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História A Noiva Sakamaki - Rosas.


Escrita por: didi-cham

Notas do Autor


OIEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!!11111
Já vou avisar que eu amei esse capítulo. Sério, eu amei escrever ele, mesmo tendo demorado séculos para postar. Mas aqui estou eu ><
Hihihihihihihihihi

Já vou avisando: LAITO ALERT! CORRAM PARA AS COLINAS ><
Hhahahahahhahahah

Espero que gostem ><

Capítulo 33 - Rosas.


Fanfic / Fanfiction A Noiva Sakamaki - Rosas.

 

Kiary...

 

Seus olhos azuis observava a cidade como se fosse algo inexistente. Para falar a verdade, ela não conseguia observar nada, somente luzes fracas e de cores desbotadas pelo negro da janela.

Por todo o percurso da volta, Kiary se perguntava o que estava realmente acontecendo com ela, do por que se sentia tão vazia, mesmo sabendo que era somente uma merda de recipiente para sangue. Ela já aceitou isso, de certa forma, mas antes ela tinha vontade de lutar e se ver livre. Mas agora que percebeu o quão fraca e inútil é... Ela se sente mais vazia do que antes. Parece que os poucos sentimentos que construiu no decorrer de sua estadia com os irmão foram totalmente destruídos pelos dedos magros de Kanato.

Mas as palavras de Kanato foram mais vorazes e violentos para a alma perdida da rosada, que tentava em vão entender o porquê nunca percebera isso antes.

Ela não era tão melhor quanto os irmãos. Ela sempre achava algo monstruoso a forma que eles a usavam e depois a jogavam fora, mas agora, lembrando-se de tudo que fez, fica enjoada de si mesma.

Ela sentia os toques gelados em sua pele, e deixava eles acontecerem. É claro que ela lutava, mas no final simplesmente deixava que eles a usassem. Ela se transformou em uma noiva submissa. Naquilo que mais odeia.

Os olhos de Kiary se fecharam enquanto um suspiro se prendia em sua garganta. O carro parou, mostrando que haviam chegado a mansão. Ela ficou calada por um tempo, ouvindo a porta de Kanato ser aberta para então logo ouvir a sua. Um vento frio tomou o seu corpo, e nesse momento ela abriu seus olhos, assustando brevemente o motorista, que se chocou com a forma fria que o corpo tão belo se movia. Ela parecia uma boneca vazia, quebrada.

Kiary desceu do carro sem hesitar, olhou ao redor e não sentiu nada ao ver o lindo jardim da casa. Ela observou a entrada da enorme mansão e viu os olhos esverdeados de Ayato a observando atentamente, vendo a forma em que ela se comportava. Isso o perturbou tanto que nem sequer percebeu quando ela se aproximou a passos tão sutis e angelicais que ela parecia flutuar sobre o chão.

Ela passou reto por ele, os olhos focados para dentro da mansão, querendo logo se jogar em sua cama e dormir. Dormir até sentir seu corpo pesar e as lágrimas inexistentes surgirem.

- Onde vocês estavam? – Kiary ouviu a voz levemente rouca de Reiji soar firme e fria, fazendo com que seu corpo desse um solavanco ao parar enquanto Kanato simplesmente olhava na direção do irmão com seu olhar de sempre.

- Eu levei a Kiary-cham para passear... – Kanato disse fazendo com que Kiary desvia-se seus olhos para um lindo candelabro. As chamas brincavam com a brisa sutil que vinha da porta aberta, fazendo com que as luzes ficassem assustadoramente elegantes.

Ela sentiu-se incomodada com as palavras de Kanato, como se ela fosse um bicho de estimação. Algo que não estava tão longe da verdade.

- Mas eu não ouvi nada a respeito disso. Você por acaso pediu a minha permissão para levar a Yorumitsu-san a algum lugar, Kanato? – Reiji perguntou em um tom frio, o queixo empinado e os olhos intensos focados em seu irmão mais novo. E Kiary não pode deixar que um arrepio subisse por sua espinha, deixando-a alerta a qualquer movimento dos presentes na sala.

