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História A saga crepúsculo - Seu sol - Pequeno Cullen


Escrita por: Lincker_Mary

Capítulo 68 - Pequeno Cullen


Fanfic / Fanfiction A saga crepúsculo - Seu sol - Pequeno Cullen

-Prometa que vai tomar cuidado. -Pede Will segurando meu rosto com as duas mãos.

-Tem certeza de que não quer ir? -Pergunto.

-Tenho.

-Tudo bem, nos vemos mais tarde?

-Como toda certeza. Mas me prometa…

-Prometo que irei tomar cuidado.

Will se inclina e toca meus lábios, não há nada de caloroso ou provocador. É um beijo carinhoso, protetor, o tipo de beijo que não dá vontade de descolar os lábios pela sensação que ele trás.

Escuto barulhos de buzina, sorrio com os lábios ainda grudados no rapaz, até que ele se separa de mim.

-Vá, ou George terá um ataque.

Toco seus lábios mais uma vez corro até o carro, Will me deu mais algumas aulas e agora ando para onde quero com seu carro. Os Cullens insistiram em me dar um, mas os assegurei que já temos carros demais e que não via problema em usar o carro do meu namorado, até porque não ligo muito para essas coisas.

-Pensei que nunca viria. -Diz George pulando para o banco do carona.

-Você é muito ansioso, garoto!

-SIM EU SOU!

Ligo o carro e saio com o mesmo, George parece quicar em seu banco, os fios de seu cabelo estão completamente bagunçados, lembro-me quando criança que queria ser ruiva de qualquer jeito, chorei por um dia inteiro porque meus pais não deixaram eu tingir. O garoto está olhando a paisagem pela janela encantado. Mas de repente ele se vira para frente e fica quieto.

-George? O que foi? -Pergunto.

Ele parece hesitar em falar algo para mim, suas mãos se esfregam uma na outra, ele está nervoso.

-Acha que os Volturi podem me matar?

-O que te faz pensar assim?

-Você sabe, ser uma criança imortal é contra a lei.

-Tecnicamente você é um pré adolescente, controla sua sede melhor que eu, não tem com o que se preocupar.

-Soube que quando descobriram da Nessie, tentaram matar ela. -Diz chateado.

-George. Renesmee tinha sete anos até o ponto que me lembro da história. Qualquer coisa, Aro verá que você sabe controlar sua sede, não deixaremos eles encostarem um dedo em você. -Ele fica quieto.- Entendeu?

-Sim…

-Ótimo.


***


Chegamos em La Push rapidamente, o tempo está nublado como Alice me alertou. O sol não ameaça aparecer. George desce do carro e respira fundo, uma brisa leve bate o fazendo sorrir, seu sorriso é tão encantador…

-MARY!

Me viro em direção a voz e vejo um rapaz muito mais alto que eu andando lentamente em nossa direção, seu braço está imobilizado, seu cabelo bagunçado… Seth! Não me lembro de terem mencionado que ele tinha quebrado o braço… Ah sim, ele não quebrou, por isso não me lembro. Seu braço está imobilizado por conta de seu ombro que saiu fora do lugar e continua em uma recuperação lenta.

-Seth!

Ando rapidamente até ele e o abraço pela primeira vez depois de todo o ocorrido. Tomando cuidado para não machuca-lo ainda mais. Mas algo me faz recuar mais rápido que o normal, impedindo o momento fofo que queria ter com ele, franzo o nariz em um ato de incomo, George parece ter a mesma reação fazendo o lobo rir alto e segurar o próprio ombro para não causar mais danos.

-Arg. -O ruivo solta incomodado.

-Seth… Você… Tem cheiro de cachorro morto. -Concluo.

-Obrigado. Seu cheiro queima meu nariz de tão doce, mas eu não disse nada, não é? E quem é esse enferrujado?

-Ha ha ha. -O garoto ri ironicamente.

-Seth esse é George, George esse é Seth. Ele é o mais novo dos Girani, tinha sido transformado a pouco tempo quando Edward o encontrou, longa história, mas ele está com a gente agora…

-Legal! -Seth estica seu braço bom para o ruivo que aperta como cumprimento.

-Você é forte, hein? Quer conhecer a praia?

-VIM PRA ISSO! -Explode o garoto.

-Consegue ouvir as ondas não é? Vá indo que eu e Mary encontramos você lá. -Explica Seth.

George desaparece em segundos, Seth se vira para mim com um grande sorriso nos lábios.

-Ele não parava de falar nessa viagem. George é incrível. -Digo.

-Mary… Você está tão diferente…

-Diferente? Ah sim, são os olhos. -Digo piscando.

-Você é uma idiota. -Seth ri.- Pensei que sentiria a mesma coisa quando vi Bella como vampira, mas não. Você parece mais velha, mais responsável, não sei…

-Antes eu não era?

-Não é isso, antes você era frágil, não é um insulto. -Ele se corrige rapidamente.- É um elogio, está muito mais forte do que antes, nada parece ter abalar agora.

