História A Seleção do Príncipe Dylan O'Brien - Capítulo 16

Rachel Fray

Já tinha duas semanas que saí da Seleção do Dylan e ele estava no processo de Elite. Ashton voltou a trabalhar no exército e eu voltei para a biblioteca, que era sempre vazia, meu trabalho era manter os livros em ordem e cuidar da biblioteca especial, que só os reis e a princesa Thayla tinham acesso. Alec, Luke e Ashton foram chamados pelo rei para um trabalho e quando eu não estava na biblioteca, Kelly me chamava pra ajudar ela com seus estudos e umas coisas a mais.

- Oi... – escuto Dylan me chamar, entrando na biblioteca – Queria conversar um pouco.

- Claro querido... – digo indo em direção aos sofás da janela.

- Primeiro de tudo, como vocês estão? – ele pergunta tocando em minha barriga, que já é visível.

- Nós estamos muito bem – digo sorrindo pra ele e então ele me abraça. – O que está acontecendo, Dyl?

- A revolta está acontecendo. – ele diz baixo – Nossos espiões descobriram muitas informações sobre isso, o distrito 14 está com o líder.

- Como isso pode acontecer? Vocês tentam tanto deixar tudo em ordem. – pergunto e ele suspira.

- A Rússia quer alguns minerais que só podem ser encontrados aqui e não deixamos a disposição deles e eles que estão por baixo dessa revolução, junto com a Coreia do Norte. – ele me olha e sei o que está perturbando ele – Eu não sei como vou levar isso junto com meu pai, Michel vai ser mandado pra Inglaterra para que o futuro rei fique seguro.

- E Mike? Ele quer ir? – pergunto achando estranho ele ir embora.

- Não, mas ele precisa. Se algo acontecer com ele, a Inglaterra fica sem rei. É frustrante saber que eles nos invadiram e incitaram nosso povo contra a gente. – ele bufa.

- Não acho que ser duro com o povo vá ser de muita ajuda, mas somos um dos países com maior número de aliados, é estranho a Rússia achar que pode contra nós. – falo o óbvio, mas Dylan apenas balança a cabeça negativamente.

- Isso que é o mais brilhante deles, vamos atacar o próprio povo. Acho que estamos sem saída. – ele finalmente demonstra o cansaso.

- Não, na primeira guerra civil foi a mesma coisa. – seguro na mão dele – O pova está escolhendo isso, podemos ajudar as pessoas que não merecem morrem por uma minoria manipulável.

- Mas como? – ele pergunta tentando captar minha ideia.

- Primeiro de tudo ajudando os distritos a blindarem suas construções, não sairá caro para um país rico como o nosso e você vai ver que isso tirará a razão de muitos revoltosos, depois você pode contruir abrigos blindados para os sem teto. – digo e os olhos do prícipe se iluminam.

- Agora eu entendo porque meu pai quis me juntar com você  - ele ri pelo nariz – Mas assim que eu tiver minha coroa, você sairá dessa biblioteca pra ser minha conselheira principal, você nasceu pra isso.

- Oh Dyl! – eu abraço o garoto que me aerta em seus braços. – O que eu seria sem você pra me ouvir?

- Seria uma ótima conselheira inativa. – Dylan ri. – Tenho que ir, vou me encontrar com Rebeca antes do almoço.

Eu o olho atravessado, Dylan ri novamente e sai da biblioteca. Escuto a voz de Alec rindo com Dylan no corredor e logo em seguida meu irmão entra no local.

- Ei, Calum disse pra gente almoçar na cozinha particular hoje. – Alec diz vindo em minha direção.  – E acho que temos que começar a nos despedir de Mike, talvez ele já vá semana que vem.

- Dylan está arrasado. – falo triste.

- Mike também, mas ele é o princípe herdeiro, não pode mesmo correr perigo. – Alec dá de ombros. – Que tal irmos logo? Luke já está a caminho de lá também, soube que a sobremesa é torta de chocolate sulista.

- O que estamos esperando?? – me empolgo e vamos abraçados.

Chegamos a cozinha particular da família real e eles não cozinham lá, eles só comem lá. A sala de jantar só é usada quando há visitas no castelo e a cozinha de verdade é enorme, já que alimenta um batalhão de gente, por isso eles tem uma cozinha caseira onde fazem as refeições com mais privacidade.

- Oi pessoal! – Luke fala animado quando nos vê. – Consegui uma folga! E já que desceu Rachel, que tal falar com o chef Paolo para adiantar a sobremesa?

- Ah Rachel, todos sabemos que ele te adora! – Calum fala e começo a rir da cara dos dois.

- Só porque vcoê pediu, alteza. – respondo e Calum me olha indgnado porque chamei ele de alteza.

Vou seguindo a cozinha, mas vacilo ao senitr tantos olhares sobre mim, alguns nada amigáveis. Chef Paolo estava no fim da cozinha, perto dos fogões e vou seguindo até lá, ignorando os olhares tortos em minha direção, mas alguns dos funcionários mais antigos me cumprimentam, pois esses sabem muito bem a minha relação com Dylan.

