História A Pena da Cura - Plano B: seguindo as pistas

— LAXUS! HAPPY! Droga! — Lucy chorava, andando de um lado para o outro desesperada.

Mal esperou a poeira abaixar e começou a andar por entre as estruturas quebradas e caixas caídas, olhando para todos os lados procurando os dois.

Estava quase perdendo as esperanças quando viu algumas caixas se remexerem, e Laxus levantar de intacto com Happy nos braços.

— Isso foi assustador — Happy ainda estava com os olhos arregalados. — Obrigado por me salvar, Laxus — sorriu para o loiro.

— Não há de que, baixinh... — foi interrompido ao cair no chão com um peso em cima de si.

— Seus malucos — a loira chorava agarrada aos dois. — Querem me matar do coração?

— Oe, Gnoma — se desesperou ao ver as lágrimas da amada. — Desculpa te assustar — secou o rosto dela, a acalmando.

— Aye, as caixas que caíram em cima da gente estavam vazias. Além de que o Laxus parece ser feito de ferro.

— Francamente... Fico feliz que estejam bem. Eu só queria saber o que aconteceu, estava tudo tão bem antes...

— Então...

— Happy... O que você fez? — o olhou ameaçadoramente.

— Eu meio que... Apertei um botãozinho...

— Você o quê?

— Olha pelo lado bom, tem uma abertura para uma sala secreta bem ali naquela parede — apontou para seu lado esquerdo.

As prateleiras caíram em fileira, fazendo a última do canto cair em cima da parede, a quebrando. Atrás da mesma tinha uma pequena sala completamente branca.

Quando se aproximaram conseguiram ver um pequeno papel preto. Laxus o pegou, afinal podia ser uma dica. Na frente do mesmo não tinha nada, o que importava estava atrás escrito em branco:

Nas caixas nada tem;

Isso eu posso afirmar;

Vocês devem ir além;

E nas pelúcias procurar.

— Finalmente algo útil, eu já estava pensando que íamos ter que abrir todas aquelas caixas e vasculhar uma por uma — a loira comemorou.

— Viu? Sou um gênio!

— Gênio o caramba, você está mais para um curioso impulsivo...

— Pelo menos encontrei algo — fez pose de vitorioso.

— Vamos para o andar de baixo, é lá que os brinquedos ficam expostos — Laxus tomou a iniciativa, indo em direção a escada.

O andar térreo era até que bem normal para uma loja de brinquedos, sua única diferença era algumas cabeças de bonecas penduradas como uma cortina na entrada da escada, fora isso tudo estava ótimo.

A luz do local já estava acessa, o que fez com que estranhassem, pois quando estavam do lado de fora ela parecia escura... Ou seria só impressão?

Deixaram isso de lado e passaram a procurar a parte das pelúcias que ficava mais pela frente da loja, exatamente ao lado do balcão do caixa.

Começaram então a mexer em todos os bichinhos que viam pela frente, causando uma completa bagunça com pelúcias espalhadas por todos os lados. Happy estava se divertido, pois a maioria era maior que si, então ele se esparramava usando elas de travesseiro.

Enquanto remexia, Lucy viu uma pelúcia um tanto quanto diferente. Assim que se aproximou ela viu que era outra almofada de cajado, escondida entre os ursos. Automaticamente leu a etiqueta atrás de outra pista, e encontrou! Na parte interna da etiqueta estava escrito “-1”.

— O que será que isso significa?

— -1... Será um andar subterrâneo? — Laxus sugeriu.

— Só pode ser! Vamos procurar.

Os dois loiros começaram a vasculhar as paredes ao redor, esperavam achar alguma porta escondida. Happy por outro lado... Bem... Ele continuou deitado confortavelmente.

Do nada as luzes começaram a piscar e algumas risadinhas foram escutadas. Ao olharem para a direção das vozes, os dois viram as bonecas se levantarem das prateleiras e começarem a andar rapidamente até onde estavam.

Ambos tentaram usar suas magias, mas elas pareciam estar bloqueadas então a única alternativa que tinham era usar a força contra elas.

Laxus chutava sem dó qualquer uma que se aproximasse, mas elas eram resistentes e teimosas e logo se levantavam e partiam de novo para o ataque. Lucy continuava procurando alguma porta camuflada, sempre tomando cuidado com aquelas “coisinhas demoníacas”, como a mesma apelidou.

Happy olhava para aquilo embasbacado, estava estranhando o fato de que não estava sob ataque também. Foi ai que ele conseguiu entender, as bonecas não o atacavam porque pensavam que ele era uma das pelúcias.

Rapidamente se aproveitou desse fato, vasculhando a loja com o olhar. Exatamente ao lado de onde os dois loiros estavam havia um aquário falso, porém com água de verdade. Além disso, bem ao lado do mesmo o gatinho conseguiu ver uma maçaneta da cor da parede. Era a porta que procuravam.

Mais rápido do que nunca, ele bolou um plano. Usando sua fofura a seu favor, Happy se disfarçou por entre os brinquedos, vez ou outra ficando estático, tinha medo de ser descoberto.

Pegou um globo de neve no meio do caminho, e com cuidado se aproximou o máximo possível do aquário. Com toda sua força, o gato arremessou o globo no vidro do aquário que logo rachou, derramando a água nas bonecas.

Laxus ao ver o que aconteceu, abraçou Lucy, assim, mesmo sem poder usar magia, conseguiu proteger a loira de um possível choque.

As bonecas começaram a tremer e a soltar faíscas, logo caindo “desacordadas” na poça que se formou no chão.

— Mas o que aconteceu aqui? — Lucy não entendeu nada.

— Bem... Nosso amiguinhos nos salvou daqueles pestinhas.

— AYE!

— Happy... Muito obrigada, você foi muito esperto. Estou orgulhosa de você! — sorriu carinhosamente.

— Sua boba, não fique me elogiando — se envergonhou.

— Você merece, bola de pelos — também sorriu.

— Aliás... Obrigada também, Laxus. Eu estaria frita se não fosse por você — beijou a bochecha do loiro.

— Vocês se gostam — sorriu maliciosamente.

— Vamos logo, precisamos encontrar uma porta — Laxus tentou disfarçar sua vergonha.

— Ela está bem ali, do lado do antigo aquário — Happy apontou.

— Como sabia?

— As bonecas pensaram que eu era uma pelúcia, assim eu consegui analisar a sala sem problemas e acabei vendo a maçaneta.

— Certo, então vamos lá!

— Sim, senhor — Lucy e Happy disseram em uníssono, mas acabaram rindo no final.

— Francamente — o loiro também riu, abrindo a porta.

Assim que olhou para dentro, encontrou uma escada descendo. Os três desceram meio receosos, mas estavam dispostos a vasculhar cada centímetro daquela loja.

Quando terminaram de descer, se depararam com um corredor extenso, com duas portas de cada lado e uma no final. Todas estavam numeradas de três até sete.

Começaram a ir em direção da porta com o número três em amarelo, mas assim que a loira colocou a mão na maçaneta, uma gaiola caiu do teto, e um escorregador surgiu no chão, os levando para a escuridão.