Kelly Brooke
Minha cabeça girava um pouco e sentia uma dor latejante na parte de trás. O cheiro de alcool irritou minhas narinas e escutava um leve soluço ao meu lado. Virei um pouco minha cabeça e vi uma garota de cabelos crespos com o pulso enfaixado, do outro lado uma garota com longos cabelos loiros estava vendo seu pé ser enfaixado. Quando vi enfermeiras passando que entendi que estava em um hospital.
- Que bom que acordou senhorita. – uma enfermeira muito simpática sorriu pra mim.
- Onde estou? – perguntei ainda confusa.
- No palácio, avisarei ao principe Dylan que já acordou. – ela diz tentando me acalmar.
- Principe? Como assim? – pergunto e a enfermeira me olha assustada.
- Vou chamar o doutor. – ela volta na direção contrária.
Ela saiu apressada e as outras duas meninas continuavam tão assustadas que não procuraram falar comigo. Olhei para o lado e uma moça com longos cabelos negros dormia serenamente, com soro em seu braço. Minha mente doeu ao vê-la, mas ela parecia sedada. O médico veio correndo em minha direção.
- Senhorita, sou o doutor Quentin, quero lhe fazer algumas perguntas. – ele se apresenta e eu assinto com a cabeça. – Qual seu nome e o nome de sua família?
- Me chamo Kelly, meus pais são Kamilla e Samuel Brooke, tenho uma irmã mais nova chamada Sophia. – digo tentando me sentar, mas minha cabeça doi.
- Sabe me dizer onde está? – ele pergunta.
- No hospital do meu estado, devo ter sofrido algum acidente onde bati a cabeça. – digo confiante, mas seu olhar me desanima.
- Conhece essa moça que está dormindo? – ele aponta para a morena.
- Não, nunca vi ela na vida. – digo encarando ela.
- Ok senhorita, vamos deixar você descansar mais. – ele diz e vai em direção a saída.
Fico enrando o médico sair e as outras duas meninas tinham recebido alta. Eu e a morena ainda não, pela placa em sua maca vi que seu nome é Rachel, do distrito 1. Um soldado entrou o quarto e foi devagar em direção a menina, ele tocou em sua barriga e deu um beijo em sua testa, parecia que ia chorar a qualquer momento.
- Ash, você não pode estar aqui. – um outro soldado entra, esse muito parecido com a menina da cama.
- Oi... – digo fraco e confusa. – Por que vocês estão aqui?
- Ora Kelly, que pergunta é essa? – o moreno fala confuso. – A gente trabalha aqui.
- Guardas em um hospital? – pergunto cada vez mais confusa.
- Kelly para com isso. – o que se chama Ash me respondeu – Estamos na ala hospitalar do castelo, Dylan vai entrar a qualquer momento.
- E por que eu estaria aqui? O que eu fiz pra estar aqui? – perguntas explodem em minha cabeça que começa a latejar.
- Descanse, amanhã a gente promete te responder tudo. – Ash diz se aproximando de mim.
Dormi rápido naquele dia e uma moça me conduziu a um quarto que ela disse ser meu, eu não reconhecia nada naquele lugar, eu só me perguntava o que eu fazia no castelo, já que eu moro no distrito 14. Um café da manhã me esperava no quarto e duas moças simpáticas que disseram ser minhas criadas serviram pra mim e eu pedi que elas saíssem, eu queria ficar sozinha.
- Bom dia senhorita. – Ash fala da porta e digo pra ele entrar.
- Por que você está sempre perto de mim? – minha curiosidade fala mais alto que meu bom senso e ele começa a rir. – É sério! Você sempre está aqui!
- Porque eu sou seu guarda. – ele diz se acabando de rir. Ele vê que eu ainda o olho sério e ele para aos poucos de ri e senta a minha frente. – Kelly, você é uma das selecionadas do principe Dylan. – ele levanta a mão impedindo que eu o encha de perguntas – Você foi a sorteada pra representar seu distrito, numa espécie de competição pelo amor do príncipe.
- Que competição mais idiota! Não deve se competir por amor! – digo irritada. – Que brincadeira de mal gosto é essa?
- Não é brincadeira – ele diz cansado – Inclusive, Dylan gosta muito de você, já estão aqui a quase dois meses.
- Estou a dois meses nesse circo? – digo horrizada com minha atitude. – Eu quero ir pra casa Ash.
- Lembra do meu apelido? – ele se espanta.
- Não, mas o outro guarda te chamou assim. – digo não olhando mais pra ele.
