História A nova vida de uma pequena shinigami - A mulher mais feliz do mundo

Harumi não acreditou no que estava ouvindo, foram muitas emoções em um só dia. Ela olhava nos olhos de Ukitake sem nem mesmo conseguir piscar, mas viu que ele realmente falava sério. E após conseguir respirar novamente ela respondeu:

Harumi: ...Hai, é claro que sim!

O capitão do 13° esquadrão estava com um lindo sorriso no rosto.

E também foi naquele momento que pela primeira vez ela viu uma lágrima cair pelo rosto de Ukitake. Ele havia ficado sem palavras, mas rapidamente se recompôs. Tirou a aliança da caixinha e a colocou no dedo anelar da mão direita de Harumi, beijando a mesma e segurando-a entre as suas.

Ukitake: Eu lhe prometo... que irei lhe fazer a mulher mais feliz do mundo de hoje em diante...

 Ela sorriu de volta e enxugou as lágrimas que insitiam em cair do rosto do grisalho.

Harumi: Só de ter você ao meu lado eu já me sinto a mulher mais feliz... e agora ainda mais... Eu te amo... Ukitake san...

Ele corou ao ouvir aquilo, mas ao mesmo tempo se aproximou pra lhe dar um abraço, e naquele momento eles finalmente mataram a saudade um do outro. Ukitake sentiu cada parte do corpo de Harumi, como se quisesse confirmar que era ela mesmo que estava ali. Ela por sua vez o abraçou forte, inspirando seu amado perfume ao pôr sua cabeça na curva do seu pescoço. Ao se encararem novamente, concretizaram o compromisso num beijo apaixonado.

Ukitake aos poucos a deitou no chão, com a mão percorreu todo o rosto dela, que fechou os olhos com o contato. A mesma não conseguia se imaginar mais feliz, e após um tempo entre beijos e carícias Ukitake ficou sentado novamente, a ajudando a fazer o mesmo e dizendo:

Ukitake: Gostaria de uma taça de vinho?

Harumi: Hai... adoraria.

Ao ver ele servindo a bebida nas duas taças ela comentou:

Harumi: Então... o vinho é a sua bebida favorita?

Ukitake: Hai, eu não sou muito chegado a sakê assim como você e o Kyouraku. Prefiro algo mais leve.

Ela não pôde deixar de rir.

Harumi: Yare yare... nunca imaginei que eu e o Kyouraku taichou fôssemos ser colocados no mesmo patamar...

Dessa vez foi ele que riu.

Ukitake: Talvez um dia eu consiga me adaptar ao sakê assim como você. - Após entregar uma das taças a ela ele disse: - A nós...

Harumi: A nós...

E assim brindaram, bebendo um gole do vinho e finalizando o compromisso.

Depois de conversarem mais um algum tempo começou a cair uma fina garoa, e Ukitake falou:

Ukitake: Parece que não poderemos mais ficar aqui... vamos voltar?

Harumi: Hai...

Quando ela se preparava pra se levantar ele a impediu.

Ukitake: Espere, eu lhe ajudarei.

Quando ele a pôs de pé ela se deu conta de um "pequeno detalhe".

Harumi: Tsc, parece que as minhas muletas ficaram com o Hisagi...

Ukitake: Não há problema, eu lhe levarei com o maior prazer.

Harumi: Pra onde iremos agora?

Ukitake: Pro meu esquadrão, tudo bem pra você?

Harumi: Hai, vamos lá.

E no shunpo novamente os dois chegaram ao bantai de Ukitake, que estava vazio naquela hora da noite.

Ao abrir a porta pra que ela entrasse, Ukitake se ocupou em deixar as zanpakutous de ambos num suporte que havia próximo à porta. Como o ambiente também estava cercado por velas o frio de Harumi logo foi embora, fazendo com que ela tirasse o haori de capitã e o casaco que estava, deixando ambos em cima de uma poltrona perto da parede. Ukitake também havia tirado seu haori de capitão, e junto ao seu, pegou o de Harumi e levou pro seu armário, observando os números 9 e 13, que agora estavam juntos.

Ao voltar seu olhar pra ela novamente viu que a mesma estava sentada em sua poltrona com a cabeça baixa enquanto apoiava o braço em cima da perna.

Ele ficou sério na mesma hora.

Ukitake: Ei, qual é o problema?

Harumi: As d-dores... ainda fazem isso comigo...

Ele se aproximou dela no mesmo instante.

Ukitake: Talvez eu possa amenizar um pouco a dor usando meu reiatsu novamente...

Ela agradeceu, mas aquilo já não faria mais efeito.

Harumi: ...Arigatou... mas a única forma de aliviar a dor é usando morfina... você faria esse favor pra mim?

Ukitake: Claro, onde está a ampola?

Harumi: Creio que está no bolso do meu casaco...

Ele voltou novamente até o armário, onde ao procurar encontrou uma pequena ampola de morfina, que contava com menos da metade do conteúdo, junto a uma seringa e uma agulha. Ele se perguntou mentalmente quanto daquilo ela já havia injetado em si.

