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História A saga crepúsculo - Seu sol - Eternidade


Escrita por: Lincker_Mary

Capítulo 70 - Eternidade


Fanfic / Fanfiction A saga crepúsculo - Seu sol - Eternidade

~Três anos mais tarde~


-EU NÃO QUERO!

Suspiro fundo e amarro meu cabelo loiro em um rabo de cavalo, Jonathan está fazendo birra. Estamos na frente da escola, é seu primeiro dia de aula. Meu filho está grande, seus cabelos loiros formando cachos angelicais, seus olhos de um cinza claro tão intenso que parece que qualquer luminosidade que bater, irá cega-lo. Respiro fundo e desço do carro, abro a porta do passageiro, George desce e espera ao lado do automóvel enquanto retiro o cinto de segurança da cadeirinha de Jonathan que está de braços cruzados.

-Jonathan… Vai ser legal, você irá amar a escola, George estará com você o tempo todo... Na sala ao lado.

-Na verdade estarei na mesma escola, não perto da mesma sala… -Ele diz tão baixo que só eu pude escutar.

-Eu não quero! Eu não gosto da escola!

-Como você pode dizer isso se nunca foi? -Pergunto o encarando com meus olhos que agora são dourados como todos os outros Cullen.

-Porque eu sei que é chato.

-Fazemos um trato então, você vai hoje, se não gostar, conversaremos com o papai para ver o que ele irá dizer, tudo bem?

Ele me olha com seus olhos grandes, minha vontade é de prender o cinto de segurança novamente, dizer que “tudo bem, meu amor. Iremos pra casa, você não precisa ir pra escola esse ano, tentaremos no próximo.”, Mas não posso. Jonathan tem que entender que nem tudo é um mar de rosas e que nem sempre temos as coisas na palma de nossas mãos.

Pego por de baixo de seus braços e o levanto. Ele parece muito mal humorado. Quando o coloco no chão e fecho a porta do carro, ele me olha com os braços cruzados. Meu Deus esse garoto tem um gênio forte! Olho para George procurando qualquer ajuda, ele dá de ombros e um sorriso provocador como se me dissesse “Não tenho nada haver com isso, terá que se virar.”

Me agacho e fico na altura dos olhos de meu pequeno, ele continua de cara fechada.

-Jonathan… te garanto que vai ser legal, -Pense Mary, pense.- você não gosta de tocar piano com o vovô Edward e a tia Nessie? Você ama pintar também! Terá muita tinta e desenhos para colorir. Sua professora irá tocar piano com vocês e você, Jonathan Cullen, poderá mostrar para a classe que sabe tocar “cai, cai balão” sozinho.

Percebo um flash de animação passando por seus olhos, Jonathan está se tornando uma criança muito vistosa, no sentido de: “Jonathan você está lindo hoje” e ele responder “ah, eu sei, muito obrigado.” Ou algo “Jonathan você comeu tudo, parabéns.” “Aham, eu sempre como tudo.”

-Ta, mas… Saindo da escola eu vou querer ir no Mascodonauds.

Dou uma risada alta fazendo com que alguns pais de crianças virassem para me olhar e observar o som de sinos encantadores que é minha voz.

-É McDonald's, mas posso pensar, se você se comportar direitinho.

-PROMETO!

-Não se acostume, você sabe que não gosto que você fique comendo besteira toda hora.

Dou um beijo em sua testa, George pega na mão de Jonathan que acena para mim, me levanto e aceno de volta. Ele está se tornando um grande menino.


***


Passo a chave na porta para destranca-la, não há vestígios de ninguém na casa, está tudo muito silencioso e o cheiro está neutro, como se fizesse muito tempo que alguém tivesse passado por aqui.

Os Cullen devem ter saído para se alimentar, Will deve ter ido com eles, ele realmente precisava se alimentar, por isso fiquei encarregada de levar as crianças para a aula hoje.

Tranco a porta, mas antes que eu consiga me virar, algo me pega pela cintura e me puxa para si, por um momento pensei ser Will, mas o toque é rústico e forte demais para algo caloroso e cheio de afeto como o toque de meu namorado costuma ser.

Meu cabelo loiro é puxado para o lado, deixando minha garganta exposta. O vampiro da uma fungada sentindo meu cheiro, o que não faz sentido algum logo agora que também faço parte dessa “imortalidade.” Piso em seu pé na tentativa de lhe causar dor e sair correndo. Mas o vampiro atrás de mim desvia perfeitamente e puxa meu cabelo novamente.

-Quem é você? -Pergunto.

-Uma Cullen, você tem o cheiro deles impregnado em você, já se tornou uma.

