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História A saga crepúsculo - Seu sol - Tio?*


Escrita por: Lincker_Mary

Capítulo 39 - Tio?*


Fanfic / Fanfiction A saga crepúsculo - Seu sol - Tio?*

Todos ficaram encarando Edward, inclusive eu que não pude evitar.

-Isso não pode esperar? -Perguntou Mike dando de ombros, em resposta Edward balançou a cabeça negativamente.

Carlisle puxa Renesmee para que ela se retire do quarto assim como ele, o homem para no meio do caminho olhando para Mike e Lucy, Lucy suspira fundo e se retira junto com o loiro, mas Will continua comigo, sem soltar minha mão um sequer segundo.

-Não vou sair se é o que está pensando.

-Não vou machuca-la. -Responde Edward.

-Como posso ter certeza? Você foi louco o suficiente de entrega-la para a pessoa errada.

Edward se desencosta do batente da porta e fecha a mesma, ele anda de modo lento e cansado.

O homem pega um banquinho e puxa junto consigo, para ficar mais perto de mim. Ele se senta e me observa por um bom momento.

-Estou enferrujado. -Diz finalmente.- estou enferrujado, meu Deus… Se isso acontecesse na época da Bella, eu pensaria em mil alternativas, Will tem razão, eu fui um desleixado, fui um completo idiota em ter lhe entregado, descobri a pouco tempo que Lucy e Mike estavam procurando outra opção escondido de mim porque não tinham certeza se eu toparia. Não preciso que me perdoe, sei o quão irritada e chateada deve estar comigo, sei que está. -Na sua voz tem um ar de certeza.- Mas se não puder me perdoar peço ao menos que entenda…

Edward coloca as mãos na cabeça e respira fundo, estico minha mão mas o gesso é pesado e meu braço está dolorido então o recolho imediatamente.

-Eu o perdoo. Sim, eu estou com raiva, sim eu estou chateada com sua família. Mas… -Respiro fundo, causando pontadas em minha barriga, faço uma cara feia.- mas, sei que tentou o seu melhor, sei que se esforçou, mas peço que escute mais seu filho, peço que deixe ele tomar algumas decisões tudo bem? Pode fazer isso?

Edward balança a cabeça positivamente, olho para Will que encara Edward, mas ele não parece tão zangado assim, isso é bom…

Edward se inclina e aperta um botão vermelho acima de minha cabeça.

“Pois não?” Diz uma voz dos altos falantes.

-Mary está com dores e está cansada, teve um dia cheio, mas ela é teimosa demais para admitir que é humana e precisa de descanso. Pode trazer algo para ela descansar? -Edward está com a voz doce, como uma canção de sinos.

“Claro, estou indo em um minuto.”

-Obrigado. -Will diz, olho para ele surpresa.

-Você estão loucos para se livrarem de mim, não é?

-Só não quero vê-la fazendo cara feia a cada movimento que faz. Está com dores, precisa descansar.

-Will tem razão, Mary.

Reviro os olhos no momento exato em que a enfermeira entra, é uma senhora, seus cabelos grisalhos presos em um coque, em sua mão uma bandeja com algumas medicações. Ela lança um sorriso doce e confortante para mim e encaixa a medicação nos tubos que já estão ligados em meu braço, e aperta a seringa.

-Você tem um minuto, depois dormirá feito uma pedra.

-Obrigada…

Ela lança outro sorrisos se retira. Will acaricia meu rosto com delicadeza, Edward me observa em silêncio, mas ambos viram a cabeça ao mesmo tempo em direção a porta. Faço o mesmo movimento mas quase em câmera lenta por conta da medicação que está me deixando sonolenta.

-OS SENHORES NÃO PODEM ENTRAR AI!

-Desculpe, desculpe, desculpe… -Dizia uma voz feminina por onde passava.

A porta se abriu em um estrondo fazendo meu coração acelerar e os “PIS" das máquinas conectadas a mim aumentarem. Um casal está no meio da porta, o homem segurando a mão dá mulher com determinação e segurança. Meus olhos estão quase fechando…

-Posso ajuda-los? -Pergunta Edward.

-Quem são vocês?

Essa não…

-Tio Derek? -Digo tão baixo, que as palavras quase não saem de minha boca, segundos depois, caio no sono.


***


~Edward On~


A porta está escancarada, um casal ofegante no meio dela, olhando para Mary com os olhos arregalados, antes de cair no sono, a garota disse “Tio Derek?”.

-Eu fiz uma pergunta, quem são vocês? -O homem está irritado, parece que a qualquer momento irá explodir.

-Amor, calma, respira. -A mulher acaricia os braço do rapaz na tentativa de acalma-lo. -Meu Deus, Mary… Quem fez isso com você?

Will não solta a mão da garota, “diga algo para eles.” Pede meu filho. Me levanto e ando em direção aos dois.

-Prazer, Senhor e Senhorita…?

