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História A nossa casa. - Gideão Arco parte um.


Escrita por: Narukura

Capítulo 16 - Gideão Arco parte um.


Gideão olhava as arvores pelo para-brisa do carro enquanto contava os segundos para chegar ao Lumberjack Camp, já haviam se passado 5 minutos, o campo ficava do outro lado da cidade, mas, graças a Daniel e Taisla, ele conseguiria chegar lá a tempo.

“Não quer dizer que você já conseguiu” insistia em dizer uma vozinha irritante em sua mente enquanto ele olhava para a própria mão vendo alguns machucados nos nós dos dedos.

Os machucados que ganhara quando se meteu na briga entre Dipper e Robbie “Nem consegue ajudar seu amigo, por que acha que...” —Cala Boca! —gritou para a voz que parecia querer deixa-lo louco—como se um pedaço de mim quisesse me sabotar—pensou Gideão massageando suas têmporas.

- Já disse que não sou baixa! Gritou Taisla tirando Gideão de seus devaneios.

- Eu tenho um metro e sessenta e cinco minha altura é mediana. Disse Taisla defendendo-se.

- Um e setenta é uma altura mediana, por cinco centímetros você é baixa. Disse Gideão suspirando enquanto jogava seu corpo no acolchoamento do banco sentindo o soco de Taisla em seu braço.

- O que você acha Pacifica? Perguntou Taisla para a NorthWest exprimida na janela.

- Para mim você não é baixa. Falou Pacifica atônita da situação enquanto Taisla sorria vitoriosa.

- Se for por esse ângulo então pra mim todo mundo é baixo. Comentou Daniel que só não recebeu um soco de Taisla porque estava dirigindo.

- Ninguém chamou o quilometro em pé. Gritou Taisla fazendo o ouvido de Gideão e de Daniel rinchar.

- Por que você se incomoda tanto com a sua altura? Perguntou pacifica para Taisla.

- Não minha altura que me incomoda, o que me incomoda são as pessoas, pela minha altura as pessoas me tacham como inocente, fofa, calma... Isso me dá tanta raiva. Disse Taisla apertando os punhos.

- Eu acho que você é legal. Disse Pacifica recebendo um “Obrigada” em resposta antes de se aconchegar no banco.

Enquanto isso do outro lado da cidade, mais precisamente na casa dos Gleeful, era possível escutar pequenos barulhos de objetos caindo no chão e uma leve gritaria de uma mulher.

Esse mulher era Suzy Gleeful que já não gostava de acorda muito cedo porquê seu turno no hospital era das 20h:00min às 6h00min, então era obvio que depois de apenas 5 horas de sono ela já ter que estar de pé não era nem um pouco agradável.

Depois de descer as escadas em pequenos pulos ela procurou desesperadamente pela chave do seu carro, derrubava papeis no chão e, vez ou outra, tropeçava em seu próprio pé.

- Eu preciso me apreçar. Falou pegando a chave no raque e depois caminhando até a porta da frente.

- Como eu não pude perceber isso? Perguntou para si mesma trancando a porta e correndo para seu carro.

- Eu preciso acha meu filho. Disse entrando no carro jogando a pequena carta de Gideão no banco traseiro.

No total levaria 15 minutos para chegar ao Lumberjack, mas não era o caso de Suzy Gleeful que no total levou apenas cinco minutos com o acréscimo de algumas multas, mas ela não dava a mínima para isso.     

Depois de “estacionar” o carro ela caminhou para dentro do campo ignorando os olhares de alguns lenhadores sobre si até que avistou algum conhecido.

- Onde ele está? Perguntou irritada para Billy que olhava tudo um pouco atônito.

- Senhorita Gleeful, por que não se senta e eu... Não pode terminar pois recebeu um potente tapa dela.

- Onde ele está? Perguntou novamente.

- Olha eu adoraria falar, mas... Outro tapa.

- Está bem,  está bem,  está bem,  está bem! Gritou apressado evitando outros possíveis tapas.

- Ele está no velho galpão, eu te levo até lá. Falou começando a andar sendo seguido por ela —Pareciam socos— Pensou andando mais rápido.

Suas mãos ardiam, sentia que cada vez que ele abaixava o machado suas mãos puxavam seus ossos juntos tentando arrancar seus braços, respirou fundo uma última vez e ergueu o machado para cima de novo.

Ele flexionou os joelhos deixando sua mão direita passar a fazer força para baixou enquanto sua mão esquerda fazia o efeito de alavanca colocando mais força no movimento até o com o bloco de madeira fazendo todo seu corpo reclamar de dor.

