1. Spirit Fanfics >
  2. A não-sereia do Rio Han >
  3. Obrigado, sereia.

História A não-sereia do Rio Han - Obrigado, sereia.


Escrita por: jungtwhore

Notas do Autor


Hey pessoinha~
Olha eu aqui com o mais novo capítulo da fic. Eu estava planejando postar o segundo capítulo só semana que vem, mas preferi postar assim que eu terminei (tipo a cinco minutos kk).
Vocês perceberam que há novas tags na história, por que será???
Então, agradeço por todos os favoritos e comentários que recebi no primeiro capítulo, eu achei que iria flopar horrores mas não. Fiquei muito feliz pelo feedback.
Esse cap não está tão engraçado quanto o passado porque ele explica como é a vida / escola / trabalho do nosso personagem principal: Hyuk.
Espero que gostem~

Capítulo 2 - Obrigado, sereia.


Fanfic / Fanfiction A não-sereia do Rio Han - Obrigado, sereia.

 A noite passada foi terrível. Faculdade, trabalhos, stress e... sereia. Tudo contribuiu para que eu dormisse muito mal. Na verdade eu nem dormi, fiquei pensando naquela mulher-peixe que vi no rio. Pensando em seus olhos tão belos e na sua... calda nojenta. Ela deveria ser decapitada, aí gente guardava a cabeça e queimava o corpo. Hahaha eu sou horrível mesmo.

 Já é de manhã e eu tenho que ir trabalhar. Me levanto da minha cama quentinha e vou tomar um banho quente para relaxar depois da noite passada. Será que aquela mulher que eu vi era realmente uma sereia ou o papo daquele velho louco brincou com a minha mente? Disso eu resolvo depois, agora eu tenho que focar no meu emprego.

 Mandei uma mensagem para o Hongbin me dar uma carona, pego uma caneca de café bem forte e saiu do meu apartamento. Eu moro no mesmo bairro da minha faculdade, em um condomínio de apartamentos bem localizado. Meu apartamento não é grande, porém supri as necessidades de um jovem adulto solteiro. Não demorou muito para meu melhor amigo chegar:

- Bom dia, querido amigo. – Digo com todo o entusiasmo do mundo e lhe dou um beijo na bochecha. Sei que ele não gosta disso, por isso faço.

- Sai para lá, satanás. Eu sou comprometido.

- É sei. Com a História, só se for. Solteirão.

- Como se você fosse diferente.

- Pelo menos não sou um virgão igual você. Agora vai logo e me leva para o estúdio, choffeir.

- É o quê...

- VAI LOGO!

- Ok ok, abusado.

 Nem deu 15 minutos direito e já havíamos chegado. Eu bem que poderia ir a pé, mas não vou por um único motivo: eu não quero. Eu trabalho como fotojornalista no Studio YW que, assim como minha faculdade, fica às margens do Rio Cheonggyecheon, só que mais à cima. O dono do estúdio se chama Cha Hakyeon, mas todos o chamam pelo seu nome artístico “N”:

- Bom dia, N. Tudo bem com voc...

- Hongbin! Eu não esperava te ver por aqui, faz tempo que eu não te vejo.

- Ah, é que eu vim dar uma carona para o Hyuk. Como você está, Cha?

- Bem melhor agora, Binnie... – Ah, e ele tem uma quedinha, na verdade, um PENHASCO pelo Hongbin.

- EI, CHA! Eu ‘tô aqui também! – Estou me sentido esquecido aqui!

- Cha? Que intimidade é essa?! Para você, Chefe Cha.

- Mas que por...

- Olha a boca, viado! – Disse o “Senhor Cha”, fazendo a hiena Hongbin rir.

- Ai ai, como eu amo esse cara.

- Ama?! – Lá vai a iludida.

- SERÁ QUE PODEMOS IR LOGO TRABALHAR, SEUS FILHOTE DE CRUZ CREDO?!

- Ain, que grosso. Então, tchau Binnie. Talvez possamos conversar outro dia, quando o sr. mal humor não estiver presente. – Essa tanajura dos infernos está querendo me tirar do sério hoje.

- *risos de hiena* Ok. Tchau, N-hyung. Tchau, sr. mal humor.

 Ele entrou no seu carro e saiu rápido. Ainda bem, se não eu seria preso por homicídio culposo. Na verdade, homicídio culposo DUPLO:

- Você percebeu, Hyuk?

