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História ABC do Amor - Capítulo 1 - Conhecendo a outra


Escrita por: carolparis

Notas do Autor


Essa história é baseada em fatos reais, mas claro eu adaptei algumas coisas para o enredo do mesmo.
Conteúdo homossexual, se isso te perturba ou te ofende de algum jeito não leia.
A capa da fanfic é provisório, não achei os créditos das mesmas, mas caso saiba me avisa e o darei devidamente.
Os personagens dessa fanfic não me pertencem, todos os créditos são da ABC e de A&D (Odeio esses cara).

Capítulo 1 - Capítulo 1 - Conhecendo a outra


Fanfic / Fanfiction ABC do Amor - Capítulo 1 - Conhecendo a outra

Regina Mills, tinga 31 anos. Era a típica mãe super protetora.  Tudo relacionado ao seu pequeno Henry deveria ser impecável e sem erros. Daniel Colter, esposo e casado com a mulher a quase 10 anos era o pai e marido que qualquer um pediria a Deus. Um exemplo de homem para a sociedade, um pai presente e carinhoso, um marido fiel e amável e um homem honrado e justo. Regina havia tirado a sorte grande ao ter se casado com um “partidão”, como sua mãe, Cora Mills, o chamava.

O pequeno Henry Mills havia nascido com os traços de Regina, o desenho do nariz o queixo, a cor do cabelo, a única coisa que herdara do pai fora os olhos, azuis como o oceano. Naquele dia em especial, o pequeno herdeiro dos Mills fazia um ano e três meses de vida, e seria também o primeiro dia que Henry iria para a creche.

Regina não poderia negar, estava de coração partido. Mas sua licença de maternidade acabou, assim como suas férias que havia pego logo depois da licença por achar seu bebe ainda muito pequeno para ficar longe da mãe. Mas agora não tinha mais como adiar. Daniel trabalhava o dia todo em seu escritório de advocacia e Regina era uma das diretoras majoritárias da Mills Company, uma empresa hospitalar. O grande império dos Mills havia começado com o falecido Henry Mills, pai de Regina e a inspiração pela qual a morena havia colocado o nome de seu filho.

Com a morte do pai da morena toda a herança e foi dividido entre as duas filhas, Regina e Zelena Mills, e sua mãe Cora, que cuidava de tudo e de todos do mesmo jeito que Henry fazia. Zelena era uma irmã incrível, apoiava a morena em suas escolhas e lhe puxava a orelha sempre que precisava, era muito mais que apenas sua irmã, era sua melhor amiga.

Cora Mills, a famosa e temida Cora Mills, na verdade era uma doce mãe e a avó mais coruja que toda a família Mills conhecia. Dava a vida por Henry, mimava a criança de um jeito que deixava até mesmo Regina irritada.

Regina não podia negar, tinha uma família dos sonhos, sua vida poderia ser considerada perfeita, sua carreira e a de seu marido eram extremamente bem-sucedidas e seu filho, seu pequeno príncipe, era a criança mais linda e inteligente que conhecia. Mas mesmo assim, havia algumas noites em que sentia um vazio tão grande em seu coração que chegava a doer.

Todos as suas voltas diziam o quão sua vida parecia um conto de fadas, e que Regina era uma pessoa extremamente sortuda por tudo que tinha. Mas algo faltava, algo continuava vazio dentro dela. A empresária não saberia dizer o que era, talvez a falta de liberdade, tempo, o carinho que não tinha de seu pai desde que falecera. Talvez tudo isso junto. Mas faltava algo, poderia ser bobagem, sim. Mas o vazio continuava ali, noite após noite.

***

                Emma Swan 22 anos, estudante de pedagogia e estagiaria em uma creche. Emma cuidava de crianças entre 1 à 2 anos. Era apaixonada por eles, passava o dia na creche cuidando de 15 crianças dessa idade juntando dinheiro para pagar a faculdade.

