História A saga crepúsculo - Seu sol - Edward? Privacidade.

Will estava acariciando meus cabelos e eu quase caindo no sono quando minha mãe entrou no quarto.

-Mary? Mary!!! Ah meu Deus…

Ela deu uma bela olhada em Will mas o ignorou completamente e correu até mim, suas duas mãos se fecharam em volta do meu rosto, ela virou minha cabeça de um lado para o outro com cuidado analisando o estrago.

-Me desculpe, me desculpe, da próxima…

-A culpa não é sua, mãe. -Tento acalma-la.

-E você é? -Seu olhar pousa no rapaz.

-Sou William Cullen, muito prazer. -Ele estica a mão para apertar a da minha mãe, ela aperta com um leve sorriso nos lábios.

-Obrigada William, não sei o que seria de Mary se vocês não tivessem chegado a tempo.

Realmente, como Will sabia que eu estava em perigo? Ah, Alice, claro… Ela deve ter ligado no meio do caminho e Edward deve ter corrido da casa deles pois sabia que Will mataria Luka se estivesse sozinho e isso não seria nada bom.

-Edward já conversou com a senhora?

-Me chame de Tessa por favor, me sinto velha quando me chamam de senhora.

-Tessa então, conversou com Edward?

-Sim, ele disse que o pai adotivo de vocês conhece vários médicos que poderiam ajudar Luka.

-A senhora se importa de deixar Mary dormir na nossa casa hoje? Renesmee, minha irmã mais nova a amou, e descobri que o aniversário de sua filha é amanhã… Alice minha irmã mais velha adorou a idéia de fazer um bolo de boas vindas e de feliz aniversário, sei que é cedo, mas ficaríamos muito agradecidos…

Minha mãe ficou hipnotizada a cada palavra de Will, quando ele terminou ela balançou a cabeça tentando reorganizar os pensamentos.

-Claro, claro… Seria muito bom, cabe a ela decidir. -Diz minha mãe.

-Eu iria gostar. -Confirmo.

-Tudo bem então, vou arrumar suas coisas, Luka já está no quarto, se quiserem descer…

-Muito obrigado, Senhorita Tessa.

Will se levanta devagar, pega meus óculos no criado mudo e entrega para mim. Eu os coloco, o rapaz pega em minha mão entrelaçando os dedos e se retira me levando consigo, antes que eu saísse do quarto, arrisco um olhar para minha mãe, que faz um sinal de positivo meio que “aprovando” nós dois. Dou uma leve risadinha.

***

Will esperou pacientemente junto à Edward na sala até minha mãe terminar de arrumar minha mochila com coisas simples, escova de dente, pijama, roupas para caso de eu precisar tomar banho, etc.

Ela desceu com uma mochila nas mãos e entregou para Edward.

-Qualquer coisa me liga?

-Ligo sim. -Vou até ela e dou um beijo em sua bochecha.

-Até, Tessa.-Diz Will

-Tomem cuidado! -Alerta minha mãe.

-Pode deixar, Mary está em boas mãos.

O rapaz pega em minha mão e me conduz para a saída da casa, minhas mãe nos observa, ela só sai da frente da casa quando entramos no carro e partimos para casa dos Cullen.

Will e eu no banco de trás, o rapaz envolveu meu corpo em um abraço confortante, minha cabeça apoiada em seu peito. Will fazia carinho em minha cabeça, percebi que ele estava evitando respirar quando ficávamos assim tão próximos.

-Está com sede, Will? Posso me afastar…

Começo a me mover para longe dele mas ele agarra meu ombro impedindo que eu me desloque.

-Não, fiquei aqui.

Will segura meu queixo e vira em sua direção, meu rosto fica a milímetros do seu, nem ele nem eu inicia o beijo. William afasta os fios de meu cabelo dos meus ombros e sua mão preenche meu pescoço. Ele acaricia minha pele como um pedido de desculpas pelo ocorrido mesmo não sendo sua culpa.

Finalmente ele inicia o beijo, sua língua pedindo espaço, quando eu permiti as coisas mudaram de rumo, minha mão desceu para de baixo do tecido de sua camiseta, meus dedos tocando os músculos duros e definidos de sua barriga. Sua mão livre desceu para minha coxa, ele deu uma leve apertada para sentir meu músculo. Minha outra mão subiu para sua nuca, sinto os fios de seu cabelo entre meus dedos e acho que essa é uma das dez maravilhas do mundo, os lábios e o cabelo de Will. Edward pigarreia e nós paramos imediatamente, para minha surpresa eu estou ofegante, sinal que não estava respirando corretamente.

-Chegamos.

-Hãn… Você poderia nos deixar a sós, Edward? -Pergunta Will com um tom de esperança na voz.

-William eu não…

-Não perderei o controle. -Diz o rapaz com confiança.

Edward pega minha mochila e sai com rapidez, eu perderia se tivesse piscado os olhos. Com a mesma rapidez que Edward saiu, Will me moveu para que eu deitasse no banco de trás da BMW. Sua mão desceu até minha coxa e a erqueu para que minha perna ficasse em torno de sua cintura. Eu não conseguia pensar, Will me atordoava, seu toque, seus lábios, seu cheiro, sua temperatura… Tudo nele me deixa grogue.

Seus lábios encostaram os meus mais uma vez, só que mais intensos, mais calorosos, mais ousados. Ele devia estar se testando ou me testando, procurando nossos limites. Sem pensar levanto sua camiseta, eu quero poder vê-lo, toca-lo, quero que ele seja meu acima de tudo.

-Ah droga Mary, estou tentando me controlar aqui, você não está facilitando.

Ele se encolhe na porta do carro, afastado de mim, passando as mãos pelo cabelo, me ajeito no banco de trás sem graça.

-Não posso perder o controle com você, você escutou a história de Bella e Edward, não quero que isso aconteça com você.

-Você não tem camisinhas, Will? -Pergunto sem pensar.

-Acha mesmo, que as camisinhas iriam aguentar? -Diz seco.

Apesar do duplo sentido, eu o ignoro, me estico até ele, passando da linha de alerta e indo para o perigo, encosto meus lábios no dele por um segundo e me afasto novamente, abro a porta do carro e desço. Esse vampiro iria me matar a qualquer momento.

Rapidamente ele já está ao meu lado,vestido, seus dedos entrelaçados nos meus, entramos na casa subindo os degraus de dois em dois, procuramos os outros de sua família que estão na sala, o clima não estava dos melhores -Novamente.-

-O que foi agora? -Pergunta Will.

-Aro. -Responde Carlisle.

-O que tem ele?

-Mandou um rastreador para cá, Mary não está segura aqui, ele descobrirá. -Diz Jasper.

-Mas como ele sabe que temos uma humana aqui? -Diz Rosalie.

-Lembra das visitas inesperadas que ele manda para cá? Pois bem… Não sabemos quando virá, ele está acompanhado com o escudo, novamente. Para que Alice não possa ver o dia que ele irá chegar.

-O que faremos então? -Pergunta Will.

-Agir como antes, o único jeito é deixar Mary alguns dias sozinha. -Diz Emmett.

-Não farei isso. -Will responde secamente.

-Eu posso me virar, meus pais estarão em alerta, meu irmão não conseguirá me pegar, não morrerei se andar alguns dias sozinha.

-Não. -Responde Will com raiva.

“Me deixe sozinha com ele, posso convencê-lo, me dê essa noite e verá.” Edward olha para mim e balança a cabeça positivamente.

Não será uma batalha fácil.