~Mary off~
-Will on~
Eu e Mary dançamos na beira da água já que ela não podia se molhar, roubei alguns beijos seus, coloquei em prática tudo que Edward me ensinou em deixa-la cansada o suficiente para que não pensasse em sexo ou algo do tipo. Não a culpo, sei o quanto ela quer isso assim como eu quero, sei como é nova e por isso não quero transforma-la em vampira, não agora.
Depois arrumei nossas coisas com rapidez, não demorei nem cinco minutos para isso, entramos no carro e partimos de volta para o parque. Já estava escurecendo, o sol já estava se pondo, isso é bom porque eu não iria refleti-lo. Mary está com os olhos fechados, sua mão boa apoiando a cabeça, parece cansada. Seu rosto descansando de modo suave e tranquilo, como se não estivesse acontecendo coisas horríveis a volta. Isso que eu mais amo nela, o modo que -Apesar de todas as merdas que nos acontecem.- Mary parece não ligar muito, parece sempre estar forte para qualquer coisa que irá nos desafiar.
Seu peito sobe e desce de modo devagar, está dormindo. Seu cabelo voa conforme o vento bate, ela é absolutamente linda. Tiro uma de minhas mãos do volante e a estico em direção ao seu rosto. Retiro seus óculos com cuidado, ela mal parece notar, guardo o objeto no bolso de minha calça e volto a dirigir.
***
Paro o carro na frente do hotel com Mary ainda dormindo.
-Mary…? Amor…
Ela mal se mexe ao me escutar. Dou um leve suspiro e desço do carro, um manobrista já está pronto para me ajudar quando o dispenso.
-Leve o carro de volta para a concessionária, e agradeça o dono por conceder o carro. -Coloco a mão em meu bolso onde fica um rolinho com notas altas. Retiro uma das várias notas e entrego ao rapaz que abre um sorriso enorme, ele não deve ser muito mais velho que minha namorada.
Abro a porta do passageiro com cuidado para que o corpo de Mary não caia no chão. A pego em meus braços com facilidade, as pessoas em volta nos encaram, devem estar pensando que a desmaiei e estou trazendo para meus aposentos?
-Senhor? Ela está bem? -Pergunta uma senhorinha, seus olhos são cinzas por trás dos óculos de grau fundo de garrafa.
-Ah, sim, só está cansada. A viagem foi longa, se me der licença… Preciso colocá-la na cama.
A mesma senhora me dá um sorriso de compreensão abrindo espaço para que eu ande.
***
A coloco na cama e pego um cobertor fino para que ela não sinta frio. Mary mal parece ter notado que a locomovi do carro e a trouxe para a cama. A observo com atenção, seu sono parece aqueles de pedra, pesados.
Pego meu celular e disco o número de Alice. Sempre me senti um irmão mais velho para ela, Alice é tão pequena e delicada que chega parecer uma criança. Apesar de eu saber que ela tem muito mais experiência.
-Alô? -Quem atende é Jasper, sua voz está cansada. Escuto alguns ruídos do outro lado da linha, ruídos que só um vampiro escutaria.
-Jasper, sou eu, Will. Queria saber se tem alguma notícia.
-Alice está trabalhando nisso, mas o que posso lhe dizer é que os Giranis já estão aqui, não estão seguindo vocês ou a Edward.
-Então não há nenhum aqui?
-Não, está tudo certo…
-MIKE! NÃO! -Lucy.
-Lucy? -Pergunto.
-Preciso ir. -Diz Jasper.
-Jasper, Jasper espere. O que está acontecendo? JASPER!
-Ligue para Edward. Como eu disse, eles chegaram.
Então a linha fica muda, encaro o telefone por alguns segundos, Jasper nunca foi de muitas palavras, a não ser que alguém perguntasse algo para ele. Jasper estava calmo até demais para meu “gosto” ele sempre fica assim quando há algum problema, ele tenta ser o mais calmo para que os outros não entrem em desespero.