- Percebi o quê? A sua ilusão palpável?

- NÃO, desgraça. Percebeu que depois que ele se foi, o dia ficou mais cinza?

- Nossa, eu sabia que o amor nos deixava cego, mas, daltônico? Essa é nova.

- AH, vai trabalhar, seu ruim!

- Já tô indo, sr. ilusão. – E fui ao encontro do meu escritório.

- Palavras machucam, TÁ!

- Não. Fazem cócegas, “Cha”.

 Minhas manhãs se tornaram cada vez mais difíceis desde que o N se apaixonou pelo meu melhor amigo. Toda vez que ele me dá carona para o trabalho -tipo todo dia hehe- eu tenho que aturar meu chefe dando em cima dele e, ainda por cima, aquela besta quadrada e sonsa não percebendo. E tudo isso começou quando o N deu uma festa de 2 anos do Studio YW a 6 meses e eu tive a brilhante ideia de levar o Hongbin. Foi como levar um coelhinho à um ninho de víboras, nesse caso, víboras bundudas. Pelo menos no meu escritório eu fico longe dessa tanajura.

 O estúdio é até que grande e possui dois andares. No térreo há a entrada do Studio com grandes portas de vidro, lá fica a área de atendimento e o estúdio fotográfico principal, cujo o N usa para realizar sessões fotográficas. No andar de cima fica a sala de descanso, com sofá e uma cozinha, e os escritórios individuais dos fotógrafos. O é o segundo maior, por eu ser o fotógrafo mais antigo, depois do N. Nele tenho uma escrivaninha com meu computador, que uso para editar as fotos, uma estante de câmeras e acessórios, que são o meu bem mais precioso, um banheiro e um pequeno estúdio fotográfico branco. Como eu sou o fotojornalista do Studio YW, que possui um certo renome, eu sou contratado para registrar a maioria dos eventos de Seul. Mas, além disso, eu também trabalho vendendo as fotos que eu tiro -geralmente paisagens de praias – pela internet, gera um bom dinheiro.

 Hoje eu terei um dia cheio. O prefeito de Seul, Park Wonsoon, decidiu se pronunciar sobre o caso da sereia do Han, o que eu acho ridículo, mas, fui contatado diretamente pela prefeitura para cobrir esse evento. Em outras palavras: eu tô podendo mesmo, viu. Mesmo que eu ache que o Prefeito Park está fazendo isso para ganhar apoio do povo, visto que a afinidade do povo com ele está diminuindo muito. Ter que sujeitar à um peixe? Isso se chama desespero. Eu vou ir arrumar minhas coisas, pegar minha câmera, acessórios e tripé, e ir direto para o evento, que vai acontecer no Rio Han:

- N-hyung, eu vou ir agora no evento do prefeito, ok.

- Faça um bom trabalho, Hyuk. Eu não te pago à toa. – Ele tá que tá hoje.

- Então, meu querido chefe superior e mestre da fotografia... poderia me emprestar seu carro?

- Por que eu deveria?

- Porque o Rio Han fica a mais de uma hora daqui e para fazer um bom trabalho, é preciso estar bem físico e psicologicamente, o que o transporte público não irá permitir.

- Hmmm não sei...

- Por favor, hyung. Eu faço o que você quiser!

- Faz mesmo? – e foi aí que eu me ferrei mais ainda.

***

 E eu já cheguei no evento. Resumindo, eu vendi meu amigo para o diabo. O N queria que eu arranjasse um encontro para ele com o Hongbin e, graças à minha preguiça, eu aceitei. Eu não iria de jeito nenhum pegar o transporte público. É nojento, cheio de pessoas amontoadas e suadas. Deus me dibre. Desculpe Hongbin, mas, antes você do que eu.

 O evento estava cheio. Tanto de personalidades quanto de zés ninguém. Mas o que mais me chamou a atenção foi um de meus colegas de classe: Yoo Changsoo. Não acredito que aquela paquita do capeta foi escolhida para escrever o artigo do evento para o jornal da faculdade. Com certeza vai sair horrível:

- Olha quem se perdeu e veio parar onde não devia. Hyuk, eu não sei se você sabe, mas sou EU que cobrirei o evento para escola, então, adios.

- Ah, vai cobrir o seu enterro, demônio. Eu não estou aqui como representante da faculdade, mas sim como fotojornalista da Studio YW que foi contratado DIRETAMENTE pela prefeitura. Então, passa reto.

