1. Spirit Fanfics >
  2. A paixão é uma loteria. Mas o amor é uma escolha. >
  3. Saindo da zona de conforto

História A paixão é uma loteria. Mas o amor é uma escolha. - Saindo da zona de conforto


Escrita por: TathianaSB

Notas do Autor


Booooa noite, meu povo! Eu não vou nem perguntar se tá tudo bem, porque depois do spoiler que tivemos hoje é IMPOSSÍVEL alguém não estar bem! CADÊ SEXTA QUE NÃO CHEGA??? Hahahahahah xD

Passada a festa junina, vamos avançar mais um tiquinho no diagnóstico da Benê? Então vamos! \o/
Mas nesse capítulo teremos também o começo de outra coisinha... E o que será que vem por aí? =X

Sem mais blá blá blá... Boa leitura, meus lindos!

P.S.: a foto do capítulo é a roupa da Benê. Leiam e entenderão! ^^

Capítulo 52 - Saindo da zona de conforto


Fanfic / Fanfiction A paixão é uma loteria. Mas o amor é uma escolha. - Saindo da zona de conforto

Benê estava extremamente incomodada. Ela já não tinha muita experiência com aquele negócio de terapia, e agora a doutora tinha chamado uma pessoa nova para acompanhar a sessão. Aquilo estava estranho.

- Silvana, eu não tô entendendo. – disse a menina, encolhida. – Por que esse moço tá aqui com a gente?

- Benê, ele tá aqui porque ele tá fazendo Doutorado, e tem um trabalho pra entregar pro orientador dele. Esse trabalho envolve fazer testes com pessoas diferentes, e ele perguntou se eu não poderia ajudá-lo, deixando que ele fizesse esses testes com os meus pacientes durante essa semana.

Benê a olhou desconfiada.

- Mas por que você?

- Não se trata de ser eu, em específico. Ele está pedindo isso para vários profissionais. Essa semana ele pediu para mim. – Silvana respondeu, com um sorriso.

- Eu posso confirmar isso com a sua secretária?

- Claro, Benê. Vá em frente.

Benedita saiu de dentro do consultório para averiguar. Como Silvana já conhecia a menina, ela já havia alertado sua secretária de que aquilo poderia acontecer. Em menos de cinco minutos a corredora estava de volta.

- OK, a Patrícia me confirmou.

- Acredita em nós agora, querida?

- Sim. Agora sim.

- Podemos começar a sessão, então?

- Acho que sim.

Benê se sentou em sua respectiva poltrona, ainda um pouco receosa.

- Como isso vai funcionar?

- Bom, acho que agora é minha vez. – disse o homem. Ele era alto, tinha cabelos precocemente grisalhos e uma voz firme. – Meu nome é Benjamim, Benedita. Eu sou neurologista e estou fazendo alguns testes para o meu Doutorado, como a Silvana disse. Basicamente serão algumas perguntas e alguns exercícios, nada muito complicado.

Benê olhava com um pouco de medo para ele, então Benjamim tratou de fazer uma piada para tentar aliviar o ambiente. Ela não riu, mas seu semblante já se aliviou um pouco. O neurologista sorriu, olhou para a terapeuta, e disse que eles estavam prontos para começar.

À Benê foi entregue um questionário composto de várias perguntas, que versavam basicamente sobre comportamento e sentimentos. Ela se delongou um pouco para responder a tudo. Depois eles conversaram um pouco sobre suas vidas, e ela teve que admitir que o doutor era até que divertido. Por último ele propôs algumas situações hipotéticas, nas quais ela deveria decidir o que fazer. Algumas eram mesmo difíceis, e Benê não gostou muito. Mas o que ela realmente não gostou era o jeito expansivo de Benjamim falar. Ele gesticulava muito, o que muitas vezes o levava a quase tocá-la. Isso a deixou bastante desconfortável.

Ao fim da sessão ele quis agradecer Benê pela cooperação apertando sua mão, mas a menina se encolheu e não aceitou o gesto do neurologista. Ele sorriu, assim como Silvana.

- Obrigada, Benê. Vai ser muito importante para o Doutorado do Benjamim, acredite.

- De nada, Silvana. A gente se vê na outra semana, então?

- Claro, querida. Até semana que vem.

Depois que Benê passou pela porta e a fechou atrás de si, Benjamim passou a analisar o questionário respondido por Benê. Ele já estava analisando aquelas folhas há pelo menos dez minutos quando Silvana o interpelou.