- 149. Gritou Manly Dan na frente de gideão que ao seu redor recebia olhares julgadores.

- Só mais uma. Repetiu para si mesmo pela milionésima vez.

- Nem se atreva! Gritou uma voz feminina entrando dentro do galpão chamando a atenção de todos

Quando Suzy foi ao encontro com seu filho ela não pode evitar que uma lagrima escorresse pelo canto do olho, seu filho estava acabado, fisicamente e psicologicamente, todo seu corpo estava suado e ele arfava indicando sinais de que logo ele iria perde a consciência.

- Última peça Gleeful você ainda tem 25 segundos. Alertou Manly vendo que Gideão não respondia.

- Não erga essa coisa. Gritou Suzy dando um passo à frente ficando na frente do seu filho.  

- Mãe? Chamou Gideão quase perdendo a consciência.

- Sim? Perguntou abraçando seu filho que soltara o machado.

- Eu não quero perde-la. Sussurrou suas últimas palavras antes de desmaiar, mas ele ainda pode ouvir um “Não ira” embora ele não soubesse de quem fosse.

Nada, era isso que gideão sentia e via, nada, seu corpo parecia flutuar numa profunda escuridão até que uma pequena chama azul era vista de longe, uma chama que crescia cada vez mais e começava a alcança-lo.

Em um longo suspiro ele ergueu seu corpo tentando pegar o máximo de oxigênio que podia, mas logo sentiu um profunda dor dominar seu corpo inteiro, ele estava deitado debaixo da árvore onde conheceu a Wendy.

- O Bebe acordou. Disse Taisla olhando para Gideão enquanto chamava os outros.  

- Bebe? Perguntou Gideão forçando seu corpo para cima sentando-se apoiando a costa na árvore.

- Foi isso que sua mãe lhe chamava enquanto mandava todo mundo ir tomar no... Bem acho que você já entendeu. Disse Daniel oferecendo-lhe um copo de agua

- Filho! Gritou uma voz feminina fazendo Gideão se engasgar com a agua sua mãe apareceu ao seu lado apertando-o em um abraço firme.

- Sempre. Disse deixando um pergunta na cabeça dele.

- Eu te amei desde sempre como meu filho. Falou desfazendo o abraço e sentando ao lado de Gideão.

- E agora? Perguntou gideão par Billy.

- Todos você prestem atenção no que eu vou dizer. Disse Billy chamando a atenção de Pacifica, Dipper, Mabel e Taisla.

- Vocês são jovens isso é um fato. Disse Billy.

- Mas a cabeça de vocês parecem funcionar como alguém mais velho e isso é bom, mas pra compensar tem seus lados negativos. Disse.

- Vocês sempre querem algo de imediato. falou.

- Dipper e Mabel, eu sei que uma casa para vocês dois morarem é um sonho que os dois compartilham, mas pensem bem tem certeza de que é a casa que irá melhorar a sua vida? Perguntou para eles vendo a questão ficar em sua cabeça.

- Gideão sugiro que para de punir a si mesmo pelas coisas do passado, nada do que aconteceu pode ser desfeito, olhe ao redor todos aqui te amam muito, você não precisa lutar sozinho. Falou para gideão que abaixou a cabeça, mas sua mãe puxou seu rosto para cima.

- Vocês são jovens, têm toda uma vida pela frente, Gravity Falls pode ser a cidade que vocês amam e cresceram, mas o futuro de vocês não é aqui, eu era muito jovem quando Taisla apareceu em minha vida e desde de então eu soube que tinha uma grande responsabilidade nas mãos. Falou Billy levantando-se e indo embora, não antes de se despedir de todos.    

Enquanto todos seguiam de volta com sua rotina, agora com as palavras de Billy na mente, Dipper subiu na lambreta ele já devia se encontrar com o Mcguket a muito tempo, deu um beijo de despedida em Mabel prometendo que eles conversariam quando ele chegasse em casa.

Daniel, Taisla e Pacifica entraram na caminhonete de Billy e seguiram seu caminho para suas atividade diárias. Já Gideão e Suzy foram conversando a viajem toda sobre como tinha sido a noite dele e a dela.

Quando chegaram em casa Gideão sabia que sua mãe estava morrendo de sono então pediu para que ela fosse deitar-se um pouco, mesmo em protesto ela foi, enquanto isso ele começou a arrumar sua casa em silencio para não acorda-la.

Depois de duas horas ele terminou tudo, fez o lanche de sua mãe e estava pronto para fazer o que ele quisesse, mas o que ele queria? Pegou sua mochila com seu material de desenho e resolveu andar um pouco para tirar suas próprias conclusões.

