Abro os meus olhos e noto que estou deitada no banco de trás do carro do meu pai.
- O que está acontecendo? - Me levanto, ficando sentanda - Eu preciso saber como a Madison está!
- Você não precisa mais saber sobre aquela garota! - Minha mãe diz
- Você vai para casa com a gente e vai se afastar daquela garota.
- O que ? Eu não vou me afastar dela! - Falo frime e sinto meu pai aperta o volante de raiva.
- Eu sabia que isso ia voltar a se repetir! - Ele bate a mão no volante
- Eu soube disso desde que vi aquela garota.
- Eu disse que devíamos ter deixado a Zoe naquele colégio de freiras, mas você não quis! - Minha mãe fala brava.
- A culpa não é minha se pensei dela ter uma vida normal.
Fico ouvindo toda aquela briga idiota deles e pensando na Madison. Eu desmaie quando vi os meus pais e agora não sei como ela está, se piorou, se desmaiou também ou se os meus pais disseram algo a ela. Ah, meu Deus, me ajude!
Chegamos em casa e subo direto pro meu quarto a mando dos meus pais. Do quarto ainda escuto os dois discutindo o meu futuro. Se devo ou não ir pro colégio de freiras.
Pego meu celular na mochila e ligo para Madison:
- Madison, é a Zoe!
- Oi, minha nora! Aqui é a mãe dela.
- Hã... Oi senhora, Goode. Como está a Madison ? Posso falar com ela ?
- Depois que os seus pais saíram daqui, ela melhorou.
- Não me diga que eles disseram mais coisas horríveis a ela!
- Disseram, mas eu expulsei eles a pontapé e eles foram embora com você.
- Eu sinto muito por tudo isso, Fiona!
- Não se preocupe! Madison ficará bem e... obrigado por ter salvado a vida dela.
- Não há de que! Eu salvaria a vida dela quantas vezes fossem preciso.
- Você é um amor, Zoe! Madison está acordando, acho que já pode falar com ela.
- Ok, obrigada!
Aguardo uns minutos e Madison atende o celular.
- Zoe ?
- Madison, você está bem?
- Estaria melhor se tivesse você e um cigarro aqui.
- Madison, eu preciso te dizer algo.
- O que ?
...
- Eu amo você!
...
- Eu também amo você, Zoe!
- Eu queria te dizer isso pessoalmente...- lágrimas caem dos meus olhos - Mas os meus pais querem me afastar de você.
- Zoe, não chora! Agora temos uma conexão e ninguém vai separar isso. Se for preciso eu saiu agora mesmo desse hospital e te sequestro.
- Não faça isso, pelo amor de Deus! Eu acabei de dizer que amo você, não quero que você piore o seu estado! Eu vou dar um jeito!
- Tudo bem! Irei ganhar alta as 20:00 hrs e assim que eu sair passo na sua casa para te ajudar a enfrentar os seus pais, ok?
ZOE ?! - Ouço a voz da minha mãe me chamando lá embaixo.
- Ok! Até de noite, bjs.
Desligo o celular e escondo no meu sutiã para caso os pais quisesse pegar. Desço pra sala e minha mãe manda eu arrumar minhas roupas, pois irei para o colégio de freiras.
- Eu não vou para esse colégio! - Subo correndo as escadas e me tranco no quarto.
Penso em pular a janela, mas era bem alta. Meu pai bate na porta e eu não abro. Ele então arromba a porta e me tira a força do quarto e me leva para dentro do carro. Minha mãe pega algumas roupas minha, depois entra no carro e vamos para o tal colégio de freiras.
Enquanto eu esperava do lado de fora com minha mãe, eu ouvia meu pai dizer horrores da Madison. Ele apenas viu a gente se beijando e agora estava dizendo que eu e ela estava quase transando no hospital.
Sinceramente, meu pai parecia aqueles crentes de merda que gosta de aumentar os fatos. Eu nunca o considerei evangélico pelo fato de como ele trata as pessoas. Pra mim, ele é um imbecil que pensa ser santo.
- Vou pegar água, você quer ?
- Minha mãe pergunta e eu nego com a cabeça.
Minha mãe era legal, mas as vezes parece que abaixa um espírito nela que a faz ficar super chata e ruim com quase tudo...
