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História A saga crepúsculo - Seu sol - Despertar


Escrita por: Lincker_Mary

Capítulo 38 - Despertar


Fanfic / Fanfiction A saga crepúsculo - Seu sol - Despertar

Não vejo muita coisa acontecendo a minha volta, apenas que o chão está cada vez mais perto de mim, um par de braços me pega antes que eu caia no chão. Minhas pernas não estão colaborando com meus atos, aliás, estou sendo erguida e carregada as pressas para o lado de fora da mansão.

-LUCY! MIKE! O CARRO!!

Will, olho para cima, seu rosto está rígido, mais branco que o normal. -se isso fosse possível…- sinto algo subindo pela minha garganta, parece que estou prestes a vomitar, há muita pressão em meus pulmões, mal consigo respirar.

Will me coloca no banco de trás e em meio segundo já está ao meu lado, escuto o carro cantando pneu. Sinto o líquido acumulado em minha boca, meu corpo começa a sofrer espasmos, a queimação em meu peito ainda maior.

-Ela está sufocando! -Will parece desesperado.

-É o sangue. -Lucy? Tento falar algo mas apenas sai gorgolejos de minha garganta.- Fique calma Mary, você vai ficar bem okay? O que diabos aconteceu lá, Mike?

-Ele jogou uma adaga nela, não tive tempo de entrar na frente, foi algo muito rápido, me perdoe Will, eu não sabia que isso iria acontecer, eu não esperava…

-Está tudo bem… -Will está sofrendo… tento dizer que está tudo bem, que vou ficar bem mas o sangue impede que eu diga algo.- Tente não falar meu amor, ah Mary, me perdoe, me perdoe, meu amor, por favor, por favor…

Estico minha mão boa com a pouca força que ainda tenho e coloco em seu rosto, ele fecha os olhos, parece chorar, mas vampiros não choram…

-Eu te amo tanto, eu te amo tanto Marysa… Não me deixe, aguente firme estamos quase lá, por favor meu anjo, meu amor, minha… Por favor!

Will puxa meu corpo com delicadeza para si, meu corpo quente colado no seu gelado.

O carro dá uma freada brusca, depois disso não sei o que houve pois meus olhos começaram a revirar e meu corpo começou a se debater, sofrendo espasmos, sofrendo uma espécie de pani.

-Will, transforme ela, não sei se…

-ELA VAI SOBREVIVER! NÃO POSSO TRANSFORMA-LA, não agora…

-POR QUE NÃO? -Diz Lucy mas as palavras começam a se misturar… Minhas visão começa a ficar turva e então caio em sono profundo.


***


“Pi, pi, pi, pi…” Esse barulho está me irritando mais do que devia, e de onde está vindo? Me estico mas sinto uma dor em meu abdômen, solto um pragrejo de dor, meu braço também continua dolorido, mas está pesado, muito pesado… levanto o mesmo e tem algo branco em volta do mesmo, deve ser gesso, onde estão meus óculos?

-Você acordou… -Me viro novamente em direção a voz, causando dores pelo meu corpo todo.- Tente não se mexer, por favor…

-Will?

Uma figura se mexe na ponta da cama, parece se arrastar, como se não tivesse forças para chegar até mim.

-Sou eu… -Sua mão encosta meu rosto e o acaricia de modo leve e delicado.- Senti tanto sua falta… Nunca vou me perdoar pelo que aconteceu com você…

-Will, não…

-Eu jamais vou me perdoar por não ter feito nada, jamais vou…

Mesmo sem meus óculos pude perceber que ele estava incomodado, perturbado… Estico meu braço bom para acariciar seu rosto mas alguns fios impedem minha ação, ele parece entender e se aproxima de mim, meus dedos encostam seu cabelo negro, os fios sedosos entre meus dedos, ao mesmo tempo reconfortante e familiar.

-Estou bem, disse que ficaria, mas… Por que não me transformou? Você teve chance de me transformar então por que não o fez?

Will estava prestes a responder, sua boca se abrindo quando a porta da frente se abriu, um médico entra com uma ficha na mão, há uma mancha amarela em sua cabeça, ele se aproxima de Will e sussurra algo em seu ouvido, pisco meus olhos um pouco para poder reconhecer ou conhecer a figura. Will se inclina até mim e coloca um par de óculos em meu rosto, suspiro aliviada por poder enxergar novamente. Quando olho para cima, Carlisle está sorrindo para mim, seu jaleco está impecavelmente limpo. Ele parece ainda mais “respeitável” vestido desse modo.

-Olá Mary, como se sente? Na escala de um a dez.

-Oito… Ou nove… Não sei bem.

-Está sentindo muita dor? -O Dr.Cullen pega uma espécie de lanterna e analisa meus olhos pedindo que eu siga a luz.

-Apenas na barriga e braço. -Excluo a parte do corpo inteiro.

-Sua recuperação está sendo boa, não vai demorar muito tempo para sair daqui, tirando a parte da cabeça, quero fazer uma ressonância para ter certeza… Luka lhe bateu no rosto não foi? -Balanço a cabeça positivamente.- Ótimo, Will, a hora de visita está prestes a acabar.

