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História A Residente - Capítulo 21


Escrita por: fanyunnie7

Notas do Autor


Boa noite baby's

Sei que deveria ter vindo um pouco antes, mas tive enrolada com umas coisas do trabalho.
Sobre o capítulo, só quero dizer que, estou demasiadamente apaixonada por ele ://

Sem mais delongas, e boa leitura !

Capítulo 21 - Capítulo 21


P.O.V Yuri

Ao final do meu plantão, senti uma onda de alívio me invadir, quando me joguei em um dos sofás de estofado branco, em uma pequena sala designada para o descanso. Meus músculos das pernas se retorciam e reclamavam, em decorrência das horas consecutivas, que fiquei em pé. Não sabia que ficar na neurologia era tão cansativo, quanto na emergência. As cirurgias pareciam ser mais demoradas do que o habitual, o cérebro era um órgão extremamente complexo e minucioso, todo pormenor deveria ser considerado – ser instrumentador não era lá uma função interessante, mas eu podia ver de perto, tudo o que o cirurgião fazia, fazendo todo o meu cansaço valer à pena. Era espetacular.

Fechei os olhos, no instante em que senti o ar gélido lufar em todo meu corpo cansado, fazendo-me relaxar abruptamente. Me permiti um momento de descanso, na pequena sala inabitada, antes de tomar o rumo para casa, e ter que encarar qualquer conversa novamente com a Tiffany. Não estava no clima, ainda mais pela forma que ela me tratou no vestiário, entendi que era algo que ela precisava fazer por si só, mas essa não era a melhor maneira. Eu sempre fui movida pela razão, enquanto ela, pela emoção. Sua teimosia sempre me deixava de mãos atadas, e demasiadamente irritada, quando colocava uma ideia fixa na cabeça.

Não demorou muito, para que outros médicos plantonistas, adentrassem o local, com a sua costumeira conversa, discutindo seus casos clínicos complicados. Virei o rosto para o outro lado do sofá, e por um instante, encarei o branco comum à minha frente, ao reconhecer uma das vozes. Rapidamente, fui dispersada de um lapso de devaneio, ao escutar a voz aveludada da Jessica, que se dirigiu diretamente para mim.

- Enfermeira Kwon?! - Me virei preguiçosamente para o seu lado, e a enxerguei de baixo. Sorri para ela - Essa sala é só para os residentes, a dos internos é no final do corredor.

- Oh, desculpe doutora Jung, eu não sabia. – Levantei imediatamente, ficando à altura da mesma. – Boa noite. – Sorri amistosa para ela, que me encarava, devolvendo o sorriso. – Doutor Harris, boa noite.

- Boa noite enfermeira, bom trabalho na neuro hoje.

Me afastei de ambos, e assim que alcancei a fechadura, olhei novamente para Jessica que permanecia me encarando. – Obrigada doutor.

Segui corredor à fora, soltando meus cabelos do prendedor, e os ajeitando, quando escutei novamente a voz da Jessica, me chamando.

- Yuri?! Espera. – Parei e me virei para ela, que fechava a porta da sala, e caminhava em minha direção. – Você está indo para casa?

- Estava, mas estou aberta às sugestões também. Quer beber no Irish? - A convidei, sem muito pensar.

- Não, Irish não – Ela franziu o cenho, mas logo abriu um sorriso. – Eu conheço um lugar no píer, bastante agradável, gosta de comida mexican?

- Ainda mais acompanhada com tequila, sim, gosto muito – Balancei a cabeça, em concordância. 

- Então acho que você irá gostar. – Ela sorriu. – Vou trocar de roupa e te encontro na entrada. Está de carro?

- Não, Tiffany levou, ia pegar um táxi.

- Ótimo, não demoro. - Falou já se afastando. – Até já.

- Okidoki.

***

A noite se fazia bastante agradável. O vento ameno que vinha do oceano pacífico, convidavam tantas pessoas, a desbravarem o Píer de Santa Monica. De crianças à adultos, as atrações turísticas estavam bastante movimentadas, o que acabou me fazendo esquecer do meu cansaço. Desde que havia chegado à LA, não tive tempo de conhecer os principais pontos turísticos desta ilustre cidade, talvez pela falta de tempo, ou talvez pela companhia certa.

Andava ao lado da Jessica, mas totalmente alheia à sua presença. Tudo me chamava atenção, tudo me roubava a curiosidade. Percorremos toda a plataforma de madeira, até passarmos pela roda gigante, e chegar no fim, onde haviam os restaurantes, e alguns bancos dispersos pela plataforma, assim como carrinhos ambulantes, contendo os mais variados tipos de lanches.

