A vida de Emma Swan tornara-se mais doce desde o momento em que aceitara trabalhar para Cora Mills, Cora era um anjo, uma mãe que Emma nunca teve e que lhe tratava como parte da família em vez de uma empregada. Zelena também tinha tornando-se sua grande amiga. Emma acabara notando que os momentos ruins e difíceis em sua vida foram necessários para que coisas boas viessem a lhe acontecer. O pequeno Henry estava crescendo com graça e sabedoria, Regina continuava babona e super protetora, mas de uma maneira mais controlada segundo instruções de Emma, a professora do menino. Daniel passava poucos fins de semanas com a família por conta do “trabalho”, o que Emma não reclamava nem um pouco pois dava-lhe mais momentos íntimos com Regina.
Embora as coisas corressem bem por meses a mais nova sentia dentro de si que algo ruim estava prestes a acontecer. Emma e Regina ainda não haviam ultrapassado para o próximo nível, ainda não haviam se amado completamente, afinal Regina sempre recuava quando a mais nova tentava algo a mais.
Era sexta-feira à noite, chovia fraco na rua oque estremecia os ossos de Emma que estava apenas com sua inseparável jaqueta de couro preta voltando para casa de Cora depois da faculdade. Cora ainda se mostrava saldável, poucos eram os sinais que demonstravam sua doença e Emma agradecia internamente por aquilo.
Ao chegar na mansão de Cora vira as luzes da varanda acesas e já sentia o cheiro de carne. Subiu direto para o quarto que lhe fora dado, se secou e trocou de roupa, logo depois desceu para encontrar toda a família Mills reunida, TODA ela.
A beira da piscina que havia no fundo uma mesa estava posta com carne, macarrão de vários tipos e saladas. Cora brincava com Henry em seu colo, a típica vovó babona, Zelena conversava com Regina que tinha Daniel abraçando-lhe pelas costas. Emma fez careta para a cena, não conseguia evitar o desconforto e ciúmes.
- Boa noite – a loira diz baixo apenas para Cora que estava mais perto de onde estava.
- Oh Emma – Cora se levanta com Henry no colo que abre um sorrisão ao vê-la.
- Emma – o pequeno grita chamando a atenção de todos para a loira que havia recentemente chego no local.
Regina sorri quando seus olhos se encontram com os olhos verdes da loira, mas o sorriso se desfaz de seu rosto ao sentir o abraço de Daniel se apertando ainda mais de maneira possessiva e por notar a careta que a mais nova inevitavelmente fez ao presenciar a cena.
- Ola pequeno – A loira diz de maneira polida para o pequeno que se debatia no colo da avó querendo se jogar para Emma.
- Vem Emma, vem comer algo – Zelena convida mostrando a mesa farta que estava posta ali fora.
A loira engoliu em seco e negou, não conseguiria ficar ali presenciando os abraços e trocas de carinho entre Regina e Daniel.
- Eu agradeço – a loira diz simpática e Cora franze as sobrancelhas – estou com um pouco de dor de cabeça, se não se importar vou me recolher – falou diretamente para Cora que apenas concordou com a cabeça.
A loira deu um beijo na testa de Henry que ficara emburrado no colo da avó.
- Se precisar de algo, me avise – Cora deixara claro para a loira enquanto a mais nova voltava para dentro da casa novamente.
- Sogra, como pode confiar sua casa a alguém desse tipo? – Daniel perguntara fazendo com que Regina desvencilhasse os braços do marido de sua cintura.
- Emma é de minha total confiança Daniel – Cora diz despreocupada, não sabiam, mas a loira estava escutando da cozinha a conversa enquanto tomava um comprimido para dor.
- Regina coloque um pouco de juízo em sua mãe – o marido da morena pediu e Emma engoliu em seco esperando qual seria a resposta de Regina.
- Mamãe já é grandinha Daniel – a morena disse e Emma suspirou aliviada por um momento achara que a morena falaria mal dela para agradar o marido – preciso ir ao banheiro – a morena diz e a loira escuta o barulho da porta de vidro se abrir e fechar, espera na porta do banheiro para poder ver Regina pelo menos uma vez longe do marido.
- Oi – a loira diz assustando a mais velha.
- Deus, Emma – Regina leva a mão ao peito – que susto. Me desculpe por... – Emma apenas negou com a cabeça impedindo a mais velha de continuar a puxou pela cintura.
- Odiei ver ele abraçado a você – a loira reclama.
- Ele, querida, é meu marido – a morena fala.
- Que acha que sou uma aproveitadora...
- Emma, não – a morena tenta explicar.
- Por favor não o defenda – a loira pede e a prensa na parede – você esta linda – sussurra analisando a roupa que Regina usava, um vestido vermelho colado ao corpo que ia até a metade das suas coxas.
