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História A Price to Pay - Final chapter


Escrita por: SweetBaldwin

Notas do Autor


Hello babe's
Então chegamos ao ultimo cap, e eu estou meio down porque ela esta sendo finazada mais espero que gostem e não me abandonem porque em breve estarei postando uma nova fic.
*kisses*
BOA LEITURA

Capítulo 9 - Final chapter


    A ventania despertou-a antes do relógio.  iniciou o ritual matutino de aprontar Jessie  para a escola, e então vestiu calça jeans velha e suéter grosso. Fazia tudo automaticamente, ainda chocada. Não podia acreditar que Justin terminara o casamento de forma tão fria. Simplesmente, não conseguia entender.
Não sabia onde ele dormira. Com certeza, não na suíte master suntuosa que ela personalizara para ambos. Se não estivesse tão entorpecida, provavelmente teria chorado a noite toda, pensou, enquanto fervia um ovo para Jessie e fazia as torradas. Ao menos, tinha algo a agradecer.
Amy e Jonh estavam entusiasmados com a volta de Justin, queriam saber a que horas ele chegara, se ia finalmente se instalar e trabalhar em casa, como dissera que faria. Pela primeira vez na vida, Charlotte desejou que os dois, tão caros a ela, estivessem a milhões de quilômetros de distância.
Respondeu da melhor forma possível, imaginando como conseguiria dar a notícia da separação. Deveria se mostrar pesarosa, porém madura em relação à questão, explicando que haviam concluído que o casamento não daria certo. Provavelmente, desabaria completamente em milhões de pedacinhos. Aquelas duas almas queridas não mereciam partilhar o fardo de miséria que era só seu.
- Suponho que ainda esteja dormindo, tirando o atraso. - Jonh sorriu, e Charlotte murmurou algo sobre ajudar Jessie a vestir o casaco do uniforme escolar, colocar o gorro e a mochila nas costas. Sua filha era tão pequenina. Tão linda.
- Não tirando o atraso, mas já de pé - respondeu Adam, da porta da copa, ao comentário do sogro.
Charlotte sentiu dor no coração. Ver o marido a trouxe de volta ao mundo dos vivos.
Ele estava maravilhoso, como sempre. De banho tomado, calça jeans e blusão impermeável sobre suéter preto. Não havia nem sinal do cansaço da noite anterior. Charlotte mal acreditava que a cena terrível acontecera. Toda vez que o via, amava-o mais, e lamentou a perda do entorpecimento, pois agora sofria com toda a intensidade.
- Eu levo Jessie à escola - ofereceu-se Justin, olhando carinhoso para a filha. Mas um músculo do maxilar saltou, espasmodicamente. Por mais que disfarçasse, também estava sob estresse.
- Não precisa - respondeu Charlotte.
- Espere com ela no vestíbulo enquanto trago o carro até a porta da frente. Está chovendo forte. - Justin agia como se ela não tivesse falado nada, e sorriu para aqueles que estavam à mesa. - Até mais, pessoal. - Pegou a mão de Jessie e a conduziu para fora da copa.
Dali a pouco, estacionava o automóvel luxuoso bem diante da porta frontal. Carregou a filha no colo e instalou-a no banco de passageiros. A menina estava excitada por ter o pai de volta, e ainda por cima levando-a à escola. Charlotte estava arrasada.
Antes de tomar o volante, Justin voltou ao abrigo da porta de entrada. Gotas de chuva brilhavam no blusão impermeável e nos cabelos.
- Sugiro que dê a notícia a Jonh e Amy enquanto eu estiver fora. - Não denunciava nada no olhar.
- Covarde! - disparou ela. As palavras dele na noite anterior a deixaram chocada e sem ação, mas agora a raiva e a dor retornavam com força total.
Justin ignorou a provocação e manteve o tom frio, sem emoção.
- Seria melhor se você preparasse o terreno com calma. Voltarei mais tarde para conversar com eles pessoalmente. Partirei depois disso, mas manterei contato. Preciso saber a data e hora da peça de teatro de Rosie, pois não quero perder o evento. Acertaremos as visitas depois.
Charlotte fechou a porta antes que ele a dispensasse e parou no vestíbulo, tentando controlar as emoções. Queria bater nele, oh, como queria descarregar a raiva nele!
Tudo devia atender às conveniências do todo-poderoso Justin Bieber. Ele decidia algo e, de repente, isso virava lei! Pois podia se sentar e esperar a barba crescer, porque ela não acataria nada de cabeça baixa.