- Eu sabia que era lindo, mas estando aqui, nossa, parece mais vivo, sei lá. – Me debrucei sobre o extenso parapeito de ferro e enxerguei a grande imensidão brilhante no céu. – Consigo sentir a energia que pulsa daqui. 

Jessica parou ao meu lado, e fez o mesmo. – É verdade, tanto tempo que não vinha aqui, até tinha me esquecido dessa sensação boa, dessa sensação de liberdade.

Olhei para ela e vi seus olhos fechados. Me permiti contemplá-la por um instante, até senti um arrepio tomando o meu corpo. – Você quer mesmo ficar em um restaurante fechado e climatizado? Podemos desfrutar dessa noite maravilhosa aqui fora.

Ela abriu os olhos e sorriu adorável para mim. – Por mim está ótimo. Podemos sentar nos bancos.

- Nada de bancos, vamos comprar cerveja, comida, e ir para praia.

Ela arqueou a sobrancelha. – Não vou tirar meus saltos Yuri, se é o que está propondo.

- Ah vamos lá, quando foi a última vez, que você fez algo pela primeira vez? - Falei, não muito certa aonde eu queria chegar. - Vamos, vai ser legal. 

- Quer mesmo me convencer com esta falácia¿

- Eu espero que sim. – Abri um sorrisão, tentando convencê-la.

- Você parece uma criança.

- Podemos discutir sobre isso, enquanto compramos cerveja. – Pisquei para ela, e nos afastamos do parapeito, sorridentes.

Chegamos na parte mais iluminada da praia. Jessica segurava dois sacos de papel, um contendo seu temaki, e o outro contendo o meu hambúrguer com batata fritas. Eu segurava o seu salto em uma mão, e na outra, duas cervejas. Coloquei seus saltos na areia e entreguei as cervejas para ela, enquanto retirava meu casaco de couro preto, forrando na areia.

- Sua calça é branca, é melhor você sentar. – Me sentei ao lado do casaco, e fui retirando meu all star.

- Mas e você? - Ela fez o mesmo, sentando-se em cima do casaco. – Você pode se sujar.

- O que? Ah, a minha escura, não vai aparecer se sujar. – Peguei ambas as cervejas e abri na minha camisa, entregando uma para ela. 

- Obrigada Yuri. – Ela levantou a garrafa em minha direção, e brindamos.

- Você é muito diferente do que as pessoas falam. – Sorri, e sorvi um grande gole da bebida

- E você acha que eu não sei tudo o que falam? - Sua voz assumiu um tom mais grave. – Espero que você não pense assim também. – Ela passou a minha sacola.

– Confesso que já pensei, mas vamos ver até o fim da noite, se você é tão legal assim doutora. - Enfiei meus pés na areia geladinha, e abri o saco.

- Nem o meu sobrinho de 5 anos, come mais isso Yuri. – Peguei duas batatas e fiz que ia enfiar em sua boca, mas ela desviou o rosto. – Não sei como você ainda come isso, é nojento.

Dei de ombros e enfiei ambas na boca. – Seu sobrinho está na idade de comer porcaria. – Sorvi outro gole da cerveja, e peguei mais batatas. – E além do mais, batata frita deveria ser o símbolo da paz, porque todas as pessoas comem. Veganos, onívoros, todo mundo.

- Você já passou da idade de comer isso. – Ela retirou o seu temaki da sacola, e enrolou em um guardanapo.

- Eu estou sempre na idade de comer, a diferença é que eu como tomando cerveja, e o seu sobrinho tomando coca cola.

- Viu? Você é uma criança.

Sorrimos, e eu podia me sentir mais à vontade, em sua presença. Podia sentir toda a tensão de um plantão, se esvaindo. Havia me esquecido das horas, havia me esquecido de enviar uma mensagem para Tiffany, avisando que iria demorar. Quando me dei conta, retirei o celular do bolso do meu jeans, e vi que já passavam das 8. Respirei profundamente e digitei uma mensagem rápida para ela, afim de me poupar de outra discussão.

- Já está ficando tarde, eu vou te levar para casa.

- Não, não é isso, só esqueci de avisar que iria sair depois do plantão. – Sorri para ela e guardei o celular novamente. Quando olhei ao redor, já haviam alguns amontoados de pessoas, dispersas pela praia. – Vem, vamos dar uma volta.