- Aqui não Emma – a morena tenta se desvencilhar, mas a mais nova a prensa ainda mais.
- Apenas um beijo de boa noite – pede com olhinhos de gato abandonado que derretem Regina.
O beijo lento e carregado de adrenalina por medo de serem descobertas tornasse quente e urgente. Emma desce os beijos para o pescoço da mais velha que fecha os olhos aproveitando a sensação. Logo sua mente a lembra de onde estavam.
- Emma para – tenta desvencilhar-se da loira empurrando de leve seus braços – para – pedi mais uma vez quase em um gemido.
- Mas que pouca vergonha é essa? – uma voz faz o corpo de ambas congelarem.
- Mãe – a voz sai engasgada da boca de Regina.
- Cora eu... – Emma tenta falar.
- É senhora Mills, para você garota – a mais velha pela primeira vez desde que conhecera Emma mostrasse indiferente – é melhor você ir se deitar, amanhã de manhã conversaremos. E você Regina, seu filho está chorando e seu marido sentindo sua falta, deve voltar para eles – diz brava de uma maneira que Emma nunca tinha visto antes, Regina apenas abaixa a cabeça e faz o que a mãe lhe instruiu como uma criança de sete anos.
- Cora, Hm... Senhora Mills, eu...
- Senhorita Swan, não – é curta e fria – eu disse que amanhã conversamos.
- Amanhã porquê? Está com pena de me pôr para rua a noite, mas não se preocupe – a loira diz esquentadinha e subindo os degraus de dois em dois, chegou no quarto pegou sua bolsa não muito grande e socou nela suas mudas de roupas – se der outro dia volto para buscar o resto, avisa ao ouvir Cora chegar a porta da escada.
- Senhorita Swan, por favor amanhã resolvemos isso – Cora pede, dessa vez aparentando preocupação.
- Obrigada pelos dias que trabalhei aqui, vou poupa-la do extress de ter que me demitir, estou indo embora.
- Embora para onde Emma – diz dessa vez visivelmente preocupada.
- Não se preocupe – põe a mochila nas costas e desce as escadas rápido, na ponta da escada estava Zelena, com o senho franzido.
- Vai onde? – Pergunta a ruiva.
- Xau Zelena – é tudo que Emma diz, vê de soslaio que Regina, Daniel e Henry continuavam na parte de trás da casa enquanto a loira saia apressada pela frente.
Passava da meia noite quando Emma cruzou o portão da mansão, não fazia ideia de para onde ir. As economias que tinha no bolso não eram muitas, mas dariam para pagar a hospedaria de uma noite em um hotel mediano. Pediu por um taxi que a levou para um hotel simples.
A noite acabara de uma maneira totalmente diferente do que Emma esperava, a segunda bomba havia explodido bem diante de seu rosto e a culpa fora totalmente sua. Deitada naquele quarto de hotel de segunda olhando para o teto que continha algumas teias de aranhas Emma deixara algumas lagrimas escorrerem por seu rosto. Cora era a mais próxima que chegara de uma figura materna e agora Emma perdera isso, perdera a aproximação de Regina, só esperava não perder mais nada.
Na mansão Mills, Regina, Daniel e Henry foram embora. Zelena estava parada em frente a suíte de sua mãe, ouvia os soluços que vinham de lá de dentro, batera algumas vezes na porta, mas não obteve resposta alguma então decidiu entrar assim mesmo.
- O que aconteceu mão? – Perguntando ao lado de sua mãe que estava deitada na cama com os olhos vermelhos pelo choro – porque está chorando e porque Emma saio sem dizer nada com uma mochila nas costas a essa hora?
- Ligue para ela querida – Cora pede – veja se ela está bem...
Zelena atende o pedido da mãe e liga para a loira o celular dela toca algumas vezes, mas não atende. Alguns segundos depois Emma envia uma mensagem.
“Estou bem Zelena, não se preocupe. Tenha uma boa noite. ”
Era tudo que continha na mensagem, a ruiva mostra o celular para a mãe acalmando-a.
- Me conta o que aconteceu – Zelena pedi mais uma vez.
- Emma se demitiu e foi embora – Cora diz sem olhar para a filha.
- Porque mamãe? – a mais velha apenas nega com a cabeça.
- Não importa – Cora diz – eu não devia ter tratado ela do jeito que tratei, estava errada – enxuga uma lagrima – Emma faz parte da família, certo?
- Sim, claro que sim – Zelena diz e abraça a mãe – ela está bem mamãe, não se preocupe e durma, amanhã nós a iremos a procurar e concertar as coisas.
Zelena acalmara Cora por hora, mas não compreendia que algumas coisas depois de bagunçadas, não tinham mais concerto.
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