História A Nova Ordem (Após Boo) - Completamente Feliz.

Leo –

Leo abriu os braços, se espreguiçando, passando seu braço a centímetros de uma Calipso irritada.

- Valdez. Nós passamos cinco dias viajando para quê?

- Olhe amor – Leo se virou com um sorriso sedutor – Estamos em Paris.

Calipso pareceu mudar seu ponto de vista.

- Paris – arfou ela como se estivesse duvidando

- Paris! – concordou Leo – A cidade do amor! E eu vim para cá com...? O amor da minha vida, não é romântico?

Calipso sorriu enquanto passava os dedos nos cabelos de Leo.

- Claro que é – ela dirigiu a ele um olhar brincalhão - , considerando que você nunca consegue ser...

Leo virou-se para ela com uma resposta mais travessa ainda na ponta língua, mas ao olhar para rosto de Calipso, seus pensamentos foram para outro local. Ela era tão linda. Parecia tão feliz. Deveria ser horrível ficar numa ilha por tanto tempo, sem poder sair. Ainda mais sozinha. E quando não, com heróis que a seduziam, faziam-na se apaixonar e depois irem embora. Aquilo deveria ser terrível. E doloroso.

- Que é que você está me olhando? – ela sorriu mais – Está me achando bonita, é?

- Na verdade – respondeu – , estou 

Depois que Calipso lhe concedeu um beijo super animado (Leo pensou que fosse se consumir em chamas, literalmente), eles foram para um restaurante ali próximo. Eles haviam dado um jeito de arranjar dinheiro mortal.

Estava na hora do almoço. Leo viu algumas pessoas que pareciam ser amigos, passarem em frente ao restaurante. Enquanto mastigava, lembrou dos amigos e cde como eles deviam estar preocupados com ele. Ele deveria tentar mandar uma mensagem. Mas ele não podia dizer pensar nisso... não agora. Senão Calipso poderia pensar que ele simplesmente não queria ficar só com ela. E na verdade ele queria. Mas a falta que sentia dos amigos e de como eles poderiam... (assim ele esperava) estar sentindo sua falta era realmente muito doloroso.

Ele percebeu que Calipso também estava em silêncio. Resolveu se adiantar:

- No que você está pensando?

Ela levantou o olhar em um tom de surpresa por ele ter perguntado.

- Bem... é que... ah, deixa para lá.

- Não – disse Leo rápido - ,pode falar.

- Leo, é que eu nunca pude realmente confiar em nenhum herói que apareceu na minha ilha – ela fez uma pausa, evitando olhar em seus olhos – Eu sabia que eles me magoariam. E no fim, me deixariam só... e eu...

Ela não conseguiu completar. Mas Leo entendeu. Leo entendeu cada palavra com cada sentimento do que ela queria dizer. Calipso estava com medo. Medo de ele a abandonar, medo de que ele virasse para ela e dissesse que aquilo já estava cansativo, que ele libertou ela e tudo, mas já estava na hora de ir embora. Estranhamente, ele sabia exatamente o que dizer.

- Ei – Leo pegou as mãos de Calipso - , eu nunca vou te abandonar. Eu te amo. De verdade, Calipso.  Algum herói fanfarrão já te disse algo parecido?

O rosto visualmente triste dela fraquejou até virar um sorriso e fungar dizendo:

- Não, nunca me disseram nada assim...

- Você confia em mim?

Ela esquadrinhou ele por um momento e Leo se sentiu gelado. E se ele fosse dizer não? Mas ela apertou as mãos dele, de longe tão delicadas quanto as dela e sussurrou suavemente:

- É claro que confio. Sempre vou confiar.

Foi um passeio bem animado. Eles ficaram comendo coisas finas e requintadas, que pareciam somente fazê-los querer mais comida.

- Vamos para um lugar que tenha comida de verdade! – exclamou Leo

Eles foram andando até encontrar uma Mc Donald's na França.

- Valdez, isso é muito gorduroso – ela ergueu as sobrancelhas brincalhona para ele, enquanto olhava o cardápio

- Vou te amar sendo gorda ou não, querida.

Ela bateu o ombro no dele, mas fez um pedido de um cheedar. Depois de dar a primeira mordida, Calipso não reclamou mais de como era gorduroso. Pareceu mais concentrada em comer, enquanto Leo ria por detrás do seu refrigerante.

Depois, ela se sentou em um banquinho para um pintor. Leo ficou admirando enquanto ele dava longas pinceladas, fazendo um esboço para depois pintar definitivamente. Está tão animada – pensou Leo sorrindo – Eu não poderia ter feito nada melhor na minha existência do que retirá-la daquela maldita ilha.

Mais tarde, após sentarem nos gramados verdes onde se encontrava a Torre Eiffel, passear pelas lojas, eles encontraram um ótimo hotel. Parecia ser algo muito sofisticado e Calipso ficou encantada. Leo notou que era absurdamente caro para passar um dia somente, mas tinha dinheiro para passarem um ou dois dias. Conseguiu com a recepcionista um quarto de hotel. Ela disse que eles poderiam passar duas noites lá. Contando com aquela.  Leo concordou imediatamente. Não ficariam muito tempo ali, mesmo. Ele só estava com uma preocupação: Os monstros.

Mas ao passar do dia, ele não notou nem sinal deles. Talvez não tivesse muitos na França. Pelo menos não ali. Eles tiveram um fim de tarde mais que divertido. Ele queria fazer de Calipso uma das pessoas mais felizes do mundo. Nadaram na piscina do hotel por um tempo, até que ficaram demasiados cansados para continuar perseguindo um ao outro. Leo abriu a porta do local onde passariam as duas noites. Quando já estavam dentro e a porta se fechou com um estalo, Calipso falou:

- Tranque a porta.

Por um momento seu sangue congelou e ao mesmo tempo seu rosto estava quente mas quando olhou para ela, hesitante ela somente disse:

- Ora, você não quer que ninguém entre a noite, ou quer?

- É, é você tem razão é claro que não.

Leo rodou a chave na porta e ficou olhando para o quarto. Um banheiro e uma cama de casal. Não tinha sofá. Onde ele deitaria?

Calipso deitou na cama de casal, e no momento seguinte, com um rosto irresistível, deu três batidinhas ao seu lado. Leo sentiu o sangue parar novamente. Ele lentamente puxou as cobertas apagou as luzes, e se deitou ao lado de Calipso. Ela lhe deu um beijo no pescoço, enquanto deitava sua cabeça em seu peito e sussurrar:

- Boa noite.

Leo levou um tempo para dormir, só sentindo o cheiro de Calipso ao seu lado.  Não pôde evitar escorregar a mão, até que seus dedos se fechassem sobre os dela. Inspirou com tranquilidade... Fechou os olhos, se sentindo completamente feliz. A pessoa que ele amava estava bem ali ao seu lado, bem, salva. E o melhor é que ela amava ele também. É, a vida realmente poderia ser boa.