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História A Ninfa. - Morando juntos.


Escrita por: samis_dono

Notas do Autor


Oe
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Boa leitura

Capítulo 4 - Morando juntos.


Eu havia acordado tarde nesse dia. Decidi por todos os pedidos a espera e dediquei meu tempo em cuidar dos cavalos. A Angel e o Demon precisavam de um dia merecidamente confortável. Dei-lhes banho de mangueira, penteei suas crinas e lhes dei ferraduras novas. No começo da tarde, eles corriam pelo cercado, relinchando e bebendo água do rio que ali ficava. Aproveitei o tempo quente e dei um mergulho rápido no riacho, deixando meu vestido de malha fina colado em meu corpo. Corri pra dentro afim de me secar, mas ao passar pela janela da sala, vi um carro estranho parado em frente de casa.

- Ué, será a cobrança? - pensei. - Mas não estou devendo nada..

Do jeito que me encontrava, fui para fora, e bati contra o vidro inúmeras vezes. Ma seja lá quem fosse, não abria. Bufei e voltei pra dentro, indo ao quarto trocar de roupa. Coloquei um vestido verde rodado, e quando desci as escadas, ouvi o barulho da porta da geladeira ser fechada. Ao parar na soleira da porta, encontro o mesmo homem de ontem, servindo-se de um sanduíche pré feito. Ele me encarou, e em poucos segundos explodi:

- QUE DIABOS FAZ AQUI EM CASA? COMO ENTROU?

- Ô louca, não sou surdo. A porta tava aberta - ele deu outra mordida no sanduíche.

- O que faz aqui?

- Te devia uma visita - ele piscou o olho, e aquilo me fez corar.

- A-assim, de repente?

- E tem hora melhor? Aliás, - ele se aproximou, perto o suficiente pra ver nitidamente a densidade de seus olhos - está muito bonita neste vestido.

...

Depois desse folgado comer e se sentar em meu sofá afim de me explicar sua aparição, comecei a rir que nem condenada quando ouvi sua proposta.

- É sério mesmo? - ele afirmava com a  cabeça, que me faia rir mais. - Você só pode estar louco.

- Talvez eu seja..

- Olha, - respirei fundo - por mais insano que isso seja, você só quer fazer isso para não admitir que tem interesse em mim.

- Não - ele disse tão sereno que me doeu. - Eu não tenho o que perder. Vou aprender como funciona a mente de uma ninfomaníaca, além de ter moradia e comida todo dia, e boa companhia.

- E por que eu aceitaria? Não me beneficio em nada, pelo visto.

- Você vai aceitar. Ainda que tenha essa reputação, sei que é uma mulher honrada, que cumpre com o que diz - eu ia interrompê-lo, mas ele continua. - E se bem me lembro, no seu anúncio dizia que para ganhar sexo, seria Ninfa. Pro amor, Verena.

- Tá, mas o que tem meu anúncio com isso tudo?

- Você acaba de ganhar um parceiro casual, que te pagará se necessário, senhorita Verena.

Ele acertou. Um homem que só conversou comigo em três minutos acertou o que poucos não sabem em uma vida inteira: eu cumpro minhas promessas. E eu havia prometido me entregar pro amor, se alguém me chamasse por Verena. Mas ele não sabe.

- E quem disse que concordo com isso?

- Está mentindo - ele se aproxima, e me fita com seus olhos vivamente lindos. - Ou tem medo de se apaixonar?

- M-medo? - sim, muito. - Nada disso! Fique quanto quiser, leve suas coisas pro quarto de hóspedes, e depois veremos quem vai se declarar primeiro.

Determinada, saio em direção a cozinha pra fazer o almoço, e ao pegar em um copo, percebo o quanto estou tremendo.

POV's Jonathan

Eu segui pro quarto de hóspedes, deixando minha bagagem por lá. Voltei pra sala e encarava os quadros e suas fotografias. Segui até a cozinha, e ela mexia com temperos, enfiando as mãos em grandes pedaços de carne. Era uma mulher encantadora, mesmo com os cabelos desgrenhados, se mostrava atenciosa com o que fazia. Não conti o pensamento dela ser uma boa mãe, e uma boa esposa.