- Não me importo. – O menino disse em um tom monótono, pegando a mão gelada de Kiary, que não demonstrou nada com o toque, e começou a arrastar para dentro da mansão, ignorando totalmente a presença de Reiji e Ayato.

Kiary olhou de soslaio para Kanato, chocada e surpresa.

Todos na casa sabiam que Reiji odiava que o desobedeçam, mesmo que por coisas tão banais e bobas. Mas Kiary sabia que o que ele fez era algo sério, tanto que a rosada se intimidou com a repentina tenção no lugar.

Kanato continuou a puxar Kiary com força, chegando então a sala de jogos vazia e escura.  Ele soltou o braço da menina com certa brutalidade, continuando a caminhar como se nada estive-se acontecendo, como se olhos azuis e atentos não estivessem encarando suas costas enquanto ele se afasta, como se não tivesse nada de errado no estranho e sombrio frio da sala.

E, sem disser nada, Kiary permitiu seu corpo relaxar enquanto sua mente tentava entender o que acontecia dentro e fora de si.

 

[...]

 

Seu quarto estava tão ou mais frio que a sala. As cortinas brancas brincavam com o vento, como uma dança sem sentido, mas extremamente hipnotizante.

Sentada em sua cadeira posicionada em frente à sua escrivaninha, Kiary deixou seus olhos analisarem meticulosamente sua imagem ali espelhada.  Ela não sabia dizer o que via além dos olhos azuis, além do rosto delicado e angelical, além das olheiras profundas e do pálido de sua pele.

Ela sorriu consigo mesma. Um sorriso tão destruído e desolador que ela sentiu pena de si mesma em acreditar nas palavras frias de Kanato.

Como alguém poderia sequer pensar que ela seduziria alguém, sendo que está com uma cara tão péssima, olhos tão vazios e sorriso tão falso?

Isso era algo que nunca iria entender.

Os lábios rosados e ressecados de Kiary se abriram em um suspiro cansado enquanto ela afastava a cadeira e se alevantava, os ombros caídos e as pernas levemente bambas. Ela olhou ao redor, focando seus olhos na imensidão azul que era o céu sobre sua sacada, e, sorrindo, seguiu até lá.

O vento frio atingiu sua pele também gelada, fazendo seus cabelos flutuarem em movimentos delicados e sutis. Os olhos brilhavam com a intensidade do brilho da lua, assim como o das estrelas.

A sacada era grande o suficiente para deixar Kiary caminhar de um lado para o outro sem nem mesmo chegar perto da linda cerca que a envolvia. O chão e as paredes eram de pedra, sendo coberta por um telhado alto e sustentada por pilares adornados com desenhos singelos e charmosos. Um ar romântico predominava ali, fazendo um sorriso verdadeiro e pequeno nascer no rosto pálido e morto.

 Ali não era poluído por moveis ou coisas desnecessárias. Somente o vazio e o lindo cheiro de rosas.  

E, quando os olhos azuis se prenderam na vista da sacada, o sorriso, antes tão morto, pareceu brilhar em vida.

- Nossa... – Kiary sussurrou apaixonada, os olhos passando de um lado para o outro do campo que sempre era observado de perto, não de longe. Ela se aproximou a passos rápidos da cerca, praticamente arfando quando o vermelho vivo predominou todo o seu campo de vista, sendo adornado pela floresta robusta e pelo céu negro e com sutis estrelas.

Ficou a observar o vento balançar as árvores e rosas, assim como se encantou com o som que aquele simples acontecimento fazia. Era uma melodia calmante e encantadora, que fazia o corpo cansado se relaxar. Kiary respirou fundo, sentindo o vento levar seus cabelos e vestido, deixando-a ainda mais relaxada e perdida em sentimentos a muito esquecidos.

Ela olhava as pétalas de rosas sendo levadas pelo vento delicadamente. Elas subiam no ar como se estivessem dançando umas com as outras, brincando de pega-pega ou simplesmente flutuando para sua liberdade.

Kiary sorriu com isso, feliz em descobrir que pelo menos alguém podia ter esse sentimento.   

E, com esse pensamento na cabeça, deixou a visão do jardim para trás, seguindo até o seu quarto para se preparar para tentar dormir.

 

[...]