Ela sai para pegar a água no fim do corredor, virando um pouco a direita e eu fico pensando em tudo que passei com a Madison. Olho pro lado e vejo uma saída. Meu coração acelera e eu penso se devo ou não ir embora dali e procurar a Madison, ou se devo deixar os meus pais decidirem meu futuro mais uma vez.
Por um momento, eu esqueço de tudo que tem acontecido e só percebo que estou correndo quando estou há uns dois quilômetros de distância do colégio. Eu automaticamente fugi dos meus pais e daquele colégio. Eu não podia simplesmente deixar tudo se repetir e deixar a Madison apenas na minha memória! Eu precisava dela na minha vida!
Corri muito, até que chegue em uma estação e embarquei para Vice City - uma cidadezinha que eu conhecia um pouco. Quando cheguei lá, liguei para Madison e pedi para que ela se encontrasse comigo. Ela apareceu umas 21:30 no segundo vagão.
- Zoe, o que faz aqui ? - Ela pergunta preocupada.
- Eu fugi, Madison! - Lhe abraço - Meu pai ia me colocar em um colégio interno e eu fugir de lá. - Falo meio desesperada - Não quero que você seja expulsa e sei que ele irá fazer você ser expulsa.
- Zoe, se calme! - Ela se afasta e toca no meu rosto - Ninguém vai me separar de você, se é isso que você quer saber.
Por impulso ou necessitando, eu a beijo e começo a chorar.
- ZOEEEE !! - Ouço a voz do meu pai. Olho pro lado e o vejo com minha mãe e uns policiais.
- Não acredito que eles nos achou! - Fico com medo e desesperada
- O que vamos fazer agora, Madison ? - Pergunto chorando e com medo deles nos pegar.
- Vem comigo! - Ela pega na minha mão e saímos correndo para fora da estação.
Madison da volta e entra no seu carro. Vamos para um lugar estranho e cheio de pessoas drogadas. Ela para o carro em um pequeno prédio e entramos.
- Aqui tenho certeza que eles não irão nos achar. - Ela diz olhando pela janela.
- Quem é ela ? - Pergunto olhando para uma mulher deitada no sofá.
- Essa é a Cordelia. - Ela bate com a almofada na mulher.
- Que foi ? Que foi ? - A mulher acorda assustada.
- Nada, Cordelia. - Diz Madison - Só sai daqui.
A mulher se levanta me olhando estranho e Madison a empurra para fora.
- Ela é outra ficante sua ?
- Pergunto curiosa.
- Não! - Ela se senta no sofá - Ela só cuida desse prédio quando não estou.
- Hum... - Fico em pé meio inquieta.
- Zoe, não se preocupe! Eles não vão nos achar aqui. - Ela se aproxima e me abraça - E você é a única ficante minha.
- Não quero ser só a sua ficante. - Ela se afasta e me encara com um sorriso lindo.
- Eu já te disse uma vez e vou dizer quantas vezes for preciso. - Ela pega na minha mão - Você aceita ser a minha namorada ?
- Claro que aceito! - Lhe abraço forte e lhe dou um beijo intenso.
Ja que eu havia enfrentado os meus pais, fugido e trocado um garoto por uma garota, não havia mais motivos ou barreiras para eu continuar negando que gosto da Madison. Exceto uma coisa:
- Mas e a Misty ? - Pergunto parando o beijo - Porque pelo que sei, vocês duas estão namorando.
- Eu nunca namorei com a Misty!
- Ela sorrir - Só fingir que estávamos namorando para você tomar coragem e aceitar que gosta de mim.
- Sua vadiaaaa! - Falo meio brava.
- Me desculpe! - Ela rir.
- Eu tenho que te confessar uma coisa também.
- O que ? - Ela me olha seria.
Suspiro tomando coragem para dizer o que eu quase fiz quando ela estava bêbada.
- Quando fomos naquela balada, e você ficou bêbada, eu te levei para aquele apartamento e quase transei com você.
- Você o que ? - Ela me encara não acreditando.
- Desculpa, mas eu precisava te dizer isso.
- Tudo bem, Zoe! - Ela rir - É uma pena eu ter dormido e não ter me lembrado dessa cena. - Rio com ela.
- Você não se lembra daquela cena, mas tenho certeza que vai se lembrar dessa. - Toco no seu rosto e lhe dou um beijo intenso.
Ela aperta minha cintura, passa a mão nas minhas coxas e me pega no colo. Mantenho nossas bocas coladas e ela me leva para sua cama, onde passo a segunda melhor noite de amor da minha vida...
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