- E então, Benjamim? Não possui opinião nenhuma?

- Eu não posso dar um parecer sem somar as respostas dela. Mas pelo que eu estou vendo, em conjunto com a nossa conversa, as minhas próprias observações de seu comportamento e as suas anotações precisas, eu acho que o seu diagnóstico prévio estava correto.

- Asperger?

- Antigamente chamávamos de Síndrome de Asperger, sim. Mas hoje a síndrome é abrangida pelo Espectro Autista.

- E em quanto tempo você pode me dar certeza do diagnóstico?

- Eu darei prioridade pro caso da Benedita, tudo bem? Te dou um retorno o mais rápido que eu puder.

----------------

- Eu não sei, Guto... Você sabe que ela não gosta de mim!

- Ela só não te conhece, Benê. Tenho certeza que meia hora de conversa será o suficiente pra vocês se tornarem grandes amigas!

- Eu duvido muito! – ela cruzou os braços.

- Linda, por favor! Ela é minha melhor amiga, e você é... – ele engoliu em seco, enquanto ela o encarava. Eles nunca tinham conversado sobre o status do relacionamento deles. – Você é muito importante pra mim. E eu me recuso a ir no aniversário da Samantha sem você!

Benê desviou o olhar e suspirou. Guto deu três passos em sua direção e colocou as mãos em sua cintura.

- Vai ser divertido! Além disso, a Tina e a Lica também vão estar lá. Vai, aceita! Por mim!

Ela voltou a encará-lo, contrariada. – Tá bom, você venceu! Eu vou!

Guto abriu um sorriso enorme e encostou sua testa na de Benê. Os olhos, que antes se fitavam, se fecharam. O pianista segurou a cintura da menina e a puxou para si em um selinho demorado.

- Obrigado, linda!

- É, você tá ficando muito mimado, isso sim!

Guto gargalhou alto, enquanto ela se encaminhava para seu quarto a fim de se trocar. Ela saiu dez minutos depois vestindo um macaquinho jeans. A bermuda ia até o meio de suas coxas, a parte de cima tinha botões e ele era amarrado na cintura por um cordão também jeans, em laço. Mas o que se destacava era o detalhe das extremidades da bermuda e das mangas: bordado em linha branca se via um padrão semitransparente de coração, muito delicado. Ela usava também uma rasteirinha branca e os cabelos presos em um rabo de cavalo.

Guto estava extasiado com a visão que desfilava na sua frente. Ele até perdeu o ar por alguns segundos.

- Benê... Eu... eu nem sei o que dizer...

Ela corou. – Você gostou? É novo...

- Se eu gostei? – ele chegou perto dela. – Eu adorei! Você tá linda! Eu nem acredito que a moça mais bonita da festa vai estar comigo!

Benê sorriu, envergonhada, mas se colocou nas pontas dos pés para dar um beijo em sua bochecha.

- Podemos ir, eu acho.

- Então vamos, mademoiselle. A senhorita primeiro!

Ele abriu a porta da casa da corredora e indicou o caminho, dando espaço para que ela saísse. Cecília estava esperando pelos dois na frente do prédio da menina, e também fez questão de elogiar a roupa de Benê. Ela levou o casal até a casa de Samantha, rezando internamente para que tudo desse certo.

Quando os dois entraram na festa, os olhares de todos que lá estavam foram atraídos para eles. As amigas de Benê estavam acostumadas a vê-los juntos, mas para os colegas de Guto aquela cena era uma novidade – principalmente para as garotas.

Guto sempre fora conhecido como um dos meninos mais bonitos do Colégio Grupo, mas nunca tinha sido visto com ninguém. E, naturalmente, muitas alunas do Colégio tentaram a sorte com ele, mas sem qualquer êxito. Por isso, vê-lo entrar naquela festa acompanhado foi uma surpresa, e certamente Benê recebeu muitos olhares invejosos naquele momento.

Eles caminharam casa adentro, procurando por rostos conhecidos. Em um dos cantos da sala de TV Guto logo avistou Lica e Felipe, Tina e Anderson.

- Oi gente! Chegamos!

- E aí, meu povo! Firmeza? – cumprimentou Anderson.

- Fala, cara! Oi, Benê! – falou Felipe, em seguida.

- Amiga! Eu nem acredito que ele te convenceu! Eu tô tão feliz que você veio! E essa roupa! Meu Deus, você tá tão linda! – exclamou Tina, se segurando pra não dar um abraço apertado em Benê.

