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História A Pureza de Afrodite - Parabéns! Você está condenado a casar.


Escrita por: LunnaDAngelo

Notas do Autor


Como a história é narrada em primeira pessoa, e tendo dois protagonistas, haverá troca de narrador entre os personagens masculino e feminino. Eu irei identificar cada narrador com: Ele ou Ela. Pode estar indicado no início do capítulo, ou no meio, quando houver uma troca.
O local varia muito, até mesmo de um país para outro, então eu não vou seguir a risca as culturas d cada lugar, irei adaptar de acordo com a história. Porém farei o máximo para não perder a fidedignidade

Capítulo 1 - Parabéns! Você está condenado a casar.


Ele
 Sinto que vou perder a cabeça. Não sei se é da ressaca (de uma tentativa fracassada de esquecer minha atual situação) ou se é pela própria situação.
 ~Suspiro
 De frente pro espelho, o que vejo é um homem de cabelos negros e olhos , que apesar dos traços asiáticos (os quais herdei de minha mãe), são de um azul cobalto. Minha boa aparência é complementada pelo terno, extremamente refinado e luxuoso. Como minhas alunas diriam: pareço um "Príncipe Encantado". ~Exasperação. Pena que no meu mundo os heróis sempre acabam terrivelmente mortos e esquecidos.
  Me manteria neutro nesse mundo, na verdade nem queria saber da existência dele. Mas meu "queridíssimo" pai adora me colocar no papel de Vilão Maldito. 
   Minha mente vagueia para além das paredes do suntuoso quarto do hotel. Já nevava a 3 dias em Nova York. Preferiria estar em uma boa cafeteria tomando um expresso e lendo qualquer coisa que não fosse sobre casamento.
  _ Mister Ryuu Claíomh? O senhor Claíomh, seu pai, aguarda sua presença. _ Um dos serviçais entra no quarto, interrompendo meus desvaneios. Estou tão distraído que nem ouvi ele chegando.
 _ Tudo bem, já estou pronto.
 _Então queira me acompanhar senhor.
 Sigo o atarracado homem de meia idade, que me conduz em um corredor ostentoso, cheio de obras de arte, detalhes a ouro e tapetes antigos. Algo que estou acostumado desde da infância, porém pouco condiz com meu estilo minimalista. Num cenário tão dramaticamente teatral me sinto como um  traidor indo encontrar o carrasco na guilhotina. Talvez seja isso mesmo no final das contas.
  Uma fúria ataca meu âmago quando lembro o que meu pai fez para me "convencer" de aceitar todo esse odioso acordo. Meu "querido"  Senhor da Guerra simplesmente me fez escolher entre vir pra Nova York e me casar ou ver a escola em que trabalho na Coréia do Sul ser bombardeada. E Ainda colocariam a culpa na Coréia do Norte pelo ato terrorista, reiniciando a Guerra entre os dois países, onde milhares de pessoas morreriam e ele ganharia bilhões no tráfico de armas bélicas pros dois lados. De qualquer forma ele sairia lucrando e eu sem um real poder de escolha.
   Quando chegamos a entrada da saleta, é anunciado minha presença e me permitido entrar.Visto-me de uma educação e calma estratégica, como fui treinado a vida toda.
 A seleta é elegante e aquecida, igualmente bem adornada como todo resto do hotel. Uma mesa no centro está posicionada de forma que todos possam ver a parede de vidro, que esbanja o melhor da paisagem natalina.
  Olho nos olhos do homem já sentado, suas íris azuis são glaciais, emoldurados por um rosto marcado pelos sinais da idade, mas não menos formoso e soberanos, impiedosos.
  _O que o senhor ainda gostaria de falar para mim, que valesse a pena gastar seu precioso tempo? Não sou só um produto de troca a seu bel prazer ? O que importa eu saber sobre o que minha opinião e escolha valem o mesmo que nada? Senhor Bryan Claíomh.
  _Pare de infantilidade Ryuu. Você sabe que essa negociação vale mais do que eu e você. Isso é o futuro do nosso reinado. E você como herdeiro já devia estar se preparando. Isso é só o começo. Não negue que sabe o que está acontecendo, mesmo que tenha tentado se afastar, sei muito bem que manteve os contatos e vem recebido relatórios. O sangue Claíomh está em você ,e é mais poderoso do que pensa. _ Bryan fala com sua voz profunda e impassível, não dando abertura a qualquer discussão,  só com o seu tom.
