada em Tijuana, com a família, da qual eu faço parte. Já anulei várias datas da agenda, mas não é de uma viagem que estamos precisando.

Vendo todas as minhas fotos, de quando bebê, senti uma vontade de viver aquilo que mamãe viveu. Sentir a barriga crescer, sentir os chutes, poder chamar de meu/minha filho/filha, ou algum apelido que criaríamos juntas ao decorrer da gestação.

Quero construir uma família com Regina, uma família viva, que fala e pede mama. Chego a sentir um frio na barriga, só de imaginar acordar a noite e ver minha mulher amamentando nosso filho, sentada na sala. Isso chega a fazer meu coração explodir, por dentro. Meu amor por minha esposa é tão grande, que não há pra onde expandir. Precisamos construir o nosso amor em forma física, com nosso DNA, ou não.

— Menina Emma, você gosta de passas? — Rosa questiona e, só assim,  percebo estar chorando. Levanto de perto de Ava, tirando seu potinho e estimulando-a a beber um pouco de água. Viro para dona Rosa, negando com a cabeça. — Que nem Regina, então...

— Concordamos muito nesse quesito. — Brinco, limpando o canto dos olhos.

— Brigaram?

— Não... Só estou um pouco emocionada, lembrando da minha mãe. — Mais um par de lágrimas escorre por meu rosto. — Por mais que passe os anos, eu sempre me sinto sensível nessas datas. Claro, agora sou uma mulher casada e preciso ser forte...

— De onde tirou isso? — Ela larga o pano de prato na pia e vem até mim. — De forma alguma, querida. Por mais que seja casada, continua sendo um ser humano como outro qualquer. — Ela ri da própria fala. Sento-me na banqueta, e ela fica do outro lado do balcão. Limpo os olhos novamente, encarando-a.

— Eu amo Regina, não tenho dúvida alguma e, céus, ela foi a melhor coisa que me aconteceu desde que me entendo por gente, mas...

— Mas...

— Eu quero aumentar esse amor que sinto por ela, quero sentir que nossos corações podem bater fora do peito. Eu quero ter um filho com ela, principalmente, por saber de todas as facilidades que o mundo nos proporciona, mas... Ela parece não querer o mesmo que eu.

— Já conversaram sobre isso? — Ela pergunta, entregando um guardanapo, para que eu limpe os olhos.

— Não. Diretamente, não. Só que há alguns dias tocamos nesse assunto “filhos”, e ela tratou logo de falar sobre adotarmos um cachorro, como se fosse substituir... — Volto a chorar, porém, mais forte.

— Ei, não fique assim... — Tira os meus cabelos da frente do rosto. — Primeiramente, vocês precisam falar sobre isso, minha filha. É importante que haja uma conversa. Eu acredito nisso, entende? Na conversa, no olho a olho e sinceridade...

— Eu também... — Soluço. — Porém, estou pronta para ouvir que ela ainda não se sente pronta para dar um passo tão grande, comigo. — Limpo os olhos, novamente, respirando fundo, ao ouvir o barulho da porta. Faço um sinal para Rosa, que logo volta a suas tarefas.

— Acredita que consegui pagar super barato naquele mercadinho “pé de cachorro”, amor. E é um Dom Bosco, vinho brasileiro. — Entra na cozinha falando, deixando algumas sacolas sobre o balcão. — Comprei alguns amendoins, também, daqueles coloridos que você gosta.

— Obrigada! — Respondo, tentando não demonstrar vacilo.

— Você precisa de alguma ajuda, ainda, Rosinha? — A senhora faz que não. — Posso roubar minha mulher um pouquinho, então, né?!

— Com certeza! — Minha esposa estende a mão e eu seguro. Nos leva ao quarto, onde se deita na cama e me chama para fazer o mesmo. Ficamos frente a frente, no passo em que ela passa a acarinhar minha cintura. Ficamos nos olhando por alguns segundos.

— Está tudo bem com você? — Me pergunta, beijando minha mão, que repousa sobre seu ombro. — Estou te achando tão triste, ultimamente.

— Eu?

— É, você. — Diz de forma carinhosa. — Meu amor, se eu disse algo que soou grosseiro ou algo assim, me perdoe. Às vezes, com a correria do dia, sinto que não consigo lhe dar a atenção que merece.

— Está tudo bem, amor. Eu estou bem... — Beijo seu rosto. — Acho que é TPM, você sabe como é, né?!

