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História A vida de Adele - Um lugar para relaxar


Escrita por: unsafe

Notas do Autor


Oe, eu ia mais voltei 😏

Capítulo 17 - Um lugar para relaxar


Adele's P.O.V

   Aquele ‘Adeus' foi como um soco no estômago, eu senti que ia perde-lô. Mas a raiva estava me dizendo pra não ir atras. Continuei na cozinha enquanto ele subia para buscar suas coisas. Minha mãe continuava na sala, parecia até parte dos móveis, de tão quieta que estava. De certa forma aquilo estava me incomodando.

   Continuei no mesmo lugar, olhando o nada e com aquela coisa estranha no peito, uma dor ou sei lá o que seja. Escutei Lucas descendo as escadas e falar com minha mãe

   — Dona Ana já estou indo, desculpa pela gritaria e pela preocupação de ontem e obrigado por me deixar ficar na sua casa esses dias. Foi um prazer revê-la.

   — Tchau Lucas.

   Ela se limitou a falar isso. Escutei a porta ser fechada e presumi que ele já havia ido. Levantei de onde estava e caminhei até o sofá onde minha mãe  está e sentei ao seu lado. Essa conversa hora ou outra iria acontecer, e eu preferia que fosse agora, preciso resolver todas essas merdas e dar um tempo. Essa definitivamente foi a semana mais louca da minha vida. Talvez ir visitar a vovó seja uma boa para esfriar a cabeça e pôr a casa em ordem.
   Pigarrei e comecei a falar

   — Então mãe, eu não sei o que você tá pensando mas eu não sei... — ela continuou em silêncio ainda sem me olhar — Porra mãe, da pra você falar alguma coisa, eu tô surtando.

   — Quem é Lenna?

   — Quem te falou sobre ela? Foi o escroto do Lucas — Ja Senti meu sangue ferver.

    — Adele me responde, eu preciso que você fale a verdade para mim — Seus olhos estavam marejados — Eu não vou te julgar, só me fala o que tá acontecendo filha, me deixa ver o que você tá  sentindo. — suspirei antes de responder

   — Lenna é minha professora de português no qual casualmente eu esto... Estava tendo... Digamos que algo a mais do que uma relação de professor e aluno. — Joguei tudo assim na lata, talvez ela possa me ajudar sei lá.

   Ela suspirou alto e baixou a cabeça negando levemente. Eu queria ter falado algo menos brutal, mas vai ver ser direta seja uma coisa que a faça entender minha condição.

   — Sua professora Adele? Você tem noção do problema que você tá se metendo? Qual a idade dessa mulher?

   — Aí mãe – bufei – Só aconteceu...

   — Saber que você iria gostar de meninas nunca foi um problema pra mim – ela respirou fundo e continuou – Quando você tinha 3 anos você meio que começou a gostar de uma coleguinha da sua escola, você sempre queria ficar com ela na escola, na verdade você só brincava com ela, era totalmente puro. Depois com 13 teve aquele menina que vivia na nossa casa – ela riu baixinho e concluiu – Aah Adele, aquela foi a deixa.

   Eu também ri baixinho escutando aquilo dela. Você passa sua vida toda tentando esconder quem você é com medo da reação de seus pais, para sua mãe vir e falar que já sabia desde seus 3 anos. Uma sensação de alívio e tensão ainda estava em mim, por algum motivo. Ela então continuou a falar

   — Eu esperei tanto tempo você me falar isso, eu queria que você tomasse a iniciativa, mas enfim... Se tem que ser assim é porque tem que ser. Agora filha a única coisa que eu posso te dizer é: da um tempo, pra esfriar a cabeça, não faz nem 2 semanas direito que estamos aqui e você já tá de caso com essa mulher. Mas agora me conte tudo o que aconteceu, por favor não minta para mim ou esconda alguma coisa, não fique com medo.

     ~

   Passamos o resto da tarde conversando, contei exatamente tudo o que havia acontecido, ela me deu algumas broncas quando falei do soco que dei no verme que tava incomodando Lenna. Ela me explicou o curativo na minha testa, alegando que as 4 da manhã Lucas ligou pra ela dizendo que eu havia desmaiado enquanto saia do hospital e que acabei batendo a cabeça no meio fio. Eu realmente não lembrava disso.

   Felizmente o médico me deu um atestado de 4 dias, significando que eu não iria pra escola está semana, e também que eu iria poder visitar minha avó.

   Nem me lembro a última vez que a vi pois nos moravamos em Lantana e ela em Miami. E já que agora estamos perto vou poder matar a saudade e ainda pensar um pouco em como sair dessa situação de merda com Lenna e Lucas.

   Domingo nem de longe era um dos meus dias favoritos, as coisas geralmente dão errado em domingos, pelo menos para mim. Mas este domingo em especial, após a ida de Lucas, tudo ficou tão agradável. Apenas eu e Dona Ana, fazendo coisas que mães e filhas geralmente fazem.


   ...