Subiu a escada, arrumou a cama de Jessie e a sua própria, depois contemplou a chuva. O vento vergava os galhos das árvores nos ângulos mais estranhos. O velho Ron devia estar tomando o chá matinal, resmungando sobre o tempo, e Bill provavelmente trabalhava na estufa.
Não sabia por que estava ali, fitando a chuva, até que o carro do marido surgiu no pátio. Justin voltara. Inconscientemente, aguardava-o. Sentia o coração aos pulos. Esperando que ela já tivesse "preparado o terreno", ele começaria a emitir frases feitas para pessoas que não sabiam do que ele falava. Então, teria de explicar, fazer seu próprio trabalho sujo!
Mas ele não entrou em casa. Ergueu a gola do blusão impermeável e afastou-se, caminhando pelo pátio lamacento. Só havia um lugar naquela direção, e Charlotte sabia qual era.
Tirou uma jaqueta nova acolchoada do armário, calçou botas e foi atrás dele. Queria lhe dizer algo em particular, e a enseada, naquele tempo chuvoso, era o local perfeito.
Nem que fosse a última coisa que fizesse no mundo, forçaria o marido a ouvi-la. Justin não podia simplesmente lhe dar ordens e então ir embora. Não podia terminar o casamento, privar a filha da presença do pai, algo que ele mesmo abominava.
Como ousara tomar tal decisão de forma unilateral, sem dar explicações? Dizer que não daria certo não bastava. E por que não daria certo? Ele não dissera. Exigiria uma explicação adequada, ele lhe devia isso!
A chuva diminuíra, mas o vento continuava forte, ganhando velocidade no vale estreito, tornando a caminhada quase impossível.
Quando finalmente alcançou a areia, Charlotte parou para tomar fôlego.
Justin estava junto à linha da água. Ela mal o avistava contra as ondas revoltas. O som do vento e do mar agitados era ensurdecedor.
Justin não a viu nem ouviu, até que ela o tocou no braço. Ele estreitou o olhar sob a ventania e fitou-a, os lábios comprimidos.
Charlotte quis desabafar a raiva e a frustração, mas desistiu. Justin não ouviria nada. Não devia ter ido, pensou, entregando-se ao desespero. Fora uma idéia estúpida. Devia tê-lo esperado em casa e então exigido explicação.
Como sempre, ele parecia ler seus pensamentos. Deu de ombros como que cedendo ao inevitável, tomou-lhe o braço e conduziu-a até as formações rochosas do penhasco que proporcionavam algum abrigo dos elementos.
- O que você quer? - Ele a soltara abruptamente, como se não suportasse tocá-la, e afastou os cabelos pretos molhados do rosto.
Charlotte sentiu a raiva se esvair.
Uma atitude de confronto não a levaria a nenhum lugar com aquele homem. Ele simplesmente se fecharia, banindo-a. De qualquer forma, não queria mais puni-lo por sua frieza, por infligir-lhe dor. Queria abraçá-lo, declarar o quanto o amava.
Mas desejar uma coisa não a tornava realidade. Teria de encontrar coragem para fazer tal declaração, para expor-se ao desdém, ou incredulidade ou... talvez o pior de tudo, à indiferença.
- O que veio fazer aqui com um tempo desses? - Ela imaginara que ele voltaria para a mansão, arrumaria as malas, diria adeus e sairia de sua vida.
- Queria me despedir de lembranças - respondeu Justin, tenso. - Satisfeita?
Lembranças da primeira vez que fizeram amor? Da época em que riram da fúria da tempestade de verão? Ou de um verão mais recente, do piquenique em que ele começara a criar um elo com a filha?
Charlotte estremeceu, enregelada nas roupas ensopadas.
- Volte para casa antes que pegue uma pneumonia.
Ela não iria a lugar algum sem ele. Foi mais para o fundo do abrigo rochoso, e viu os olhos cor de mel de Justin obscurecerem-se, enquanto os elementos da natureza atuavam ao redor deles. Era agora ou nunca. Cláudia sentiu um aperto no estômago e forçou-se a falar.
- Você decidiu se divorciar de mim. Não entendo por quê, mas aceito, já que não tive escolha. Mas quero que saiba que te amo. Nunca deixei de te amar.
- Mentira - acusou ele. - Que amor é esse, que faz uma mulher rejeitar o pai de uma criança por nascer em favor de um homem que vê como melhor provedor? - Dos lábios comprimidos, as palavras escapavam por entre os dentes cerrados. - Eu vou voltar. Você pode fazer o que quiser!
Ela o agarrou antes que ele deixasse o abrigo, obrigando-o a se voltar. Não aceitaria aquela acusação, de ninguém, muito menos não dele.
