História A promessa que fiz para você - Chegando a Heartland, uma nova vida.

A aurora da manhã que brilhava no céu da cidade de Heartland parecia ser as boas-vindas a Nemuruda que acabava de chegar na cidade, a viagem de sua cidade natal até aquele novo lugar foi meio rápida mas mesmo assim ela tinha passado por um tédio enorme, ficar em silencio não era seu forte e quietude não era nem de longe seu nome do meio. Ela gostava mesmo era de agito e zuar com a cara dos outros enquanto gritava escandalosa xigando a todos, principalmente quem ela não ia com a cara. Nemuruda era uma garota de 14 anos, seus cabelos bicolor lilás e rosa que estavam amarrados em duas marias-chiquinhas contrastava com a cor de seus olhos azuis, sua boca era coberta por um brilho que dava um certo charme a seus lábios. Ela media um pouco menos do que as garotas da sua idade, magra mas tinha força o suficiente pra quebrar um concreto e carregava uma mochila nas costas e empurrava uma mala com as mãos, pegou um taxi logo entregando o endereço que queria chegar e caiu na estrada olhando a um pouco da cidade pela janela do carro.

- “Nossa... Essa cidade parece um parque de diversões... Que gay!” - Pensou olhando com curiosidade.

Em alguns minutos tinha chegado e após pagar a corrida, saiu do taxi com sua bagagem e parou na frente de uma casa simples mas muito bem conservada e olhando dava a impressão de que era uma casa que só tinha os cômodos básicos, nada de muito sofisticado diferente da casa ao lado que era uma mansão bem chamativa pelo tamanho e pela arquitetura bem trabalhada. A jovem olhou pra casa a frente e depois pra mansão ao lado e se perguntava internamente se seu tutor por um acaso estava querendo tirar com a cara dela.

- Isso só pode ser sacanagem... - Ela cruza os braços com cara de indignação. - Por que diabos eu tenho que ficar nessa espelunca que é do lado de uma fuck mansão milionária? Assim o povo vai achar que eu sou uma coitada! - Ela faz uma pausa soltando um suspiro. - Tá, tudo bem, eu também não sou lá aquelas coisas... Mas também não precisava ser aqui nessa casa com cara de gente que vivi de bolsa família.

A garota se lembrou que seu tutor disse que tinha dado a chave da casa para os carregadores da mudança para que eles colocasse os moveis dentro da casa e depois deixarem a chave com o vizinho da casa do lado e ela percebeu que a casa dela era a primeira daquela rua então supôs que a casa a qual seu tutor se referia seria a mansão. Ela engoliu um seco ficando sem graça enquanto ia ate a mansão ao lado, não sabia o que deveria fazer por que se fosse mesmo gente rica que morava lá, ela já se ferrava só na parte o linguajar que era recheado de gírias e palavrões.

- “Ai Jesus, Maria, José, São Paulo capital! O que faço agora? Eu devo ir lá? Será que eu bato palma e chamo pelo vizinho ou tem uma campainha pra tocar? Será que não ta muito cedo pra ir perturbar o povo de lá? Eles devem ta dormindo... Puta merda, que bagulho louco...” - Ela andava de um lado para outro na frente da casa com uma das mãos no queixo pensativa. Estava tão distraída que não percebeu dois jovens saindo pela porta da casa e observavam a garota se perguntando o que estava acontecendo.

- Irmão, será que devemos chamar a policia? - Um dos garotos fala parecendo um pouco receoso. – E se ela estiver rodando nossa casa pra nós roubar?

- Acho que não Michael... Parece só uma doida, é melhor chamar o hospício! - O outro falou soltando um bocejo cansado. - Ta cedo demais pra essas coisas... Fala lá com ela e pergunta o que ela quer...

- P-p-por que tem que ser eu, Thomas? - O menor olhava pro mais velho indignado. - Vai lá você!

- Tsc... Ta bom, vou la... - Thomas foi até o portão se escorando com preguiça na grade do portão ainda olhando a garota andando de um lado para outro até que se enjoa daquilo. - Ei garota! Olha aqui!