-QUEM DIABOS É VOCÊ?

-Ahh… não irá se lembrar, você era frágil demais na época, vim buscar o que é meu. Onde está o pequeno George?

Se eu tivesse um coração batendo em meu peito, ele teria parado, eu estaria suando, perderia a fala, mas como não sou mais assim, mantenho a voz forte e firme.

-Não sei de quem está falando.

-Aaaah, por favor garota!

Ele me vira de frente para si e então finalmente posso olhar para seu rosto. Uma de suas orelhas sumiu, ele está sujo, como se nunca mais soube o que é um banho ou roupa limpa. Seus olhos estão de uma vermelho vivo, mas não foi isso que me fez prender a respiração, mas sim ao notar sua cicatriz na pálpebra. Dilermando.

-Mas, mas… Você devia estar morto!

-Demoraram demais para me queimar, boa parte de mim já estava recuperado e pude me reconstruir e esperar o momento certo para correr. Fui torturado diversas vezes, Mary. Conhecia aquela dor com a palma da mão. Os Cullens nem perceberam, fui muito cuidadoso. Infelizmente perdi uma de minhas orelhas, mas… encontrei algo melhor.

Sua mão se fecha em minha garganta, o homem me ergue do chão e me joga longe, minhas costas batem em uma das paredes da casa, caio sem jeito no chão, isso com certeza teria quebrado uma de minhas costelas em outra época. Me levanto rapidamente, mas o vampiro já está diante de mim novamente, sua mão vira em meu rosto em um tapa que ecoa pela casa inteira, solto um gemido de dor. Dilermando ergue seu punho e seus dedos se fechando em minha garganta novamente pego em seu pulso, minha unhas cravando no rapaz.

Ele puxa o ar novamente, seu corpo inteiro treme.

-Sinto… Cheiro de humano… Um humaninho… UMA CRIANÇA?

Arregalo meus olhos, Jonathan, cheiro do meu filho. Olho nos olhos do agressor que capta o meu, então coloco em prática o que venho treinando conforme os anos passaram. Sinto minhas pupilas dilatarem juntamente a do homem.

“Você vai embora daqui, esquecer que existimos. Nunca vai se lembrar de nós, e se trombar um dia com os Cullen, não terá coragem de chegar perto, será fraco, será nada, irá perambular o mundo implorando para ser morto.”

Posso sentir o desespero e negação de seu corpo, ele está lutando para não obedecer minhas ordens por meio de telepatia. O homem solta meu pescoço e cai de joelhos no chão, seu corpo está completamente rígido, ele solta um grito abafado, parece com raiva de demonstrar sua fraqueza através de um grito.

-O QUE ESTÁ FAZENDO? -Urra o homem.

-Mary? -Pergunta alguém da entrada.

“Você não irá aguentar mais cinco minutos dessa dor, irá sacumbir.” digo.

Eu e os Cullen descobrimos que além de espelhar o dom de alguém que está perto de mim, tenho um dom próprio, Carlisle concluiu que: Caso eu não tenha ninguém por perto para clonar, eu posso me proteger com um dom próprio, não preciso ficar dependente dos outros.

O homem solta um rugido de dor e raiva ao mesmo tempo, ele está sendo o primeiro a aguentar firme o meu dom, sinal que tenho que praticar ainda mais. Meu corpo está começando a ficar exausto, estou ficando fraca.

E então uma par de mãos arranca a cabeça do vampiro fora. Olho para cima e está três dos Cullen, Alice puxando o corpo pra fora juntamente com Jasper que agora segura a cabeça. E Will.

Caio de joelhos no chão, ele corre até em minha direção e me puxa para seus braços, sua mão percorrendo o caminho de minhas costas, subindo e descendo lentamente na tentativa de me acalmar, encosto minha cabeça em seu peito e cravo minhas unhas no tecido de sua roupa.

-Ele sentiu o cheiro do Jonathan, meu menino, Will… Nosso menino…

-Está tudo bem, agora ele está morto.

-Eu não sei…

-Shii…

Ele coloca a mão livre em minha cabeça e acaricia meus fios loiros, seus lábios tocam minha testa e ficam ali por um bom tempo. Alguns segundos mais tarde ele se separa de mim e olha em meus olhos, seu polegar toca minha bochecha, Will faz uma careta.

-Quanto ele bateu em você?

-Não muito, ele estava atrás de George… Como ele conseguiu sobreviver? Pensei…

-Com você se transformando, muito de nós se distraiu, ele foi esperto. Vai ficar tudo bem agora, você se saiu muito bem.