   Mas eu sou um idiota teimoso.
  ~tchi~ escárnio. 
   E assim ele continua para não me dar abertura.
  _ Desse modo você tem consciência da importância desse casamento. Ela é a última Herdeira Astrid. Eles já tem um império comparável ao nosso, com vantagem além da nossa, por conseguirem atuar no submundo e na superfície livremente. Se não for por esse acordo de agora, um conflito seria eminente e suicída pros dois lado. Mas juntos... Juntos não haverá inimigos que não vão tremer e ruir diante Nós. E você tem a Honra de ser essa aliança. Então sem mais delongas tudo já está organizado. Amanhã mesmo será assinado os papéis e a aliança feita. Contudo, por causa da pouca idade da Astrid, será adiado a data de anúncio. É preciso esperar ela ter maioridade para oficializar o acordo. Até lá deverá ter completa discrição sobre o casamento, porém aos nossos colaboradores e conselheiros  será preciso apresentar o mínimo de veracidade na união.
  Pouco idade? Esse velho enlouqueceu de vez. Eu vou me casar com o que? Uma criança?
  _Mínimo de veracidade? _ falo com a voz e o olhar incrédulos.
 E Ele me responde impaciente, como se estivesse diante de alguém sem neurônios.
  _ Sim. Ela irá para Coréia, já que você insiste tanto em brincar de ser algo, e que uma mudança súbita sua levantaria suspeitas. Não vão precisar morar juntos, mas ela deverá frequentar a escola que você trabalha. Assim discretamente estarão convivendo sem chamar atenção.
 _ah..._ Ele me corta imediatamente. Eu que já negociei tratados de paz entre nações, não passo de um bebê que só balbucia diante desse Maldito.
 _Além disso, a pedido dela, vocês vão se encontrar agora, apenas uma casualidade sem importância. Na verdade ela já deve estar chegando. Trate-a adequadamente_ Seu Olhar e tom prometiam torturas indescritíveis contra qualquer falha, eu sei muito bem do que ele é capaz.
  Por um instante eu paro para pensar. "Minha" Noiva não passa de uma menina, e o que sei não passa disso também. Nem mesmo sei sua idade correta, ela é uma total desconhecida até pro submundo, onde é impossível esconder qualquer coisa completamente ou por muito tempo. 
  Nesse momento é anunciado sua chegada sob o nome de: Louise Astrid . Assim que ela entra nós dois nos levantamos para recebe-la...
  E eu congelo... naquele instante deixo de existir, me inundo da sua presença. 
  A "menina" diante de mim é certamente nova, porém tudo nela irradia poder e nobreza. Seu porte ,suas vestes. Sua beleza é indescritível, qualquer coisa que eu pense em palavras não se compara.
   Seus cabelos de um cobreado sangue, longos, são como um mar em cascata de seda com ondas e cachos perfeitos. Sua pele clara e rosada, seus lábios carnudos fazendo inveja a um botão de rosa. Seu olhos grandes e feições delicadas, angelicais. Seu gestos pareciam flutuar e acariciar o ar, seu corpo coberto sob um vestido solto, não negava a beleza de Vênus.
  Eu que odeio descrições melosas românticas; parecia-me impossível pensar outras palavras, aquelas já eram insuficientes. A própria verdade parecia irreal.
  Mas não foi sua beleza que me fez congelar.
Seu olhar. De uma íris que ia do ouro mergulhado num lago de safiras em meio a um bosque de esmeraldas. Ainda assim incomparável. Seu olhar. Senti meu corpo derreter, minhas pernas adormeceram , tremores me percorriam. Meu ser entrando em combustão de  puro desejo e temor. Seu olhar. Era implacável, consumidor, dominante, frio e ardente, uma crueldade desejosa e calculista, completamente sensual. Aqueles não eram olhos de uma menina. Eram de uma Imperatriz.
  Nesse momento percebi  que eu já estava condenado. 
  Só não sabia se era de morte ou prazer.

Próximo Capítulo: O Justo Acordo. _Ela


Notas Finais


Gosto de dar nomes com significados relevantes ou relacionados a história


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