História A Nova Ordem (Após Boo) - Não é possível...

Gente, esse capítulo promete... Ludmila disse que É HOJE.

Abram esse link da música

https://www.youtube.com/watch?v=1SK_17K-5sM , (copiem e colem) e escutem quando estiverem lendo o capítulo! Escutem!

REYNA –

Reyna estava brava consigo mesma. Deveria ter adivinhado que toda aquela facilidade, tudo aquilo fazia parte do plano diabólico de Dominic. Como ela o odiava. Era o ser mais nojento que já convivera na vida, e até serpentes deveriam ser mais confiáveis.

Só conseguia pensar em como fora burra e nada mais. Leo, ela e Annabeth pensaram no mesmo tempo. Então realmente aquele mortal tinha os superado. A coisa mais fácil a se fazer era desistir e deixar que o mundo fosse controlado por aquele carinha desprezível. Porém, desde quando as coisas eram fáceis? Reyna não desistiria tão fácil.

Dominic estava parado na entrada da caverna, sorrindo e bloqueando a saída. Dessa vez nem mesmo estava vestido com uma armadura. Só uma camisa normal meio suja. Parece que estava se achando tão superior que nem ao menos pensou que pudessem atacá-lo. Era tanta confiança que Reyna se sentiu incomodada. Tinha um mau pressentimento daquela história.

Percebeu pelo canto do olho uma movimentação à sua esquerda. Percy avançou correndo com um grito e pulou em cima de Dominic, que não fez nada, totalmente desprevenido. Os dois se jogaram no chão. O filho de Poseidon ergueu o punho e lhe deu um soco no nariz já torto.

- Seu... – grunhiu ele

- Saia de perto de mim, seu ser ridículo! – respondeu o mortal

- Percy! – chamou Annabeth quando Dominic deu o cotovelo na barriga do rapaz

Seus amigos correram até os dois, mas antes que algo pudesse ser feito, Jace e Avery surgiram e Dominic conseguiu jogar Percy para o lado. Pedaços da armadura vieram até Dominic e se uniram, formando a  sua própria armadura personalizada. Agora sim, estava seguro. Retirou o capacete para falar com eles:

- É, boa tentativa.

- SEU IDIOTA! – gritou Jack, mas o irmão nem lhe deu atenção, como se não valesse nem seu tempo.

Perseu tentou avançar, mas Jace o segurou pelos braços, e colocou uma espada em seu pescoço.

- Se vocês avançarem, ele morre – anunciou o filho de Hefesto, não expressando um pingo de pena.

Annabeth parou no meio do caminho, frustrada. Os amigos se olharam, em desespero. Como aquilo poderia estar acontecendo? Reyna percebeu que Percy se debatia com muita raiva e força, logo iria se soltar, então Avery, foi até ele e agachou-se olhando em seus olhos.

- Você vai ficar quieto  e vai nos obedecer – disse a filha de Afrodite, jogando toda sua persuasão das palavras

O garoto conseguiu resistir por alguns bons segundos, com a cabeça tremendo, como se estivessem exercendo algum tipo de pressão sob ela. Mas por fim, não conseguiu. Baixou a cabeça e eles viram que havia dado certo.

Ela está melhorando – pensou Reyna, furiosa. Estava totalmente impotente. Odiava ficar assim.  Geralmente conseguia bolar um plano para sair de situações como essas, porém naquele momento nada vinha me sua cabeça. Daria tudo muito errado. Ela sabia. Haviam sido enganados.

- Afinal o que você quer? – começou Reyna, dando um passo a frente, não se importando que poderiam machucá-la.

- Para trás – ameaçou Jace, com suas armas

- Não se aproxime dela – avisou Jack, ficando à sua frente

- Ou o quê? – perguntou o menino

Ele avançou, mas Dominic ergueu a mão, com mais um daqueles seus sorrisos que passavam uma imagem perfeita do que ele era.