O lobo começa a andar e o acompanho em direção a praia.

-Como está sua recuperação?

-Está boa, mais uns dias e vou estar cem por cento. Vou poder voltar a me transformar.

-Sente falta não é?

-Demais! A velocidade, a força, é algo que não me imagino sem.

-Eu queria ter vindo aqui, ter ficado e te ajudado…

-NÃO! -Seth aumenta a voz, mas logo em seguida se recupera.- Não, não seria bom para nenhum de nós dois, primeiro que você é uma recém criada e a alguns meses atrás estaria ainda mais descontrolada. A maior parte do tempo eu estava grogue por conta dos remédios, eu falei muita besteira para muita gente e… Eu não gostaria de magoa-la novamente. E você estranharia meu cheiro e eu o seu, do jeito que estava grogue, era capaz de expulsa-la de casa.

Dou uma risada sem graça.

-Pensei que tinha ficado magoado por não ter vindo.

-De jeito nenhum, aliás, fiquei sabendo que ligou, isso já foi o bastante para saber que estava viva.

Seth estica seu braço bom, sua mão toca minha bochecha, ele estremece de leve, percebo que os pelos de seu braço se arrepiam.

-Seth…

-Sua temperatura… -Ele suspira.- Não parece real.

Seth se aproxima de mim, seu calor ainda maior do que me lembro, ele acaricia minha bochecha.

-Seth, não faça isso por favor, eu amo Will, você sabe como o amo.

-Senti sua falta, temi que estivesse…

-Morta? E não estou?

-Você entendeu o que quis dizer…

Ele dá outro passo, me inclino para trás, Seth está abusando demais…

-Mary? O que está fazendo?

Seth se separa rapidamente de mim, me viro em direção a voz, George está com os cabelos molhados, as roupas encharcadas, ele me encara com seus grandes olhos vermelhos… não parece feliz.

-George!

-Will sabe? -Me pergunta.

-N-Não é isso, George… -Ando até ele mas o garoto da um passo para trás.

-Will sabe? -Pergunta novamente.

-Eu ia beija-la, mas ela se afastou garoto, não a culpe por algo que não fez. Sim, Will sabe que sou apaixonado por ela, aposto que foi um dos motivos de ele não ter vindo. Fique tranquilo, ela jamais trairia seu amigo. -Seth se entrega.

-Ele é meu irmão.

-Seu irmão, como queira.

George está ao meu lado em segundos, ele pega em minha mão e me puxa para que eu me afaste do lobo, Seth não parece se sentir ofendido.

-Vamos para praia, quem ele pensa que é?

-George! Eu sou muito mais velha, sabia? Sei me cuidar!

-Aham, eu entendo, vamos logo, quero te mostrar algo, pare de ser idiota o lobo virá atrás de você em meio segundo.

No final das contas o garoto tinha razão, Seth veio atrás de nós para conversar na beira da água. George dizia animado de como estava gostando daqui. Ele e Seth trocavam farpas às vezes me tirando boas risadas.


***


~Alguns anos depois~


Kirkwall, Escócia, Reino Unido.

Kirkwall é um lugar novo para ser explorado, é afastado da cidade grande, quase nunca faz sol, a cidade tem um ar gótico… É perfeito aqui, perfeito para um vampiro morar. Forks vai deixar muita saudade, mas Carlisle me garantiu que iremos voltar em breve, é só o tempo das pessoas esquecerem dos Cullen. George não estava se desenvolvendo como seus amigos e Will estava levantando suspeitas sobre sua idade, todos acharam melhor se mudar.

-Renesmee está doente, é sempre assim quando saímos de Forks, Will e Mary podem ir comprar algum remédio para ela? Carlisle deixou os nomes. Bella nos entrega um papel com o nome de cinco medicações, balanço a cabeça positivamente. Will pega em minha mão e entrelaça os dedos, antes de sairmos perguntamos se George quer vir junto, mas ele recusa dizendo que quer ajudar Esme a pintar os quartos.

-Aqui é muito bonito… Mas por que não fomos para o Alasca? -Pergunto.

Realmente aqui é muito bonito, há muito campo, as casas são antigas, por incrível que pareça tem alguns castelos abandonados, Carlisle fez questão de ficar com um onde estamos nos instalando. Me sinto em um conto de fadas.

-Enjoamos de lá, resolvemos experimentar algo novo aqui. -Diz Will.

Estamos prestes a chegar no mercado quando o rapaz me puxa para um beco, com o tempo nublado o local fica ainda mais escuro, pedestres passam e nem notam nossa presença. Will me prensa contra a parede, o rapaz solta algo da garganta.

-Você está extremamente sexy hoje, não me aguentei… Precisava sair de casa e te pegar em algum canto.

-Will…

Will tem razão, estou com uma legging apertada que ressalta minhas curvas, uma bota que vai até meus joelhos, regata escura com uma jaqueta de couro por cima que por um milagre realçou meus seios.