- Ai merda! - Nemuruda para e olha pro cara de cabelos loiros na frente e ruivo atrás ficando assustada. - “Não acredito que esse playboy tava aqui me vendo pagar um micão na frente da casa dele... Que puto... Hum... Mas é um puto bem lindão até... Ah, esquece que já que ele ta aqui vou perguntar dele sobre a chave!” - Ela pigarreia, respira fundo e da uma jogadinha de cabelo pro lado e coloca as mãos na cintura. - Oi vizinho... Eu acabei de me mudar pra casa do lado e me disseram que a chave foi deixada ai com vocês, por isso se puder me dar a chave... Só se der...

- Hum... E o que eu vou ganhar com isso? - Dando uma risadinha debochada. 

- Vai ganhar minha gratidão... - Ela cruza os braços já começando a ficar impaciente.

- Ta pouco... Eu mereço mais! - Rindo mais.

- Ah, vai se fuder cara! Eu só quero a merda da chave, pode ser ou ta difícil? - Ela já estava quase explodindo de raiva.

- Vai você sua maluca! - Ele também começa a ficar impaciente. - E só pra você saber, eu não sei de porra de chave nenhuma!

- COMO É QUE É, SEU FILHO DA PUTA??? - A garota já estava com vontade de enfiar a mão na cara do rapaz. – Você tava me enrolando esse tempo todo pra nada? Sabe o que você merece? Merece um canavial de rola pra você chupar!

- E você merece ser arrombada por um poste de concreto! – Ele bate na grade do portão.

- Enfia o concreto no sua bunda! – Ela também bate na grade.

- Enfia no sua, vacilona!

- Cala a boca seu viado!

- Cala a sua, sapatona! - Os dois param se olhando e depois começam a rir quem nem dois retardados até que outro rapaz aparece do lado de Thomas.

- O que está acontecendo aqui? - O rapaz alto de cabelos brancos olha os dois com certa estranheza.

- Nada Chris... Você sabe de alguma chave? Essa mina aqui se mudou pra casa do lado e quer a chave da porta...

- Ah, então você é a nova vizinha? Eu vou ir buscar a chave... - Ele volta pra dentro da mansão.

- Mas gente... Só tem cara lindo nessa casa! - Ela ri ajeitando a franja. – Me chamo Nemuruda Aiko mas pode me chamar de Nemu.

- Meu nome é Thomas Arclight! - Estende a mão pelo espaço da grade pra cumprimentar a garota.

- Prazer... - Ela aperta a mão dele. 

Chris voltava com a chave da porta da casa dela em mãos entregando pra ela e se colocando a disposição dela caso precisasse de ajuda, ela agradece e se despede de Thomas pegando suas coisas e entrando em casa. Olhou o lugar atentamente percebendo que apesar de modesto podia ser um lugar bem aconchegante, os moveis tinham sido deixados em alguns lugares que possivelmente não precisariam ser trocados de lugar, andou mais um pouco olhando a cozinha que tinha apenas coisas básicas como fogão e geladeira, subiu o andar de cima e andou por um pequeno corredor que tinha duas portas uma em cada lado da passagem e uma porta do meio, entrou em cada porta percebendo que uma delas seria o seu quarto onde deixou sua mochila e mala, a outra era o banheiro e a do meio era a área de serviço, tinha um tanque e uma maquina de lavar e do outro lado tinha um tipo de varanda com algumas cordas atadas. Ela foi ate a varanda se apoiando na grade de proteção e viu a paisagem na sua frente tendo seus cabelos balançados pela brisa da manhã e seu rosto sendo iluminado pelos primeiros raios de sol, observava uma parte da cidade onde tinha uma torre enorme com um coração no topo e também as pessoas realizando suas atividades matinais de trabalhar ou ir para a escola.

- Vamos ver que tretas eu vou arrumar por aqui... - Ela sorri passando um tempinho lá olhando todo o resto do seu campo de visão até que solta um longo bocejo, estava cansada da viagem e foi pro quarto se jogando logo na cama não demorando muito pra dormir.