                Emma não tinha pai, nem mãe. Bom na verdade ela tinha, todos temos, mas os pais de Emma a abandonaram quando ela ainda não sabia nem balbuciar gugu-dada na porta de um convento. A jovem Emma cresceu em meio a mulheres extremamente religiosas, mas carinhosas na mesma intensidade. Aos 17 anos quando Emma descobriu-se lésbica, as irmãs não a julgaram nem a condenaram como ela achara que aconteceria. Muito pelo contrário, elas a apoiaram, pagaram um acompanhamento psicológico para que a garota soubesse lidar com aquilo e mais futuramente conseguiram lhe um emprego e o mais importante, o ingresso em uma das melhoras faculdades do estado do Maine.

                Emma seria eternamente grata as irmãs que a acolherem e lhe criaram, e a uma em especial, a Irmã Mary, que lhe era como uma mãe até nos dias de hoje.  

                Aquela era mais um segunda-feira corrida para a loira, acorda no pequeno loft no centro da cidade que pagava com as horas extras que fazia trabalhando no Habbit Hole, um bar movimentado da cidade, pois todo o dinheiro que recebia trabalhando na creche da cidade ia direto para a faculdade.

                Emma levanta com sono e implora por mais cinco minutos de sono, mas se ficasse mais cinco minutos na cama não conseguiria tomar o café da manhã, ou fazer as atividades para as crianças na creche. Então vencida pela própria consciência Emma levanta, a noite passada no bar havia sido exaustivo. Trabalhará até as 3h da manhã, e acordará as 7e 30.

                Vai até o banheiro, faz sua higiene matinal e prepara um café bem forte, precisava disso para se manter acordada. Recorta algumas atividades que daria para as crianças fazerem hoje e vai se arrumar. Como todos os dias opta por vestir um Jeans apertado, de lavagem escura e acompanhado por uma bota marrom, uma regata preta e sua inseparável jaqueta de couro vermelha.

                Ventava forte na rua, então Emma colocou sobre seus cachos loiros uma touca, não poderia se dar ao luxo de ficar doente. A loira ia a pé até a creche no centro da cidade, não era muito longe e dava a chance para que Emma pudesse fazer um pouco de exercício. Chegará no trabalho as 8h da manhã em ponto, Belle, sua colega de trabalho e de faculdade já lhe esperava ali a algum tempo, recebendo as crianças. A sala onde Emma e Belle trabalhavam era extremamente enfeitada com adesivos e cartazes de todos os tipos de animais colados na parede, pendurado no teto também tinha o desenho de nuvens e estrelas que brilhavam quando as luzes eram apagadas. Sem contar na quantidade de brinquedos, desde musicais como mini violão, teclados até os típicos brinquedos como carrinhos e bonecas. Aquele lugar era realmente o céu para qualquer criança.

                Belle estava dando uma papinha para uma criança que chegara a pouco enquanto as outros brincavam no chão acolchoado com Emma, todos já engatinhavam, e alguns até já arriscavam alguns passos. Emma é interrompida de sua interação com as crianças por três batidas na porta.

                - Vou ver quem é – avisa Belle que concorda com a cabeça – Volto já.

                Ao abrir a porta Emma visualiza Ingrid Burke, a diretora da creche junto com uma mãe que nunca tinha visto antes com seu bebê nos braços.

                - Emma, está é Regina Mills – Ingrid diz e eu sorrio para a mulher morena estonteante em minha frente – e este pequenino aqui é o Henry, e hoje é o primeiro dia dele de creche – diz e minha atenção se volta para a criança, Henry era realmente uma criança extremamente fofa, tinha covinhas nas bochechas, um sorriso sapeca e os olhos azuis – Regina, esta é Emma Swan a professora do Henry. Vou deixa-las a sós para se conhecerem melhor.

                Assim que Ingrid segue seu caminho de volta para a diretoria eu volto minha atenção para o pequeno Henry.

                - Ei pequeninho, vem com a tia Emma, vem – digo estendendo os braços e a mãe do menino recua na defensiva. Eu passei muito por isso, mães inseguras com medo de deixar seus filhos com uma estranha – É Regina certo? – Pergunto e ela faz que sim com a cabeça – olha Regina tudo bem você ter medo, ele é seu filho e você nunca me viu na sua vida, mas esse é meu trabalho, cuidar desses pequenos. Então pode confiar.

                - Quantos anos você tem? Já é maior de idade? – Pergunta e eu rio.