-Sou Elizabeth e esse é meu marido Derek, ele é tio da Mary, parte de mãe…

-Sou Edward Cullen, muito prazer.

Estico minha mão, a mulher aperta, o homem me analisa por longos segundos mas aperta minha mão também. O rapaz não deve ter mais de quarenta anos, seus cabelos loiros no mesmo tom que os da sobrinha, os olhos verdes são tão vivos, um verde tão forte… Então Mary puxou a família da mãe, a semelhança entre os dois é notória.

A mulher tem os cabelos loiros também, mas são tingidos, a raiz precisando ser retocada, seus olhos são de um castanho intenso, ambos estão vestidos formalmente, o homem com seu terno caro, percebo que seu cabelo está perfeitamente penteado. A mulher com um vestido colado, salto, cabelo de quem acabou de sair do salão…

-O que houve com ela? -Pergunta o rapaz mais calmo.

-Podemos ir para o lado de fora conversar sobre isso? Eu posso chamar meu pai, o médico responsável por ela e ele conseguirá explicar tudo melhor… vocês precisam se acalmar.

-Você garoto, quem é você? -Ele vira a cabeça para Will, que mal se mexe, apenas acaricia as mãos de sua namorada.

-Will? -Ele se vira lentamente, uma lentidão exagerada…

-Sou namorado dela, William Cullen, muito prazer.

Derek, parece ter levado uma facada, pois sua boca se abriu e ele arregalou os olhos, a mulher pelo contrário apenas sorriu e deu um pequeno suspiro de satisfação, “que garota de sorte, olha que rapaz bonito que ele é!”. “Quem esse moleque pensa que é?” Ahhhhh… Família, é algo que as vezes eu queria desligar de mim esse negócio de  ler mentes, são coisas tão desnecessárias que escuto.

-Senhores? Podem me acompanhar?

Abro a porta e gesticulo para que eles passem, Elizabeth puxa Derek consigo, para que ambos saíssem da sala comigo logo atrás.

Escuto passos vindo em nossa direção, reconheço o som, Mike e Lucy. Os dois viram em nossa direção rindo, mas a garota reconhece as duas pessoas que estão comigo e congela no lugar.

-Lucy? Lucy, o que está fazendo aqui? -Pergunta Derek.

-Ah, oi tio Derek, como vai?

-Lucy, pode ficar com a Mary e Will por um tempinho? Ela está dormindo. - “O que eles estão fazendo aqui?” me pergunta. -Por favor, posso explicar tudo depois… -A garota balança a cabeça positivamente e puxa Mike junto consigo.

O casal se dirige a alguns sofás e se sentam ali. Derek coloca a mão na cabeça e respira fundo, Elizabeth acaricia suas costas, onde está Carlisle?

-Você não é muito novo para nos dar informações? Onde está o médico?

As vezes me esqueço que tenho a aparência de um garoto de dezessete anos, mas já se passaram séculos!

-Ah sim, irei chamá-lo…

Ando pelos corredores, seguindo o cheiro de Carlisle, não demoro muito para encontra-lo, é muito mais fácil encontrar uma pessoa quando se tem o olfato apurado e memória fotográfica.

-O tio da garota está aqui. -Digo rapidamente.

-E ela ainda tem familiares?

-Tudo indica que sim, eles querem saber o que houve e querem saber o estado dela.

Carlisle anda na minha frente e eu o sigo, o casal se levanta assim que chegamos na sala de espera, Derek com o olhar esperançoso para o médico como se só a opinião dele importasse nesse mundo.

-Olá, sou o Dr.Cullen, vocês são…

-Sou Derek, essa é minha esposa Elizabeth. O que houve com minha sobrinha? Quando poderemos leva-la para casa?

-O estado dela é estável, ela está bem, ela caiu enquanto fazia uma trilha com uns amigos, quebrou o braço enquanto rolava colina abaixo e um galho acabou perfurando sua barriga, mas conseguimos conter o sangue e a fratura, ela só precisa ficar aqui para não “pegar” alguma bactéria lá fora ou algo do tipo, o corpo dela está em defesa cuidando dos erros.

-Entendo, isso é bom… Isso é muito bom, precisamos assinar algo para quando ela sair?

-Desculpe, como? -Pergunto.

-Ela irá conosco, é nossa sobrinha, nossa família, ela está sem ninguém aqui, minha irmã e cunhado morreram, meu sobrinho está desaparecido, ela não pode ficar sozinha aqui.

-Senhor, ela não está sozinha. -Digo. -Estamos cuidando dela.

-Vocês não são a família dela. Vocês são apenas amigos dela, e ela está namorando seu irmão, mas isso não importa, ela é minha família, meu sangue, onde assino os papéis?

Encontro o olhar de Carlisle “o que faremos?” Pergunta Carlisle. O homem está determinado, ele vai fazer de tudo para levar Mary consigo e isso não é nada bom, ela acabou de se reencontrar com Will e há mais essa barreira para impedir os dois, eu não posso permitir que esse homem leve-a.




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