- Não me chame de mentirosa! Você não fez outra coisa senão mentir para mim quando nos conhecemos!
Ele se concentrou no infinito, não se dignando responder.
- Você viveu uma mentira. Fingiu ser um errante pobre, quando todo o tempo tinha uma fortuna a sua espera. - Charlotte percebeu o espasmo no maxilar dele, e soube que atingira o alvo.
Justin encarou-a com desdém e rebateu sarcástico:
- E por que eu faria isso? - A emoção tomou conta dele, tornando-o rude, agressivo. - Sou assediado por mulheres desde a puberdade. Não por mim mesmo, mas pela fortuna que represento, porque estava destinado a me tornar... o presidente do Grupo Hallam. Foi uma lição difícil de aprender, mas, acredite, aprendi rápido e muito bem. Naquele verão, queria um tempo para mim mesmo. Desde os sete anos, meu tio conduziu minha vida. Tinha acabado de me formar em arquitetura e planejamento urbano e resolvi vagar a esmo durante aquele verão, aceitando empregos temporários, espairecendo antes de assumir o grupo. E o que aconteceu?
Sorriu amargo.
- Conheci você. Apaixonei-me por você. Nunca havia conhecido tal felicidade. Você me amava, ou assim disse. Você me amava por mim mesmo, não pela fortuna dos Hallam. Prometeu se casar comigo. Eu sabia que tinha de contar a verdade sobre mim, mas você se adiantou. Disse que estava tudo acabado, que estava saindo com outra pessoa, alguém com um emprego adequado e dinheiro no banco. Você era pior do que as outras. Estava grávida de um filho meu! E agora vem dizer que nunca deixou de me amar?
- Mas é verdade! - Após o que ele dissera e a forma como ela rompera o namoro seis anos antes, Charlotte sabia que tinha pouca esperança de convencê-lo. - Eu te amo, com ou sem dinheiro. Não sabia que estava grávida, até você já estar longe. Não tinha como encontrá-lo. E, para ser franca... na época, nem queria. - Hesitou naquele ponto, mas sabia que a honestidade era só o que restara entre os dois.
- Então, casou-se com Carter. - O tom dele era acusador. Já a julgara e condenara.
- Já expliquei por quê. - A tempestade amainara, mas a voz dela saía fraca. Buscou energia para tocar na última questão. - Só não disse ainda por que rompi o nosso namoro.
- É verdade - desdenhou ele. - Talvez não tivesse gostado da cor dos meus olhos, ou tenha achado meu pé muito grande!
- Não! - Ela implorou com o olhar, dois lagos azuis no rosto pálido e delicado. - Naquele dia, vi você saindo nervoso do quarto de Helena... - Quase falhou ali, constrangida, mas forçou-se a expor seus pecados. - Ela me disse que você tentou seduzi-la, sabendo que meu pai estava fora de casa. Disse que você se envolveu comigo interessado apenas na minha herança, mas que desejava a ela.
- E você acreditou! - Justin estreitou o olhar, desgostoso, porém impiedoso.
- Na época, sim. Ela era tudo o que eu não era... bonita, formosa. - Charlotte sentia-se miserável. - Não via motivo para ela mentir sobre aquele assunto. Não sabia do que ela era capaz, então. Sempre nos demos bem... nunca sonhei que ela mentiria, por que deveria duvidar? Mas pensei nisso desde... desde que nos reencontramos e, sabendo que Helena e Phillip eram mentirosos, dois trapaceiros... Agora, não acredito numa palavra do que ela me disse.
- Finalmente, a lucidez! Pois fique sabendo que sua madrasta começou a me assediar no instante em que o marido me contratou... nos intervalos, desaparecia por horas com o homem com quem você depois decidiu se casar. Que nojo! No dia em que me viu saindo do quarto de Helena, provavelmente o pior de toda a minha vida... ela tinha me pedido para arrumar o suporte da cortina.
Torceu o lábio irônico.
- Encontrei-a nua, oferecendo o que chamava de "divertimento adulto", algo que ela tinha certeza de que eu não obtinha com a enteada adolescente. Notou o tempo que passávamos juntos e não entendia o que eu via naquela "boboca ingênua..." a não ser sua futura herança, claro. Fiquei louco de raiva, xinguei-a e, como você mesma viu, saí nervoso, depois que ela ordenou que eu deixasse a propriedade. Rápido. Eu já desconfiava de algo entre ela e Carter, e não podia imaginar um homem honrado como o seu pai ligado a uma criatura tão vil. Claro que estava nervoso! E você, que tanto me amava, não foi capaz de ouvir o meu lado da história. Não confiou em mim.Preferiu acreditar na sua madrasta.