                - Sim, tenho 22 anos.

                - Como posso ter certeza que meu bebê vai estar bem, eu...

                - Regina, eu e Belle, a outra professora dessa sala, cuidamos de 15 crianças e elas estão ali dentro brincando e se divertindo, se quiser pode entrar para ver, isso vai te deixar mais segura.

                Regina concorda com a ideia de Emma, a loira entra avisando Belle quem era a morena e o pequeno em seus braços. Henry fica extremamente eufórico no colo da mãe ao ver a quantidade de brinquedos que havia espalhado pelo chão.

                - Tudo bem, tudo bem, eu lhe deixo brincar – Regina se ajoelha com dificuldade por conta dos saltos e da roupa social que usava e coloca o pequeno no chão acolchoado que logo vai se arrastando para alcançar um brinquedo musical que imitava o som dos animais.

                - Viu – eu digo e a morena olha para mim – ele ficará bem, não se preocupe – Regina concorda e fica em pé. Me entrega a bolsa com itens que Henry precisaria até o fim do dia, explica toda a dieta alimentar do pequeno e diz que voltaria para busca-lo as cinco da tarde quando estivesse liberada do trabalho.

                - Até mais tarde então Senhora Mills, e não se preocupe. Henry está em boas mãos.

                Ao ouvir aquilo Regina segue seu caminho rumo a Mills Company, mas seu coração ficará ali na creche junto com Henry.

***

                Já em pouco tempo com o pequeno Henry Emma e Belle notaram que o pequeno estava um pouco atrasado para a sua idade. A maioria das crianças na idade de Henry já engatinhavam ou até mesmo arriscavam alguns paços. A grande maioria também já falava palavras soltas enquanto Henry apenas balbuciava coisas sem sentido.

                - Vamos meu amor, diga Emma – peço para que ela repita. Henry cai na gargalhada cada vez que eu falo meu nome – EM-MA – mais uma sessão de gargalhadas era dada, mas não havia jeito, Henry não repetia.

                O dia na creche Fairy Taile passou voando, Emma fez uma atividade com as crianças. Pintando suas mãozinhas de guache e colocando em uma cartolina, faria um mural para expor na parte da frente da creche. Além das atividades as crianças brincaram também num espaço coberto onde havia um túnel e alguns obstáculos que os ajudavam a ficar em pé e a ter mais equilíbrio.

                Henry não engatinhava, o que para a idade dele era preocupante, já era para estar arriscando alguns pequenos passos assim como as outras crianças, Emma teria que falar com a senhora Mills mais tarde sobre isso. Mas Emma via um grande potencial no pequeno, ele era muito inteligente. Brincava com blocos de construção do jeito certo e não os levando a boca, era carinhoso, com Emma, Belle e as outras crianças e tinha a risada mais fofa e gostosa do mundo. Sem sombras de dúvida, Henry já havia conquistado o coração de Emma Swan.

***

O dia na Mills havia demorado uma eternidade passar. Regina tivera que por em dia uma pilha de documentos que estavam atrasados e quando achou que finalmente tinha terminado Zelena chegou avisando que teriam uma reunião com os encarregados de cada setor da empresa.

Como em todas as reuniões, quem a conduziu foi Cora, a matriarca da família, mostrou os números que a Mills vinha fazendo no mercado de trabalho e dava orientação a cada um de seus empregados. Depois de uma vida inteira a reunião acaba e finalmente estou liberada. Vou para minha sala arrumar minhas coisas.

- Então como foi deixar o Henry no seu primeiro dia de creche? – Zelena pergunta entrando na minha sala sem ser anunciada.

- Horrível – diz e suspira – ele adorou ficar lá, claro. Estava cheio de brinquedos e crianças, mas eu – mais um suspiro – fiquei com o coração partido em ter que deixar meu menino com uma completa estranha.

- Você vai se acostumar – Cora diz também entrando na minha sala sem se anunciar – conheço Ingrid a diretora da creche, e sei que ela não contrataria ninguém irresponsável.

- É eu sei mamãe, mas aquela garota parece ser tão nova – digo ainda apreensiva – E Deus tem mais 15 crianças na sala de Henry, como elas dariam conta de tudo apenas em duas?