- Desde quando? - pergunto, me sentando em uma das banquetas.

- Desde quando o quê? - ela colocou a carne na assadeira, levando ao forno.

- Desde quando isso tudo começou?

- Nao sei ao certo... Tive minha primeira relação com 18, mas depois trai meu namorado com seu amigo, seu irmão, seu pai e colegas de trabalho. Decidi sair da antiga cidade por conta dela ser pequena e notícias correm rápido. Vim para cá, e precisava de trabalho, quando conheci Dona Shit. De começo, ela só me pediu pra servir as mesas e limpar os quartos, mas eu tinha desejo em subir no palco e passear por entre os homens, sendo desejada por eles. Daí, no dia da Animalia, vesti aquela fantasia e fui a que mais levou homens pro quarto. Dona Shit achou ser uma boa ideia eu trabalhar neste estilo, e fiquei até que minha mãe faleceu, me deixando esse chalé. Resolvi largar o trabalho, e atender em casa.

- Não pensa em constituir família?

- Acho que não preciso responder essa pergunta, está óbvio!

- Não, não está - ela termina um arroz, quando vem em minha direção e para em minha frente, me dando uma visão de seu corpo inteiro.

- O que você vê?

- Uma mulh - ela me corta.

- Uma ninfomaníaca. Fome de sexo. Desejo de sentir desejo. Uma mulher de seios médios, bunda arrebitada e corpo violão, de cabelos de fogo e olhos esverdeados, que muitos querem ter na cama. Apenas na cama, não em rotina de acordar e dormir, vendo a mesma cara. Eles não me querem desse jeito..

Sua voz enfraquece, e por um instante, vi que estava triste. Se virou pra ir, mas a peguei pelo pulso.

- Vejo uma mulher. Atraente, delicada, me parece atenciosa. Tem olhos lindos, e tenho certeza de que se eu te conhecesse mais, com certeza gostaria de tê-la como esposa.

Seus olhos ficam mais claros. Ela gostou do que ouviu, e sem perceber, estávamos abraçados e próximos, nos encarando. Sentia seu coração pulsar forte, e me fazia pensar como uma mulher dessa não se apaixona, se eu já estou perdido em pensamentos dela?

POV's Verena 

Ainda estávamos abraçados quando senti cheiro de queimado.

- MEU ARROZ!!!! - corri até a panela, e vi que quase tudo queimou. - Mérde..

- Uau, adoro arroz queimado - o desgraçado ria como nunca. Não evitei de rir também. Servi o almoço, e me retirei até meu quarto.

Estava precisando pensar por alguns minutos. Seria sério tudo aquilo? Seus olhos não pareciam mentir pa mim, mas eu o conheço pouco, e parece que somos unha e carne. E nessa coisa louca, eu teria que negar sexo, e em troca, ele me ensinaria as artes de amar. Tomo um banho gelado, e coloco um vestido branco e leve, e uma calcinha de algodão. Vou até seu quarto, e o encontro apenas de toalha, mexendo na bolsa.

- O-oi - ver aquele corpo esbelto e definido fez meu interior se contorcer. - Estou indo pro estábulo, atrás da arvore. Apareça lá.

- Ok. Mas antes, venha cá.

Vou até ele, me focando em seus olhos e esquecendo seu abdomem.

- O que acha de meu corpo?

- Forte, musculoso, e muito gostoso.

- Errou. Desse jeito não vai conseguir amar ninguém. Tem que olhar mai a fundo, e não superficialmente. Aposto que nem percebeu uma cicatriz que tenho na lateral da cintura.

- Nossa! - ele estava certo. Não percebi. Me aproximo e toco sua cicatriz, e ele estremece. - Dói? - ele nega. Deslizo meus dedos por ela, descendo  pela lateral da toalha, parando aonde estava presa com um nó simples.

- A-acho melhor você sair - percebi que estava excitado, e meus lábios sentiram vontade de lhe beijar. Com muita força de vontade, me retirei do quarto.


Notas Finais


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. Tchau
Até a próxima.


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