 

Kiary entrou no seu quarto e se espreguiçou, sentindo-se um pouco melhor após um banho não tão demorado e uma breve passada na cozinha para comer alguma coisa, já que se sentia fraca e tonta.

Seus olhos pesavam em sono, mas ela sabia que não conseguiria dormir, pois a cada nova respiração, as imagens desfocadas e agonizantes da casa mal assombrada voltavam em sua mente, que parecia pregar pesas em sua dona.

Ela deitou seu corpo de qualquer jeito sobre a cama, mas logo percebeu que realmente não conseguiria dormir, então, para se distrair, Kiary alevantou-se e começou a procurar seu celular, que parecia simplesmente ter sumido, mas, quando finalmente o encontrou, ficou chocada e irritada por ver que ele estava ao seu lado o tempo todo. No maldito criado mudo.

Ela estava perdida demais em pensamentos para ter percebido isso.

Suspirou de forma cansada, percebendo que não tinha forças nem mesmo para reclamar. Sentou-se em sua cama e ficou observando seu celular, vendo que ele estava com bastante bateria, mesmo que ele tenha sido esquecido a certo tempo.

Colocou seus fones, deu play na música e deitou-se em sua cama, ficando virada para a sua sacada, deixando seus olhos se perderem em meio ao negro do céu e seu corpo ser banhado pela brisa leve.

Um sorriso calmo nasceu em seus lábios quando fechou os olhos, focando-se no sentimento que o vento frio deixava em sua pele, assim como se focou na música tão calma que soava por seus fones. Mas no momento seguinte ouviu o barulho baixo de sua porta sendo aberta e então fechada.

Ela olhou sobre o ombro, ficando levemente confusa ao ver os olhos verdes e os cabelos vermelhos e compridos de Laito, assim como se surpreendeu ao perceber que ele parecia estranhamente calmo, uma expressão leve e casual em seu rosto. Suas roupas eram despojadas e não usava o mesmo uniforme de sempre, algo que deixou a rosada ainda mais confusa.

- Não me diga que a Bitch-cham esqueceu nosso contrato... – Ele murmurou divertido, sentando-se na cama, fazendo com que o colchão pende-se um pouco para o lado. O corpo de Kiary não se moveu e sua expressão passou de cansada para surpresa e constrangida.

Ela tinha se esquecido completamente disso.

Os olhos azuis se arregalaram quando o corpo de Laito pendeu na sua direção, fazendo com que o corpo da rosada praticamente voa-se para fora da cama. Ela não soube dizer como conseguiu sair correndo de encontro a sua penteadeira, mas, no momento seguinte, ficou aliviada por ver a enorme distância entre ela e o chapeleiro pervertido.

- N-nós temos mesmo que fazer isso? – Ela perguntou levemente desesperada, mesmo que sua aura inabalável não tenha desaparecido por completo. Laito fez um biquinho decepcionado ao ver que o rosto dela não ficou vermelho, assim como percebeu que seus olhos não demonstravam o sutil brilho que ele tanto ama.

- Mas é claro... – Ele disse com um tom malicioso, desfazendo sua expressão manhosa enquanto via Kiary sentar-se em sua cadeira, sem tirar os olhos azuis dos verdes – Eu não ia querer dormir no mesmo quarto que o da Bitch-cham se eu não pudesse dormir na mesma cama... – O sorriso malicioso dançava perigosamente em seu rosto quando ele se deitou na cama macia da rosada, sentindo seu cheiro doce e hipnotizante.

 Kiary paralisou ao ver a forma que os olhos verdes se semicerraram em luxuria.

 Porque ela teve que concordar com isso?

Kiary suspirou contida, mordendo o interior de suas bochechas rosadas, percebendo mais uma vez na furada que se meteu. Ela estava, no mínimo, fodida.

- A Bitch-cham fica tão fofinha quando está arrependida...- Laito disse em meio a um sorriso, rindo ao ver o rosto da menina ficar vermelho, assim como ele adorava ver. Ela lançou um olhar mortal em sua direção, e ele, fingindo ficar com medo, encolheu-se.

Mas o sorriso não subiu de seus lábios.  