- Meu nome é Ashton, mas Ash está ótimo e aquele era o Alec, irmão da Rachel, a garota da maca. Dylan vem conversar com você primeiro, você ficou sem memória depois de um acidente que ocorreu durante um ataque no palácio. É tudo que eu posso te dizer ruivinha. – ele diz com um leve sorriso e eu baixo a guarda.
-Obriga Ash, eu queria descansar agora. – digo olhando pra cama.
- O quarto é seu, pode usar a vontade. – ele sorri e seu sorriso me conforta e então vou pra cama.
Dylan O’Brien
A discussão estava a flor da pele. Meu tio estava inconformado com o ataque, ele já tinha mandando buscar os novos recrutas, mas o ataque foi antes. Meu pai segue com os nervos atacados com o que estava acontecendo. Por muito tempo nosso país foi subestimado, mas somos uma das potências mais ricas do mundo e mesmo depois da quarta guerra mundial, cotinuamos com grande números de riquezas naturais.
- A Coreia é um país muito pequeno pra nos atacar. – meu tio diz batendo nesse ponto. – Tenho certeza que um país maior está envolvido nisso.
- Sabemos que os russos não são nossos melhores amigos. – minha mãe concorda com a idéia e eu também.
- Mas por que a Rússia nos atacaria? – meu pai diz não se deixando convencer.
- Quando você ficou tão inocente Thales? – minha tia fala indgnada.
Muitos não sabem, mas meu pai e minha tia só permitem que uma pessoa gritem com eles ou os destratem, eles mesmos, então quando os dois brigam, eles litaralmente quebram o decoro um com o outro e ninguém se mete, eles mesmos se resolvem.
- Nós nunca demos abertura pra eles e sabemos muito bem que algumas coisas que temos são de grande interesse deles. – Minha tia continua sua fala e meu pai a escuta atentamente. – Eles também nunca foram de nos receber bem e isso vem a muitos séculos, até os italianos já nos perdoaram, embora bisa Emerald tenha feita uma aliança com a Rússia por ser amiga da Rainha Kiara, o filho da Kiara brigou com nosso avô porque o mesmo não casar sua filha com o prícipe russo.
- Com isso muitas coisas que ajudavam os russos foram cortados, como o petróleo. – meu tio termina de explicar o que minha tia começou e a teoria faz muito mais sentido agora.
- A Coreia é outro país que não temos aliança por discordarmos do regime de ditadura que dura por muitos séculos. – minha mãe continua o pensamento dos meus tios e tudo começa a se encaixar. – Mas os russos não pansam como nós.
- Vamos fortificar a fronteira com os soldados que temos e treinar novos sldados para maior proteção do país, vamos nos contactar com Illea e pedir reforços. – meu pai bate o martelo e a reunião é encerrada.
Levanto com Michael e saímos da sala, Ashton vem em nosso encontro e sua expressão é triste, ele tem estado assim desde que precisou se afastar de Rachel e ela sofreu um grande susto no ataque, então sei que preciso tirar ela do castelo logo.
- Que bom que te encontrei Dyl – sua expressão muda um pouco – Acho que você tem que ir conversar com a Kelly, ela me disse que quer ir embora hoje.
O olho surpreso e triste ao mesmo tempo, então sei o que fazer pra ela ficar. Corro ao meu quarto e na gaveta do meu criado mudo pego uma caixinha de veludo azul. Então me ajeito rapidamente e vou ao quarto da ruiva, eu falei com as meninas que se machucaram no ataque e elas não quiseram sair, justamente a que eu mais penso quer sair. Bati no quarto da menina e ela própria abre a porta, me olhando nervosa.
- Posso entrar senhorita? – pergunto e ela assente devagar, entro e vou em direção asua varanda, ela me segue calada. – Sei que deve ter muitas dúvidas, mas antes eu quero que saiba que eu pensei muito em você quando viajei e te trouxe um presente.
Vi ela pegar o pacote e seus olhos se iluminarem ao ver o que tinha dentro. Em Illea passei por uma rua onde uma pequena joalheria exibia essa pulseira de safiras em sua vitrine.
- Alteza, tem certeza que isso é pra mim? – ela pergunta surpresa por ter ganhado um presente.
- Mesmo que não se lembre Kelly, você foi um pouco dura comigo a última vez que nos vimos e então a gente não estava se falando. – digo e ela fica corada com a informação – Mas nem do outro lado do mundo eu consegui deixar de pensar em você e essa pulseira me lembrou você, achei que você merecia ela mais do que qualquer outra pessoa no mundo.
- Se eu te magoei, você pode me perdoar? – ela toca em minha mão e eu fico surpreso com o gesto.
- Eu sempre vou poder perdoar você, Kelly. – digo e simplesmente a beijo. Pra minha surpresa, ela não desvia do meu beijo.
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