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História Abismo - Capítulo Único


Escrita por: lostanny

Notas do Autor


Foi feita por causa de um pedido que recebi na Pormenores (faz tempo que eu não mexia nessa coletânea ou recebia pedido! q), então, apesar de ser um shipp que geralmente me afasto por não ter muita ideia, dei uma tentativa... e até que acabou saindo maior do que eu tava imaginando, ainda que o enredo seja bem simples. q

Espero que gostem :3

Capítulo 1 - Capítulo Único


No início eram seis, e então, enquanto cresciam, começaram a formar duplas. Primeiro foram aqueles de afinidade mais similar: Choromatsu e Osomatsu, dificilmente longe um do outro, por vezes preocupando Ichi e os outros três irmãos, pois os poderiam esquecer em algum momento em meio aqueles planos de tirar as pessoas do sério.

Contudo, aqueles dois sempre voltavam, para o alívio de Ichi e dos outros três.

Mas a divisão não tinha terminado naquela primeira. Então, foi Karamatsu e Todomatsu, porque alguém tinha que ficar de olho no mais novo, que hora ou outra se colocava a chorar por algum tipo de infortúnio que lhe acontecia. Dessa forma, Karamatsu não demorou a se aproximar mais do sexto irmão, também por uma afinidade encontrada.

Por último, Jyushimatsu se tornou o parceiro de brincadeiras de Ichimatsu.

Falando a verdade, pelo menos de início, não tinham formado aquele laço pela iniciativa deles de fato. Ichimatsu poderia não ter muita certeza do que o outro estaria pensando, na época não sabia se era por conta do próprio Jyushimatsu ou se era ele mesmo terrível em deduzir esse tipo de coisa. Mas parecia que, como o próprio Ichi, Jyushimatsu também não parecia gostar muito daquela “divisão” que acontecia.

E, nossa, se aquilo não fosse algo da sua cabeça, como o entendia! Aquele seis, mesmo que também pudesse se virar contra eles, parecia os proteger de todo o mal, uma identificação e segurança que não trocaria por nada, pois sem isso parecia que de repente o mundo parecia mais exigente do que poderia suportar.

Mas, o que fazer? Seguiram os dois, brincaram juntos, assim como os outros em suas próprias parcerias, cresceram. Estavam apenas ao lado um do outro porque “haviam sobrado”, mas Ichimatsu nunca quis encarar dessa forma.

Talvez, de princípio, porque não queria reconhecer esse evento. Não mesmo, uma vez que o fazia pensar que “havia sido deixado de lado pelos outros”, “não seria querido o suficiente para ser o primeiro escolhido”.

Felizmente, esses pensamentos diminuíram a força para que outros se sobrepusessem na cabeça: “Não era uma definição justa para a relação que eles tinham desenvolvido pelos anos”. Quer dizer, a presença daquele irmão mais novo em especial nunca o tinha incomodado de fato. Quem sabe por conta da aura positiva que o outro tinha nos bolsos, na expressão e tom de voz, que a cada dia parecia faltar ao próprio Ichimatsu.

Esse sossego permanecia, mesmo que Jyushimatsu ficasse cada vez mais excêntrico com o passar dos tempos. Não lhe incomodava o suficiente para ir crescendo, pouco a pouco, na consciência dele e Ichi querer abriga-lo em seus braços em dias de chuva, dias de sol, e dizer absurdidades nos ouvidos.

— Ichimatsu-nii-san. — Jyushimatsu chamou ele, fazendo um biquinho, as sobrancelhas franzindo de leve enquanto cutucava a bochecha dele com a manga do moletom amarelo. — Fale comigo! O que você gostaria de ganhar se eu ganhasse no pachinko?

Ichimatsu piscou algumas vezes, antes de dizer com os olhos um pouco arregalados:

 — Você ganhou no pachinko, Jyushimatsu?

— Não! Karamatsu-nii-san disse que eu poderia pegar um pouco se eu mantivesse segredo... ah! — Jyushimatsu disse, tampando a boca com a manga do moletom, olhos de gato surpreso, flagrando a própria traição.

O quarto irmão sorriu de canto. Pensou em falar alguma coisa sobre “algo com gatos” como presente, ou quem sabe propor a Jyushi para pegarem o dinheiro todo do segundo irmão ao invés e comprar algum lanche reforçado para eles mesmos. Mas pensou bem e viu que tinha uma brecha, de muitas que encontrava no dia a dia deles, e que geralmente não agia por muitos fatores. Contudo, viu que poderia arriscar naquele momento.