- Não faça nada. Adoro mulheres de atitude – observou-a de cima a baixo, como geralmente fazia

- Acha mesmo que consegue ser o rei do mundo ou algo do gênero? – perguntou Reyna, com uma risada, tentando atingi-lo de alguma forma – Você é patético. Mesmo que consiga fazer os deuses se curvarem para você , que aliás nem vai acontecer, as pessoas só ouviriam você nos primeiros segundos. Depois, não ligariam para quem conseguiu tudo isto, ou para quem deveriam ouvir, nem vão respeitá-lo. Você vai se tornar insignificante, vai se tornar só mais um na multidão. Ninguém vai dar a mínima para sua existência.

Ao que parecia, tinha conseguido alguma coisa. O rapaz se mexeu, incomodado, e em sua face uma expressão de medo e talvez mágoa se mostrou. Não demorou muito até ele franzir as sobrancelhas e sorrir novamente, recuperando o controle:

- Foi realmente um lindo discurso. Eu tenho uma coisa bem melhor que respeito. Uma coisa que os outros não tem. Minhas armaduras. Minha tecnologia. Não vou deixar os outros saberem dos semideuses. Vou escravizá-los até onde preciso e depois talvez me livrar deles. Eu tenho o medo. E o que VOCÊ tem? Além desse corpinho lindo, é claro – deu uma gargalhada, e Reyna não pôde aguentar mais comentários como aquele.

Jack deu um passo à frente, mas Reyna foi mais rápida. Espremeu Dominic contra parede, pegando uma de suas armas e colocando eu se pescoço:

- Mais respeito. Olhe como fala comigo – grunhiu, perigosamente

- EI! – gritou Jace, indo até ela, arrastando Percy junto.

Seus amigos sacaram as armas, já mais confiantes, porém algo aconteceu. Reyna sentiu uma pressão a empurrando para trás, continuamente. Seus pés levantaram-se do chão e voou até o outro lado da caverna, batendo as costas na parede, arrancando todo o ar de seus pulmões.

Tossiu, tentando respirar desesperadamente. Percebeu que uma das mãos da armadura de Dominic não estava mais lá. Aparentavam ter mobilidade própria e agora estavam sobre a barriga de Reyna. Dominic ergueu o punho e o pedaço de armadura voou até ele novamente.

Jack não pôde mais aguentar. Pegou a espada que Reyna lhe dera e avançou contra Dominic, usando as mãos para empurrá-lo à força para fora da caverna.

- Seu miserável! – berrou ele

Jace e Avery saíram correndo atrás dos dois e deixaram Percy no chão.

Annabeth, Nico e Will falaram para Leo e Calipso:

- Vão atrás deles, nós cuidamos de Reyna. VÃO!

Os outros correram para fora e Nico se ajoelhou ao lado de Reyna. Segurando seu rosto com uma das mãos:

- Por Hades, você está pálida...

- Você quebrou alguma coisa? – perguntou Annabeth, rapidamente

Reyna deu de ombros, o que era meio difícil de se fazer deitada.

Will virou-a e cutucou alguns ossos de suas costas. Reyna gritou quando ele tocou em um ponto à direita, mas o filho de Apolo afirmou:

- Não há nada quebrado, mas ela se machucou feio. Esse baque vai ficar roxo.

Annabeth correu até Percy que estava sem fazer nada, olhando para os lados, confuso.

- Tenho que ajudar... Jack... – gemeu Reyna, tentando se levantar

- Você não pode tentar fazer isso agora – disse Nico, deitando-a novamente – Os outros estão cuidando disso.

Mas Reyna se levantou mesmo assim, grunhindo de dor.

- Eu preciso... ARGH... Ir até lá.

Correu para fora da caverna, pegando sua arma que havia ficado na saída da caverna. Quase teve um ataque do coração quando viu seu namorado e Dominic brigando perto do que parecia ser um abismo.

Foi o mais rápido que pôde, ouvindo as vozes dos dois:

- Seja justo. Lute como um homem, ou fique nessa sua armadura de proteção com medo de se machucar – zombou Jack

- É claro, maninho – sua armadura saiu de seu corpo e ele sacou uma espada do mesmo comprimento da de Jack – Mas acho que a luta ainda não está justa. Não gosto de lutar com meninas.