-Will…? -Pergunta Mary, seus olhos estão se abrindo. Ela bate as mãos em sua volta, ela sempre faz esse ato quando precisa dos óculos. Ando rapidamente até ela e entrego o objeto, ela pisca os olhos tentando focar a sala a sua volta e tentar entender como veio parar aqui. - Está acontecendo algo?
-Não, está tudo bem, pode ficar aqui no quarto? Vou buscar o mapa da nossa próxima parada, tranque a porta tudo bem? Qualquer coisa grite, eu irei escutar.
-Tudo bem…
Seguro sua nuca e lhe dou um beijo, me retiro antes que ela veja minha expressão. Meus dedos passam rapidamente pelo telefone. Abro a porta e ando até o fim do corredor.
-Anda, anda, atende!!!!
-Alô? -Renesmee.
-Passe para nosso pai.
-Alô? -Edward.
-Pai, é nossa família. -Edward espera.- Os Giranis…
-Isso é impossível. Eles não tem essa velocidade para chegar tão rápido em Forks, só se…
-O que? -Pergunto.
-Se tivessem minha velocidade.
-Alguém mais veloz que você? Eu nunca…
-Acontece, Will. Mas como você descobriu?
Passo tudo que escutei pelo telefone e o que Jasper me disse. Edward escuta pacientemente.
-Isso foi tudo, o que iremos fazer?
-Passe os dias que precisa até o pacote da sua viagem acabar.
-São apenas mais três dias aqui nesse parque, depois iríamos para a Disney, eu não fechei pacote lá ainda.
-Ótimo, compre as passagens para Seattle, voltaremos para Forks.
-Para onde está o problema?
-Tem uma ideia melhor? Prefere ficar aí em Orlando de braços cruzados e não fazer nada pela sua família, sem saber se ao menos estão bem?
-Não.
-Então faça o que estou lhe dizendo, nos encontramos em Seattle daqui três dias entendido?
-Sim, farei isso.
-Ótimo… E Will? Você está bem? Mary está bem?
-Estamos bem, ela está desconfiada mas estamos em perfeito estado, e vocês?
-Estamos bem também, tome cuidado na volta, okay?
-Pode deixar.
A linha ficou muda, sinal que Edward desligou o telefone. Guardo o aparelho em meu bolso e volto para o quarto.
Quando abro a porta não há ninguém, literalmente, não há sinal da Mary, pedi para que ela trancadas a porta mas pelo visto se esqueceu. Se eu tivesse um coração ele estaria acelerado. Seu cheiro está forte e presente, respiro mais uma vez procurando outro ponto de seu cheiro.
-Mary?
Abro a porta do banheiro e ela está lavando o rosto, seu cabelo molhado na parte da frente, respiro aliviado.
-Will, conseguiu o mapa? O que foi? Parece assustado.
-Estou assustado. Pensei que não estava no quarto.
-Mas estou… o Que houve?
-Nada. Estou na cama, vem comigo?
Ela manuseia a cabeça positivamente e pega em minha mão, me deito na cama e a puxo para mais perto de mim, ela coloca os óculos que tinha retirado para lavar o rosto e me observa.
-Está tudo bem mesmo? Parece perturbado.
-Quero ir a parte do Star Wars mais tarde, ainda são sete da manhã…
-Me parece uma boa.
Mary se apoia no braço bom e olha para meu rosto, logo em seguida ela fica por cima do meu corpo, coloco meus braços atrás da cabeça e observo a garota que está com seus lábios a centímetros dos meus.
-Não mude de assunto. -Droga ela não desiste mesmo, não é?
-Podemos falar sobre isso depois? Não estou com cabeça, eu só quero me ocupar com a sua felicidade.
-Acontece algo não é? -Balanço a cabeça positivamente.- Algo grave?
Suspiro fundo e coloco a mão nos meus olhos. Mary encosta seus lábios nos meus mais uma vez e deita sua cabeça em meu peito.
-Posso explicar depois, mas preciso pensar.
-Tudo bem, não irei pressiona-lo.
E agora? O que fazer?
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