Pois eles estavam sozinhos, bem sozinhos, naquele dia. Devia ser seu dia de sorte ou azar dependendo da resposta do outro rapaz. Mas, de toda forma, mesmo tremendo um pouco, começou, incerto, porque, apesar de tudo, não era as notas de dinheiro que Ichimatsu mais apreciaria naquele momento:

— Jyushimatsu...

— S-Sim? — Jyushimatsu disse, inclinando a cabeça um pouco para o lado, aparentemente ainda um pouco abatido por não ter conseguido guardar segredo.

— Que tal... — Ichimatsu disse, sentindo-se suar da cabeça aos pés, o ritmo da respiração irregular, esfregando as mãos nas outras por nervoso. — Hum... você poderia fazer um bom uso desse dinheiro.

— Beisebol? Sushi? — Jyushimatsu disse, os olhos se iluminando.

— Qualquer coisa, o que quiser... É seu. O que eu queria mesmo era que você guardasse um segredo.

— Ah... — Jyushi disse meio decepcionado, mas provavelmente porque estava duvidando dele mesmo por conta da última traição.

— Você pode fazer as pazes com o Karamatsu se conseguir guardar o meu. — Ichimatsu propôs, apesar que a coragem que transmitia naquele sorriso mínimo ficava frágil.

— Sério? — Jyushi disse surpreso.

— Sim, então, escuta bem... eu não vou querer repetir. — Ichimatsu disse com cuidado, e, fechando os olhos com força, no tudo ou nada, como se estivesse prestes a se atirar em um abismo, rodeou lento, mas determinadamente, os braços pelos ombros de Jyushi.

A ideia maluca, absurda, que provavelmente lhe faria querer se jogar em um abismo depois, era que, já que estava sendo ousado, ia ser até o fim. Esperou a reação de Jyushi, mesmo sabendo que Jyushimatsu não era ele próprio que teria um susto ou outro pelo abraço de alguém tão repentinamente. Pelo menos, foi o que Ichimatsu pensou, porque Jyushimatsu parecia ter congelado no lugar e disse, em um tom meio incerto:

— Ichimatsu-nii-san? — Jyushi disse, o sorriso vacilando no rosto, a face vermelha.

Ah, Ichimatsu já estava querendo desistir ali mesmo, era humilhação suficiente que poderia suportar por uma semana.

— Hum, espera, espera!  — Jyushi disse, com a voz atrapalhada, segurando Ichi que estava começando a se afastar pela ansiedade estar muito alta. — Hum... O que você queria me contar, Ichimatsu-nii-san?

Ichimatsu ainda fez um esforço para se soltar, mas Jyushimatsu tinha a seu favor sua força sobre-humana. Com uma careta, acabou suspirando, perguntando-se porque tinha tido aquela ideia quando era tão covarde, quando um sinal negativo quebrava qualquer convicção.

— Não... não consigo dizer mais... esquece. — Ichimatsu disse com a voz meio estrangulada, o nervosismo tomando conta mais do que queria.

— Eu espero, Ichimatsu-nii-san, quando estiver melhor me avisa! — Jyushimatsu disse, com a voz animada, ainda que o rosto permanecesse meio vermelho.

Acabou que, em meio aquele tempo em que uma brisa tranquila soprava, e o sol não estava tão forte naquele telhado acolhedor, Ichimatsu acabou cochilando nos braços do irmão mais novo, deixando-se relaxar pouco a pouco, pelo batimento cardíaco de Jyushi ou uma conversa sem muita noção que o quinto irmão começava por conta própria para mudar de assunto.

Era ótimo que Ichimatsu estava tão próximo dele naqueles instantes, mais que o normal. Contudo, teria sido tão bom se Ichimatsu tivesse conseguido ver o rosto de Jyushimatsu ao invés de ouvir apenas a voz tremida!

O quinto irmão adoraria não ser obrigado a dizer o que estava lhe acontecendo, o rosto vermelho, e o nervosismo em querer saber o que Ichimatsu estava querendo lhe dizer, pois caso não fosse o que estava esperando, ia ter uma quebra naquele coração uma segunda vez, e não sabia se estava preparado para passar por uma nova experiência dessas.

Uma pena... uma oportunidade perdida para saber fosse lá o que fosse, mas caso ainda conseguisse receber o dinheiro que Karamatsu-nii-san havia lhe prometido, ia tentar fazer algo a respeito. Um anel seria demais?


Notas Finais


Até! (E, ah, reforçando que eu não tenho muitas ideias românticas para esse shipp, minha próxima tentativa pode demorar bem mais q)


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