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História A saga crepúsculo - Seu sol - Primeiro dia


Escrita por: Lincker_Mary

Capítulo 1 - Primeiro dia


Fanfic / Fanfiction A saga crepúsculo - Seu sol - Primeiro dia

Meu pai está de mau humor como sempre, dirigindo o carro em alta velocidade para chegarmos mais rápido na nossa nova casa, seus olhos cinzas por trás dos óculos de grau. Minha mãe dormindo no banco da frente após ter tido uma leve discussão com o meu pai, não estava sendo muita novidade os dois brigarem, isso estava acontecendo quase todo dia, eu acho que entendo os dois, contas para pagar, filhos para alimentar… É, filhos, e tem meu irmão. Três anos mais velho, ele me odeia, não estou exagerando, ele literalmente me odeia. Ele está sentado à um braço de distância de mim, com seus fones e seu Nintendo jogando algo interessante, mas ele nunca me deixa jogar.

-Marina! Estou falando com você, idiota. -Diz meu irmão tirando os fones.

-Fale direito com sua irmã, Luka. -Alerta meu pai.

Luka revira os olhos e empurra meu ombro, olho para ele ajeitando meus óculos de grau.- Escutou o que eu disse? Você não vai dormir no mesmo quarto que eu.

-E-então onde vou dormir?

-Sei lá, se vira. -Ele coloca os fones novamente.

-Pai… -Começo mas ele me ignora.

Apoio minha cabeça na mão enquanto vejo as primeiras casas da cidade aparecerem.


***


Chegamos na nova casa e já estava de noite, Luka subiu para seu novo quarto, minha mãe está no sofá e meu pai subiu para o quarto deles. Abro minha mala e pego uma jaqueta reforçada, um cobertor e um saco de dormir, desço as escadas e vou para o lado de fora onde fica o quintal. Jogo o saco de dormir e visto minha jaqueta, torcendo para que não chova, pelo menos não hoje.

Escuto um barulho de galho sendo quebrado vindo da floresta, olho rapidamente, meu coração vacilando pelo susto. Ainda atenta, me deito no saco de dormir, deve ter sido algum animal idiota.

Após alguns minutos olhando para o céu estrelado, deixo as lágrimas tomarem conta de mim.


***


-Bom dia, Mary. -Diz minha mãe com o tom de voz que me conforta. Seus cabelos claros, loiros no mesmo tom que os meus o que muda é que seu corte de cabelo é Chanel e o meu chega na metade das costas em ondas.

-Oi mãe… Como vou para a escola?

Isso era um fato, já que meu pai tinha que procurar emprego e Luka não me daria carona.

-A escola não é tão longe… Pode ir andando? Sei que está sendo difícil, Mary… mas…

-Tudo bem, vou andando.

Me viro e subo as escadas, escuto meu irmão gritando com o vídeo game, pego algumas roupas na minha mala e vou para o banheiro, tomo meu banho matinal, escovo meus cabelos e dentes. Arrumo meus óculos e saio do banheiro.

Vou para a cozinha na esperança de ter pelo menos algum cereal, mas claro que não, acabamos de nos mudar… Quem morou nessa casa não sabe pintar os móveis… Quem é que pinta os armários de amarelo?

Desisto de procurar algo para comer, pego minha mochila e o mapa em cima da mesa, talvez minha mãe tenha deixado ali, pego a mesma jaqueta reforçada da noite passada e visto, Forks é um lugar frio… Abro a porta e parto para a escola.


Começou a garoar, ótimo, essa cidade é fria e só chove, a minha sorte é que mal garoou nessa noite, olho no mapa novamente para seguir o caminho, ajeito a mochila nas costas e começo a andar, não é uma longa caminhada, apenas alguns minutos…

Observo a cidade, parece aquelas cidades caipiras que você vê em filmes, nem os carros aqui são muito evoluídos. Coloco minha mão no bolso e encolho o pescoço por conta do frio. Escuto um ronco de motor diferenciado, evoluído, olho para a estrada e vejo um carro prata passando tão rápido que mal deu tempo de admira-lo.