-Por favor Carlisle, deixa ele ficar comigo… -Olho ansiosa para o homem, que suspira e acaba concordando.

Enquanto ele se retira da sala, Will puxa um banquinho e segura minha mão boa, tomando cuidado com os diversos fios conectados em minhas veias.

-Meu cheiro ainda está confuso para você? -Dou uma risada fraca, Will da um sorriso torto, um dos meus favoritos.

-Está, principalmente com esses medicamentos entrando sem parar, e a transfusão de sangue é recente…

Me inclino para o lado segurando a dor para que Will não se sinta mal, e fico na lateral da cama hospitalar, bato no espaço em que deixei para que ele se deite ao meu lado, ele exita por um tempo mas em seguida concorda. O rapaz se esquiva dos fios e se encaixa no espaço em que deixei, me aproximo mais dele, encostando minha cabeça em seu peito, ele passa o braço em volta de meu corpo e acaricia meus cabelos.

-Senti sua falta… -Digo.

-Nem me fale, eu… Não conseguia pensar, depois que partiu, parecia que meu mundo tinha se tornado negro, não tinha cores, não tinha vida.

Will vira meu rosto com delicadeza e beija meus lábios, a sensação de sua boca na minha é tão boa, tão suave e calma, delicada… Sua língua pede permissão para entrar e eu concedo, nossas línguas se sincronizam, como uma dança, eu estava sentindo falta dessa sensação. Will acaricia minha nuca, fazendo meu coração acelerar, as máquinas começam a apitar com mais velocidade, Will solta um riso com os dentes a mostra.

-Sempre que a beijo, escuto seu coração acelerar, é tão bom, mas essas máquinas estão nos entregando.

-Eu não ligo. -Digo quase em um sussurro e me inclino para frente mas isso causa ainda mais dores em meu abdômen, Will suspira fundo e ele mesmo se aproxima.

Sua mão mantém meu rosto em um único lugar, impedindo que eu me mova e cause dores pelo meu corpo, sua boca delicada em meus lábios, sua mão gelada causando arrepios pelo meu corpo, a máquina começa a acelerar novamente, meu coração martelando forte e rápido.

-Não posso, essa máquina estúpida vai me entregar. -Após dizer isso, Carlisle entra no local novamente e fecha as cortinas.

-Pensei que Mary estava tendo um ataque, mas eu devia ter desconfiado.

-Desculpe… -Falamos ao mesmo tempo.

-Tudo bem, tem alguém que quer vê-la. -Will fica tenso imediatamente, mas logo depois relaxa.

Entrando com saltos elaborados e contentes entra Lucy, com seus longos cabelos negros e olhos amarelos, logo atrás Mike, o rapaz está com uma tortinha na mão, seu cabelo está desalinhado, fios loiros fora de ordem.

-BELA ADORMECIDA! -Grita Mike, o rapaz manda um beijinho para mim, insinuando um “beijo do despertar" dou uma risada que faz meu corpo latejar.

-Vai com calma, Mike. ela não está cem por cento. -Diz Will preocupado.

-Eu trouxe uma torta de morango para ela, não sabia se gosta... mas era uma das minhas favoritas quando humano…

O rapaz estica o braço entregando a pequena tortinha de morango para mim, Will pega para mim e entrega na minha mão, lanço um olhar para Carlisle que balança a cabeça positivamente deixando que eu comesse. Puxo o papel que protege a torta e dou uma boa mordida. A torta está morna, na temperatura exata para consumo, sem tirar o sabor que está ótimo. Posso sentir os pedaços frescos de morango com a calda do mesmo sabor.

-Isso aqui está ótimo! Obrigada, Mike!!!

O rapaz da um sorriso satisfeito.

-Como ela está? -Pergunta alguém na entrada, levanto o olhar e está Renesmee me observando, encostada no batente da porta, a garota entra e fica ao lado de Carlisle.

-Estou bem, aliás, bem melhor…

-Ficamos preocupados, muito preocupados… -Diz Lucy.

-Você devia ter me contado. -Me surpreendo com a frieza e raiva que estão no tom de minha voz.

-Nao podíamos, não… Se caso você fosse parar nas mãos do seu irmão, não podíamos contar a ninguém… Carlisle, Will e eu sabíamos sobre o dom de Mike, provavelmente Edward também, claro… Mas, não queríamos dar a entender que você ia ser “pega”.

-Mas você está aqui agora… -Diz Renesmee.

-Com a ajuda de muitos é claro… -Will se irrita.

-William… -Começa Carlisle mas logo para, Will bufa com desprezo.

Todos olham para a porta, sou a mais lerda neste ato, meus ouvidos não são sensíveis como os dos vampiros, sigo o olhar de todos e vejo um rapaz encostado na porta, estiloso como sempre, mas parece cansado, seus olhos estão escuros por conta da sede…

-Oi Edward. -Digo.

O rapaz suspira fundo, mas não se mexe.

-Podem me deixar a sós com ela? 



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