Suas mãos descem para minha coxa direita, ele a ergue até sua cintura, o volume de sua calça roça em mim como uma provocação, jogo minha cabeça para trás revirando os olhos. O rapaz aproveita e morde meu pescoço, sua língua passeia logo em seguida por minha pele, Meu Deus ele vai me enlouquecer, tenho certeza absoluta disso.

-William…

-shiiii

Seus lábios tocam os meus, ele morde meu lábio inferior e puxa em uma forma de provocação, solto um sibilo de minha garganta o fazendo gemer, ele está excitado por me dar prazer, é uma conexão sem igual. E tem o cheiro doce, muito doce, é como se sangue estivesse misturado em todo esse prazer… Sangue?

-NÃO, POR FAVOR, MICHAEL POR FAVOR!

A voz está a uns três quilômetros daqui, viro minha cabeça rapidamente assim como Will, estamos em alerta, não nos mexemos, esperamos algo, mas não sabemos o que.

-Escutou? -Me pergunta.

-Sim.

-MICHAEL NÃO FAÇA ISSO!

E então um estalo, tiro. Uma choro de criança. Começa a chover, o tempo aperta, Will e eu corremos tomando cuidado para não sermos notados, mas a rua está deserta por conta do tempo, todos estão procurando abrigos. Outro tiro, a criança chora ainda mais, o que diabos está acontecendo?

Estamos diante de uma pequena casinha, há muito sangue, o cheiro está doce demais, a quanto tempo não me alimento?

-Prenda a respiração, Mary.

O rapaz pega em minha mão e acaricia meus dedos, isso ajuda. A porta da casa está escancarada, o choro da criança não para, quando entramos na residência nos deparamos com uma cena inacreditável. Há uma mulher no chão, ao lado de um berço, seus olhos estão abertos, sua boca semi aberta, sangue escorrendo de seu peito e a sua frente um homem. O homem está com o rosto pro chão, sangue escorre da lateral de sua cabeça, a arma perto dele, ele se matou. Ele matou a mulher e tirou a própria vida, que tipo de monstro faz isso? Vou até o berço e vejo um bebê, deve ter dias de vida, minha teoria se confirma quando vejo a mulher, sua barriga ainda esta grande.

Pego o bebê no colo e o balanço de forma calma, ele parece gostar pois para de chorar imediatamente. É um menininho. Seus cabelos são de um loiro escuro, seu rosto rechonchudo, está bem protegido e aquecido…

-Mary?

A criança abre os olhos, são de um cinza, é tão claro que chega a dar inveja, o menino é absolutamente lindo. Will se posiciona atrás de mim e observa a criança assim como eu.

-Ele é lindo… -Comento.

-Precisamos sair daqui, a polícia logo chegará. Vou colocar fogo na casa.

-Por que? -Olho para ele confusa.

-Se quiser ficar com a criança, teremos que apagar todos vestígios que se quer um dia ela existiu…

-Como sabe que quero ficar com ele? -Pergunto.

-Mary, seus olhos entregam, Esme olha assim para nós, Bella olha assim para Renesmee. Pode ficar, iremos ser ótimos pais.

-Prometa.

-O que você desejar, meu amor.

-Prometa que será paciente com ele, que irá estar sempre presente, que será o melhor pai.

-Prometo pela minha existência. -Seus lábios tocam os meus rapidamente.- Agora me espere do lado de fora, anda, preciso terminar aqui.

A chuva continua apertada, pego mais um cobertor rapidamente e cubro o garotinho. Escondo ele entre as cobertas para que não fique doente e saio, meu cabelo é encharcado em segundos, como a casa vai pegar fogo se está úmida? Em resposta vejo os corpos dos humanos pegando fogo e Will destrói o berço e tudo que é vestígio de que existiu uma criança. A casa não precisa pegar fogo literalmente, só precisa apagar os vestígios.

O Cullen já está ao meu lado, ele segura meus ombros e me acompanha até a casa onde estamos.

Chegando na residência, todos nos olham de cima a baixo, deve ser por conta de nossas roupas estarem completamente molhadas, assim como nossos cabelos. “Trouxeram uma criança?” Edward pensa. Repasso toda a história em minha cabeça, Edward lê meus pensamentos pacientemente.

Retiro o cobertozinho e o garoto está me encarando. Dou um leve sorriso, ele é tão mole em meus braços. O bebê eleva o canto de sua boca na tentativa de um sorriso.

-Acho que vou chamá-lo de Jonathan…

-Eu gosto de Jonathan. -Confirma Will acariciando meu braço enquanto olha para o bebê também.

-Jonathan.

Olho para Will que sorri com a escolha. Logo depois Esme se posiciona ao meu lado e olha para o “bisneto”, Bella e Alice fazem a mesma coisa. George pede para olhar também, tenho que me abaixar para mostrar o pequeno a ele. Todos parecem felizes com minha escolha e isso me deixa confiante.



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