Recolhi as embalagens dos lanches e joguei dentro da sacola. Jessica fez o mesmo, colocando as garrafas vazias de cerveja, dentro da sacola também. Nos ajeitamos, cada uma pegou o seu calçado, e seguimos na direção oposta do píer. O vento fresco que se originava da maresia, trazendo aquele odor típico do mar, me inebriava e me revigorava. Aquela sensação de paz do espírito me acometeu, com o leve bater das ondas, nas rochas. Era um calmante, para os meus pensamentos inquietos. 

- Sensação de que minha vida passou, e que eu fiquei parada no tempo. – Olhei para a Jessica, que mantinha a sua expressão fechada, olhando para frente.

- Fala isso por causa do seu casamento? Casar deve ser horrível mesmo, uma prisão. – Falei direta, não me importando com a sua feição incrédula, que me encarava agora.

- Casamento não é horrível, como todos os momentos em nossas vidas, existem seus altos e baixos.

- Mesmo assim, e essa Taeyeon me parece muito autoritária.

- Ela é uma boa pessoa, ela me perdoou, e resolvemos nossa separação, amigavelmente. – Paramos perto de uma casinha de salva-vidas, e jogamos o nosso lixo, no local indicado.

- Então, foi você quem ferrou o casamento? - Falei sem querer e a vi abrir a boca. – Desculpe.

- Isso não é conversa para um primeiro encontro Yuri. – Ela passou por mim, e foi subindo as escadas, da casinha de madeira.

Estamos tendo um encontro então? - Franzi o cenho, e segui logo atrás dela. - Então por que eu paguei pelas cervejas? Quem convida, não é quem paga tudo? – Me aproximei dela, e não muito convicta da minha atitude, a segurei pela cintura.

- Não se preocupe, prometo que irei te recompensar. – Ela abriu um sorriso lascivo, e deslizou suas mãos pelos meus braços, até chegar em meus ombros.

Estou me sentindo usada, confesso. – Falei em um falso tom de descrença, enquanto a guiava para a parede de madeira. - Mas não se preocupe, eu me prostituo por batata-fritas e cerveja.

- Você é muito tagarela Kwon, sabia disso? - Senti a ponto do seu indicador pressionar meus lábios, e então o beijei, instintivamente.

Fitei seu olhar vistoso por um instante, e o seu sorriso largo. Fiquei inerte nas batidas descompassadas, que o meu coração comandava. Encarei a vastidão do seu olhar lírico, e toquei nossos lábios gentilmente. A entrega fora urgente de ambas as partes, mergulhamos sem hesitar. Abri caminho em sua boca, passando minha língua pela sua, na busca de um contato maior, e mais palpável. Aquele beijo no elevador, em nada se comparou, com o que eu estava recebendo agora. Toda a sua entrega, sem resistência, só mostrou a reciprocidade dos nossos desejos contidos. Tanto ela quanto eu, queríamos, buscávamos, findávamos um sentimento, que nos consumia desde aquele dia então.

Subi uma das mãos pelos seus cabelos, e emaranhei os fios entre meus dedos, enquanto a outra repousou em seu pescoço. Minhas pernas se encaixaram perfeitamente às delas, anulando qualquer espaço que ousava nos separar. Arfei pesadamente, soltando o ar, quando a senti roçar lentamente seu corpo ao meu, causando um atrito delicioso entre os nossos jeans, e acendendo toda a combustão, que envolvia o meu corpo. Desci meus lábios lentamente pelo seu pescoço, até chegar em seu ombro, e afastei a sua blusa para baixo. O roçar ritmado, que os nossos corpos faziam, me deixavam bastante ansiosa para sentir a textura da sua pele. 

Sua mão deslizou pare dentro dos meus cabelos, causando-me um arrepio fodido na alma. Ela me puxou abruptamente, fazendo com que eu voltasse a beijar seus lábios, devorando-a, como uma leoa devorava a sua presa. Travamos uma batalha de dominância com as nossas línguas, e a deixei que vencesse esse primeiro round, chupando a minha com tenacidade. Uma mistura inebriante do seu perfume doce, que emanava dos seus poros, com uma vontade desenfreada de tê-la aqui mesmo, fez com que eu a pressionasse com mais força contra a parede de madeira, e segurasse firme em seu quadril, fazendo-a esfregar seu corpo com mais vivacidade ao meu. Nos entregando à uma dança, sem pudor.

