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História A Regra do Jogo - Capítulo 2


Escrita por: lotusflower

Notas do Autor


Ois!
E aí, gente? Gostaram do primeiro cap?
Aqui tá saindo mais um... Por favor, não achem que tenho algo contra Ruby ou a Meghan Ory (eu simplesmente amo a lobinha e a atriz!), só pra deixar claro mesmo... Heheh!
Ah, ignorem os possíveis errinhos. EU penso muito rápido, leio rápido e às vezes deixo passar algum verdo ser -r no fim, algum gerúndio maluco e inexistente, e se encontrarem isso, me avisem que eu arrumo depois :D
Boa leitura!

Capítulo 2 - Capítulo 2


- O quê?! Vocês terminaram? Quando? Até semana passada vocês estavam juntas! O que aconteceu? Ah, minha nossa! – Zelena abraçou a irmã com força quando viu lágrimas começarem a ganhar o rosto da irmã.  A mais nova começou um carinho nos cabelos da irmã até que ela se acalmasse um pouco. – Gina... vamos pra minha cabine. Lá você me conta o que aconteceu ou toma um banho e se acalma... Vem.

As duas recolheram as duas cartas e saíram do bar. Zelena percebeu o olhar do bartender em si e deu um sorriso de volta à ele, mas não ia até ele, como fazia geralmente quando os homens lhe davam bola, afinal, sua irmã precisava dela e ela tinha que começar a procurar um emprego ali dentro daquele pote de lata no meio do oceano. Entraram no elevador, ignorando a noite que se estendia sobre o mar e não demoraram muito para alcançar o corredor dos dormitórios. Dentre todos os locais que passaram no elevador panorâmico, aquele era o mais vazio de todo o navio, entretanto, as luzes ali fingiam que a noite não existia. Seguiram as duas pelo longo corredor, virando à direita e entraram no quarto E17. Zelena aproveitou para puxar sua mala que estava do lado de fora, em frente a sua porta e jogou-a dentro do guarda-roupas, sem desmanchar nada.

- Quer me contar o que aconteceu?

Regina fez que sim.

- Eu saí do trabalho e tínhamos combinado de jantar fora, pra comemorar nosso aniversário de namoro. Liguei pra ela, dizendo que ia buscá-la, mas ela disse que ia ter que trabalhar até mais tarde. Eu então fui buscar a comida no restaurante que tínhamos reservado e levei até o escritório dela. Como tenho as chaves e o porteiro me conhece, entrei numa boa, e as luzes estavam todas apagadas. Mais estranho que isso ainda, estava ouvindo uns ruídos, uns gemidos. Chamei por ela, acendi as luzes e tinha uma vagabunda seminua em cima dela. – Zelena cobriu a boca, totalmente pasma. – A imbecil ainda olhou na minha cara e pediu privacidade. Ruby segurou na mão dela e disse que eu era a noiva, só fazendo com que uma risada crescesse no rosto da outra. Ela até me pediu para esperar, que ia se vestir e depois ia falar comigo, mas eu só consegui jogar a comida no equipamento dela e nas duas, e saí de lá.

- E o que ela falou depois?

- Nada. Eu não falei mais com ela. Isso foi na quinta-feira à noite.

- Ah, nossa, Gina! Em quem você quer que eu bata primeiro? Na Ruby ou na outra vagabunda? Eu vou matar essas duas! Que filha da puta! – Zelena massageou os punhos, como se estivesse se preparando para uma luta.

- Você não vai bater em ninguém, Zel... Eu quero esquecer essa história toda. O ruim é não vou nem poder ter o gostinho de ser um pouquinho mais feliz com 100 mil da vó.

- Ei, não diz isso! Você vai conseguir o dinheiro sim.

- Como? Não tenho mais noiva. Em vez disso, tenho um belo par de chifres. – Regina enxugou as lágrimas eu já estavam secando.

- Vai ver a gente pode conversar com o Adam, ou podemos fazer alguma coisa. Não vamos deixar essa puta foder com a sua vida. Ai, que ódio. Se eu ver ela na minha frente de novo, eu juro que eu corto fora aquelas tetas caídas com um garfo.

- Ei, não abaixe o nível, Zel. Vamos esquecer ela. Eu vou precisar de muita ajuda pra isso, mas não quero nenhuma briga.

- Relaxa, Sis. No começo da semana, você não vai nem lembrar do que fez durante todos esses anos. – Zelena sorriu travessa.

- Tenho medo dessa sua cara... – Regina conseguiu sorrir com a ajuda da irmã e se levantou. Despediu-se e caminhou para o seu quarto, F27. As portas dos quartos que ainda não haviam sido visitados por seus hóspedes ainda estavam destrancadas, então, Regina não precisou procurar o key-card na confusão de sua bolsa, apenas abriu a porta e entrou. Quando virou-se depois de fechar a porta, encontrou um par de olhos escuros.