Encosto meus lábios nos seus, o que eu seria sem Will?

-Por um momento, pensei que fosse você tentando me assustar… Mas não reconheci o toque, era bruto demais e você é muito mais… Cuidadoso.

-Eu sou cuidadoso? -Muito breve percebo um flash de humor passando por seus olhos.- Tem certeza?

Na mesma velocidade que vi esse brilho em seu olhar, eu estava contra a parede, Will me prensando contra a pedra gelada. -Não que eu sentisse frio agora.-, suas mãos segurando minhas pernas na lateral de sua cintura.

Ele me solta, aterrisso no chão dando uma risada boba, Will vira meu corpo de frente para a parede. Sua mão segura meu pulso, ele puxa meu braço para trás imobilizando meu corpo, minha bochecha está grudada na parede, estou inclinada, quase de quatro. Will se inclina até seus lábios chegarem perto de minha orelha.

-Desculpe, o que disse?

-Que você é cuida…

Will aperta meu braço atrás das minhas costas, meu corpo se contorce e minha bunda roça em seu volume. Solto um gemido de surpresa, posso sentir que meu namorado está se divertindo em ser o dominador. Nós dois sempre tivemos um sexo caloroso e cheio de amor, mas nada foi igual a isso, Will está sendo dominador e provocador… É algo novo.

Ele puxa meu corpo para cima e começa andar comigo imobilizada pela casa, tendo controle dos meus movimentos. Ele abre a porta do nosso quarto com a mão livre e depois que entramos ele a tranca novamente.

-Que horas Jonathan e George voltam mesmo? -Pergunta sussurrando em meu ouvido.

-Daqui cinco horas. -Respondo.

Will me libera, mas o aperto em meu pulso sobe para meu cabelo, o rapaz pega um bom punhado de fios e os puxa para trás, minha cabeça fica inclinada com o pescoço totalmente exposto. Se eu ao menos precisasse de ar atualmente, seria vacilado, parado de respirar, ficado grogue… Mas agora apenas solto um ar de surpresa. William se inclina mais uma única vez e sussurra em meu ouvido.

-Vou lhe dar mais uma chance, Marysa. Apenas uma.

-Você é manso, William.

Will me leva até a cama, suas mãos ainda em meu cabelo, o rapaz me joga na cama. Consigo me virar a tempo de vê-lo retirar a própria camiseta e sapatos, ficando apenas de calça jeans. Os músculos de seu peito evidentes, Will tem o famoso funil na barriga o que me deixa maluca!

O rapaz anda até mim e chega perto o suficiente para nossos lábios se encostarem, vou para frente, mas ele recua. Sua mão vira em meu rosto, mas não em um tapa violento, um tapa para me machucar, mas um tapa provocador. Meu Deus, eu jamais vira Will assim, jamais o vira agir dessa forma, não parece o mesmo rapaz que me respeita, que toma cuidado, que me acaricia todas as noites enquanto nosso filho tenta dormir.

-Fique quietinha.

Ele se aproxima novamente, seus lábios ficam perto dos meus mais uma vez, sua mão passa pelo meu corpo, mapeando cada local, estou de vestido, o que facilita muita coisa para o rapaz, quando estou prestes a perguntar o que ele pretende fazer, Will introduz dois dedos de mim. Abro a boca em um grande “O” surpreso.

-William, o que…

-Shiu. Nunca mais irá dizer que sou manso.

Ele dá um sorriso torto que faz minha cabeça girar. Ele vai me matar, com certeza vai.


***


Estou totalmente nua, apenas o que esconde minha pele é o cobertor. Olho para o teto, mal consigo piscar. Meu cabelo deve estar um ninho, me sinto… Não sei como palavras podem descrever o que estou sentindo. Olho para minha direita onde Will está deitado. Ele está apoiando em apenas um braço, seus olhos me observando, há um sorriso brincalhão em seu rosto.

-O que… Meu Deus.

-Eu poderia fazer um outro round, mas precisamos buscar as crianças. -Diz o rapaz.

-Não sei como vou conseguir buscar as crianças depois disso…

Will da uma gargalhada. Ele se inclina e encosta seus lábios nos meus rapidamente, se levanta e começa a se trocar. Encontro forças para fazer o mesmo. Nos trocamos em segundos.


***


~Algum tempo depois~


-VAI WILL! -Digo Alto.

Olho para o lado e Jonathan está de fone de ouvido observando o jogo sem muito interesse. Ele detesta quando os Cullen resolvem jogar baseball. Porque primeiro, sempre está chovendo. Segundo, ele não pode jogar. Terceiro? Depois que ele descobriu que quando completar dezoito anos terá de ir até os Volturi para ser transformado… O garoto ficou muito calado e muito mal humorado.