- Exibido. – Olha a hipocrisia da criança.

 Por que parece que todo mundo quer me tirar do sério hoje? Eu só queria trabalhar, é pedir demais? Poderia ser qualquer pessoa, mas porque o Changsoo, esse chaebol exibido. Não entendo como a Ji Yi, a recepcionista amorzinho da nossa faculdade, consegue namorar essa cara.

 O evento não demorou muito. O prefeito só disse umas baboseiras sobre como o rumor da sereia está aumentando o turismo da cidade e que irá investir no descobrimento da existência da tal. Mas dou crédito a ele por essa parte do discurso: “Eu acredito que essa sereia está nos aproximando, antes visitávamos o parque por nossos próprios desejos, agora temos um só propósito: encontrar a sereia. E estamos nos unindo para isso. Essa sereia está conquistando nossos corações e fazendo coisas maravilhosas por nós. Obrigado, sereia.” Só papo furado. Pelo menos eu tirei fotos muito boas.

 Depois do evento, cumprimentei muitas pessoas, bati aquele papo bem falso e voltei para o estúdio. Ia mostrar as fotos para o Hakyeon, mas ele estava ocupado no estúdio principal, fazendo uma sessão de fotos para uma grávida. Então, subi ao meu escritório para edita-las, o que demorou muito. Estava quase na hora de eu ir para a faculdade quando eu terminei a edição. Em uma das fotos, tirada bem quando o Prefeito Park estava “agradecendo” a sereia virado para o Rio Han, deu para ver na água uma silhueta de alguma coisa nadando. Será que foi aquela mulher que vi na noite passada? Nessa hora, o meu celular toca. É o Hongbin:

- Oi, Binnie.

- Oi, Hyuk. Vai querer carona para a faculdade?

- Óbvio.

- Ok, então daqui a 5 minutos eu chego.

- Até, migo.

 Guardei todo o meu equipamento, peguei minha mochila e notebook, e desci. De novo tentei falar com o Hakyeon, mas ele ainda estava ocupado. Fui na atendente do estúdio e disse para ela avisar para ele que eu fui para faculdade, mas já terminei todo o meu trabalho. Assim que abri as portas de vidro e saí, Hongbin já me espera com seu carro. Mas eis que ouvimos uma voz estridente e repentina:

- Hongbin! – É o N, mas ele não estava trabalhando?

- Oi, Cha. Como vai?

- Hakyeon, você não estava trabalhando? – pergunto, indignado.

- Fizemos uma pausa por que eu tinha algo importante para fazer.

- Então vá fazer, oras.

- Mas eu estou fazendo, bocó. – Ah, não é ALGO importante, é ALGUÉM importante. – Então, Binnie, o Hyuk já te falou a novidade.

- Que novidade?

- Meu caro amigo... eu vendi sua alma para satanás, parabéns. – E o N me bateu, eu acho, só acho que tenho que controlar minha língua.

- Palhaço. Na verdade, é que o Hyuk estava pensando em nos levar para sair, em um parque de diversões talvez. – “Pensando”, na verdade, negociando.

- Nossa, e eu achando que era algo ruim. Eu iria adorar.

- Tá na hora de irmos, Hongbin. Tchau, N e boa sorte com seu amor iludido.

***

 Agora, eu oficialmente moro no Rio Han. Por causa do artigo que temos de escrever como trabalho de faculdade, o professor decidiu nos dar uma aula mais prática e nos trouxe para cá. Segundo ele, temos de aprender a ser jornalistas de verdade. Então, até o fim do dia eu tenho que entregar esse artigo, senão eu repito o semestre:

- Hoje não é o meu dia.

- Mas quando raios é o seu dia, Hyuk? Hahaha – Chegou meu karma, Yoo Changsoo.

- Você não deveria estar escrevendo o seu artigo, Yoo Chatoo.

- Lembra que eu sou o melhor jornalista da escola, líder do jornal da escola e prodígio nacional?

- Não, mas lembro que você é um idiota.

- Diz isso porque sabe que eu vou encontrar essa sereia primeiro.

- Enfia um peixe na bunda e finge que é uma, otário.

- Aí, seu grosso. E eu já escrevi meu artigo, vim aqui ontem e investiguei. Isso se chama eficiência.

- Isso se chama retardo.

