1. Spirit Fanfics >
  2. A um metrô de distância >
  3. Descobertas

História A um metrô de distância - Descobertas


Escrita por: obvious

Notas do Autor


meninas que não sabem o que dizer, me add
só mt obg pelos favs e comentários, tão me incentivando 10/10
e esse é só aquele cap de transição que precisa estar na fic para fazer sentido, então é

boa leitura <3

Capítulo 7 - Descobertas


A correria naquele colégio estava multiplicada por cem naquela semana. Quase nenhum dos alunos paravam quietos, até mesmo na hora do intervalo, e tudo por conta dos últimos trabalhos a serem apresentados, provas a serem feitas e todos arrumando os detalhes para o festival de outono, que seria depois que as férias retornassem.

Muitas coisas passaram desapercebidas, mas algumas não poderiam ser deixadas de lado; Jeon Wonwoo e Mingyu haviam começado a namorar oficialmente, causando muito mais confusão na escola - além de Jeonghan, Seungcheol e Jisoo, não havia mais nenhum casal homossexual assumido, por mais que fosse óbvio da parte de alguns, o medo estava acima de qualquer coisa. Uma das reações mais severas foi que alguns alunos cogitaram a expulsar o Kim do time de basquete (como se sexualidade definisse alguma coisa), mas nenhuma medida foi tomada, por muita sorte o diretor e o conselho escolar tinham algum juízo na mente. Seokmin havia arranjado uma paixonite com a noona da loja de conveniência que ficava na esquina do quarteirão em frente à escola, mas nada avançado o suficiente para que possamos relatar muitos detalhes.

O trio brevemente citado acima continuava se metendo em confusões, na maioria das vezes era o segundo mais velho que arrumava as mesmas. Jeonghan não ouvia seus namorados e acabava pulando no pescoço de um ou outro algumas vezes, tudo por conta dos comentários ridículos que direcionavam à eles. Jisoo conseguia acalmar o Choi e a si mesmo, até quando tinha vontade de acompanhar o Yoon nas loucuras e se meter em uma possível detenção - ninguém era obrigado a aguentar aquelas graçinhas o tempo todo. Alguns tinham medo deles por vários motivos ("Jeonghan é louco", "Eles são pecaminosos", "Vão nos arrastar para o mesmo caminho do Inferno que eles trilharam" e et cetera), mas muitas vezes eram um amores com seus colegas de escola - os não-idiotas, é claro - e os ajudavam em matérias, esportes e até mesmo conselhos amorosos.

Tudo andava ok até então. No momento, durante o intervalo, Seungkwan e Wonwoo estavam arrumando os detalhes do trabalho de História que teriam que apresentar na aula seguinte, como falas e o que haviam deixado sem querer para trás e que podia fazer falta na apresentação (e talvez uns pontos a menos, se a professora estivesse de muito mal humor, não queriam arriscar); os sucos e pães tinham sido praticamente deixados de lado para darem atenção exclusiva as folhas espalhadas em cima da mesa, tanto que nem percebiam o que estava acontecendo no refeitório.

Hansol de longe observava os dois, como de praxe. Ele estava muito estranho nos últimos dias e, se aproveitando da situação confusa que todos estavam, pensou que não seria incomum ele tirar um tempo para si e também para se afastar do Boo. Claro que ele não queria ficar nem um segundo longe do mais velho, pois tinham se aproximado muito nos últimos meses, mais precisamente desde o final de semana que passaram juntos, mas precisava entender o que estava acontecendo consigo.

Um dia inteiro bastou para que percebesse que o que causava seus batimentos cardíacos mais fortes, todo a bagunça no seu estômago e a hipnose momentânea era o pequeno - não tão pequeno assim - de cabelos avermelhados e bochechas fofinhas; não era tão tolo para que não percebesse de cara que todos os sentimentos eram associados ao seu hyung (os filmes clichês americanos o ensinaram bem). Claro que ficou preocupado no início. Não era natural que gostasse de garotos (nunca havia gostado de um) e associou ao fato de que havia se aproximado demais dele, mas podia não ter nada a ver, já que também se aproximou com os amigos de Seungkwan e o mesmo não ocorreu; podia ter muitas coisas envolvidas, ele não sabia, assim como também não iria problematizar o fato, gostava de Seungkwan e isso já era uma complicação, pois teria que saber como lidar com seus sentimentos, com o garoto em questão e, infelizmente, com a sociedade em que viviam.

 

- Você não tem coragem né? - Mingyu disse, lhe assustando.

- Coragem para?

- Se declarar pra ele, sei lá, ou chamar pra sair. Wonwoo me disse que ele é muito inseguro, tome cuidado com o que diz e como o trata, seja objetivo.

- Você acha que eu não o trataria bem? - perguntou preocupado.

- Claro que não, Hansol, você é um gentleman. - o mais velho disse em um inglês arrastado - Só estou dizendo que uma palavra mal interpretada pode deixa-lo mal. Ele é amigo do meu namorado, do mesmo jeito que o Wonwoo hyung se preocupa com ele, eu acabo me preocupando também, e Seungkwan é uma pessoa muito boa, sabe?

- Sei sim, talvez esse seja um dos motivos pelo qual me apaixonei por ele. - disse meio bobo.

- É, Chwe Hansol com certeza está caindo de amores por Boo Seungkwan. - o outro replicou, tirando sarro do amigo e logo voltando a discutir o trabalho de Português com seu colega de turma, que se sentara na mesma mesa que eles.

 

O problema era que o menino não sabia como dizer o que sentia para o outro. Na verdade, nem mesmo ele sabia o que ocorria, era uma confusão sentimental muito vasta para alguém que "há cinco minutos atrás" estava viajando no mundo da lua, olhando para as plantas e pessoas do lado de fora da sala de aula, criando situações hipotéticas e, vez ou outra, pensando sobre algum dos lugares demarcados no mapa em seu quarto e o que faria quando chegasse lá (se um dia chegaria).

Definitivamente Hansol tinha muita coisa para descobrir e sentir, mas não se importava muito em explorar lugares não habitados - corações sensíveis, incluindo o seu. Passou a observar novamente o garoto; agora, com o lápis em mão e testa franzida, discutia algo com Wonwoo enquanto massageava suas têmporas e parecia estar explicando algum assunto pela trilhonésima vez com o mais velho. Fixou tanto o seu olhar no outro que acabara viajando de novo e fixando demais a visão no outro, tanto que só reparou que Seungkwan percebera quando passara a acenar freneticamente em sua direção e retribui o gesto, logo dando atenção a algo que Mingyu lhe falava e brevemente esquecendo do Boo.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...