Kiary suspirou novamente. Ela já avia aceitado isso a certo tempo, mas ainda era constrangedor admitir isso em voz alta. Mas foi por um bom motivo.

Ela descobriu mais sobre sua mãe e sobre seu passado. Descobriu que sua mãe foi alguém que os irmãos conheceram e que ela tinha muito segredos a esconder, e um deles era a própria existência de Kiary.

A rosada olhou para Laito novamente, tentando pensar no lado positivo disso tudo, mas, no final, ela não encontrou nada.

- Certo... – Ela falou simplesmente, botando as mãos na cabeça para afastar suas madeixas rosadas, observando o nada com uma cara pensativa. Ela nem sequer percebeu o quão sexy e tentador esse movimento foi. Alevantou-se da cadeira e suspirou – Eu vou fazer isso, mas... – Ela começou, olhando atentamente para Laito, que a observava com um sorriso – Você está proibido de me tocar! – Ordenou, os olhos cheios de uma determinação e uma aura gélida a envolvendo.

Por um breve segundo, Laito sentiu-se realmente intimidado pela pequena e marrenta menina a sua frente. Mas isso só o fez sorrir mais ainda.

- Quem sabe? – Ele disse se virando de costas para Kiary, deixando um espaço para que ela se deitasse. 

Kiary hesitou.

 Era obvio que ele ia tentar fazer alguma coisa.

Kiary suspirou e se sentou na cama, mesmo sabendo que não devia. Ela olhou para Laito sobre o ombro, vendo-o imóvel, o corpo movendo-se somente quando ele respirava, mas Kiary sabia que esse era um hábito que eles construíram para fingirem ser humanos, já que eles não precisam realmente respirar.

 Kiary suspirou novamente e deixou seu pescoço pender para trás, fazendo seus cabelos deslizarem pelas suas costas, e, esticando sua mão, desligou a luz, deixando somente a luz da lua iluminando o quarto.

Ela afastou as cobertas e se deitou, puxando-as mais uma vez sobre si, sentindo mais desconforto do que sono.

Kiary se ajeitou na cama, estranhando o silencio de Laito e a forma que ele nem sequer movia um músculo, nem mesmo quando ela se deitou e relaxou o seu corpo, muito menos quando ela focou seus olhos na janela, se perdendo completamente em pensamentos e sentimentos, mesmo que eles fossem tão pequenos e facilmente ignorados pela rosada.

Ela se arrumou novamente na cama, botando seus cabelos para cima das cobertas, pois estava fazendo cócegas sutis em suas costas, algo extremamente desagradável e irritante, mas, antes que ela fecha-se os olhos e se permitisse dormir, sentiu algo estranho em seu pescoço, como se fizessem cócegas leves.

Será que era seu cabelo de novo?  Mas ela avia os arrumado agora apouco, então?

Ela resmungou baixinho, sentindo-se levemente incomodada com aquilo e, sem nem mesmo perceber, virou o seu corpo sonolento e mole, para o lado, suspirando ao não sentir mais aquilo.

Mas, antes que percebe-se o que realmente estava acontecendo, sentiu uma respiração gelada e próxima a si, fazendo com que seus olhos abrissem, preguiçosos e pesados, para encontrar duas esmeradas banhadas no brilho da malicia.

Merda.

- Nfufufu... A Bitch-cham é tão fofinha enquanto dorme... 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Huhuhuhuhuhuhuhu
Eu amei escrever isso, acho que desabafar com vcs tenha me ajudado com isso ><
Obrigado pelo carinho e apoio no último capítulo. Pode não parecer, mas vcs me ajudaram muito.

E eu nunca, mas nunca mesmo, vou parar de escrever essa fanfic, mesmo que eu demore para postar. Eu simplesmente amo ela e tenho um grande carinho por tudo, principalmente por vcs, meus leitores. Mesmo vcs, meus amados fantasmas. Saibam que, mesmo vcs não aparecendo para me dizer um "oi", eu ainda os considero incríveis e especieis aqui ó <3
E digo o mesmo para os que sempre aparecem nos comentários e sempre melhoram o meu dia e me ajudam a não desistir. Realmente... Vcs sempre me ajudam a sorrir <3

Um beijo, um queijo e até o próximo capítulo.


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