- Que porra você está fazendo aqui?

- Ei, meu amor. Se acalma. Eu vim te ver.  – A mulher com os cabelos tingidos de vermelho se aproximou para fazer carinho na morena, mas foi barrada.

- Ruby, tira essa mão de mim. E sai daqui logo, antes que eu chame os seguranças.

- Regina, calma aí.  Eu vim aqui me desculpar. Nossa, não precisa ser agressiva desse jeito. Eu... trouxe o seu chocolate preferido... – Ruby sorriu terna, se aproximando devagar de Regina com uma caixa nas mãos.

- Foda-se o seu chocolate! Você achou que ia resolver isso com chocolate? – Regina bateu na caixa que a outra segurava, espalhando os bombons Lindt pelo chão e deixando Ruby assustada.

- Na verdade... eu achei sim.

- Ah, cala a boca! Sai da minha frente, eu não quero ver sua cara nunca mais na minha vida, ouviu?

- Gina, você sabe que eu não gosto quando grita comigo. – Ruby pegou-a pelo pulso, e na mesma hora, Zelena abriu a porta.

- Sis, você deixou o seu celular no meu quarto sua doida! Eu queria destravá-lo e abrir uma conta no Tinder pra você, mas aí eu não consegui descobrir a sua nova senha e... O que você tá fazendo aqui? – A irmã mais nova ficou vermelha de raiva quase que instantaneamente e largou o celular da outra em cima do balcão da entrada, buscou Ruby pelo cabelo e tirou-a do quarto. – Se aparecer aqui de novo, eu juro que eu vou arrancar os seus olhos com uma colher! – Bateu a porta. – Sis, ela te machucou? Como ela entrou aqui?

- A porta estava destrancada... Obrigada. – Regina agradeceu não só pelo copo de água fresca que a irmã lhe oferecia, mas pelo celular e por ter tirado Ruby de lá.

- Eu vou esperar você se acalmar, tomar um banho e depois nós vamos descer pra beber alguma coisa.

- Zel, não tô afim. Eu vou deitar, estou com dor de cabeça e...

- Ah, que mentira. Você vai descer e beber comigo. Ou vai deixar que aquele bartender sacana tentar alguma gracinha com a sua irmã mais nova indefesa? – Zelena fez biquinho e a morena só pôde revirar os olhos. Abriu finalmente sua mala e escolheu um vestido leve, uma sandália de salto de rolha a roupa íntima e entrou no banheiro. Ouviu Zelena sair enquanto deixava a água fria levar embora o seu cansaço emocional ralo abaixo, e quando ouviu ela voltar, soube que já estava ali dentro há tempo suficiente. Saiu, vestiu sua roupa e secou os cabelos.

- Zelena?! – Regina chamou a atenção da irmã.

- Que foi? – A ruiva olhou sem entender nada para a irmã e para si mesma.

- Que vestido é esse? Tá faltando um monte de pano aí! – O decote da ruiva era muito aberto, e o comprimento menor ainda. – Se você andar, qualquer um vai conseguir ver seu útero!

- Ah, pára com isso. Sua machista. Esse vestido é ótimo. Vamos.

De volta para o bar do terceiro andar, Zelena e Regina escolheram uma mesa em volta da piscina. A brisa marítima refrescava o resquício de dia quente, e a Lua iluminava o navio enorme no meio da água, criando um clima gostoso de descontraído.

- Vai querer o que? – Zelena perguntou, enquanto lia a carta de bebidas, interessada.

- O mesmo de sempre. Uísque puro.

- Essa é a minha irmã. – No momento em que ficou sozinha porque a mais nova tinha ido buscar as bebidas com o bartender com quem estava flertando, Regina deixou o olhar cair de modo geral no ambiente. O bar tinha frutas exóticas no balcão, pessoas dentro da piscina, não se importando com o horário ou com a noite escura, luzes fracas tornavam com que tudo ficasse visível, mas não claro demais. Havia gente indo e voltando, garçons passando com suas bandejas lotadas de um lado pro outro, enfim, não era um lugar cheio, mas também não estava tranquilo.

- Regina, nós precisamos conversar! – Ruby tomou o lugar onde antes Zelena estava sentada.

- Ah, não... – A morena se levantou para sair, mas a outra impediu-a.

- Ei, é isso, então? Você está terminando comigo?

- Acho que isso está bem claro, né?

- Olha, eu vim pedir desculpas! Será que você pode me ouvir?

- Não, Ruby. Eu não posso. Os meus chifres estão me impedindo de ouvir, agora se me dá licença...

- Você estragou o meu equipamento mais caro, você tem culpa nisso tudo também!

- EU tenho culpa? Ruby, cuidado com a sua boca! Eu nunca traí você, eu só tinha olhos pra você, eu sempre pensava em você antes de mim, e você simplesmente me traiu com uma de suas putas modelos. Isso se foi só com aquela, né?

