História A saga crepúsculo - Seu sol - Próxima parada?

O beco diagonal estava cheio de gente, de um modo inacreditável. Parece que todas as pessoas do parque estavam lá. Will segurou minha cintura e me conduziu pelo meio das pessoas.
-Vamos primeiro comer algo, sei que está com fome, a cerveja não enche barriga.
Só percebi que estava morta de fome porque Will me lembrou, agora parando pra reparar, eu estava realmente com fome, minha barriga revirando dentro de meu corpo gritando por socorro.
Entramos em uma lojinha que não estava tão cheia, Will foi fazer os pedidos, deixei que ele escolhesse e me surpreendesse. A lojinha é algo confortável, praticamente todos os móveis são de madeira, há cheiro de batatas fritas no ar. Um rapaz ruivo me lança um sorriso percebendo que estou encantada pela lanchonete. Sua pele é branca, parece um sueco por conta da coloração laranja de seus fios de cabelo, o garoto usa óculos de sol bem charmoso, aliás, ele por completo é charmoso.
Will está de volta com uma bandeja cheia de coisas, batatas, hambúrguer, suco, torta de abobora... Olho na mesma direção onde o ruivo estava, mas ele já havia desaparecido, mas...
-Está tudo bem, meu amor?
-Ah, sim, sim... –Olho em volta, no final das contas dou de ombros e começo a comer o que Will trouxe para mim. Ele ainda parece desconfiado.
-Ah, o garoto do avião... –Essas vozes...
Levanto a cabeça e vejo o mesmo grupo de garotas que estavam no avião na nossa vinda para cá. Aperto a mesa de modo que as pontas dos meus dedos ficaram brancas. A loira olhou para mim e soltou um som de nojo e se voltou para Will.
-Gato, eu e meus amigos vamos a uma balada hoje à noite e achamos super válido te convidar, até porque todos que vão são... Bom... Acima do padrão de beleza, se é que me entende. – As idiotas das amigas dela começam a rir, olhando bem, elas são realmente lindas, maravilhosas para humanas, sei que são humanas pela cor de sua pele bronzeada.
-Ah, agradeço o convite. –Olho incrédula para Will que mal olha para mim. – Mas terei de recusar, tenho planos com a minha gatinha.
A menina loira solta um suspiro pesado, sua mão se eleva e ela toca os cabelos do Cullen, os fios negros dele entre os dedos da garota.
-Desencosta. –Solto sem pensar.
A loira olha para mim quase rindo, mas ela solta os cabelos do rapaz, Will está com o maxilar tenso, parece irritado.
-Se eu fosse você, pensaria melhor, uma festa dessas... Não se recusa.
-Não queria ser grosso... Mas por que eu sairia alguém como... Você?
Abro a boca em choque, as garotas parecem não acreditar assim como eu, elas devem ser acostumadas a terem tudo na palma das mãos e levar um fora de alguém como Will...
-Vamos meninas, deixe eles ai.
Will manda um sinal de “tchau” para elas e se vira para mim com o rosto tranquilo, ele pega uma batatinha e move em minha direção, abro a boca aceitando a mesma.
-Pensou que eu iria te largar? Pensou que eu fosse para a festa?
-Não, é só que... Eu fiquei com ciúmes...
-Por quê? Mary escute, não há motivos para ficar com ciúmes, você não irá me perder nem pela mulher mais desejada do mundo, entende?
Dou um sorriso sem graça e dou um gole no suco de laranja.
-O que quis dizer que tem planos comigo essa noite?
-Vamos sair essa noite. Para um lugar maravilhoso, voltamos para o parque depois, mas preciso que me prometa algo.
-Prometo. –Digo rapidamente me arrependendo com o ato, eu nem sei o que ele irá pedir...
-Prometa que quando essa loucura acabar, quando estivermos seguros... Você estiver segura, voltará para a escola e irá se formar. –Okay, é algo que posso prometer.
-Prometo.
Will sorriu triunfante.
-Iremos fazer uma viajem de carro até um lugar especial essa noite, são apenas duas horas e meia de carro, mas posso fazer em apenas uma hora.
-Está me deixando curiosa...
-Essa é a intenção.

***

Will comprou minhas vestimentas da corvinal, ele ficou com as da sonserina, disse que é mau e perigoso como os sonserinos, me fazendo dar altas gargalhadas. Fomos ao Olivaras, compramos nossas varinhas e fomos para o castelo, lá dentro era incrível, uma copia realmente perfeita. Teve horas que eu soltava pequenos gritinhos de animação, Will estava quase babando nos próprios sapatos.

Começou a escurecer, separamos algumas roupas, coloquei minhas coisas de humana em um nécessaire, escova de dente, pasta, sabonete... Nunca se sabe.
Quando fomos para frente do hotel, havia um carro branco nos esperando... Um Porsche Boxster Spyder branco. Absolutamente lindo! Olho com um grande sorriso para Will que também abre um ainda maior.
-Edward realmente entende de carros. -Diz animado. - Quer dirigir?
-O que? E-eu não sei dirigir, e tenho um dos meus braços engessado.
-Venha, eu te ensino. Isso não é problema, seu braço não irá interferir em nada.
E então fui para o banco do motorista com o coração acelerado.
-é um carro automático, será mais fácil, você só precisa acelerar e frear, nada demais, consegue fazer isso não é?
Coloco o sinto e posiciono meus pés no acelerador e no freio, Will solta o freio de mão.
-Não acelere muito, é um carro potente, se pisar fundo, iremos longe demais. –Sua voz é doce e paciente em meu ouvido.
Piso delicadamente no acelerador fazendo o carro andar. Will solta um grande assovio de felicidade, acelero mais um pouco, mas não passo dos cinquenta por hora, claro, não sou idiota, estou aprendendo agora e não posso abusar.
As luzes da cidade passam por nós, Will encosta a cabeça no banco e fecha os olhos por um momento, curtindo o passeio, então é assim? Isso é dirigir? A sensação de liberdade, sensação de independência...
-Pare o carro, pise aos poucos no freio.
Faço o que ele pede como uma boa aluna, Will puxa o freio de mão e se vira para mim, seu rosto se aproxima do meu, dessa distancia consigo sentir seu hálito gélido. Will encosta seus lábios nos meus com intensidade. Sua mão em meu rosto não me deixando escapar. Alguém no carro de trás começa a buzinar para que andemos. Will solta um som irritado, ele faz um sinal para que troquemos de lugar e faço como pedido. Ao contrario de mim, assim que Will assume o volante, ele espera pacientemente eu colocar o cinto.
-Pronta?
-Para que?
O motor do carro ronca e o veiculo sai cantando pneu, solto um gritinho de prazer rindo, Will aumenta o som do rádio sem se importar com os olhares e logo em seguida grita.
-PRÓXIMA PARADA SIESTA KEY!!!