- Sou mais homem que você, que usa mulheres como se fossem objetos. Isso está funcionando com a Reyna, irmão? Hmmm... Acho que não.

Seu namorado deu uma investida, mas o outro bloqueou facilmente, com a mesma brabeza. Reyna estava vendo que a raiva de Jack estava compensando sua falta de treino, mas logo aquilo passaria. Ele não estava seguro.

O plano, que era pegar Jace havia ido para o buraco. Estava alcançando os dois quando ouviu passos na areia atrás dela. Virou-se e era o próprio que estava ali. Jace, com a arma em riste. Tentou atacá-la. A garota foi mais rápida.

Seus amigos chegaram por trás e ele teve que se virar. Reyna viu os dois irmãos se aproximando do abismo. Saiu dali imediatamente e Leo assumiu seu lugar. Pelo menos Jace estava encurralado. Avery lutava com Annabeth, que estava furiosa.

Finalmente Reyna alcançou-os.

- Parem com isso! Jack saia daí! – gritou ela, mas Dominic conseguiu empurrá-la e a menina perdeu o equilíbrio.

Os dois foram avançando, avançando... Até que Reyna viu, com os cabelos caindo em cima dos olhos, Dominic falar para o outro:

- Você nunca vai ser o suficiente para ela. Nunca vai ser o melhor – Dominic sorriu – Você é perdedor. E sempre vai ser.

Jack ficou imóvel, abaixando a guarda. Justamente o que Dominic queria. Este lhe deu um chute na barriga e Reyna viu seu namorado tropeçar e cair na borda do abismo, que parecia ter queda infinita. Deu um grito quando viu só os dedos do menino segurando-o, na ponta, para que não caísse.

- NÃO! – ela gritou, levantando-se.

Os seus amigos estavam se aproximando, então Dominic virou-se para eles, tirando uma coisa do bolso. Jogou no chão e todos que estavam se aproximando foram jogados para trás, numa enorme explosão. Todos começaram a tossir e só fumaça poderia ser vista. Ao longe, Reyna não via mais Jace, nem Avery, seus amigos pareciam estar caídos, mas a neblina não a deixava ver.

Caminhou cegamente até onde achava que era o abismo. A neblina se dissipou um pouco e conseguiu ver a ponta do abismo e  os dedos do rapaz. Correu até ele.

- Jack! Segure a minha mão!

O seu namorado obedeceu, mas no momento em que estava puxando-o, alguém lhe deu um chute nas costas. Ao cair, Reyna viu a vaga figura de Jace, antes que a neblina tomasse o lugar. Os dedos da filha de Belona tentaram agarrar qualquer coisa, e conseguiram. Agora Jack estava segurando uma de suas mãos, e a outra Reyna usava para manter os dois parados, sem cair.

- Reyna, você não vai conseguir me aguentar por muito tempo – falou Jack

- Não! Eu vou... – disse ela, abaixando a cabeça e olhando para o menino, com uma voz chorosa

A ponta do abismo que a garota segurava começava a rachar. A pressão para segurar o seu próprio corpo e aguentar o peso de Jack era enorme. Os dedos de Reyna começaram a escorregar.

- Você tem que me soltar... – disse ele.

- Não! – ela começou a chorar – Eu aguento Jack...

Ele balançou a cabeça.

- Nós dois vamos morrer se não me soltar – seu namorado deu um sorriso triste, sem mostrar os dentes – Eu nunca vou ser o suficiente para você.

- Não...

O rapaz começou a se soltar de sua mão.

- Não, não...

Os dedos de Reyna não estavam conseguindo segurar o esforço que ele fazia para se desprender dela.

- Eu te amo. Me perdoe.

Os segundos passaram como se fosse em câmera lenta. O menino conseguira se soltar. Viu ele caindo para o infinito lá embaixo,  com um sorriso triste, enquanto erguia a mão aberta no ar, e sentiu seu olhos se inundarem de lágrimas:

- NÃOOOOOOOOOOOO!