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História A saga crepúsculo - Seu sol - Adeus


Escrita por: Lincker_Mary

Capítulo 28 - Adeus


Fanfic / Fanfiction A saga crepúsculo - Seu sol - Adeus

Acordo com dores insuportáveis em meu rosto, é como se alguém colocasse diversas linhas no ferimento e ficasse puxando-as lentamente. Solto um praguejo alto de dor, levando minha mão ao rosto, mas antes que eu encoste minha pele, algo segura meu pulso, abro os olhos um pouco grogue por conta do sono. Percebo que estou no quarto de Will, deitada em uma longa cama, seu quarto é bem organizado, há livros, DVDs, revistas… Todos organizados por cor.

Há uma grande janela, como se fosse uma parede só de vidro em seu quarto, estava escuro já.

Alguns quadros nas paredes e outros largados pelos cantos. Pincéis de todo tipo de tamanho, diversas tintas… Will pinta?

-Não toque seu rosto, ainda…

-Isso está me matando.

O rosto de Will se transformou em uma linha preocupada.

-Onde está Carlisle? -Pergunto.

-Teve que ir ao hospital, parece que houve um acidente de carros ou algo do tipo, precisam da ajuda dele. Ele me disse que quando você acordasse, eu chamasse Edward, pode esperar alguns segundos aqui? Ele está na casa dele…

-Tudo bem, eu espero…

Will da um leve sorriso e beija minha testa, tomando cuidado para não me machucar, segundos depois desapareceu. Não ousei me levantar, minha cabeça estava doendo demais para isso. Um telefone começa a tocar, eu reconheço, é do meu celular, me viro de lado e avisto o aparelho no criado mudo, pego o objeto e mesmo sem enxergar muita coisa, consigo atender.

-Alô?

-Mary, Mary, Mary… -Posso escutar gritos no fundo da linha, gritos masculinos.

-Quem está falando?

-Me sinto profundamente ofendido, você não se lembra de mim, amor?

Ah droga…

-Alec…

-Olá docinho. -Mais gritos ao fundo.- Sabe, sua casa é bem aconchegante.

Eu congelo, meus dedos apertam o telefone e meu coração se acelera, minha boca fica seca.- Seu irmão tem uma mente curiosa, jamais tinha visto um humano como ele, já tinha escutado sobre, mas nunca tinha visto com meus próprios olhos… Tenho que desligar, ah… Sinto muito.

-Sente muito pelo o que? -Pergunto, mas a linha já está muda.- SENTE MUITO PELO O QUE?

Meu grito causa uma grande pontada em meu rosto, fazendo eu gemer de dor. Jogo o telefone na cama e suspiro fundo, a porta se abre, Will está acompanhado por Edward.

Edward inclina a cabeça confuso, ele abre a boca para falar algo mas logo depois fecha.

-O que foi, Mary? -Pergunta Will, Edward vai até ele e sussurra algumas palavras em seu ouvido, Will balança a cabeça positivamente e não diz mais nada.

-Mary, irei retirar a agulha de seu braço e Carlisle me pediu para que lhe desse alguns analgésico, tudo bem?

Balanço a cabeça positivamente, Edward se senta ao meu lado e puxa meu braço com delicadeza.

Viro a cabeça para o lado, eu odeio agulhas, mesmo desviando o olhar, posso sentir Edward retirando a mesma, causando desconforto em mim. Will me entrega um copo com água enquanto Edward me entrega alguns comprimidos.

-Quero ir para casa. -Digo

-Mary eu não sei se é… -Começa Edward.

-Quero ir para casa, meus pais estão lá!

Edward e Will se entre olham.

-Tudo bem, mas espere eu chamar Emmett e Jasper para ir conosco. -Diz Edward cedendo. - Os Volturis ainda podem estar lá, lhe esperando.

Balanço a cabeça, concordando.