- Desculpe-me - murmurou Charlotte. Não bastava para reparar o dano, mas o que mais podia dizer? Baixou a cabeça. Merecia todo o desprezo de Adam. - Não tenho defesa. Mas lembre-se de que eu era uma colegial ingênua. Não tinha um único osso cínico no corpo. Acreditava que Helena estava apaixonada pelo meu pai, não tinha motivo para achar que ela mentia. Só não imaginava que as pessoas agiam dessa forma. Era jovem, estava magoada, mas tinha algum orgulho. Não ia choramingar e me humilhar na sua frente, e queria magoar você também. Eu não sabia, na época, que a última coisa de que você precisava era se casar por dinheiro.
De qualquer forma... você passou um bom tempo, quando nos conhecemos, perguntando sobre a propriedade, como eu . me sentiria sabendo que herdaria tudo. - Esperava que ele assumisse um pouco da culpa.
- Perguntei. - Justin mantinha o olhar impassível, impermeável às desculpas dela. - Estávamos em posições similares. Eu queria saber se você achava... como eu estava inclinado a achar naquele tempo... que o dever às expectativas da família e a administração de uma herança vultosa não eram um mar de rosas.
Justin fitou as nuvens pesadas. A chuva cessara, mas o vento continuava forte. Finalmente, ele se manifestou:
- O seu orgulho era mais forte do que o seu amor. Você não confiou em mim. Esse é o resultado. Acho que não há mais nada a dizer. Vamos?
Ela o acompanhou pela areia encharcada, o coração pesado. Tentara e falhara. Não havia como chegar a seu amor.
Justin ajudou-a nos trechos mais difíceis da trilha que levava ao planalto, mas não conversaram. Guardava distância, banindo-a de sua vida.
Charlotte estava arrasada demais para fazer algo senão aceitar o fato. Chegando à mansão, encontraram Bill empilhando lenha, e Charlotte fitou-o como se não o conhecesse.
- Andaram nadando! - Ele franziu o cenho às roupas ensopadas. - O tempo já está melhorando. Oh, Amy não conseguiu encontrá-la, sra. Bieber, e me pediu para avisar que o sr. Sullivan a levou às compras. - Sorriu para Justin. - Algo sobre um jantar de boas-vindas!
Bill afastou-se levando o carregamento de lenha, e Justin conduziu Charlotte à porta dos fundos. Ela queria que ele fosse embora, que partisse simplesmente. Enquanto ele estivesse por ali, não conseguiria pensar direito.
Estremeceu ao passar do vento gelado para o calor da cozinha.
- Ouça, se é consolo, eu fui culpado também. - Justin despiu o blusão impermeável e a ajudou a tirar a jaqueta acolchoada. Ela não entendia por que ele se incomodava, já que estava ansioso para partir. - Pensando bem, o orgulho ferido me impediu de questionar o que você disse. Simplesmente fui embora. E nunca voltei. Antes daquele dia, acreditava que a conhecia bem. Devia saber que você jamais seria tão mercenária. Fui embora e continuei afastado, por orgulho. Agora, entendo porque agiu daquela forma. E aceito parte da culpa. De qualquer forma, o orgulho não sufocou meu amor, meu desejo, minhas lembranças. Eu olhava para outras mulheres e só via você. Quando torci seu braço para forçá-la a se casar comigo, estava punindo a mim mesmo. Quando soube que Farthings Hall estava à venda, quis vir aqui. Pensei que você, seu pai e Helena estivessem longe. Achei que podia descobrir o que tinha acontecido. Portanto, acho que estamos quites.
Ele franziu o cenho ao ver as manchas no suéter dela, a calça jeans colada às pernas. Charlotte estava boquiaberta com o discurso.
- Precisa tirar essas roupas e tomar um banho quente - recomendou Justin.
Bom senso. Mas, se ela fizesse isso, ele já teria partido quando terminasse, não teria?
- Um banho quente - reafirmou ele. - Está quase desmaiando...
Levou-a pela escada de serviço, e Charlotte agarrou-se ao pescoço dele instintivamente, sentindo-se fraca. Ele confessara que continuara amando-a todo aquele tempo, enquanto ela também o amara do fundo do coração?
Depois que se casaram, o que ela dissera que o convencera de que não daria certo?
Ele afastou com o pé a porta de uma das suítes. Então, fora ali que ele dormira na noite anterior. A mala estava no chão, o terno amarrotado pendurado numa cadeira.