Gideão estava cansado de caminhar pelas ruas de Gravity Falls, não pelo fato das pessoas olharem para ele assustadas ou com um pouco de ódio, ele já não ligava mais pra isso, mas o que realmente atormentava sua mente foi o que o amigo de Dipper falou.

“Vocês são jovens, não queiram ficar presos a esta cidade como eu fiquei” Gideão repetia as palavras de Billy em sua cabeça esperando chegar em alguma conclusão.

“Não quero deixar essa cidade, tudo bem que foi aqui que eu fui preso, foi aqui que eu me perdia em poder e arrogância, foi aqui que eu ganhei vários traumas” pensava Gideão tentado controlar a raiva que crescia por dentro, mas não ajudava muito com os sussurros das pessoas ao redor.

“Mas também foi aqui onde pude me aproximar de minha mãe novamente, foi aqui que provei a mim mesmo que não sou igual a ele, foi aqui que eu reforcei meu laço de amizade com Dipper, Pacifica e Mabel e criei novos como Billy, e sua filha Taisla e Daniel” Retrucou seu subconsciente deixando-o em um terrível dilema.

Gideão suspirou pesado enquanto passava as mãos arrumando o cabelo “Qual é cara? você já está com 17 anos” pensou ajeitando a alça da mochila no seu ombro e seguindo caminho pela rua.

Depois de meia hora andando ele chegou na frente de um prédio branco enorme ficava longe do centro da cidade perto do lago, o prédio dia três andares e do lado havia uma espécie de casa de vidro onde dentro gideão não conseguia ver o que era.

A frente do prédio havia um pequeno estacionamento e por fim o prédio era cercado por uma cerca mediana onde lia-se na placa abaixo da sigla ENGF “Equipe de Natação de Gravity Falls”.

Gideão lembrou-se que Daniel fazia parte da equipe “Talvez ele possa me ajudar” pensou torcendo para encontrar o amigo enquanto andava para dentro.

 Alguns minutos depois ele descobriu que a casa de vidro era onde ficava a piscina, era uma área enorme deixando Gideão espantado.

Ao lado da porta onde ele se encontra havia os dois vestiários, masculino e feminino, bancos nas laterais da casa e no meio a gloriosa piscina de 100 metros, tendo três trampolins de alturas diferentes na ponta, e proas na outra ponta e as cinco raias.

Na quinta raia Gideão viu uma silhueta emergir da agua pulando para fora da piscina, não demorou muito tempo para ele reconhecer que era seu amigo Daniel

- Daniel! Gritou correndo até o amigo.

- Gideão? O que faz aqui? Perguntou caminhando até o banco mais próximo onde pegou sua toalha branca começando a secar-se.

- Eu preciso de sua ajuda, eu estou em um dilema, por assim dizer. Começou a explicar a situação.

- Só um momento Gideão, quando eu acabar o meu treino irei te ajudar. Falou Daniel jogando a toalha no banco de novo vendo Gideão acenar meio constrangido por não levado a vida do amigo em consideração.

Enquanto Gideão via Daniel dar duas voltas na piscina em apenas dois minutos e depois recomeçar a nadar ele decidiu distrair-se um pouco.

- Claro também é fácil para alguém que tem dois metros de dez. comentou pegando seu papel Canson junto com um lápis e uma borracha.

Depois de uma hora gideão viu Daniel sair da piscina e caminhar em sua direção.

- o que foi? Perguntou Daniel sentando ao seu lado enquanto secava-se.

- Bem, eu esperava que tivesse mais gente aqui. Comentou Gideão.

- Eu fico até mais tarde treinando. Comentou tirando a toca de natação da cabeça começando a secar os cabelos castanhos.

- Bem, eu nem sei por onde começar. Falou suspirando pesado.

- Que tal pelo começo? Sugeriu Daniel.

Uma leve explicação sobre o seu dilema Daniel já pode perceber qual era o fator que estava atormentado a cabeça de Gideão, era o medo de ficar sozinho.

- Então eu me sinto incapaz de ir em frente como se algo me impedisse. Falou Gideão jogando o corpo para traz.

- Ultimamente parece que o antigo Gideão, a criança psicopata está tentando voltar. Falou gideão olhando para própria mão.

- E eu tenho medo de que eu possa machucar alguém. Terminou olhando para Daniel.

- Sabe Gideão, meus pais nunca gostaram muito de mim eles viajavam o tempo todo me deixando sozinho em casa com algum dinheiro para durar um mês inteiro. Falou Daniel olhando para cima.

- E então você falou sobre a carta de emancipação. Completou Gideão.