Apoie minhas mãos na barra do tecido grosso do seu suéter, e deslizei para dentro, sentindo a maciez da sua pele. Um gemido eclodiu dos seus lábios, quando ela os afastou do meu, e prendeu o meu inferior, entre os seus dentes. Foi o som mais glorioso, que havia escutado em toda a minha vida. Jessica estava me levando a loucura, minha sanidade já havia se dissipado, no instante em que aceitei o seu convite. O seu timbre de voz, docemente aveludado, conseguiu me levar do céu, diretamente para o inferno. Apenas um único gemido, me deu forças e motivação, para ir além. Eu precisava mais dela, eu precisava de muito mais, do que ela estava me dando.

Segurei na barra da sua blusa, e fui suspendendo lentamente, enquanto nos encarávamos, com os olhos ardendo em desejo. Percorri meu olhar pela extensão do seu corpo desnudo, admirando a sua pele alva, até encontrar os seus seios, perfeitamente adornados em um sutiã vermelho meia taça. Meus olhos se encheram com a visão, salivei como se não bebesse água há dias, e aquele era o meu copo d’água, em recompensa. Me ajoelhei lentamente em sua frente, sem desviar do seu olhar. Desferi alguns beijos em seu umbigo, e fui arrastando os meus lábios e língua, preguiçosamente, pela extensão da sua barriga, até chegar entre seus seios. Seus olhos estavam fechados, e ela não parava de lufar com os lábios entreabertos. Seus músculos sutilmente enrijecidos, denotavam à sua entrega imediata. Ela segurou meu rosto pelas duas mãos, e me puxou, beijando meus lábios com força, e me virando, colocando contra a parede. Sorri lasciva, para a sua atitude.

- Você é uma cretina, sabia disso? - Ela falou com a voz ofega, enquanto retirava meu casaco, com uma certa urgência.

- E você é tão gostosa. – Ataquei seus lábios novamente, enquanto deixava meu casaco cair no chão.

Ela se afastou dos meus lábios, repentinamente, e enfiou seus dedos no cós da minha calça, deslizando até o zíper, abaixando em um ritmo lento e torturante.

- Quem é a cretina agora? - Falei, e pude sentir sua mão invadindo a minha calcinha, tocando na minha umidade crescente.

Gemi sem pudor. Tombei a cabeça para trás, e fechei os olhos, sentindo uma uma onda de alívio, invadir as minhas estranhas. Jessica atacou o meu pescoço, e começou a chupar com uma certa força, enquanto sua mão trabalhava calmamente em minha buceta, sendo impedida apenas por um tecido preto e fino. A única barreira que a impedia, de fazer o que quisesse comigo.

Seus beijos urgentes, foram cessando, e rapidamente, ela se afastou do meu corpo, abaixando para pegar a sua bolsa. Estava tão inerte, e concentrada em seus toques, e desfrutando das variadas sensações que ela me causava, que nem escutei o seu bipe tocando.

- O que foi? - Indaguei, com a respiração acelerada. 

- Emergência, meu paciente da ponte de safena. – Ela foi se levantando apressadamente, e começou a ajeitar a sua blusa.

- Ah, não. - Gemi frustrada, endireitando os botões da minha calça. – Fala sério.

- Eu sei, é inevitável. – Guardou o bipe dentro da sua bolsa, e segurou meu rosto novamente, com ambas as mãos. – Vamos ter o nosso momento. – Selou meus lábios, e entregou o meu casaco. – Eu vou te deixar em casa e preciso correr para o hospital.

- Na próxima, só me prostituirei por lagosta, camarão e champanhe. – Soltei o ar em exasperação, passando os dedos, pelos fios dos meus cabelos.

- Está mais do que perfeito.

***

Assim que adentrei o apartamento, retirei meu casaco, e levei diretamente para o lavabo, que ficava em uma porta, no canto da cozinha. Sacudi toda a areia do tecido grosso, que ficou impregnada, enquanto revivia tudo o que se passou, há poucos minutos atrás. Um sorriso involuntário apareceu em meus lábios, me tomando com uma sensação de nostalgia, e me despertando novamente. Toda ação expressa, mesmo que inacabada, me deixou demasiadamente curiosa e ansiosa, para encontrar com ela novamente, sem bipes, ou qualquer tipo de interrupção. Totalmente sem reservas.

Quando deixei a cozinha, trajando apenas meu jeans e a minha blusa, passei pelo curto corredor, que dava para os quartos, e antes de chegar ao meu, vi a luz do quarto da Tiffany acesa, e a porta entreaberta. Respirei fundo, e fui abrindo a porta levemente. Ela estava deitada na cama de bruços, com o rosto enfiado na tela do notebook.

