História A Nova Ordem (Após Boo) - Viagem tranquila! Ou não.

Percy –

Eles voltaram andando bem depressa para o pátio e quando chegaram lá, a cena era um tanto engraçada e ao mesmo tempo constrangedora. Em algum momento, antes deles chegarem lá, Reyna e Jack estavam se beijando e um pouco mais. Deduções? Marcas de batom. Sobre o resto, o sutiã da garota estava aparecendo um tanto, enquanto a blusa de Jack parecia ter sido tirada e colocada novamente de qualquer jeito. Nico começou a interrogar Reyna.

- Não, não foi nada do que estavam pensando. Não pude acreditar que pensaram mal de mim. Ou que em algum momento acreditaram que eu pudesse trair a confiança de vocês – respondeu, um tanto ofendida

- Mas não pensamos – rebateu Nico – Todos se recusaram a acreditar.

- O que é aquilo saindo da blusa dela? Haha... Engraçado, tem um volume grande...

Reyna imediatamente olhou para Leo assustada e ofendida enquanto Nico puxava a blusa da amiga para cima, para esconder seu sutiã.

- Não é nada demais, Leo – respondeu Nico calmamente

- Tem um volume... Haha...

Calipso não parecia estar gostando nada daquela conversa. Estava de braços cruzados olhando feio para o namorado. Percy sentia vontade de rir, mas se segurou, fazendo o riso abafado tornar-se uma tosse forte. Annabeth o cutucou com o cotovelo, o querendo fazer rir ainda mais.

- Verdade, talvez porque sejam uma das partes das mulheres Leo. Agora se quiser calar a boca... – disse Nico

Reyna estava completamente vermelha. Jack parecia tentar checar o que o filho de Hefesto tinha falado e assim que a namorada notou, lhe deu um tapa no braço, enquanto o mesmo ria.

- Galera – anunciou Will, o qual todos ouviam – Vamos ter que ir para o aeroporto. Vamos viajar para Nova York.

Assim que perguntas foram esclarecidas, eles partiram para o único pequeno aeroporto que tinha naquele lugar tão pequeno. Conseguiram comprar as passagens para TODOS eles tranquilamente com o dinheiro de Jack, que realmente, tinham muitos “zeros”

Percy não gostava muito de voar, mas sabia que era necessário. Estava um pouco nervoso e incomodado, e da última vez que sentira isso, Annabeth perdera a memória.

- Estou com um mau-pressentimento  - sussurrou ele para namorada, que pareceu ligeiramente preocupada – Não estou gostando dessa história.

- No fim vai dar tudo certo – falou Annabeth, pegando sua mão e tentando o acalmar.

Ele se sentia mais do que feliz de ter a companhia da garota novamente ao seu lado. Era simplesmente fantástico. Quando a hora do voo chegou, eles entraram em avião de estado bem velho. Era bem pequeno, e não tinha muitos assentos como os aviões normais. 

- Será que eles vão dar comida?  - interrogou Percy, ansioso – Estou morrendo de fome.

- Eu também – concordou Nico, massageando o estômago.

Todos assentiram. Adolescentes mortos de fome, de aspecto sujo, e com uma cara de encrenca. Não é atoa que todos os passageiros ficaram sussurrando entre si e apontando para o grupo. Percy poderia jurar que tinha ouvido uma mulher taxá-los como ignorantes adolescentes rebeldes e problemáticos. Parecia que Jack, o bem vestido, arrumado e bonito, cheiroso era o único que parecia estar fora daquele grupo.  

Assim que todos estavam acomodados em suas devidas poltronas, o avião começou a correr, logo em seguida dando aqueles avisos assustadores, de “em caso de pouso na água... em caso de despressurização...” que faziam você querer sair dali naquele instante e voltar para casa correndo.

Annabeth estava sentada na cadeira ao seu lado, ainda segurando sua mão, o que lhe tranquilizava imensamente. Era uma felicidade imensa estar ao lado da namorada, sabendo que pelo menos por em quando, ela não corria nenhum perigo.

As aeromoças sorridentes entregaram pacotinhos de biscoito para cada pessoa, e o grupo de semideuses abriram desesperados, comendo cada um os seus. Todos os passageiros olhavam ainda mais para eles. 

Ele conseguiu cochilar por algumas horas.

Acordou com trovões ribombando e trovejando. Zeus estava mais bravo que nunca. Ah não. Aquilo era mau.

De repente, Leo, que estava sentado ao lado de Calipso, começou a voltar o normal. Ele fez várias perguntas como “onde estou?” ou “o quê aconteceu?” e foi preciso várias explicações. Ele vasculhou algo no bolso e começou a mexer. Percy reconheceu imediatamente. Era o tal do “gps” que ele tinha criado para identificar Dominic onde estivesse com o tal do inseto mecânico, que ainda deveria estar grudado em sua perna.

O avião já estava lá no alto, com as nuvens passando pela janela e a noite se estendendo por todo lugar. Percy fechou a janela pensativo. Será que o dispositivo de Leo não interferia em alguma coisa? Em algum sistema do avião? Nos controles? Mas se interferisse, o amigo não estaria mexendo, pois sabia tudo sobre máquinas e não cometeria aquele vacilo. Mas Leo ainda estava um pouco sobre o efeito da bomba. Ele tinha esquecido aquele pequeno detalhe.

Percy não sabia como. Nem porquê poderia interferir em alguma coisa. Mas no exato momento que tentava concluir o pensamento, o avião começou a cair em uma velocidade enorme, ao mesmo tempo que todos os passageiros começavam a gritar, e agarrar suas cadeiras.