— Se sei... — Gargalha. — Seus pais chegarão antes?

— Sim, virão mais cedo, assim como Ruby. — O meu celular apita, tirando minha atenção. Tiro-o do bolso, admirando a foto de Oliver que Deena havia me mandado. Ele já estava com quase quatro meses e era bem grandinho, por sinal. — Está cada vez mais lindo... — Viro-me de frente, com as costas no colchão, erguendo o celular. — Não sei porque, mas acho ele tão parecido com você...

— Comigo? — Minha mulher me olha rindo, como se o que eu disse, fora a melhor piada já contada. — Não acho, não...

— Pois eu, acho. Os olhos dele são idênticos ao seus, e o formato do rostinho dele, também. Enfim... — Bloqueio a tela do aparelho, levantando da cama.

— Não vai ficar aqui, comigo?

— Não, eu preciso ajeitar a sobremesa que disse a sua mãe que iria fazer. Já são quase cinco da tarde, e tem que ir à geladeira por duas horas.

— Nem precisaria se incomodar, meu amor. Mamãe nem deve se lembrar que prometeu...

— Está tudo bem, eu quero fazer... — Sorrio, prendendo o cabelo em um coque. — Vou aproveitar que Rosa está mexendo com coisas na cozinha e sujo de uma vez, só. Senão, depois sobra poucas louças...

— Exato! — Exclama, mexendo das unhas. — Vou tomar um banho e já ficar arrumada. Eu não queria ter que passar minha roupa, mas o único vestido branco que tenho, é aquele.

— Muito lindo, por sinal... — Caminho até a porta, abrindo-a. — Separe ele, eu passo para você.

— Não precisa, querida, eu dou conta. — Pisca um olho para mim. — Você não vai me dar nem um beijo?

— Você não pediu... — Brinco, voltando até perto da cama, abaixando para alcançar seus lábios, onde deixo um selinho estalado.

— Mais um... — Pede, baixinho, beijando-me demoradamente. — E eu não sabia que precisava pedir um beijo.

— Você entendeu o que eu quis dizer, meu amor. — Passo a língua por entre meus lábios e ela morde o seu inferior. — Preciso descer... — Falo, indo até a porta novamente. — Se você puder colocar rolos de papel higiênico nos banheiros, irei te agradecer infinitamente...

— Nossa, por fazer algo que, teoricamente, seria minha obrigação? — Arqueia a sobrancelha, e eu mostro a língua para ela, antes de sair do quarto.

 

 

Oito da noite fora anunciada pelo relógio, que também anunciou a chegada de nossos familiares. Regina estava deslumbrante, em seu vestido longo de seda branco, com alguns pontos brilhantes e, nos pés, uma rasteirinha prata. Eu optei por um macacão curto, também branco, de corte reto. Coloquei uma sandália rasteira, de cordinhas caramelo. Não pesei na maquiagem, assim como minha esposa, que só fez questão de ousar no batom.

Quando chego a sala, Regina caminha até mim com uma taça de espumante, entregando-me. Sorrio, em agradecimento, e vou falar com nossos parentes e amigos.

— Oi, campeão... — Brinco com Oliver, que se agito todo no colo de Dolores. Estendo os braços para ele, que logo se joga. — Espertinho, você, não?

— Reconhece um bom colo... — Minha sogra diz, antes de beijar o meu rosto. — Está linda, querida. E está tudo muito gostoso.

— Obrigada! — Agradeço, repetindo o cumprimento. Deixo minha taça sobre a mesinha de centro e vou falando com cada um que está sentado no sofá. — Mãe, ele é uma gracinha, não é? — Sento ao lado de Granny, que brinca com os dedinhos de meu sobrinho.

— Uma belezura... — Ele sorri para ela e nós duas soltamos um “annnw”.

— A mãe, mesmo, mal fica com o filho quando existe uma Emma Swan por perto... — Deena fala, arrancando uma risada de todos.

— Inclusive, acho que já está na hora de eu ganhar um novo netinho. — Sam solta, e logo busco o olhar de Regina, que apenas sorri, parecendo estar sem graça. — O que acha, Regina? — Ela arregala os olhos, parecendo não esperar por aquela pergunta.

— É, meu amor, o que você acha?

— É... Já temos Ava e Lola, não acredito que seja um plano para agora...