***


Edward pegou seu volvo e levou todos nós, Emmett foi no banco da frente junto ao irmão. Jasper se sentou à minha esquerda e Will à minha direita.

Olho para Jasper que está observando a paisagem do lado de fora, seu pescoço há diversas marcas de mordidas, arranhões, seus cabelos cobrem boa parte, mesmo sem meus óculos consigo ver os borrões de todas essas linhas de pura tortura.

-Você está me observando. -Diz sem olhar para mim, me arrancando de meu devaneio.

-Ah, d-desculpa…

Quando ele olha para mim, seus olhos são gentis.

-Você está bem?

-Melhor… Obrigada.

Ele da um aceno positivo com a cabeça, como um ex soldado daria. Will da um leve aperto em minha mão, transmitindo segurança, encosto minha cabeça em seu ombro, mas noto no fim da rua minha casa, as janelas emitem luz de dentro dela, parece perfeitamente estável, parece perfeitamente normal.

Edward para o carro e todos descemos, Will ainda segurando minha mão, acelero o passo e dessa vez quem me acompanha é ele, mesmo sem muita dificuldade. Abro a porta de casa e me deparo com uma cena de tirar o fôlego. Minha casa está completamente revirada. Os quadros estão tortos, alguns no chão, quebrados. Pedaços de madeira por todo canto, deve ser das cadeiras. Dou um passo para a sala mas Emmett coloca a mão em meu peito para que eu não avance, ele, Jasper e Edward vão na frente.

-Sangue… -Diz Will. -Posso sentir o cheiro de sangue.

-Droga… -Diz a voz de Emmett da sala.

De repente me sinto calma, talvez Jasper tentando me preparar para algo. Solto a mão de Will e vou até a sala, a cena com que me deparei não desejo a ninguém. Minha TV completamente estourada, copos esparramados e quebrados.

-Não, não, não, não...

Eu poderia pensar que no chão seria vinho no qual alguém quebrou, eu queria acreditar que era vinho. Mas ao lado das manchas estavam meus pais.

Os óculos do meu pai haviam sumido, seu cabelo grisalho estava com alguns respingos de sangue, sua garganta completamente rasgada, seus olhos estavam abertos, os cinzas de sua iris sem vida, vazios.

O cabelo loiro de minha mãe se misturava com o sangue, seus olhos verdes identicos aos meus, estavam igualmente vazios como os do meu pai. Havia cortes em seus braços e pescoço.

Coloquei a mão em minha boca, surpresa, soltei um grito mudo já que nada saia de minha boca, me joguei entre os dois, eu não sabia o que fazer, eu não sabia como agir, devo chamar ajuda? Devo puxa-los para perto de mim enquanto as lágrimas caem de meus olhos? O QUE DEVO FAZER?

A única coisa que sai de mim são os soluços de meu choro, uma grande dor invade meu peito, é doloroso demais para que eu possa descrever, escuto Will dizer algo como “devemos tira-la dali?” E Edward responder “deixe-a, ela precisa se despedir dos pais.”

Eu não quero me despedir dos meus pais, não quero sair do lado deles, quero voltar no tempo, quero poder salva-los, quero que isso não passe de um maldito pesadelo.

-Pegue as coisas dela, coloque tudo em uma mala, darei uma olhada no porão.

-Onde está o desgraçado do meu irmão?

-Não acho que tenha sido ele… -Diz Jasper calmamente.

-Não, foram os Volturis, havia gritos no telefone, aposto que era Luka.

-O processo de transformação é muito doloroso, talvez seja seu irmão.

-Ele trouxe esses vampiros até aqui. -Concluo.

-Possivelmente -Diz Emmett.

-Isso não vai ficar assim, Luka irá pagar. -Digo enquanto as lágrimas ainda jorram de meus olhos.

Will vai até mim, o rapaz me ergue pegando em meus ombros e começa a me afastar dos corpos dos meus pais. Eu realmente tenho muita má sorte.








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