Jhin enfaixava seu braço com habilidade, havia coletado algumas ervas medicinais na floresta e agora fazia seu curativo. Apesar de profunda aquela era uma ferida simples de tratar. A jovem não saía do lado do rapaz, perguntava em que podia ajudar e mesmo não sabendo fazer muita coisa estava sendo útil.
Após uma longa discussão Ísis conseguiu convencer o samurai a ficarem onde estão até o braço dele melhorar um pouco. Satisfeita ela começa a pegar os ingredientes para preparar o jantar enquanto o ferido se sentava encostado a uma das rodas da carruagem. Ele olha para o céu que começava a escurecer e solta um suspiro cansado.
- Ísis.
- Hm?
- No dia em que nos conhecemos você se defendeu de mim com aqueles galhos.. - diz o samurai agora fitando a albina - por que não fez nada contra a onça com a magia?
Ela faz uma cara de espanto ficando ainda mais pálida do que o de costume e se vira para que ele não visse mais seu rosto. Jhin fica confuso com aquela reação, era óbvio que o escondia algo.
- Ér.. eu não pensei nisso na hora! - a moça da uma risada forçada porém continua de costas. - Que boba eu sou.
Talvez o samurai não fosse a pessoa mais inteligente do mundo, mas até uma criança via que aquilo era mentira.
- Ísis.. nós vamos viajar juntos por muito tempo, para que eu possa te proteger em qualquer situação você precisa me dizer a verdade.
Um silencio inseguro permanece entre eles até que enfim a jovem decide se virar e encarar-lo.
- Eu... não consigo controlar a magia muito bem... - remexia os dedos nervosamente enquanto Jhin a escutava calmamente - É difícil explicar. Meus poderes são muito influenciados pelos meus sentimentos, as veses acontece coisas que eu não planejei e outras veses eu tento fazer algo mas nada acontece. Mesmo tendo 200 anos ainda estou aprendendo a usar a magia.
Jhin se mostrava inexpressivo e isso a deixava cada vez mais nervosa.
- Então quer dizer.. - fala o samurai quebrando o silêncio - .. que você me enganou quando me ameaçou com os galhos para eu fazer o que queria?
A menina temia justamente aquilo, agora ele sabia que ela não tinha autoridade nenhuma em relação a ele e provavelmente ficaria com raiva pelo que ela fez. Para sua surpresa ele começou a soltar gargalhadas altas, era a primeira vez que o via rir de verdade.
- Que mal caráter - disse Jhin ainda rindo.
Ísis sentiu uma onda de segurança em seu coração, sentiu que podia confiar nele, que podia sempre lhe dizer a verdade. Estava feliz naquele momento.
- Eu não lembro de nada disso! - afirma sarcástica e se volta a fazer o jantar.
Aquela noite foi mais animada que o de costume, mesmo estando no meio de uma trilha na floresta, Ísis se sentia em casa pela primeira vez.
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