— Ah, claro... — Meu sogro se frustra com a resposta de minha mulher, que logo muda de assunto. Meus olhos enchem de água, e eu entrego Oliver para Deena, pedindo a licença de todos para ir até o banheiro. Ruby percebe e me segue.

— Emma, o que foi? — Ela pergunta. — Vocês estão bem?

— Estamos, eu só não entendo ela. — Dou de ombros. — Estou me sentindo mal, por pensar que Regina não quer ter um filho comigo. — Sussurro.

— Mas, em momento algum, ela disse que não queria, Emma.

— Eu a conheço, Rubs. Muito bem, por sinal. Quando ela está em negativa com algo, fica dando essas desculpas de “Temos isso, não será preciso aquilo”. Ela sempre diz isso quando não quer algo.

— E você quer?

— Muito!

— Vocês precisam conversar sobre isso...

— Não me diga, Ruby.

— Vamos voltar para a sala, você não pode ficar aqui a noite toda...

— É, realmente não posso... — Eu e minha prima voltamos para a sala. Regina bebia no canto, enquanto conversava com Alix. Eu nunca tive ciúmes da amizade delas, até porque, quando a conheci elas já eram amigas. Não tenho esse direito... Porém, a forma como minha esposa está rindo ao lado dela e, pelo o que me parece, estão relembrando algo do passado, me deixa um pouco incomodada. — Então, mãe, como estão as coisas por lá?

— Ah, estão como sempre... Inclusive, Ruby... — Chama minha prima, que logo se aproxima. — Sabe Lilith, aquela filha desaparecida de Kris? — Nós nos entreolhamos e meneamos a cabeça. — Apareceu!

— Mentira!!! — Falamos juntas, rindo. — Conta isso direito, mãe...

— Não sei muito bem a história, até porque, não estive com Archie, ainda... Mas, pelo o que me parece, a menina voltou grávida de um dos primos.

— Meu Deus... Que fofoca! — Exclama Ruby.

— É... E você, Ruby Luccas, nada de contar para sua amiga, ok? Aquela lá sabe espalhar uma fofoca e não quero problema pra mim.

— Quem? Liv? Ih, mãe, está bem atrasada nas coisas... Não nos falamos há muito tempo.

— Acho bom! — Voltamos a conversar, rindo e ouvindo as atualizações de Granny sobre minha cidade natal. Regina, de vez em quando, olhava em nossa direção, lançando-me um sorriso ao notar que eu percebia que estava nos olhando.

Em uma dessas olhadas, ela me chamou com o indicador. Pedi licença e fui até ela, que nos guiou até a cozinha e ficou me olhando por alguns segundos, antes de puxar-me para um beijo sôfrego.

— O que foi? — Pergunto de forma carinhosa, tentando entender sua atitude repentina.

— Não posso beijar minha esposa? — Arqueia a sobrancelha. — O que está acontecendo, Emma?

— O quê? Eu não disse nada, Regi...

— E nem precisa dizer... Você mal chegou perto de mim durante a noite. Não gosto quando fica assim, como se me ignorasse a todo tempo.

— Querida, me desculpe por isso. Eu juro que não fiz por querer, é só que... — Respiro fundo. — Eu estou querendo te perguntar algo, faz tempo, mas não tenho coragem... Por medo de ouvir um não, como resposta.

— Por que não pergunta? Sempre conversamos sobre tudo, Emma. E, de repente, estamos afastadas uma da outra em um jantar de família...

— Para de me chamar de Emma.

— Desculpa!

— Eu quero muito saber se você quer...

— Cinco minutos para meia-noite!!! — Dolores grita na sala.

— Vamos subir, levá-los a cobertura para ver os fogos... Depois conversamos. — Minha esposa estende a mão para mim. Chamamos nossos familiares para subir e, assim que o fizemos, ficamos apoiados na barreira de vidro que havia na cobertura de meu prédio. Regina me abraçou por trás, beijando minha nuca, enquanto os outros faziam a contagem regressiva.

Meia-noite, dia 1 de Janeiro de 2018. Um novo ano, uma nova vida...

— Feliz ano novo, meu amor! — Sussurro para ela, que me vira de frente e me beija demoradamente. Começo a chorar e ela para com seu afeto, abraçando-me bem forte. Cumprimentamos nossa família, que parecia muito animada com tudo aquilo. Pego Oliver do colo de Sam e vou até um cantinho com ele, abraçando-o e sentindo seu cheirinho de bebê.