- A Tina tem razão! Tá um arraso, Benê! – concordou Lica.

- V-valeu meninas... Mas pra falar a verdade, eu quase não vim...

- Mas por quê?

- Porque todos nós sabemos que a Samantha não gosta de mim, Lica. E eu tenho certeza que ela não vai gostar de me ver aqui.

- E eu disse pra ela que é bom a Sam ir se acostumando, porque ela vai nos ver juntos por muito tempo, ainda! – disse Guto, passando um dos braços delicadamente pela cintura de Benê, deixando-a levemente vermelha.

- GUTO! VOCÊ CHEGOU, SEU CABEÇUDO!

Todos se viraram para a direção de onde vinha a voz estridente. Samantha descia as escadas de sua casa correndo, usando um vestido vermelho rendado florido, semitransparente, de saia balão – que cobria apenas estritamente o necessário – e sapatos de salto alto vermelhos. Ela pulou no pescoço de Guto, que ficou visivelmente constrangido com a cena.

- Hã... O-oi Samantha...

- Você tava demorando tanto que eu achei que não vinha mais! – ela desceu do pescoço dele, mas não o largou. – O que é que você tava fazendo de tão importante que só chegou agora?

Guto, impaciente, agarrou os braços dela e os tirou de volta de si. – Eu fui buscar a Benê na casa dela. – e ele olhou para a corredora, carinhoso.

Somente então Samantha pareceu se dar conta da presença da menina. A aniversariante olhou Benê de cima a baixo.

- Você?

- O-oi, Samantha. Feliz aniversário! Desculpe termos chegado atrasados.

- Querida, entenda uma coisa: o único que me importa aqui é o Guto. Se você chega atrasada ou se não vem não faz a menor diferença!

Benê encolheu os ombros, e Guto deu um passo à frente. – Sam, eu não admito que você trate a Benê assim! Se você quiser que eu fique, vai pedir desculpas!

A aniversariante o olhou, incrédula. – Você não pode estar falando sério! Você traz essa menina pra minha festa sem a minha permissão, e agora você quer que eu peça desculpas?!

- AGORA, SAMANTHA! Senão nós entramos num táxi e vamos embora!

- E não só ele! Nós também! – Felipe pegou a mão de Lica e também deu um passo à frente. Tina e Anderson imitaram os amigos, deixando Samantha ainda mais irritada.

- Não é possível! É um complô!

- Não, Samantha! Somos nós tentando te ensinar a ser uma pessoa melhor! Peça desculpas, ANTES QUE EU PERCA A MINHA PACIÊNCIA! – disse Lica, entre dentes.

- TÁ, TÁ! Desculpa! – disse ela, olhando pra Benê com certo desprezo. – Um a mais, um a menos... Não vai fazer diferença, mesmo!

Ela deu as costas ao grupo e saiu, deixando um Guto e uma Lica furiosos pra trás.

- Nossa, mas se eu pego essa garota...

- DEIXA, LICA! Deixa! Não faz nada, por favor!

- Mas Benê-

- Eu disse pro Guto que isso não ia prestar, que ela não ia gostar de me ver aqui, mas ele insistiu que eu viesse. Eu já esperava esse tipo de reação. Eu vim mais porque sabia que vocês estariam aqui. Eu não quero estragar a festa de ninguém, por favor...

- Você é uma pessoa muito melhor do que a Samantha merece, linda. – Guto disse, beijando Benê na testa. – Você tem razão. Não vamos deixar isso nos afetar. Vamos nos divertir com os nossos amigos, né? – e a corredora assentiu com um sorriso.


Notas Finais


E o neurologista chegou com os dois pés no peito! Vixe, que eu esse diagnóstico tá aí, hein? Virando a esquina!
E essa festa da Samantha? Promete ou não promete? Será que ela vai aprontar alguma pra cima da Benê? Sinto cheiro de embuste no ar... =S

Bão... Vocês já sabem que sou toda ouvidos, né?! Então qualquer comentário, crítica ou sugestão, é só deixar aqui embaixo pra minzinha. \o/

E o próximo capítulo será postado no sábado, OK? (SIM, DEPOIS DE JÁ TER ROLADO O BEIJO! AI MEU PADIN PADIM CIÇO! SEGURA A MINHA ANSIEDADE! =X) Vejo vocês lá? ^^

Muito obrigada por me acompanharem sempre! O carinho de vocês é inestimável! Amo muito todos vocês, meus lindos! Até mais, e bom beijo pra gente! Hahahahahah xD


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...