 Então quer dizer que ele esteve aqui ontem a noite. Não me surpreenderia se fosse ele que estivesse nadando no rio ontem. Espero que eu esteja errado, porque se não... CREDO! EU ESTAVA SENTINDO ATRAÇÃO POR ESSA MERETRIZ DE SATANÁS! Eu preferia mil vezes que fosse pelo peixe:

- Ei ei, acorda, Hyuk. - *slap*

- FICA LONGE DE MIM, SEU DOIDO.

 Eu não acredito que, além de achar o Yoo bonito, EU BATI NELE. AAAHH EU SOU UMA BESTA MESMO. Vou ir correndo para o lugar mais longe e isolado do rio, assim eu me escondo da vergonha.

***

 Corri tanto que estou morrendo. Pelo menos encontrei um lugar bem quieto aqui no rio, o que foi difícil. Sentei-me em um banco virado para o Han e rodeado por arvores, me dando uma vista belíssima.

 Tenho que escrever logo esse artigo, mas não consegui entrevistar ninguém hoje. Por causa que todos estavam entrevistando as mesmas pessoas e pelo Changsoo estar lá, pretendo evita-lo por um tempo:

- Pelo jeito terei que escrever sobre aquele ajusshi apaixonada pela sereia.

 Percebi algo, tanto o ajusshi da loja de conveniência quanto o prefeito falaram que a sereia está conquistando corações, seus corações. Também falavam de como ela está trazendo coisas boas desde que chegou. Para o ajusshi, trouxe clientes, e para o prefeito, trouxe turistas e ibope. Devo concordar que essa tal sereia é, além de nojenta, apaixonante. E para mim, irá me dar um bom artigo. Começo a escrever disparadamente, não sei se essa paixão toda veio da sereia ou do desespero de ser reprovado... é a segunda opção. Mesmo que toda essa motivação não tenha vindo dela, graças a ela eu consegui escrever o artigo em aproximadamente uma hora. Até usei as fotos que tirei no evento no trabalho:

- Terminei! Vamos revisar isso. “ Há algum tempo, boatos dizem que uma sereia veio morar no Rio Han, em Seul. Sua origem não se sabe ao certo, muitos dizem que veio de Jangwon, Busan, da Coreia do Norte. Mas isso não é importante, mas sim o que ela trouxe consigo.

  Desde que ela veio para Seul, a economia da cidade aumentou. Todos querem vir visitar Seul para encontrar a sereia, por isso aumentam o turismo. E esse turismo marítimo em crescimento constante, gera milhões de wons por dia à cidade.

 Assim como disse o prefeito de Seul, Park Wonsoo, em seu discurso feito no dia de hoje nas margens do Rio Han, a sereia está proporcionando o crescimento das visitas à cidade e a união de nosso povo.

“Eu acredito que essa sereia está nos aproximando, antes visitávamos o parque por nossos próprios desejos, agora temos um só propósito: encontrar a sereia. E estamos nos unindo para isso. Essa sereia está conquistando nossos corações e fazendo coisas maravilhosas por nós. Obrigado, sereia.”.

 Além do prefeito, os moradores e empreendedores locais afirmam a melhora do negócio após a vinda da sereia à Seul. Um dono de conveniência perto do Rio Han diz que a sereia conquistou seu coração, e seus negócios, que todo o rio é dela. Agora na conveniência do homem, pode-se encontrar todo tipo de item relacionado a sereia.

 É incrível como uma simples lenda tirada dos livros de Eou, podem transformar vidas, economias, e ramos de negócio. Nós, residentes de Seul, só temos que agradecer a sereia do Rio Han. Obrigada, sereia.”.

- De nada, moço...

 MAS QUE MERDA É ESSA !!!


Notas Finais


Gostaram??? Tá uma boxta???
Se tiver algum erro horrendo e/ou algo a melhorar, me digam. Assim os próximos capítulos ficam cada vez melhores.
E aí, o que acharam do N iludido?
E onde será que o Ravi e o Ken entram nessa história??? Algum palpite???
E talvez a sereia se revele no próximo capítulo, aguardem ansiosamente.

Lembrando que hoje é halloween e eu fiz uma fic especial, leiam plz: https://spiritfanfics.com/historia/secret-night-10808914

E view pras rainhas do TWICE, a música nova tá muito maravilhosa: https://www.youtube.com/watch?v=V2hlQkVJZhE

Até o próximo cap, mores~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...