- Chef! – grito chamando atenção do francês imenso que se vira e vem de braços abertos em minha direção.

- Esmerauda! – ele grita com seu típico sotaque.

Quando ele estava chegando perto de mim, sinto um baque em minhas costas e quando vejo estou no chão. Na hora sinto uma pontada em minha barriga e alguns dos amigos da minha mãe correm pra me ajudar. O chef abre caminho entre todos e me segura, chamando o responsável pelo carrinho que me atropelou, um rapaz jovem aparece e me olhava de forma estranha.

- Desculpe chef. – ele fala me encarando.

- Você deve desculpas a ela! – o chef responde alterado. – Não está vendo que ela está grávida?

- A lei diz que traidores devem morrer. – uma garota se intromete e todos a olham perplexa, pessoas começaram a falar.

- Ela tem razão chef. – o rapaz dá de ombros – Eu só fiz uma serviço público.

- Como ousam?! – Chef Paolo responde vermelho de raiva.

- Vocês dois! – a voz de Calum ecoa pela cozinha e todos se calam. – Vocês estão expulsos desse castelo, proibidos de terem qualquer emprego nesse lugar! Eu não quero ver a sombra de vocês dois nos meus corredores.

- Quem você acha que é? – o rapaz responde insolente e Calum o encara firmemente.

- Eu sou o princípe Calum Thomas Hood, filho da princesa Thayla Hood, tenente-coronel. – ele diz peitando o rapaz. – Eu estou te expulsando da minha casa, antes que eu te mande pras masmorras. Não quero saber nem que vocês existem no meu castelo. – a voz de Calum era assustadora e do nada ele grita – Saiam daqui!

- Rachel! Amor, você está bem? – Ashton corre em minha direção, assim como Alec.

- Eu não posso acreditar. – soluço e vou para seus braços, mas sinto de novo uma dor em minha barriga. – Ash, sinto dor... – quando digo aquilo a dor piora.

- Ray... – Alec me chama devagar – Não se desespere, mas você está sangrando.

Escutei a voz do meu irmão ficar mais longe e tudo ao meu redor escurecer.

Kelly Irwin

Como eu tinha uns livros de economia para ler, resolvi não ir a biblioteca hoje e ir ao jardim. O almoço seria servido daqui a pouco e depois eu teria que voltar ao meu quarto pra almoçar. Procurei a roseira que eu costumo ficar perto e escutei os risos escandalosos da Rebeca perto do lugar. Fui me aproximando devagar, mas meu corpo se paralizou ao ver aquela cena.

Dylan estava beijando Rebeca.

Senti meus olhos se encherem de lágrimas e segurei um soluço sufocante. Dylan mentiu pra mim, ele não me ama. Quem ama não beija outra pessoa, meu coração batia forte e resolvi sair dali. Me viro apressada e esbarro com alguém, indo ao chão.

- Kelly! – escuto a voz do Luke – Desculpe, não vi você, me disseram que o Dylan estaria aqui. Por que está chorando? - Abraçei Luke com força e ele retribuiu o abraço. – Eu posso ir ao seu quarto mais tarde pra conversar, mas agora eu preciso encontrar o Dylan. Rachel está na ala hospitalar.

- O que? – me espanto e começo a me preocupar.

Luke abaixa a cabeça e me olha triste, então sei que a notícia é ruim.

- A Rachel perdeu o bebê, Kel. – ele fala triste e eu saio correndo para a ala hospitalar.

Cheguei lá o mais rápido que consegui, Ashton chorava abraçado com Alec perto de uma maca, numa área afastada da ala hospitalar. Me aproximei devagar e quando os dois me viram, abriram espaço pra eu ficar perto deles. Rachel estava em uma cama, com cânulas para respirar e soro em seu braço.

- A pressão dela estava extremamente alta e não sei se ela conseguiria levar a gravidez adiante. – o médco retorna com uns papéis na mão. – Eu sinto muito meninos, ela está sedada e quando ela acordar, verei se ela poderá ter alta.

- Obrigado. – Alec responde ao médico e olha pra irmã.

- O que houve? – pergunto chorando também.

- Um funcionário da cozinha deixou que o carrinho atingisse ela. – Alec fala triste, Ashton estava inconsolável. – Foi maior confusão e ela acabou passando mal, ela estava com pré-eclampsia.

- Eu sinto tanto, meninos... – digo abraçando Ashton.

Escutei a porta se abrindo rápido e Dylan entrava apressado na ala hospitalar. Ele abraçou Alec e começou a chorar, perdeu a cor quando viu Rachel. Ele segurou minha mão, mas eu a soltei. Não consegui encará-lo e prefiri sair dali.  Meu coração se partiu em pedaços quando ele me olhou perdido, mas sei que no fundo ele não estava tão triste assim.