   Já na manhã de segunda, levantei em meu horário normal de aula, teria que deixar o atestado na escola e de lá seguiria para a casa de Clara, ou vovó como eu a chamava.

   Fiz minha higiene matinal, botei uma roupa “confortável", uma calça moletom preta apertadinha, uma camisa da mesma cor, os cabelos pressos num coque frouxo, e chinela da addidas. Busquei alguns assessórios do dia a dia, relógio, cordão, anel, óculos de sol entre outras coisas. Fui pro closet e peguei uma dúzia de roupas, pro dia a dia e para ocasiões especiais, Joguei de qualquer jeito numa mochila e procurei por minha jaqueta favorita...

   Minha jaqueta favorita, minha carteira, minha professora, minha doce e linda frustração. Mas deixando para lá um pouco essa coisa, e lembrando-se sempre de que SEMANA PARA RELAXAR E ESQUECER AS BADS. Foco Adele.

...

   Adentrei a escola e fui direto a sala do homem que me mostrou a minha sala no primeiro dia. Conversei com ele e  o entreguei meu atestado médico, o homem fez meio que uma cena desnecessária, perguntando o que havia acontecido e se eu sentia muita dor, e a caralha a quatro. Pedi permissão para ir falar com Harry na sala. Bati na porta e esperei o professor vir abrir para poder chamar o garoto, porém, entretanto, todavia, as duas primeiras aulas da segunda-feira são de ninguém mais, ninguém menos que Lenna.

   — O diabo anda em constante trabalho em minha vida — Pensei.

   — Em que posso ajudar senhorita Walsh? — ela perguntou

   — Gostaria de falar com o Harry, se possível, e também queria minha carteira que está no bolso daquela jaqueta, meus documentos todos estão dentro dela, se é que me entende...

   “ mantenha sua frieza Adele " eu repetia como um mantra no meu interior.

   — Oh sim, está no meu carro.. Vamos lá pegar e quando voltar você fala com seu amigo.

   Ela caminhou na minha frente apressada. Mas porra ela estava tão linda com um vestidinho azul até o joelho, cabelos soltos e um óculos de leitura. Linda.

   “ Okay garota, se concentra ADELE. CONCENTRA. om om om "

   O carro dela estava na mesma vaga em que nos “conhecemos". Lembrei daquele dia e ri baixinho. Ela entrou no carro sem cerimônia e ficou procurando no banco de trás do carro. Como eu tinha que falar algumas coisa, entrei no carro e sentei ao lado dela.

   — Olha, eu não te devo satisfações e você também não me deve, mas eu acho que devo deixar claro de que não tenho absolutamente nada com Lucas, ele é só um amigo e tava fora de si, por puro ciúmes. E outra, eu não transo com homens. — falei tudo num fôlego só, para ela não me interromper.

   — Tudo bem, acho que eu também te devo desculpas pela cena escrota... B-bom, aqui está suas coisas...

   Falou me estendendo a jaqueta e a camiseta que eu lhe dei naquela noite. Peguei apenas a carteira e disse:

   — Fica com elas, pra lembrar de mim.. — falei é sorri soltando uma piscadela para ela. Sai do carro e esperei por ela.

   Ela bufou dentro do carro e logo saiu também. Caminhamos para dentro da escola novamente. Chegando a sala ela entrou e logo depois Harry saiu de lá com um sorriso sacana.

   — Já comeu ? — ele falou

   — Seu idiota — falei dando um tapa em seu braço. — Agora sério, eu vim pra me despedir, vou passar a semana na casa da minha avó e queria falar contigo antes.

   — Onnnw, as vezes você é um amor de pessoa, sabia? Vou vigiar a sua mulher tá com okay.

   — Ha ha senhor. Enfim, a gente se fala mais tarde pra você me falar sobre seu dia.

   — Claro, sobre meu dia — ele falou sarcasticamente — Aliás, que porra é essa na tua cara

   — Ah, isso aqui — apontei para o curativo na testa — eu bati a cabeça no meio fio quando desmaiei por ter álcool demais no sangue, bobeira.

   — Quero saber essa história direito mais tarde dona Adele. Agora deixa eu assistir a aula da sua namoradinha.

   — Fala baixo Harry — o repreendi — seu louco, agora me dá cá um abraço, vou sentir sua falta.

   Ele me abraçou e logo depois entrou na sala de volta. Segui meu rumo a casa de vovó.
   Durante o caminho pensei nas garotas que eu havia “namorado". A Sam, meu primeiro crush e primeiro beijinho, na sexta série, em um daqueles jogos de verdade ou consequência. Impossível evitar sorrir ao lembrar do quão desajeitada nos éramos. Tudo era tão mais fácil, nos víamos na escola, e nos beijavamos escondido por causa do monitor. E agora eu to fudida da cabeça por causa da professora.

   Pelo menos agora eu posso ir na casa da Nona, lá é um bom lugar pra fugir de decisões ou qualquer outra coisa que me perturbe a cabeça.


Notas Finais


Xablau
Favoritem xerosos
Comentem tbm dlçs
Bjonegotchautchau 😘


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