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História A rota do campeão - A vida de Mey


Escrita por: Boxer_Writer

Notas do Autor


Um capítulo que é a introdução de uma nova personagem que promete agitar a história.
Sei que pode ter abaixado um pouco o ritmo, mas é um capítulo que inclui uma nova personagem. Ah e perdão pela demora, passei por sobrecarga escolar e foi complicado.

Capítulo 4 - A vida de Mey


Fanfic / Fanfiction A rota do campeão - A vida de Mey

 

Acordou de manhã, finalmente havia entrado na universidade. Ela, que por muito tempo estudara no ensino médio, agora estava entrando numa faculdade nova. Sempre foi difícil passar onde ela queria, mas agora tudo era possível, ela havia estudado muito para conseguir chegar naquele lugar e, no entanto, algo estava para acontecer.

Ela sempre foi uma garota de família, amava seus pais e sempre vivia tentando orgulhá-los, eles sempre a acompanhavam e estavam muito presentes em sua vida.

Desde a infância, seu pai ensinou a menina a jogar futebol e brincava muito com ela, além de ajudar nas matérias escolares. Sua família não era rica e nem muito estudada, todavia, eles tentavam dar tudo que podiam para a menina crescer bem.

Com isso, ela sempre estudou em ótimos colégios particulares, sempre através de bolsas que conseguia, as quais exigiam que as notas da menina se mantivessem altas. Antes, isso poderia não ser um problema para ela, mas, com o passar do tempo, tudo isso irritava a garota profundamente.

Aquilo tudo era extremamente chato e cansativo , ela não aguentava mais viver sobre toda aquela pressão, com 17 anos ela já estava totalmente cansada e enjoada. Não aguentava mais aquela vida complicada, estava exausta, mas agora havia encontrado seu sonho, finalmente havia entrado na universidade dos sonhos e tudo daria certo, mesmo depois de tanto sofrimento amoroso, tudo daria certo.

Ela havia entrado na faculdade dos sonhos, tudo ocorria conforme ela havia imaginado, porém seu pai se esforçou tanto ao longo dos anos, que quando a menina ingressou nela, a exaustão deixou-o doente. Com isso, ela desistiu de tudo para cuidar da saúde dele.

Por esse motivo, muitas vezes ao chegar em casa, ela desabafava com sua família, gritando com seus pais. Até mesmo os jogos de futebol junto com seu pai e as lutinhas de brincadeira com ele mudaram. O que antes era visto como prazeres paternos passaram a se tornar motivo de zombaria pelos colegas. Na frente deles, parecia calma e madura, mas em casa ela explodia, estava exausta e ninguém entendia o porquê dela reclamar “tendo uma vida com tantas coisas”.

Agora, seu pai estava mal, e depois de tanta reclamação para quem sempre se sacrificou por ela, era vez da menina recompensar o velho senhor. Trancou a faculdade e foi procurar um emprego. Não estava achando nada, até que encontrou um mercado no bairro onde morava, o qual oferecia emprego, e o gerente ofereceu a ela uma vaga no caixa. Ganharia não tanto quanto queria, mas o suficiente para se sustentar e pagar o tratamento de seu pai.

Como havia várias garotas com o mesmo nome dela no mercado, ela abdicou de seu primeiro nome e agora era reconhecida pelo seu sobrenome. Era chamada de Medeiros. No entanto, a menina encantava por sua personalidade e aparência. Era uma jovem magra, olhos escuros como o cabelo, sua pele morena era atraente, e seu jeito cativante, tinha personalidade forte, mas ao mesmo tempo era fofa e meiga. Com o tempo, conseguiu atrair a simpatia de todos os clientes e colegas de trabalho, e passou a ser apelidada de Mey.

Ela amava animais e causas humanitárias, era atlética, amava descobrir esportes novos e coisas novas, quando chegou aos 27 anos recebeu uma feliz noticia de seu pai, a qual mudaria seu destino, Após tanto tempo, ele havia se recuperado e agora na metade desse ano ela poderia fazer faculdade.

Antes que isso ocorresse, ela continuou trabalhando no mercado. Recentemente, algo diferente aconteceu. Um homem, não muito velho havia passado por lá. Ele era diferente, um estilo diferente e deixou cair algo de seu bolso. Era um cartão.

Mey tentou avisá-lo, mas ele não escutara, deixando-a com aquele cartão na mão. Nele estava escrito:

 “Rafael Artegu, boxeador profissional, para mais informações entre em contato 0119596302538.”

Ela achou curioso e decidiu procurar sobre o nome na internet. Ficou surpresa ao ver o resultado. O homem encontrado era o mesmo que ia ao mercado, quase sempre para comprar suprimentos. Mas o que um homem importante como aquele estaria fazendo lá?

Era melhor entrar em contato, mas algo no olhar daquele jovem fazia a mulher sentir medo. Ainda assim, como ela amava uma nova aventura, queria falar logo com ele. Aqueles olhos lembravam-lhe os olhos de outra pessoa que conhecera há muito tempo atrás.

Quase todo dia ele ia ao mercado, mas como nunca mais foi ao caixa dela e como ela tinha pouco tempo antes de parar de trabalhar no mercado, Mey decidiu tomar alguma atitude. Um dia, quando ele foi comprar uma caixa de leite e alguns vegetais, ela o chamou para conversar. Ele parecia seco e antissocial, era educado, porém só não parecia querer conversar. Contudo, em seu olhar, algo mostrava certa carência, uma real necessidade de afeto, como um objeto que havia sido esquecido pelo tempo.

Com as visitas indiretas diárias, ele sempre vinha ao caixa dela, ele se falavam pouco, mas começaram a se aproximar cada vez mais. Até que, em um determinado dia, a jovem arrumou coragem de ligar para casa de, ela estava muito nervosa.

Quando escutou a voz firme do boxeador pelo telefone, seu coração pulsou mais forte, surpreendentemente. Após horas de diálogo, os dois marcaram de se encontrarem em outro dia. Ele parecia não saber o que ela queria ou o que os colocava em pé de igualdade, afinal, ela mesmo não sabia o que falar. Em sua cabeça então passavam turbilhões de ideias:

“Deveria traçar um plano de conversa, mas o quê? Como uma garota como eu poderia chamar a atenção de um boxeador profissional? Um sonho, talvez. Eu era atlética e um amor pelo boxe me fazia ter vontade de praticá-lo. Meu pai, mesmo que fosse um homem pouco machista, ainda tinha o velho hábito de não deixar suas filhas praticarem lutas, mesmo que na escola eu lutasse às vezes. Estava decidido, eu iria pedir aulas de boxe para aquele homem”. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado!


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