***


Agora entendo o porquê de algumas pessoas não gostarem de cidade pequena, quando se é nova nela, você se torna o centro das atenções. Prendo meu cabelo loiro em um rabo de cavalo e coloco a touca de minha jaqueta por cima. Subo os degraus e vou em direção à secretária, lá, um rapaz velho, cabelos grisalhos e aparência amigável me entrega um mapa da escola e o papel para que os professores possam assinar.

-Seu irmão já chegou também? -Me pergunta.

-Não… Ele vai se atrasar um pouco…

Dou um sorriso sem graça e me retiro após agradecer a paciência dele comigo. Me sento em um dos degraus da escola e observo os alunos chegando a pé e alguns com seus carros. Um grupo me chama atenção, alguns loiros, outros ruivos, outros com cabelo preto ao todo eram oito, quatro homens e quatro mulheres, todos lindos, brancos feito neve, reconheci o carro, era o mesmo prateado que passou por mim na rua, e mais um outro que parecia um jeep.

Alguém pega em meu braço e me ergue, pelo aperto já imagino quem seja, dou uma última espiada e vejo um dos pálidos olhando para mim, seu cabelo negro, ele deve ter uns dezessete anos, mas logo depois perco seu olhar, meu irmão está me puxando com tanta força que tropeço em meus próprios pés. Ele me prensa contra a parede em um ponto onde nenhum aluno consiga nos ver.

-Me solta, Luka! Ta me machucando!

Tento empurra-lo mas ele é muito mais forte.

-Escuta aqui, eu não sou seu irmão, e nós não nos conhecemos, entendido?

-Por que não? -Pergunto confusa.

Ele puxa meu braço e me bate novamente na parede.

-Entendido, Marisa?

-C-claro.

-Está tudo bem aqui? -Diz uma voz doce e melodiosa, uma voz tão doce que parecia um sonho.

Luka me solta e se vira para encarar a garota de cabelos castanhos longos, eles são ondulados, iam até a cintura dela, sua pele branca, não tão branca como aquelas pessoas que vi encostadas no carro, apesar que… Ela estava junto com eles. Luka a encarou de cima a baixo, sem deixar de reparar em sua beleza, claro.

-Perguntei se estava tudo bem por aqui.

Esfrego minha mão em meu ombro, percebi que ele estava dolorido.

-Está sim, essa garota caiu e vim ver se ela precisava de ajuda. -Mente Luka.

-Não é o que parece. -Responde a garota.

Ela cruza os braços e encara meu irmão de cima a baixo, ele olha para mim mas revira os olhos e sai andando. A garota anda até mim e encosta em meu ombro, faço uma cara feia e recuo ao seu toque.

-Ele está mentindo não é? -Pergunta ela.

-Não o conheço… Estou legal, não precisa se preocupar.

-Você não parece legal… -Ela aperta com leveza a minha pele onde bateu na parede e eu solto um leve praguejo. -Se me acompanhar, poderei te mostrar a enfermaria…

Ela pega o meu mapa que caiu no chão e começa a andar, sem pensar duas vezes começo a acompanha-la. Seu andar é tão suave e silêncioso que faz eu me sentir uma desengonçada, não que eu já não seja, mas me senti ainda mais ao lado dela.

-Por que não fez nada? Por que não bateu de frente com ele ou sei lá?

-Porque não vale a pena, sou nova aqui e não quero arrumar confusão com os veteranos.

-Nunca vi aquele garoto aqui, ele não parece um veterano, e vocês dois são parecidos.

-Não temos nada haver, Luka parece mais meu pai e eu minha mãe… oh…

A garota sorri, comemorando ter arrancado algo de mim.

-Posso saber o seu nome? -Me pergunta.

-Marisa, mas prefiro Mary…

-Prazer Marisa, sou Renesmee.

Ela para de andar e se vira para mim esticando a mão em um cumprimento, eu aperto, esticando meu braço bom, seu toque não é nem tão forte nem tão fraco, sua mão macia. Ela me da um sorriso confortante enquanto eu dou um sorriso sem graça.



Notas Finais


Me digam por favor se gostaram, e me ajudem a divulgar ♥


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