— Você gosta dela, não é, carinha? — Ouço a voz de Regina, e logo limpo minhas lágrimas. Ela se aproxima, sentando ao meu lado, em uma das espreguiçadeiras. — Mas, ela é minha mulher. Nem vem com esse sorrisinho vazio, ouviu? — Dou uma risada com seu jeito bobo de falar com o sobrinho.

— Pega ele, amor... Está se esticando para você! — Falo, levando Oliver para o colo dela, que fica totalmente sem jeito para pegá-lo.

— Eu não sei segurá-lo... — Ajeito os braços dela em torno dele, que começa a chupar uma das cordas de seu vestido. — Até que você é fofinho...

— Meu amor?

— Oi. — Ela me olha.

— Vamos ter um desses? — Pergunto, com os lábios trêmulos. Ela arqueia uma sobrancelha, intercalando o olhar entre mim e Oliver, que sorri sem entender nada. — Um bebê... Nosso de sangue, de coração ou os dois.

— Emma, eu acho melhor...

— Eu sei, mas, eu quero muito saber que tenho um amor físico, que nosso amor foi capaz de criar uma criança. Externar o amor que sinto por você, e eu... — Suspiro, tentando segurar o choro. — Eu te amo tanto, Regina... Tanto...

— Eu também te amo, linda. Não chore desse jeito, por favor. — Pede.

— Eu entendo que não é a hora certa, mas teríamos um bom tempo para conversar sobre isso, organizar a nossa vida para a chegada de uma criança e... — Ela limpa meu rosto, com os olhos lacrimejados, também. — Eu sonho em ser mãe, meu amor. E quero que você seja minha parceira nisso, que seja a mãe do nosso filho, também...

— Emma, isso é algo tão complexo, tão lindo e, ao mesmo tempo, me assusta tanto... — Ruby passa perto da gente, e peço para que leve Oliver para Deena. Beijo seu rostinho, antes de Regina entregá-lo para minha prima, que pergunta se está tudo bem. Afirmo com a cabeça. Ela se afasta, e peço para que minha esposa continue. — Eu nunca quis ser mãe. Mas, não é por falta de vontade, só que é uma coisa tão grandiosa, tão perfeita e pura, que não me sinto digna de receber tamanha dádiva.

— Claro que é, amor!

— Eu já fiz tanta coisa errada na vida, Emma. Já troquei sentimento por orgulho, amor por ódio e, sinceramente, eu sinto vergonha de pensar que você sonha em ser mãe e que me quer como a mãe do seu filho, também.

— Nosso filho, Regina. Nosso!

— Eu não mereço isso! — Ela nega com a cabeça, chorando. Levanto-me, sentando em seu colo e limpando seu rosto. — Não mereço isso, Emma...

— Merece sim... Você fez coisas erradas no passado? Pode até ter feito, mas você mudou. E, meu amor, você seria uma mãe tão incrível... Você é tão carinhosa, tão doce... Céus, como seria lindo vê-la mãe. — Divago, respirando fundo, alisando sua orelha esquerda. — Só que, ao mesmo tempo que penso nisso, penso que devo lhe respeitar. É algo que quero tanto, mas eu entendo seu medo e sua preocupação, apesar de não concordar com você. Desculpe por, de certa forma, parecer que quero forçar você a ter o mesmo sonho que eu.

— Eu posso pensar por um tempo?

— O tempo que quiser... — Ofereço-lhe um sorriso, brincando com nossos narizes, antes de nos beijarmos.

 

 

☆☆☆

 

 

15 de Janeiro de 2018 – 06:25 PM

 

 

Regina

 

 

— Emma? — Chamo por minha esposa, após chegar em casa depois de um turno árduo. — Amor?

— No banheiro!!! — Brinco com Lola, ao passar pela sala. Ela já está bem maior do que antes, e adora brincar com bolinha, assim como Ava.

Vou até o quarto, seguindo até o banheiro e encontrando ela na banheira.

— Nossa, que visão é essa?

— Deita aqui, comigo. Coloquei alguns sais e, nossa, muito relaxante... — Diz, com os olhos fechados. Livro-me de minhas roupas e me junto a ela. Minha mulher se senta, ficando de frente para mim. — Trabalhou muito?

— Muito! — Beijo sua bochecha. — A melhor coisa que existe, para mim, é chegar e te encontrar assim, tão a vontade e ao natural, no aconchego de nossa casinha. — Dou-lhe vários selinhos. — Podia tirar férias todos os meses, sabia?