Ele a levou ao banheiro, colocou-a sentada na borda da banheira e abriu a torneira de água quente.
- Por que acha que o casamento não vai dar certo, que nem mesmo Jessie vale o esforço?
Justin endireitou-se.
- Sabe o que aconteceu. Fizemos amor. Quando propus casamento de fachada, pensei que conseguiria cumprir, por Jessie. Sabia que, se caísse na tentação de tocar em você, ficaria emocionalmente vulnerável mais uma vez. Você já tinha me infligido isso antes. Não passaria pelo flagelo novamente... mas queria que nossa filha tivesse pai e mãe. Por que acha que abreviei nossa lua-de-mel? Porque queria uma de verdade. Eu a abracei e passei a desejá-la como um louco.
Justin respirou fundo e continuou:
- Então, deixei-a em Willow Cottage e parti. Coloquei meus advogados para rastrear o dinheiro roubado... está numa conta numerada na Suíça, e ontem fiquei sabendo que vão tentar liberá-lo por meio judicial. É seu, aliás... a sua independência. Então, durante aquele primeiro período longe, tentei colocar a cabeça no lugar. Voltei e veja o que aconteceu... levei você para a cama. Era a pior coisa que poderia ter acontecido, do meu ponto de vista de então. Estava me deitando com a mulher que tinha me impedido de conhecer minha filha, que dizia que me amava e então me dispensou, porque tinha um partido melhor. Assim, afastei-me da tentação e decidi que bastava. Não poderia lidar com a situação.
Ele começou a despi-la, e Charlotte percebeu que estava trêmulo.
- Acho que fiquei burra - sussurrou. - Está me dizendo que me deseja tanto quanto antes? Que ainda me ama?
Ele a despiu completamente e agora a apreciava com os olhos obscurecidos.
- Direi, se jurar que o que disse lá na praia é verdade.
- Que te amo e nunca deixei de amar? - Ela o fitou, puro amor no olhar, nas lágrimas que brotavam. - Juro pela vida da nossa filha!
- Acho que basta para eu acreditar! - Ele a ergueu e depositou na água deliciosa. - Eu te amo, provavelmente nunca saberá quanto, e não pretendo perdê-la para uma pneumonia. - Sorriu em meio ao vapor, aquele sorriso maravilhoso que nunca falhara em enfeitiçá-la.
Mas os olhos cor de mel estavam úmidos quando ele lhe afagou os cabelos.
- Vamos fazer deste dia o começo do nosso casamento, comemorar este aniversário todos os anos como nosso segredo especial.
Charlotte sorriu e abriu os braços para recebê-lo.
- Não sou a única a correr o perigo de pegar pneumonia. Por que não vem ficar comigo? A água está maravilhosa.
Justin não precisou de mais incentivo. Despiu-se, estendeu as pernas junto às dela na banheira e passou a massagear-lhe os seios.
Charlotte estremeceu de prazer, e beijou-o no queixo.
- Tenho uma coisa para contar - sussurrou.
- Não quero saber. - A voz dele era terna, divertida. - Conversar é a última coisa em minha mente.
- Imagino! - Era impossível ignorar a ereção dele. Mas insistiu. - Mas vai gostar de saber. - Beijou-o no pescoço.
- Vou dar uma pista.
Justin grunhiu, beijou-lhe o ombro e tateou o seio. Seu cérebro relutava em aceitar jogos de adivinhação, àquela altura.
- O que acontece quando duas pessoas se empolgam e pegam uma onda de paixão incontrolável? Justin beijou-a exigente.
- Isto?
- Não, não, não! Preste atenção! - Charlotte tentou parecer uma professora, mas falhou ao rir. - Elas não tomam precauções. Simplesmente, deixam-se levar... Não sei quanto às outras pessoas, mas é o que acontece conosco.
Ele parou de acariciá-la e saiu da banheira. Ela não pro- testou quando ele a retirou e enxugou seu corpo com uma toalha macia.
Justin levou-a para a cama e sentou-se ao lado dela.
- Outro bebê?
Charlotte confirmou. Os olhos cor de mel do marido cintilaram à iluminação fraca. Seriam lágrimas ou a água do banho? Ela se achegou e degustou. Sabor salgado.
- Charlotte,  meu amor... Esperou por mim ontem à noite para me contar. - Justin expressou puro pesar. - E eu simplesmente a arrasei.
- Não! - Ela o agarrou e puxou de encontro a si. Aquele era um momento feliz. O mais feliz de todos. - Não vamos mais olhar para trás - pediu, contra os lábios dele. - Só para o futuro.
- Só para o futuro - concordou ele, e beijou-a com paixão.

F I M


Notas Finais


Obrigado por terem me acompanhado nessa jornada até a próxima


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