Ao se aproximar dela novamente ele perguntou:

Ukitake: Onde você costuma aplicar?

Harumi: No braço...

Ukitake: Está bem, qual a quantidade?

Ela respondeu e ele fez o procedimento.

Após preparar a seringa ele mesmo seguiu com o processo, aquilo não era nada difícil pra ele, já que muitas vezes ele fez aquele tipo de procedimento. Ukitake levantou a manga do shihakusho de Harumi e aplicou o líquido diretamente na veia, observando a expressão de dor amenizar com o passar dos minutos.

Ukitake: Está melhor agora?

Harumi: Hai... arigatou...

Ukitake: Bem... eu ia tomar um banho, mas com você assim talvez seja melhor eu esperar mais um pouco.

Harumi: Estou bem agora... não se preocupe. Caso precise, chamarei você. Pode ir...

Após dar uma última conferida nela ele se decidiu.

Ukitake: Está bem, voltarei logo, qualquer coisa me chame. - Ele então entrou no banheiro, onde tomou um bom banho.

Harumi por sua vez sempre ficava sonolenta após tomar morfina, era uma reação natural por conta da composição do medicamento. Sendo assim, não demorou nem 5 minutos após Ukitake entrar no banho que ela já havia pegado no sono.

••••••

 Cerca de 15 minutos depois ele saiu do banheiro. Vestia uma calça de moletom azul escuro e uma camisa branca de manga longa.  Seus longos cabelos alvos estavam presos em um rabo de cavalo alto, com sua franja caindo entre seus olhos.

Ao se deparar com a cena de Harumi dormindo sentada na poltrona ele não pôde deixar de se lamentar mais uma vez por ela ter que passar por aquilo. Ao se aproximar com cuidado pra que ela não acordasse, ele a pegou no colo, repousando sua cabeça em seu peito. Ao olhar em seu rosto percebeu que agora ela dormia tranquilamente, sendo assim, seguiu com ela até o seu quarto, que assim como o dela também ficava nos fundos do esquadrão.

Abriu a porta usando o ombro, ao avistar sua cama que ficava no centro do quarto ele a deitou com cuidado, observando sua expressão agora adormecida.

Temendo que ela se machucasse, ele retirou a pulseira de seu pulso, deixando-a numa mesinha ao lado, e por fim a cobriu. Deitou-se próximo à ela, com o intuito de protegê-la de qualquer coisa que ameaçasse  retirá-la de seu sono.

Após alguns minutos a obervando dormir, ele também dormiu, ficando os dois ali. Dessa vez, juntos.

•••••

Mais ou menos às 4 da manhã Harumi acordou, não reconhecendo de imediato onde estava. Mas após sentir um perfume familiar ao seu lado pôde lembrar que lugar era aquele.

Ao virar pro lado, viu a cena mais linda que poderia imaginar. Ukitake estava dormindo com uma expressão tranquila, repousava sua cabeça sobre o travesseiro, enquanto uma de suas mãos permanecia embaixo do mesmo. Já com a outra ele segurava de leve o shihakusho dela, que sorriu ao perceber.

Harumi: "Sou realmente uma pessoa de sorte..." - Pensou ao olhar a linda e brilhante aliança que estava em seu dedo. 

Sem conseguir mais dormir, ela decidiu começar o dia. Com cuidado pra não acordá-lo ela se levantou, indo até o banheiro dele, onde tomou um banho quente.

Ao ir até a cozinha ela pôde ver o quanto ele era cuidadoso e organizado. Tudo estava em seu devido lugar, e tudo era extremamente limpo. Ao ver as opções ela preparou um lindo café da manhã pra ele, deixando junto a uma linda mensagem.

Em seguida ela voltou ao armário dele, onde pegou apenas o haori e as zanpakutous, e saiu silenciosamente, em direção ao 9° esquadrão.

•••••

Assim que os primeiros raios de sol começaram a aparecer, o calmo capitão abriu os olhos. A primeira coisa que percebeu foi que sua linda noiva não estava ali. Preocupado, levantou-se da cama e iniciou a procura pela casa, mas parou na cozinha onde viu uma linda bandeja junto a um papel dobrado. Ao abrí-lo, leu a seguinte mensagem:

"Desde o amanhecer, até que o sol se ponha, você estará em cada pensamento meu...

Me perdoe por ter saído sem avisar, mas tenho muitos assuntos pra resolver no esquadrão e tive que sair cedo. Por isso, como um pedido de desculpas, aprecie esse simples café da manhã que deixei pra você. Ainda não conheço muito bem as suas preferências, mas resolvi arriscar, espero que goste.

Ps: Voltarei aí novamente mais tarde, até lá, espero que você tenha um bom dia.

   Um beijo,

                                                       Harumi "

Aquilo foi o suficiente pra ele abrir o mais lindo sorriso, levou a carta junto ao peito e disse:

Ukitake: Que bom que você está de volta... meu amor...

                                                      Continua