— Ah, é? — Faço um carinho na lateral de seu rosto, recebendo um sorriso, como resposta. — Mas eu preciso trabalhar...

— Eu sei, e é uma pena, isso... — Desço os beijos para seu pescoço. — Quero amá-la, aqui e agora. É possível? — Ela ri.

— Claro que é, amor. Quando e onde você quiser... — Iniciamos um beijo safado, cheio de segundas intenções. Minha esposa passa suas pernas por cima das minhas e se aproxima, fazendo nossos sexos se encostarem. Arfamos juntas, ao passo que nossas mãos começam a tatear o corpo uma da outra. Emma senta em meu colo, sem parar de me beijar e, em menos de um minuto, ergo-a, sentando na beirada da banheira. Abro bem suas pernas, beijando a parte interna de suas coxas.

— Vou te chupar bem gostoso... Posso? — Ela meneia com a cabeça, jogando-a para trás, assim que chupo-a com força. Seus dedos se emaranham entre meus fios, mantendo-me bem próxima de sua intimidade. Brinco com a língua em seu clitóris, fazendo movimentos giratórios. Logo sua vagina me banha de amor, fazendo-me olhar para ela.

— Rápido, né?! Ninguém manda você me comer tão bem, assim... — Diz, com as bochechas rosadas. Sorrio, acarinhando sua perna. Ainda sentada dentro da banheira, passo uma de suas pernas sobre meu ombro e volto a chupá-la. Ouço seu gemido de protesto, mas não paro. Penetro dois dedos em seu interior, sentindo-a quente. Curvo-os, alcançando seu ponto G, e logo sentindo seu líquido quente escorrer por entre meus dedos. As pernas da minha mulher entram em espasmos quando volto a chupá-la, com ainda mais força. Ela geme de prazer, quase arrancando os meus cabelos.  — Amor...

— Goza pra mim, meu amor! — Exclamo, e em poucos segundos ela goza, pela terceira vez. Puxo-a para a banheira e beijo-a, fazendo ela sentir seu gosto em meus lábios. Minha esposa chupa minha língua, eroticamente, descendo sua mão para minha vagina, onde penetra dois dedos e começa a me estocar forte, fazendo a água se movimentar e cair para fora da banheira. Gemo em seu ouvido, mordendo o lóbulo de sua orelha, sensualmente. Ela geme comigo, visto que seu sexo faz uma fricção em minha coxa. Levo minha mão direita até meu clitóris, estimulando, e ela a tira, colocando a sua no lugar da minha.

— Gostosa! — Fala, mordendo meu queixo e socando forte, fazendo-me gritar de prazer, antes de atingir o ponto mais alto de excitação. Gozo em seus dedos, vendo-a se submergir e chupar-me embaixo d’água. Volta pra cima e me beija de forma lenta, descansando em meus braços, enquanto alisa meus seios. Ela era minha, e eu era dela.

Amo Emma de forma ímpar, não há explicação para definir e, sinceramente, tenho a sensação de que irei explodir a qualquer momento. De amor. Explodir de amor por minha mulher.

 

 

22 de Janeiro de 2018

 

 

Emma

 

 

Estou em casa, picando alguns legumes para fazer uma sopa. O tempo está frio, nevando, e Regina chega daqui a pouco e é sempre bom recebê-la com algo que possa aquecê-la, depois de passar tantas horas exposta, de certa forma, ao frio. O som está ligado, tocando alguma coisa de Billy Joel, enquanto fervo a água para o nosso jantar. Lola e Ava estão na sala, uma deitada sobre a outra, tentando de alguma forma, encontrar-se no aconchego para esquentarem. O barulho da porta se faz presente, e logo sorrio, sabendo que se tratava da chegada do amor da minha vida.

Continuo picando os legumes, ouvindo ela falar com as cachorras, como em todos os dias. Ouço o barulho da bolinha quicando pela sala e logo ela aparece na porta da cozinha, toda encapotada, segurando a toca em uma das mãos. Sorrio para ela, que se aproxima, beijando meu rosto e indo até a geladeira.

— Tudo bem, meu amor? — Pergunto. Ela chega ao meu lado, meneando a cabeça e bebendo um pouco de suco, após lavar as mãos. — Estou fazendo uma sopinha de legumes pra gente, do jeito que você gosta... — Ela sorri, e beija meus lábios brevemente.

