História A Nova Ordem (Após Boo) - O melhor beijo de toda história.

LEO –

O sol entrou fraco por entre as cortinas de veludo, fazendo Leo acordar imediatamente. Demorou alguns segundos até lembrar aonde estava. E o mais importante. Com quem estava. Virou um pouco o rosto para o lado, sentindo um calor corporal logo ao seu lado. Dois lindos olhos piscaram para ele. Ele levou um pequeno susto.

- Bom dia – Calipso sorriu

- Bom dia flor-do-dia – Leo sorriu olhando para seu rosto.

Eles estavam tão próximos que Leo sentiu seu rosto ficar vermelho. Suas mãos ainda estavam entrelaçadas (Calipso não soltara!) Ele estava com vontade de beijá-la. Calipso se adiantou. Os lábios dela eram suaves, quase como se quisessem acalmá-lo.

- Você não faz ideia – ela sussurrou - ,como estou feliz de estar aqui você.

Leo que se adiantou desta vez, lhe dando outro beijo como resposta. Nunca se sentira tão romântico.

- Claro que está, sou eu, lembra?

- Valdez – Calipso tentou conter o riso e fez uma cara brava de brincadeira - , você tinha que estragar tudo!

Ela o empurrou, tentando fazer ele cair da cama, mas ele puxou seu braço junto e ela caiu logo em cima dele e os dois ficaram rindo como dois alucinados enquanto olhavam um para o outro.

- Está com fome? – Leo arqueou as sobrancelhas

- Na verdade, muita. Onde vamos almoçar hoje?

- Hmmm – ele fingiu pensar – Onde você quiser!

Calipso não conseguia parar de beijá-lo (e ele não reclamaria disso por nada neste mundo!) Por alguma razão, Leo lembrou-se dos seus amigos. Ele não poderia ficar adiando aquilo para sempre. Ficar com ela era uma das melhores coisas do mundo, mas seus amigos era como uma família para Leo. Ele tinha e deveria avisá-los que estava vivo e estava bem. Não era justo ficar se divertindo e rindo enquanto seus amigos pensavam que ele estava morto. Tipo, bem morto.

- Ahn... amor, escute – Leo começou o mais cauteloso que ele podia ser – Eu estou me divertindo muito muito com você, mas estou tão preocupado porque meus amigos pensam que eu estou morto. E não seria justo com eles se eu ficasse me divertindo e não avisasse para eles que eu estou bem vivo. Você... pode entender isso?

Calipso ficou séria:

- Entendo e hm... você vai me deixar aqui?

- Não! – falou Leo muito rápido – Claro que não! Eu vou levá-la comigo! – ele enrubesceu – Se... se você quiser ir é claro.

Ela pareceu soltar o ar que estava prendendo:

- Ah meus deuses. Não me assuste assim.

- O quê? Você achou que eu te abandonaria aqui? – ele pronunciou as palavras devagar.

- Leo... – Calipso segurou a barra da sua camisa – Não me entenda mal. Eu... ainda não superei...

- Claro que entendo – interrompeu ele compreensivo - , Calipso eu entendo perfeitamente. Só por favor... confie em mim. Eu nunca vou te deixar sozinha assim. É sério.

Ela deu um sorriso trêmulo, como se estivesse agradecendo.

- Quando nós vamos ao Acampamento meio-sangue?  - interrogou ela com mais calma.

- Em breve – Leo sorriu – Só que antes vamos passar mais uma noite aqui, certo?

- Para mim... – Calipso deu de ombros, alegre.

Ele por um segundo franziu a testa em concentração ao pensar como ativaria Festus para fazer uma rota para o acampamento. Logo depois, sem perceber, ele começou a mexer com algumas tranqueiras e engenhocas que se encontravam em seu bolso. Calipso ficou o olhando admirada. Ela cutucou ele quando ele pareceu fazer um possível mini robô deformado.

- Seria ótimo fazer um robô que ajudasse em alguma coisa. Talvez lá no acampamento – Leo pensou - , posso pensar em alguma coisa depois.

- Aposto que pode – disse Calipso, ainda com a boca um pouco aberta - ,meu namorado é um gênio.

Ele ficou vermelho ao ouvir a palavra “Namorado”

- Mas é claro que é – resmungou Leo despreocupado, enquanto ela ria e revirava os olhos.

- Depois dessa noite temos mesmo que ir embora, ou aquela recepcionista vai nos chutar daqui... – lembrou ela com cuidado – Sairemos daqui de manhã então?

Leo pensou um pouco e concordou com a cabeça:

- Beeeem cedo.

Isso fez Calipso gemer de frustração. Eles levantaram se arrumaram e passaram mais um dia divertido em Paris. O dinheiro estava quase escasso, mais ainda conseguiram comer e fazer passeios. Eles caminhavam pelas ruas da França como um casal animado. Ou até deveria dizer um casal de turistas animados. Quando ao menos nem tinham percebido, havia chegado a noite. Deveriam ser nove horas quando eles decidiram que seria muito melhor voltar para o hotel. Subiram, mas antes, avisando para a recepcionista que sairiam logo na manhã seguinte do local. Quando chegaram ao quarto, ele foi tomar banho para depois Calipso tomar também, enquanto Leo pulava direto na cama já banhado e colocava o braço em cima dos olhos para bloqueá-los da luz forte.  Minutos depois, ele ouviu a chave girar, e ouviu os passos dela ecoando no quarto. Tirou um pouco o braço de seus olhos e viu que ela mudara de roupa. Agora, estava usando uma camisola branca de um tecido que parecia ser confortável. Parecia seda. Ela sorriu levemente quando viu que ele estava a olhando totalmente encantado.

Leo se levantou da cama um instante, enquanto ela vinha devagar até ele, colocando os braços em seu pescoço e dizendo:

- Obrigada por tudo, Valdez.

Calipso o beijou. Mas não foi um beijo qualquer. Foi o melhor beijo que ela já dera. Leo escorregou suas mãos lentamente até parar na cintura de Calipso. Eles foram ficando cada vez mais próximos, até que Leo colocou suas mãos dentro da camisola. Devagar, sentiu o corpo dela, acariciando suas costas. Sentiu uma mão o segurando nos cabelos, parecia que Calipso o inclinava para cama. Eles passaram bom tempo nisso. Até que um tempo depois, só conseguiu se lembrar de ter por fim se deitado e adormecido com ela ao seu lado.