LEO –
Leo tinha acabado de levantar. Suas costas estavam completamente doloridas e sentia como se tivesse dançado a noite inteira, não descansado. Ouviu vozes assim que piscou, e levantou-se o mais rápido possível.
Deparou-se com Will e Nico sentados em um canto, que ficaram devidos assustados pelo despertar do rapaz.
- Oh... Vocês já estão acordados. Isso é ótimo. Acho que devemos acordar os outros – Leo olhou para seus amigos – Não devíamos nem nos dar o luxo de mais um segundo.
Os dois concordaram imediatamente, e se levantaram também, batendo a grama e pó das calças jeans. O filho de Hefesto caminhou até seu GPS.
- Ele está no mesmo lugar – anunciou Nico, chegando perto dele – Você fez um ótimo trabalho com isso.
Will pôs a mão no ombro do menino que falava:
- Nico tem razão. Você foi demais, Leo.
Encabulado e surpreso, só agradeceu. Não poderia mentir: Estava orgulhoso de sua engenhoca. O aparelho estava sendo de grande utilidade, e sem ele ninguém saberia dizer precisamente onde o tal Dominic estaria.
A verdade é que Leo pouco sabia deste mortal, mas já o odiava profundamente. O cara fez mal à Annabeth, Percy, Reyna... Seus amigos não deveriam sofrer nas mãos desse rapaz asqueroso. Estava determinado a acabar com aquilo de uma vez. Uma vez sem Jace, os planos de Dominic começariam a se desmoronar, um por um.
Checou o GPS mais uma vez. Não estavam tão longe assim. Mais um pouco e aquela missão seria um sucesso. Respirou fundo, se abaixando para acordar Calipso com um sorriso no rosto, como se nenhuma preocupação no mundo pudesse perturbá-lo.
A garota acordou um tanto assustada, assim como os outros. Era triste pensar que temiam até mesmo o despertar, caso algo estivesse acontecendo e eles tivessem que saltar dali e lutar. Não era exatamente a vida que Leo gostaria de ter.
Finalmente, quando todos estavam de pé, o filho de Hefesto foi à frente, guiando-os com seu aparelho e dizendo de hora em hora para onde deveriam ir, o que poderiam encontrar ou quanto mais ou menos faltava.
Ninguém estava muito animado. O que era de se esperar. Ao que parecia todos queriam sentar naquele chão e ficar por ali mesmo.
Depois de umas horas, Leo teve uma pequena crise de pânico. O seu GPS era bom, mas ainda faltavam vários ajustes nele. Não estava mais dizendo em que estado, cidade, país estavam. Eles poderiam estar em qualquer lugar. Até ocorreria a possibilidade de tudo estar errado e se perderem ali para sempre. Respirou fundo mais uma vez: Tinha que se acalmar. Nada daria certo daquela forma.
O silêncio estava profundo e a única coisa que poderia se ouvir eram os passos de todos eles. Não pareciam à vontade o suficiente para proferirem uma só palavra. Mas Leo quebrou aquilo, depois do que pareceram ser nove horas de caminhada em um passo rápido, sem incluir as pausas e descanso das pernas.
- Estamos chegando, eu acho – comentou o rapaz, tenso, ficando rígido.
Bateu de leve com o dedo na tela, mas sabia que a geringonça não exibiria a localização exata deles. Não mais. O clima havia mudado e ele poderia jurar que não estavam em nenhum lugar perto de Nova York.
Parecia mais um deserto. As árvores começaram a desaparecer e só havia pouca vegetação no local. Aos seus pés, o solo se tornou areia. Uma bem fina, que dissolvia nos dedos. Leo estava com a impressão que houve algum momento em que passaram por um teletransporte, só não fazia ideia de como.
Os semideuses olharam em volta, nervosos.
- Que lugar é este? – interrogou Annabeth, pegando a mão de Percy
- Não sei dizer – respondeu Leo, infeliz – Vamos prosseguir... Parece que estamos perto.
Continuaram andando. Will decidiu andar com o arco pronto, e alguns de seus amigos seguraram as armas. O filho de Hefesto estava perdido. Poderia ter-los levado ao local errado. Será?
Isso não pairou muito tempo em sua mente, pois depois de um determinado tempo, avistaram o que parecia ser uma caverna. Ela estava ali no meio de todo aquele monte de nada. Era toda feita de rochas.
Os amigos trocaram olhares rápidos e significativos. Desta vez, foi Reyna quem deu o primeiro passo. Jack apressou-se em segui-la, ficando à sua direita. O rapaz não poderia esconder sua expressão de medo, mas mesmo com isto, notava-se uma mescla de coragem e bravura. Ele os ajudaria, não importava a que preço.
Foram andando devagar até chegarem até a entrada da tal caverna. Por dentro, ela era estranhamente bem maior. O lugar estava sujo, mas haviam engenhocas, armaduras, coisas que nem mesmo Leo poderia dizer o que eram logo de cara. Típico, óbvio que aquele era um lugar de Dominic. Mas agora era diferente.
Tudo estava com uma tecnologia de ponta. Tudo estava em seu devido local, as coisas pareciam mais melhoradas que nunca. Leo procurou uma de suas pequenas bolinhas de “CABUM!!!!” mas havia feito poucas, então não lhe restavam mais nenhuma. Frustrado, pensou em começar a jogar tudo aquilo no chão, quebrar à mão. Porém, aquilo faria muito barulho. Ele olhou para Reyna que falou em alto e bom tom:
- Eu simplesmente já estou cheia de tudo isso.
- Eu também – murmurou Jack,com as sobrancelhas franzidas, analisando as coisas.
Os semideuses olhavam em todas as direções. Tudo bem, primeiro foi o apartamento que foi encontrado com algumas armaduras, mas não completas – raciocinou Leo - , e depois uma grande tecnologia já pronta para atacar os helicópteros. Logo em seguida, um grande transmissor gigante para toda a Nova York... Agora... Uma caverna gigante com uma tecnologia enorme.
Mas... Alguma coisa não estava bem. Leo analisou de novo os objetos. Pareciam ótimos, bem feitos. Só que haviam poucos. Fora organizado com pequenos materiais e peças espalhados para todos os lugares, com a intenção de dar um aspecto de uma caverna repleta de coisas. E não estava.
- Ah, não! – Leo bateu na própria teste, sobressaltando à todos
Obviamente Dominic não deixaria eles entrarem ali tão facilmente. Poderiam estragar tudo... Não... Ele deveria estar construindo suas verdadeiras coisas em outro lugar desde o INÍCIO. Só poderia ser...
- É uma armadilha! – gritaram Reyna e Annabeth juntas, parecendo raciocinar nas mesmas velocidade que ele
- Inteligentes, devo admitir – sussurrou uma voz, com um toque de risada – Pena que não foram tão rápidos.
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