— Vou tomar um banho, já desço!

— Tudo bem... — Ela sobe, sendo acompanhada pelas cachorras. Termino nossa sopa, coloco alguns pães sobre a mesa, sabendo o quanto Regina é fascinada por sopa e pão, e, quando penso em chamá-la, ela desce as escadas, já com seu pijama de frio e senta à mesa. — Posso te servir? — Pergunto, e ela diz que sim. Coloco duas conchas em seu prato, ouvindo seu “Está bom!”, e entrego-lhe. Preparo meu prato e sento ao seu lado (90º).

— Amor, você precisava ver um menino que encontrei hoje, na rua...

— Criança?

— Uhum... — Balbucia, mastigando. — Desses que fazem malabarismo no trânsito. Fazia tempo que não os via pela cidade... Eu dei um bom dinheiro a ele, sabe?! Me deixou agoniada, vê-lo tão exposto daquela forma.

— Eu também ficaria... — Levo um pedaço de pão em sua boca. Ela sorri, em agradecendo. — Bela iniciativa, meu amor. Fico muito orgulhosa! — Ela beija minha mão.

Terminamos nosso jantar e, por tratar de uma segunda-feira, apenas arrumamos a cozinha e subimos para o quarto. Havíamos colocado uma TV no quarto, visto que estávamos viciadas nessa coisa de seriado. Regina ligou a televisão, enquanto eu escovava os dentes no banheiro. Ela se juntou a mim, fazendo sua higiene noturna, ao meu lado. Fiz xixi, lavei as mãos, dei um beijo em sua têmpora e saí do banheiro.

Fechei a porta de nosso quarto, após chamar as meninas e elas adentrarem, acomodando-se ao lado de nossa cama. Minha esposa já estava deitada, coberta, enquanto eu estava no closet, vestindo o meu pijama e passando alguns cremes no rosto e corpo.

Me juntei a ela, checando o despertador do celular e colocando-o no criado mudo. Ela colocou seus óculos, pois sempre os usava para assistir televisão, e para descansar a vista. Me aproximei dela, passando o braço esquerdo por sua cintura. Regina suspirou tremulamente, antes de beijar o topo de minha cabeça.

Ficamos assistindo TV, até que tirei um cochilo, assustando-me e acordando em seguida. Ela estava atenta ao que passava, mas sabia que não prestava nem um pouco de atenção.

— Eu já vou dormir, meu amor. Se quiser desligar... — Falo, já me preparando para virar pro outro lado.

— Não, espera um pouquinho... — Olho para ela, que retira os óculos e desliga a televisão, ligando o abajur que havia sobre o criado em seu lado. — Eu queria conversar com você, um pouquinho.

— Pode falar, meu bem. — Seus olhos desviam dos meus. Minha mulher se deita de lado, ficando de frente para mim. Seus dedos fazem um carinho em meu rosto, passando por todo o meu colo, pairando em minha barriga, onde ela faz um carinho demorado, com as costas de sua mão. Engulo em seco e, quando penso em dizer algo, ela me surpreende:

— Quero ter um bebê! — Diz, sem olhar em meus olhos. Meu sorriso se abre, e logo levanto seu queixo, obrigando-a a me olhar. Sua mão continua a acarinhar meu ventre. — Um bebê nosso!

— Está falando sério, meu amor? — Pergunto, recebendo um aceno. Beijo seus lábios, demoradamente, e começamos a chorar. — Você me faz a mulher mais feliz do mundo, me surpreende tanto... — Digo, com os lábios colados nos seus. Ela sorri, beijando-me novamente. — O que houve? — Refiro-me a sua mudança de ideia.

— Eu não sei... Eu só senti uma coisa muito boa, muito linda, quando vi aquele garotinho. Eu pensei que, se ele fosse meu, eu jamais o deixaria daquela forma, eu não sei... — Fala, entre um soluço e outro.

— Eu estou muito feliz! — Beijo-a, sentindo o salgado de nossas lágrimas. — Obrigada!

— Obrigada!

Nos beijamos uma vez mais, e bom, fizemos nosso filho ou só treinamos, naquela mesma noite. Os toques de Regina em meu corpo, eram zelosos e protetores. A forma como ela me beijava, demonstrava o carinho e amor que sentia dentro de si.

Dormimos agarradas, como em todas as noites, mas com a certeza de que começaríamos uma nova vida a partir dali. É ano novo, de novo!