- Vai ficar tudo bem meu amor – Cora diz e beija a testa da mais nova – agora vá, vá buscar meu neto. Mais tarde passarei em sua casa para vê-lo.

- Até mais tarde então – Regina beija o rosto da sua mãe e acena para a irmã mais velha – xau Sis.

- Xau, manda um beijo para o meu pequeno – Zelena diz enquanto Regina saia da sala e ia rumo a creche buscar Henry.

***

Três batidas na porta da sala em que Emma trabalhava são dadas, Belle atende e atende Regina Mills, a mulher parece cansada ao extremo, mas sem perder a pose de superior que tinha.

- Só um minuto Senhora Mills, Emma já virá com Henry – a mais nova avisa voltando para dentro da sala enquanto a morena esperava por seu pequeno.

O pequeno Henry vinha no colo de Emma, aparentemente encantado com a orelha da loira e rindo de algo aleatório.

- A meu pequeno anjo, ai está você – Emma passa Henry para a mãe que o enche de beijinhos, a loira sorri com a cena, pensando como seria ter uma mãe? – Mamãe estava morrendo de saudades sabia, sim eu estava morrendo de saudades – diz com a voz um pouco mais fina que o normal para conversar com a criança.

- Aqui está a bolsa dele – Emma diz estendendo para que Regina pegasse – Henry teve um dia excelente, comeu bem, brincou bastante, dormiu ao meio dia. Sem sombras de dúvida foi um dia incrível – Emma fala e Regina sorri aliviada – Mas Senhora Mills eu não pude deixar de notar que Henry está um pouco atrasado para a idade dele – o sorriso no rosto da mais velha some.

- Atrasado? – a morena pergunta confusa.

- Sim, veja bem – Emma agora parecia um pouco nervosa por conta do olhar mortal que Regina lhe lançava – seu filho já tem 1 ano e 3 meses, nessa idade as crianças já engatinham e Henry apenas se arrasta pelo chão, algumas até mesmo já arriscam dar alguns passos. Sem contar que Henry não fala, o que é preocupante já que era para ele ao menos falar palavras pequenas como papai, mamãe, agua ou...

- Em-ma – Henry balbucia de um jeito enrolada e logo depois ri como se o nome da loira fosse a coisa mais engraçada do mundo.

- Isso Henry, isso querido. Em-ma – Repete com o sorriso de orelha a orelha que se desmancha ao ver a carranca de Regina.

- Henry é meu filho, e eu acho que está muito cedo para deixa-lo tanto tempo no chão, ele pode cair e se machucar – diz acusatória – E como você bem ouviu, Henry já fala sim, passar bem.

Regina sai andando com o bebe no colo que fica sorrindo para Emma até perde-la de vista. A morena não tinha como negar, ficara enciumada com a primeira palavra que Henry havia falado. Por dias ela e Daniel ficavam horas em cima da criança para que ele falasse papai ou mamãe ou qualquer outra coisa e nada saia. E velo chamar o nome da mulher que acabara de conhecer era frustrante.

Sem contar na raiva que sentira ao ouvir aquela jovenzinha insolente querendo ensina-la a como educar seu filho. Henry não estava atrasado, apenas era novo demais para sai por ai engatinhando e se aventurando, ele poderia se machucar e caso isso acontecesse Regina iria pirar.

***

Finalmente as seis horas chegará, Emma estava exausta. Caminha de volta até o loft, toma um banho e troca de roupa, seu dia ainda estava longe de terminar. Se arruma e vai para a faculdade, teria aula de psicologia infantil. Ao fim da aula passa em um café 24h perto do campus para comer alguma coisa, estava desde as duas horas da tarde sem comer nada e já eram 22h da noite. Emma volta para casa, deixa sua bolsa com o material da faculdade no sofá e corre de volta para o Habbit Hole, rezava para que aquela noite não aparecesse nenhum bêbado metido a pegador para lhe incomodar.


Notas Finais


Bom é isso, esse é o primeiro capítulo. Me deixem saber o que acharam se devo ou não continuar. Estarei postando a história no Nyah também caso alguém prefira acompanhar lá.


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