Jonathan está com dezesseis anos agora, está com o dobro da minha altura, há uma diferença minúscula entre ele e o pai, Will continua sendo o mais alto.

Jonathan está lindo, lindo até demais para um humano. Seu cabelo está precisando ser cortado, seus cachos começando a caírem nos olhos. Seus olhos continuam claros, mas agora estão de um azul da cor do mar cristalino. Solto um suspiro de tristeza ao me lembrar que um dia, esses olhos se tornarão dourados. Sua mandíbula está em formas de um adulto. Seu corpo é Atlético e invejável, as meninas da escola morrem de amores por Jonathan, mas… Jonathan não é o tipo de cara que se interessa por mulheres.

Isso foi um choque, Edward e eu em um dia estávamos curiosos para saber se ele já tinha beijado alguma garota, se interessado por alguém… E em sua mente havia um rosto. Peter, um garoto de cabelos e olhos castanhos. Baixo, um garoto muito bonito, educado, estudioso, atlético… Descobri que Jonathan estava desenhando esse mesmo rapaz a um tempo.

Não ficamos desapontados, pobre Jonathan, pensou que iríamos expulsa-lo de casa ou coisa do tipo, estava com medo de se assumir, ficou com medo de que nosso amor houvesse limites. Quando o aceitamos de braços abertos, ele chorou. Meu filho é um grande desenhista, um grande pintor, filho, atleta… Eu não era metade do que ele é quando humana.

-Jonathan?

Ele se vira, tirando os fones. Seus olhos em respeito por mim, o garoto jamais levantou a voz para nenhum de sua família, é uma qualidade dele que eu só tenho a agradecer.

-Sim, mãe?

-Está tudo bem?

-Sim está, só queria jogar… Mas sei que não posso, em breve poderei. -Ele suspira enquanto gira os fones nas mãos.

-Jonathan, se você não quiser se tornar um de nós, você sabe que iremos entender.

-Sim, sei disso. Mas não é isso que estou com medo, quero me tornar um de vocês, você lê minha mente, mãe. Se eu não quisesse você saberia, assim como você sabe o porquê de eu estar com medo.

Jonathan teme que os Volturi se vinguem de nós e o matem. Ele queria que Carlisle o transformasse ou Mike. Mas Aro ligou certo dia deixando bem claro seus desejos.

-Tudo irá dar certo, eu os mato se sonharem em perder o controle.

Jonathan balança a cabeça positivamente.

William corre em nossa direção, seus lábios tocam os meus brevemente.

-Está tudo bem? -Me pergunta.

-Está. -Responde Jonathan secamente.

-Peter irá vir? -Pergunta Will.

-Isso lhe aflinge também não é? -Pergunto.- Você tem medo que ele também precise ser transformado.

Jonathan balança a cabeça positivamente. Ele está batendo o aparelho celular na palma da mão.

-Somos novos… Somos… -Ele respira fundo.- Eu me tornarei um vampiro daqui um ano e meio… Não sei o que quero, não sei se Peter ficará comigo… Ele já está exigindo conhecer vocês e eu…

-Ele devia nos conhecer. -Will fala calmamente.

-Ele só nos conhece por “vista” leve ele para almoçar lá em casa.

-Mas vocês não comem. -Jonathan da de ombros.

-Podemos forçar algumas coisinhas para dentro, vai dar tudo certo, filhão.

-Amo vocês -Ele nos diz.

Will e eu nos entreolhamos.

-Também lhe amamos.

Jonathan abraça nós dois.

-Amo vocês demais e passarei a eternidade assim se possível.

-A eternidade. -Repito.

-Eternidade. -Repete Will.

E assim viveríamos para sempre. Um apoiando o outro, um amando o outro, até que algo nos mate. Mas enquanto isso não acontece, iremos continuar escrevendo nossa história.





Notas Finais


E assim chegamos ao fim dessa história. Deixei em aberto? Deixei. Provavelmente irei escrever uma continuação? Não sei, estou pensando ainda. Mas é isso aí galera. Obrigada por me acompanharem, por apoiar e tudo mais. Isso significou muita coisa pra mim.

--

Eu estou começando uma nova história, mas é de autoria minha, não é fanfic em si, mas seria legal se vocês dessem uma olhada, aposto que iam gostar. (Vou deixar o link)
Vlw pelos comentários galera e desculpa a demora kkkkk

https://spiritfanfics.com/historia/a-espia-10085832


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