 

 

☆☆☆

 

 

No mês seguinte, Regina e eu fomos a uma clínica de fertilização, que seria feita com os nossos óvulos e sêmen de um doador anônimo, que fizemos questão que tivesse algumas de nossas características. Depois de muita conversa, decidimos que eu engravidaria. Sendo assim, iniciamos todo o tratamento.

Fiz muitos exames antes, e tivemos a certeza de que meu útero estava perfeito para gerar o nosso filho.

Optamos por fazer a inseminação em casa, pois queríamos um momento só nosso, onde compartilhássemos de nosso amor e sentimento, de uma forma mais íntima.

Era dia 19 de Fevereiro. Saí para trabalhar cedo, deixando minha mulher dormindo. O dia passou lentamente, mas logo minha hora de sair chegou.

Cheguei em casa e Regina havia preparado todo um jantar romântico para nós duas. Estranhei, pois não era nenhuma data especial, apesar disso não ser um requisito para suas demonstrações de amor. Entrei em casa, recebendo seus beijos e uma ordem de que subisse, tomasse um banho bem relaxante e descesse para jantar.

Jantamos a luz de velas, namoramos no sofá, até que resolvemos subir. Minha mulher havia, não sei em qual momento, preparado um clima super agradável em nosso quarto, com velas, pétalas de rosas, aromatizantes e som ambiente.

— De acordo com meu calendário virtual... — Comecei a rir, enquanto caminhávamos até a cama. — Você está ovulando há dois dias... — Sorri carinhosamente para ela, que me beijou de forma lenta. — Não há outro momento para fazermos nosso filho, não acha?

— Acho esse momento ideal! — Exclamei. Ela foi até o banheiro, pegou as seringas que o Dr. tinha nos dado e voltou para o quarto. — Eu te amo! — Sussurrei em seu ouvido. Fizemos amor ao som de Elton John, demorando-nos em nossos movimentos. Assim que nos entregamos ao prazer, minha esposa fez o procedimento correto, ajeitou a seringa e pediu para que eu me posicionasse da forma como tinha sido explicado na clínica. Regina fez um carinho em minhas pernas, beijando-as, antes de posicionar a seringa em minha entrada. Vi seus olhos brilharem, e desci com a destra, segurando junto com ela, injetando todo o líquido dentro de mim.

Olhamo-nos emocionadas. Minha esposa colocou os acessórios no criado mudo e se deitou ao meu lado, mantendo minhas pernas sobre as suas. Pronto, havíamos feito o nosso filho. Juntas.

 

 

☆☆☆

 

 

9 de março de 2018, 05:12 AM.

 

 

Quase não havia dormido aquela noite. Os dias necessários para termos a confirmação da gravidez, passaram devagar, calhando em cair no dia em que fazia 1 ano que havíamos nos conhecido. Levantei-me cedo, ansiosa para fazer o teste. Regina trabalhara durante a noite, portanto, não havia chegado ainda.

Não hesitei em logo fazer o teste, pois queria fazer uma surpresa bonita para ela, caso estivesse, mesmo, grávida. Fui ao banheiro e fiz, saindo e andando de um lado para o outro no quarto, até dar o tempo necessário para a resposta. Ava e Lola me olhavam sem entender.

Voltei ao banheiro e, de olhos fechados, peguei o teste e vi a palavra mais linda do mundo:

“Grávida: 2-3 semanas.”

Eu estou grávida!

— Não acredito!!! — Digo, tapando a boca com a mão, mas querendo gritar. — Vocês vão ter um irmãozinho ou irmãzinha... — Falo para as cachorras, tremendo que nem uma vara verde. Vou até o closet e pego uma caixinha que tinha comprado no dia anterior, onde estavam guardadas duas chupetas, uma rosa e uma azul. Tampei a pontinha do teste e coloquei-o junto delas.

Desci, sem rumo, sem lenço, sem documento, sem saber o que fazer. Preparei um café da manhã completo para Regina, com direito a suco, iogurte, pão, torrada, geléia. Tudo.

Deixei a caixa em uma das cadeiras que sabia que ela não se sentaria. Poucos minutos depois que havia terminado, ouço o barulho da porta sendo destrancada. Meu coração errou uma batida e, só assim, senti a agonia de todas as mães que tinha visto uns vídeos na internet, quando contavam para seus parceiros sobre a gravidez.

— Lolinha... Bom dia! — Brincou com nossas cachorras, como sempre. — Bom dia, amor...

