História A saga crepúsculo - Seu sol - Histórias

Começou a chover e esfriar, meu corpo começou a tremer por conta do frio, eu não tinha trago capa de chuva ou algo do tipo, Will tinha apenas entrelaçado seus dedos nos meus, mas percebeu que não estava me ajudando por conta da sua temperatura. Ele retirou sua jaqueta e entregou para mim, a quanto tempo estávamos naquela floresta?

-Vamos, não quero que você pegue um resfriado, consegue subir nas minhas costas?

Balanço a cabeça positivamente, ele me ajuda a levantar e me ajuda a subir em suas costas, segundos depois estávamos de frente para o carro. Will abriu a porta para mim, certificando que não estava faltando nada, em menos de um segundo ele também estava no interior do carro, esse carro tem teto solar, mas eu nunca o vira sem. Will acionou o aquecedor, não deixo de soltar um suspiro de alegria, Forks é realmente fria…

-Quando chegarmos na minha casa, posso pedir para que Nessie te empreste uma roupa seca, ela tem tantas… -Começa o Cullen.

-Estou bem, não tenho a imunidade tão baixa, Will. -Digo rindo enquanto ele da partida no carro.

-Prefiro não correr o risco, não quero vê-la doente.

Meu nariz começa a queimar, solto um espirro, mas sabe aqueles espirros que vem nos momentos em que não devem? Pois é, William iria achar que eu estava doente, e não que fosse apenas um espirro. Ele acelerou o carro ainda mais.

-Você é sempre super-protetor?

-Dizem que sou pior que Edward…

-Isso é bom ou ruim? Em escala de um a dez.

-Oito… E meio.

Olho para ele incrédula, começo a rir, eu ria com tanta facilidade na presença do rapaz. Will faz uma curva acentuada e entra em uma floresta, por um momento pensei que iríamos bater, mas ele parecia saber o que estava fazendo.

Observo a estrada sem dizer nada, meus cabelos estavam começando a secar, alguns minutos depois uma grande casa apareceu diante dos meus olhos, a maior parte dela feita de vidro, tão linda, uma casa de causar inveja a qualquer um.

-É uma linda casa. -Digo maravilhada.

Will virou o carro e entrou dentro da garagem para que a chuva não nos pegasse, ainda mais. Desço do carro de braços cruzados, o vento gelado me pegando desprevenida.

-Esme, preciso de uma toalha.

Percebo que os carros dos irmãos de Will não estão aqui, sinal de que nenhum deles saíram da escola. De repente uma mulher aparece com uma toalha, dou um leve pulinho soltando o ar preso, eu teria que me acostumar com a velocidade deles.

-Desculpe, não foi minha intenção assusta-la. -Diz a mulher esticando a toalha, eu pego e começo a me secar.

-Está tudo bem…

-Esme essa é Mary, Mary essa é minha mãe adotiva Esme.

Então essa é a famosa mãe adotiva… Estico minha mão como cumprimento, ela aperta com um grande sorriso.

-Muito prazer. -Digo.

-O prazer é todo meu.

-Esme, Carlisle está? Preciso falar com ele, e pode arrumar umas roupas secas para ela? -Diz Will com paciência.

-Claro! Carlisle está no escritório.

-Volto já. -Will beija minha bochecha e logo depois some.

-Venha, vou encontrar alguma roupa seca, as de Renesmee devem servir em você.

Ela começa a andar e eu vou logo atrás, seus passos silenciosos, a cada lugar que passamos eu me encanto ainda mais, tem um piano, a sala de estar é incrivelmente bela e bem organizada, subimos as escadas e observo o quadro com diversos chapéus de formatura… Estreito meus olhos, onde estão meus óculos?

-São muitos…

Esme ri.

-Eles se formam muito, está vendo as linhas menores? É a de Renesmee, Bella e Will, entraram na família a pouco tempo.

Voltamos a andar pelos corredores até parar em um quarto, um closet na verdade, cheio de roupas e sapatos. Do chão ao teto, o chão coberto por um tapete, Esme achou rapidamente uma roupa que servisse em mim, terminei de me secar e vesti as peças secas.

-Couberam perfeitamente em você.

E era verdade, a calça jeans parecia ter sido feito para mim, a blusa de flanela branca caiu muito bem também.

-O que aconteceu com o seu braço?

-É isso que quero descobrir. -Diz Will aparecendo na porta e com ele estava um homem Loiro. Will também já estava trocado com roupas secas, ele vem em minha direção e coloca os óculos em mim. -Mary, esse é meu pai adotivo Carlisle, Carlisle essa é a Mary.

-Muito prazer, Mary. É muito bom finalmente conhece-la. -Ele estica a mão e eu aperto, todos tem o toque gelado, todos são vampiros.- Eu sou médico caso Will não tenha mencionado, posso dar uma olhada?

-Médico? Como você consegue…

-Me controlar com o sangue? Eu acostumei, na verdade, nunca tive muita dificuldade.

Estico meu braço onde Luka segurou com força e bateu na parede, estava começando a ficar mais roxo e continuava inchado, percebo que Will fez uma careta e parecia estar paralisado, desvio o meu olhar. Carlisle com as pontas dos dedos encosta no hematoma, fazendo eu soltar praguejos de dor.

-Está inflamado, seu irmão é bem forte, com que frequência ele faz isso? -Diz Carlisle soltando meu braço

-Acho que desde que nasci, mas não há muito o que fazer, já o levamos no médico e ele tem grau de psicopatia… Em casa meus pais conseguem interferir, mas ele sempre deixa para me bater ou algo do tipo na escola.

-Não mais, não vou deixar. -Diz Will, olho para ele e o rapaz está mais branco que o normal, e suas feições vazias.

-Bom, posso receitar alguns medicamentos, tenho aqui, se quiser… Vai ajudar na dor também.

-Eu agradeço.

-Will? Leve-a para baixo, não vou demorar.

-Vou fazer o almoço. -Diz Esme, ela da um tchauzinho e se retira.

***

Will me contou toda a história de sua família enquanto Carlisle me ajudava com os remédios, descobri que Edward e Bella eram pais da Renesmee, que ambos se apaixonaram enquanto a mulher era humana e que isso causou muita confusão. Descobri que Alice, Bella, Edward, Jasper e Renesmee tem dons, ficamos nesse papo por um bom tempo até eu tirar todas minhas dúvidas. Eu ficava maravilhada com cada palavra.

-Pensei que Carlisle transformava os humanos porque queria…

-Não, só se não tiver outra opção.

-Mas e você, Will? Você me contou de todos, e você?

-Eu… -O garoto respira fundo.- Faz uns oitenta anos, eu estava indo para casa de uns amigos, tínhamos acabado de sair da escola, eu estudava à tarde, estávamos felizes, tinham nos aceitado para o time de basquete, iríamos começar o treino no dia seguinte.

“Os adversários descobriram, queriam dar um fim nos novos atletas porque éramos realmente bons, bateram na gente com tacos de baseball, até que eu comecei escutar tiros, me fingi de morto, não tomei tiros mas meus amigos… Quando estava tudo calmo, apesar de toda dor eu me arrastei, me arrastei para procurar ajuda, e Carlisle me achou, ele estava indo caçar… O resto você já sabe.”

-Sinto muito… -Digo.

-Não sinta, já passou, não me vinguei deles se quer saber, mas os amedrontei por um bom tempo.

Pego em sua mão e entrelaço nossos dedos, Will fica observando nossas mãos unidas, a porta da frente se abre e um a um os Cullen começam a entrar, e nenhum deles parece feliz.