- É verdade, mas antes Gideão eu era igual a você, imprudente, sempre me achava o dono da razão e se alguém me olhasse torto eu parti pra cima nunca demonstrando fraqueza, mas na verdade eu estava com medo de alguém ver quem realmente eu era, um garoto solitário. Falou Daniel vendo gideão presta bastante atenção nele.

 

- Quando eu apresentei a carta para meus pais eu tinha uma grande esperança de que eles mudassem e começassem a agir como verdadeiros pais, mas não foi assim, eles foram embora no dia seguinte deixando tudo que eu precisava. Comentou Daniel apertando os punhos.

- Então eu acabei crescendo junto com a Taisla e o Billy que já eram meus vizinhos na época, na verdade eu sempre os vi como uma irmã e um tio, mas eu ainda sentia tanta raiva e eu tinha medo de não me controlar e acabar machucando a Taisla ou ao Billy.

- O que você fez? Perguntou Gideão para Daniel que sorriu em resposta.   

- Uma noite eu sai escondido e comecei a caminhar meus pés apenas seguiam em frente e quando eu acabei caindo no lago.

- E pela primeira vez eu me senti fraco, logo enquanto lutava para voltar a superfície eu percebe que não importa se você é incrivelmente super forte. Falou falando gestos com as mãos.

- O que realmente importa é o que você faz com sua força. Falou olhando para Gideão.

- Quem dera para mim você o mesmo. Disse Gideão o que deixou Daniel um pouco irritado.

- Só tem um jeito de descobrir. Falou Daniel levantando-se e agarrando Gideão e o jogando por cima dos ombros.

- Ei! O que pensa que vai fazer? Perguntou gideão debatendo-se, mas Daniel não mexeu nem sequer um musculo ou fingiu não sentir.

Quando gideão sentiu-se livre suspirou aliviado por alguns segundos, mas notou que ele não se libertou ele foi arremessado na piscina com roupa e tudo.

Gideão pareceu imergir lentamente até ele atingiu o fundo da piscina de 3 metros ele tentou mexer o braço mas algo que ele faria sem nenhum esforço parecia ser impossível.

Ele começou a se desesperar seu coração começou a acelerar sua roupas totalmente molhadas flutuavam ao redor de seu corpo até que Gideão atreveu-se a abrir os olhos tentando achar a direção correta.

Mas o que ele viu deixou-o sem palavras.

Logo acima passando pelas raias pelo teto de vitro ele viu o céu da noite brilhando com belas estrelas isso trouxe uma calmaria tão grande para Gideão que ele apenas relaxou como se não passasse por um grande perigo de vida.

Até que ele foi flutuando para cima sentido sua força volta, agarrando-se numa raia Gideão puxou seu corpo para cima puxando oxigênios para seus pulmões, tossiu um pouco e arrastou-se pela raia até a borda da piscina pronto para sair.        

- Você parece bem mais calma agora. Comentou Daniel um pouco ao lado na raia.

- Foi arriscado, eu não sei nadar! Gritou Gideão para Daniel.

- Eu poderia ter me afogado. Gritou mais alto ainda.

- Mas deu certo? Perguntou Daniel nadando para perto de Gideão.

- Sim. Respondeu procurando folego.

- Então valeu apena. Disse aproximando-se mais e mais.

- mas... Iniciou Gideão, mas Daniel o interrompeu ficando muito perto de Gideão colocando um braço apoiado na borda da piscina assustando Gideão que foi forçado a segurar-se em Daniel para não afundar de novo.

E pela primeira vez, Gideão reparou no corpo de Daniel, definido, essa era a palavra para descrever Daniel, ele tinha músculos sem exagero bem desenhados, usando um short de banho azul mar, cabelos soltos molhados caindo perto dos olhos castanhos escuros.     

- Valeu apena e também acha que eu deixaria você se afogar? Aproximando-se de Gideão que o seu coração ameaçava sair pela boca, mas dessa vez por outro motivo.

Daniel aproximou-se selando seus lábios com os lábios de Gideão iniciando um pequeno selinho como se estivesse pedindo permissão timidamente, mas para a surpresa de ambos Gideão passou seus braços pelo pescoço de Daniel puxando para perto iniciando um beijo mais quente.

Depois de alguns minutos eles se separaram para buscar, mais Gideão do que Daniel, já que ele era acostumado a prender o folego, Gideão escondia seu rosto no peito de Daniel enquanto respirava forte.

Seu coração batia tão rápido que até Daniel sentia e, mesmo com a água fria da piscina, Gideão um calor interno começar a espalhar-se pelo seu corpo.    enquanto Daniel sorria olhando para o relógio vendo que Gideão ficou 10 minutos submerso 

 

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