— Bom dia! — Respondo, já sentada à mesa.

— Nossa, que mesa linda... — Vai ao banheiro e escuto o barulho de água. Ela volta, beija meus lábios e se senta de frente pra mim. — O que eu fiz para merecer isso, meu Deus?! — Divaga, escolhendo o que vai comer. Sirvo uma xícara de café para ela e uma de suco, para mim.

— Só de você existir, meu amor, já lhe faz merecer tudo isso...

— Hum... Que delícia ouvir isso, depois de uma noite estressante de trabalho. —Pega uma das panquecas e põe em seu prato. — Amor, você acordou que horas para fazer tudo isso? Não precisava!

— Quando o dia é especial, precisamos fazer essas coisas...

— E hoje é um dia especial? — Pergunta, segurando uma de minhas mãos. — Hoje é dia 9, e quase me esqueci disso. — Diz, meio sem graça. — Prometo fazer algo para você, mais tarde. Podemos jantar fora, o que você acha?

— Eu acho ótimo, aí podemos comemorar... — Falo, sorridente. Ela me olha nos olhos, sorrindo. — Comemorar nossa nova vida, nossa nova família.

— Sim... — Meus olhos se enchem d’água. — Por que está chorando, meu amor?

— Estou muito sensível esses dias...

— Eu percebi, mesmo. Vem aqui! — Afasta a cadeira da mesa, chamando para que eu me sente em seu colo. — Eu falei alguma coisa que te magoou? — Faço que não com a cabeça, beijando a ponta de seu nariz e depois seus lábios. — O que foi, então? Quer conversar? Pode conversar comigo, amor... — Sua voz é tão carinhosa, que sinto ainda mais vontade de chorar.

— Não, eu só estou muito sensível... Meus seios doem, estou enjoando fácil e, além de tudo isso, minha menstruação atrasou... — Ela me olha séria, antes de abrir um sorriso largo, me olhando. — E hoje cedo eu fiz o teste...

— E aí? — Pergunta, ansiosa. Peço para que pegue a caixinha na cadeira ao lado e, assim ela faz. Abre e se depara com o teste e as chupetas. — Ai, meu amor... Eu não acredito! — Fala mais para si mesma. — Você está g-grávida?

— Estou!

— Isso é sério??? — Segura o teste nas mãos, voltando seu olhar para mim. Meneio a cabeça e ela me abraça. — Parabéns, meu amor... Parabéns, eu estou muito feliz. Querida, que notícia incrível!

— Sim... Eu estou muito feliz! — Exclamo. Ela faz com que eu me levante, suspende minha blusa e beija toda a região de minha barriga, fazendo com que eu chore ainda mais, enquanto acaricio seus cabelos.

— Não pensei que fosse me sentir tão feliz, assim, amor. Céus, como estou feliz! — Beija o meu umbigo, pondo-se de pé, antes de beijar os meus lábios. — Eu te amo!

— Eu te amo muito... — Faço carinho em suas sobrancelhas, limpando suas lágrimas. Nos abraçamos forte. — Vamos ser mães...

— Vamos ter um bebê, meu amor. Eu não acredito!!!

— Nem eu!!! — Rimos. Ela me olha de novo, com ternura.

— Ai, deixa eu ver de novo, eu não estou acreditando ainda... — Me solta, pegando o teste novamente. — Qual a porcentagem de certeza?

— Eu li a bula, e esse teste tem 90%.

— Dios... — Sorrio, olhando-a mexer nas chupetas. Ela beija minha barriga de novo e passamos o resto da manhã processando a novidade. Minha esposa estava tão radiante quanto eu. Me arrumei para trabalhar, mas ela me convenceu a não ir, pois deveríamos passar o dia juntas, aproveitando-nos.

E, novamente, o dia 9 de março havia marcado minha vida... Ou, melhor dizendo... Minha nova vida, que crescia dentro de mim, carregando todo o nosso amor.

 

 

 

 


Notas Finais


Quem 'tô chorando???
Bom, acredito que seja medo, de muitas mulheres, encarar e passar pela maternidade... Talvez Regina não pensasse tanto sobre esse assunto, antes, mas, por amor, quem não pensa duas vezes?! Estou tão satisfeita com o rumo dessa estória, que viveria ela quantas vezes fossem possíveis. Aproveitem, pois em 2 capítulos, nos despediremos :(

Beijos :*


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