- Como assim? Vim te ver, amor... – Então ela era a Jessica.
Durante o almoço Carol conversou com Phil, que tinha falado sobre Jessica. Na verdade, ele estava a alertando. Enquanto o salto batia no chão Carol relembrava a conversa de mais cedo.
- Eu gosto de você, Carol, e por favor, por favor, não me entenda mal, mas a relação entre vocês tem que ser profissional. – Os olhos de Phil demonstravam um misto de medo com uma cara de “desculpa”
- Phil, eu sou quase casada, o Bruno também é... – Carol foi interrompida.
- Ele é charmoso. E não é santo. Ele apronta bastante. Mas a questão não é essa... A namorada dele, Jessica, já fez barracos homéricos, quase partiu pra agressão com outras mulheres... – Enquanto ele falava a ficha de Carol começava a cair – E ela descobre tudo. Absolutamente tudo!
Bruno, meio constrangido, apresentava Jessica a Carol que lembrava das palavras de Phil: “Ela descobre tudo” e “quase partiu pra agressão”. Enquanto olhava de cima em baixo pra Jessica, da sua boca saiu em tom amedrontado:
“Você é alta né”?
Silêncio.
A cara do Bruno era um imenso: “putz”
Jéssica não entendeu mas respondeu: - Não... eu sou baixinha até. – Seu rosto era uma grande interrogação.
Mais silêncio
- Eu vou indo, gente! Até mais. – Bruno se despediu de Phil com um abraço e pra Carol deu apenas um tchauzinho.
Carol estava pálida, mas Phil se acabava de rir - Você é alta? Sério? Carol, ela tem 1,60m.
- Se ela me pega faz espetinho de Carol.
- Hã?
- Em português fica mais legal...
Os dois se olham e se acabam de rir, mas Carol secretamente está mesmo é com vergonha.
Carol liga o carro e respira fundo. Aquela segunda-feira parecia ter durado uma semana inteira. Ela estava animada e ao mesmo tempo nervosa, mas sabia que aquele segunda-feira mudaria sua vida pra sempre. Pensou na oportunidade que Anthony e Phil lhe deram. Pensou em Bruno. Que cara sensacional. Em todos os os aspectos. Sorriu ao lembrar da estonteante Jessica. - Garota de sorte, viu? - pensou ela. - Eu ia amar ter um Bruno Mars pra mim... - Riu e sua cabeça foi em Carl. Ah sim, Carl. Pegou o celular pra mandar mensagem mas foi surpreendida:
"Reunião depois do expediente. Não me espere. Te amo!"
Carol não podia acreditar no que lia. A mesma desculpa. A mesma do dia em que o flagrou em um motel barato com uma estagiária do escritório em que ele trabalha.
O nervoso tomava conta mas ela conseguiu chegar em casa. Quando abriu a porta, as lágrimas que não paravam nem por um minuto a deram força pra dizer: "Eu não posso mais viver assim"
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