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História A saga crepúsculo - Seu sol - Caçada


Escrita por: Lincker_Mary

Capítulo 64 - Caçada


Fanfic / Fanfiction A saga crepúsculo - Seu sol - Caçada

Abro meus olhos e me deparo com algo inacreditável.

Primeiro a poeira fina voando pela sala, minha visão chegando longe, até o fim do corredor. Encaro a lâmpada no ventilador de teto, além dela, o fio de energia que está vermelho porque está quente. O ventilador girando em câmera lenta, meus olhos acompanhando maravilhados.

E Will. Seus cabelos ainda mais negros do que eu pensava ser, parece que ele pintou os fios com graxa. Seus olhos dourados me observando. Com muito cuidado ele levanta sua mão para tocar meu rosto. Sinto o contato de pele com pele e meu peito pula de surpresa. A temperatura é a mesma, ele não é gelado, muito menos duro. William da um sorriso torto, o melhor sorriso dele. Noto que estou deitada com minha cabeça em sua perna. Levanto minha mão direita até sua nuca, puxo ele mais para perto e o rapaz solta um gemido. Meu Deus, o que foi isso?

-Mary… no momento, você é só um pouquinho mais forte do que antes, então… pode tomar cuidado? Não quero perder a cabeça.

Dou uma risada fraca mas balanço a cabeça positivamente, Will se inclina para mim e encosta seus lábios no meu. Esse beijo é totalmente diferente dos outros.

O Cullen puxa meu corpo para que eu sente em seu colo, suas mãos em minha cintura, o beijo é caloroso e feroz. Minhas pernas nas laterais de seu corpo. Isso que ele estava guardando? Por que nunca me beijou assim antes? Como sou idiota. Se ele tivesse me beijado dessa forma quando eu era uma humana, provavelmente estaria com meia dúzia de ossos quebrados.

Sua mão sobe para meu cabelo, começo a sentir um cheiro doce, solto um sibilo de minha garganta. O rapaz para o beijo e me encara, sinto o mesmo cheiro, minha garganta queima, parece ferro quente descendo por ela. Levo as mãos ao pescoço e faço uma careta. Will parece entender, ele pega em minha mão e começa a andar rapidamente, não consigo falar, não abri a boca um sequer segundo.

-Você precisa se alimentar, o sangue em sua roupa vai te enlouquecer, esqueci desse detalhe.

De repente estamos correndo, quase gritei para que Will não fizesse isso, mas então percebi que consigo acompanhá-lo. Pela primeira vez noto o quão boa minha audição é, posso escutar os grilos, insetos, o bater de asa dos pássaros, a água correndo em algum riacho por aqui…

E visão noturna, está escuro aqui em Forks, a lua cheia no topo do céu mas consigo enxergar perfeitamente. A ardência em minha garganta aumenta, essa sensação é horrível e então escuto algo… um bater acelerado, paro onde estou. Viro minha cabeça lentamente em direção ao bater, posso escutar o fluxo de algo líquido. O que é isso?

-Mary? -Mal notei a presença de Will.

Um brisa fina e leve bate, um cheiro muito doce chega até mim, sinto minha garganta pegar fogo. Começo a andar naquela direção. Outro bater, esse é mais lento, vozes, masculina e feminina, risadas… ao longe avisto uma fogueira. Um casal acampando. Will tenta me puxar mas sibilo para ele e mostro meus dentes.

Eu não queria ter feito isso, quis pedir automaticamente desculpas, mas nada saiu de minha boca até porque a sede é enorme. Começo a avançar, o rapaz mais uma vez tenta interferir. Em resposta empurro seu peito, Will voa para longe e Bate em uma árvore. O casal fica em alerta, o bater de seus corações -agora noto que são corações- se aceleram. Ambos ficam quietos e em alerta. Me movimento com uma rapidez inacreditável. Corro na direção dos dois, o cheiro é maravilhoso, o calor de seus corpos… Eu vou enlouquecer. Preciso deles.

-MARY, NÃO!

De repente sinto algo contra mim, estou no chão me debatendo para me livrar de seu toque. Sibilo com dentes expostos. Noto os cabelos dourados e arrepiados. Edward.

-Eu cuido dela.

Edward me puxa de um certo modo que não conseguirei ataca-lo e me leva para longe dos humanos. Me debato em seus braços, soltando sons de minha garganta que eu nem sabia que era possível.

-Mary, você está louca de sede, se atacar os humanos irá se arrepender futuramente. Escute o que estou lhe dizendo.

Outro bater, um coração. Lento, sossegado, o cheiro fraco, diferente do que senti a pouco tempo, mesmo assim minha garganta queimou. Escuto um fungar, bater de patas no chão. Lanço um olhar para Edward que balança a cabeça positivamente. Ele me empurra para frente, mal penso, meu corpo automaticamente se move. Em segundos estou parada de frente para um cervo. Pulo em cima do mesmo cravando minhas presas sem seu corpo. Sinto o líquido quente escorrendo por minha garganta amenizando a sede.

O cervo solta um grito, com minhas mãos esmago os ossos de seu peito, posso escutar o pulmão sendo perfurado. O sangue flui rapidamente, não consigo beber tudo, mais desperdicei do que bebi para ser sincera.

Escuto mais paços, patas no chão, animais fugindo. Não podem fugir, não podem! Corro atrás do som e alcanço um alce. Pulo no mesmo que cai, ele tenta se soltar de minhas garras mas é inútil. Aperto seu pescoço, escuto os ossos se destroçando. Aos poucos o animal vai perdendo as forças, nem espero ele morrer, apenas dou uma bela mordida, sangue flui, dessa vez derramo menos.

O sangue do alce é diferente do servo, é mais doce, deixou minha garganta dormente, a queimação parou por alguns segundos enquanto eu bebia aquele líquido. Quando acabou, respirei fundo apesar de não precisar, a queimação voltou, mas mais como um incômodo, consigo me controlar, pareço entender o que está acontecendo a minha volta. Olho para mim mesma e percebo a roupa rasgada, suja, ensanguentada… Meu Deus, o que foi que fiz?

-Isso é normal, Mary. -Diz Edward.

-Edward! -Me surpreendo com o som de minha voz. Parece sinos, é fina e melodiosa, diferente… É estranho…- Eu não queria ter sibilado para você… Me desculpe… E-eu…

-Está tudo bem. Sei como é passar por isso.

Escuto passos, é estranho ter o ouvido tão sensível…

Avisto Will de longe, em segundos ele está ao lado de Edward, ele me analisa com cautela para ver se estou bem.

-Pensei que humanas de TPM fosse assustador… Me lembre nunca deixá-la com sede.

Dou uma risada fraca, Will também sorri assim como Edward. Ele anda em minha direção e pega em meu rosto com suas duas mãos.

-Sinto muito ter lhe atacado… -Digo. Ele balança a cabeça negativamente.

-Ainda precisa se alimentar? Não tenho pressa para voltar, você está mais calma agora, posso te ensinar algumas truques…

-Deixarei os dois a sós, consegue assumir daqui? -Pergunta Edward a Will que balança a cabeça positivamente. E em segundos estamos a sós.

-Lhe ensinarei tudo o que desejar.

Dou risada assim como ele e empurro seu ombro, mas dessa vez fraco para que ele não saia voando. Will pega em minha mão e me conduz pela floresta escura.



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