- Oi. – Falei brevemente, com receio da sua resposta. Depois de ontem no vestiário, não sabia a quantas estávamos. – Pegou a minha mensagem?

- Hm, oi. – Ela levantou o rosto para mim. – Peguei, imaginei que fosse sair depois do plantão mesmo, então não te esperei para jantar.

- Tudo bem, eu comi na rua. – Abri a porta de vez, e fui adentrando em seu quarto. – O que está fazendo?

- Meu estudo de caso. - Respondeu, sem muita emoção.

- Ah, e quem é o seu paciente? Posso conseguir umas informações para você. – Me sentei na ponta da cama, e virei seu notebook na minha direção, sem cerimônias. – Eu não admiti ele na enfermaria, deve ter sido o Charlie, mas posso conseguir com ele.

- Não precisa Yuri, eu já coletei tudo o que precisava, só falto fazer a avaliação física. – Ela puxou o notebook para ela novamente. – O paciente é acamado, e preciso de um tempo melhor para isso. Farei quando voltar de viagem.

Respirei calmamente, e fiquei lendo algumas informações do seu paciente, até que tive uma ideia. – Tiffany – A chamei e ela apenas olhou para mim. – Eu estive pensando .... – Abaixei a tela do seu notebook, para ter toda a sua atenção. – E a se a gente tentasse pedir transferência para sua mãe, vir para cá?

- O que Yuri? - Ela franziu o cenho, como se eu tivesse falado a coisa mais absurda do mundo. – Você ficou louca? - Ela foi se sentando na cama, e puxando novamente o notebook para si.

- Louca? Por que? Você aqui com a sua mãe, seria muito melhor do que lá.

- Melhor para quem Yuri? - Seu tom de voz foi mais grave. – Vou trazer a minha mãe e o meu irmão para cá, e apresentar a Taeyeon?

Agora eu quem franzi o cenho, confusa com a situação, e tentando acompanhar o seu raciocínio. – O que a Taeyeon tem a ver com isso?

- Tem a ver que ela é a minha chefa, e vai querer conhecer minha mãe e meu irmão. O que eu deveria dizer? - Ela se levantou da cama. – “Oi Taeyeon, essa é a minha mãe doente, na verdade, ela deveria ter sido minha mãe, mas não foi. E esse é o meu irmão, ele me estuprou incontáveis vezes quando eu era criança, mas agora estamos aqui brincando de família perfeita, e colocando de lado o nosso passado, para apoiar a nossa mãe. ”   

- Por que está fazendo isso? - Me levantei da cama, e antes de alcançar a porta, parei, e respirei profundamente. – Além do mais, Taeyeon não precisa saber que a sua mãe e o seu irmão, estão lá. A gente daria qualquer jeito.

- Lógico, como das outras vezes que ela não sabia aonde eu estava. - Passou a mão na testa, e sentou na cama.

- O que?

- Nada Yuri.

- Estou lhe dando opções, estou lhe oferecendo saídas para isso, mas você é impossível.

- Boa noite Yuri. – Ela voltou a se deitar na cama, levantando novamente, a tela do notebook.

Fiquei encarando-a por um breve espaço de tempo, e balancei a cabeça negativamente. Já estava ficando cansada dessa situação. Meu relacionamento com a Tiffany, era como estar pendurada em um lugar alto, por uma tira fina de pano, que ia se rasgando lentamente. E quanto mais eu me segurava, mais eu sabia que ela ia se partir.

Mas ... ainda me restava uma única coisa a fazer. Eu estava encurralada, e sem escolhas. Ela irá me odiar por isso.


Notas Finais


E aí? Por que será que a Taeyeon perdoou a Jessica? E o que será que a yuri, irá aprontar pra Tiffany?
Sei que vocês querem me espancar por essa quase orange, mas é que é um pouco divertido fazer isso UAHSUHASAUHSUH não desistam de mim, pufavô :/
Irei viajar amanhã, mas quando eu voltar, irei terminar Passionata, a atualizar lost in love também, além da residente é claro.
Então é isso, espero que tenham gostado, e que não estejam desejando a minha cabeça, em uma bandeja .q
Até breve.
OBS:. Resolvi deixar esse capítulo sem o negrito, e se vocês preferirem assim, podem avisar que eu posso deixar os próximos, desse jeito.

GENTE, EU ME PASSEI LITERALMENTE COM OS COMENTÁRIOS, DO CAPÍTULO ANTERIOR. ME PERDOEM, PROMETO RESPONDÊ-LOS.


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