- Você não pode terminar comigo assim! Isso nem é motivo pra...

- Posso e estou terminando com você. E se isso não é motivo suficiente pra você, bem, saiba que você também é péssima na cama! – Regina aumentou o tom de voz.

- Cala a boca! – Ruby disse entredentes. – Isso não se fala em público.

- Eu falo o que eu quiser, na frente de quem eu quiser.

- Regina, eu não vou deixar você falar comigo desse jeito. Eu vim me desculpar, mas você fica me tratando igual lixo. Além do mais, já marcamos data e lugar de casamento. E você não vai achar outra pessoa que te aguente do jeito que eu te aguento. Ninguém suporta seus chiliques e suas reclamações, mas eu aguento. Então, eu acho que você devia me ouvir e me desculpar antes que acabe sozinha! – Ruby segurou-a pelo braço novamente.

- Eu já falei pra não encostar em mim de novo! – Regina empurrou-a com força, para fazê-la cair na piscina propositalmente, e conseguiu o que queria.

- Maluca! Olha o que você fez!

- Fiz, e se vier me incomodar de novo, empurro mais uma vez! – Com a situação, todas as pessoas presentes olhavam para o casal, e Zelena voltou rápido para a mesa onde estava com sua irmã.

- Que foi? Acabou o showzinho, meu povo! Anda, todo mundo indo cuidar da sua vida agora! – A ruiva colocou os copos na mesa e notou um segurança se aproximar.

- Está tudo bem por aqui? – Era claro que a voz dele não continha nem um mínimo de real importância para que o que havia acontecido, apenas para a ordem que queria manter no navio.

- Na verdade, seu segurança, essa mulher aqui está nos atormentando. Pode cuidar dela por nós? – Zelena interviu, antes que Regina dissesse que estava tudo bem e tinha sido só um mal-entendido. A mais velha era sempre a que gostava de evitar brigas.

- Acompanharei a senhorita para longe. – O homem de terno acenou com a cabeça e seguiu Ruby, levando-a para longe.

- Olha, agora que vocês terminaram, eu posso falar: Eu nunca entendi o que você via nessa daí. Ela é magricela, cara de cavalo, esse cabelo mais seco que capim, parece que pintou com papel crepom e...

- Zelena.

- Que foi? É verdade! EU nunca fui com a cara dela, mas como vocês estavam juntas, nem falava nada.

- Vamos mudar de assunto?

- Ok. Sobre o que quer falar?

- Sobre a vovó. Já perguntou sobre algum emprego no navio?

- Eu não. Vou procurar sobre isso só na segunda-feira. Vovó já acabou com as minhas férias, vou me permitir curtir esse final de sábado e o domingo antes de virar escrava.

- Ah, Zel, que drama. Um mês de trabalho não vai te matar!

- Vai sim! Eu poderia ir pra todas as festas daqui, ficar com o bartender e levar mais alguns pro meu quarto, mas em compensação, vou ter que me vestir com um uniforme de poliéster e servir os outros na felicidade que deveria ser minha. Não vou ter sexo!

- Limites, Zel. Limites. Bem, eu acho que vou deitar. – Regina deixou um dedo de uísque no copo e saiu. – Por favor, não faça nada que eu não faria.

- E você faz alguma coisa tirando bordado? Ah, por favor, sis! – Zelena riu.  – Boa noite. Qualquer coisa, me liga.

Regina sorriu com a maluca que tinha na família e entrou para a parte coberta. Decidiu que iria até seu quarto pelas escadas. Queria usar os 5 andares de escadas para pensar. Por mais que estivesse com raiva mortal de Ruby, que quisesse vê-la sem a cabeça, ainda gostava da mulher, é óbvio. E queria ganhar a herança de sua avó com ela, para que pudesse construir a vida que tinham planejado juntas alguns meses atrás. Pensou também que talvez ela estivesse certa: Tinha construído toda a sua vida em volta de Ruby, estavam há 5 anos juntas. E se por algum acaso, quisesse tentar um novo romance, essa pessoa realmente conseguiria suportar Regina em seus dias de tpm, de estresse? Será que era realmente tão ruim assim?

Chegou em seu quarto, trancou a porta para ter seu merecido sossego pelo menos na hora de dormir, abriu a varanda para deixar o ar entrar, trocou-se e se jogou na cama. Ao colocar o celular para carregar, percebeu que a foto de seu fundo de tela ainda era uma foto com Ruby que não tinha tido coragem de apagar.

- Porque é que você fodeu tanto com a minha vida, hein? – Falou sozinha antes de clicar finalmente no botão de apagar a foto. Virou-se de lado, cobriu-se até a cabeça com o edredom azul marinho, apagou as luzes e ficou esperando o sono vir.


Notas Finais


Então é isso! Segundo cap postado!
O que acharam?? Me digam nos comentários!
Obrigada, beijas e utas!


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