História A promessa - A despedida

- Jura de  que nunca vei deixar de ser meu amigo? - Perguntou Malia estendendo o mindinho.

- Juro - Disse Theo entrelaçando seu dedo no dela, aquela era a promessa e a prova de que nenhuma amizade poderia ser esquecida por mais fundo que estivesse guardada no coração.

- Ande logo Malia - Gritou Corinne tentando encaixar as últimas coisas da mudança no porta-malas do carro.

Malia olhou para trás apreensiva por deixar aquele que era seu confidente, seu apoio, seu melhor amigo. Quando voltou seu olhar para o garoto á sua frente se deparou com seus incríveis olhos verdes marejados.

- Eu não... - Disse ele antes de Corinne chamar novamente, dessa vez soando mais irritada.

- Eu preciso ir - Disse Malia lhe dando um abraço, a mesma deu três passos e voltou correndo depositando um beijo leve nos lábios dele, era o primeiro deles, este que ficaria marcado para sempre na memória.

Ela novamente tomou seu caminho rumo ao carro, lá dentro seus pai apenas reclamavam da demora, provavelmente nem haviam visto o que acabara de acontecer. Enquanto o carro saía da rua tão conhecida por eles ela se ajoelhou no banco e olhou pela janela, Theo estava parado no meio da rua esperando que e vista para que finalmente pudesse acreditar que a melhor pessoa que já havia conhecido na vida estava indo embora, suas mãos voltavam a ficar frias e seu corpo tremia por inteiro.

Ele a tinha perdido.

Malia da janela do carro acenou em despedida e voltou a se sentar encarando seus pés que faltavam pouco para alcançarem o chão.

Peter a observou enquanto o sinal estava fechado e percebeu a tristeza da menina, "para o bem de todos nós", essa era a frase que se passava repetidamente em sua cabeça tentando se convencer de que estava fazendo a coisa certa. Ela iria superar, não é?

Corinne retirava o esmalte de suas longas unhas na tentativa de se acalmar, era a primeira vez que saía de Beacon Hills definitivamente, era assustador e ao mesmo tempo um alívio, pelo menos não teria mais que lidar com os Raeken.

O caminho até a cidade vizinha foi calmo, ás vezes perguntavam a Malia se ela precisava ir ao banheiro ou se estava com fome, mas ela respondia tudo com um vago "não" ou "pode ser".

Quando finalmente chegaram na mais nova residência, Malia subiu as escadas correndo, sabia onde era o caminho já que tinha ido ver a casa antes mesmo de saber que iria se mudar. Ela se deitou na cama e derramou uma pequena lágrima que logo depois limpou, uma lágrima solitária.

Theo ainda estava parado no meio da rua quando um carro buzinou atrás dele o tirando de seu transe, ao longe pôde ouvir sua mãe lhe chamar, respirou fundo e foi até sua casa, não sem antes olhar em volta na esperança de que Malia virasse a esquina correndo e rindo da cara dele dizendo que o mesmo havia caído em uma brincadeira, mas isso não aconteceu.