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História Abra seu Coração para a Salvação! - Encontro com o Demônio


Escrita por: Twecker

Notas do Autor


Oi gente
Então, escrevi isso de uma ideia que me veio enquanto via fanarts desse AU maravilhoso. Sinceramente, obrigada Phone Destroyer por isso.
Acho que é a coisa mais "safada" que já fiz em toda minha vida, btw, mas esse au não é nada inocente.
Talvez vocês estranhem a caracterização do Tweek, mas tenham em mente que ele é um servo de Satan (não um incubus, não confundam)
Peguei na série Lúcifer, e no Show da Fé (sim)
Espero que gostem~

Capítulo 1 - Encontro com o Demônio


Fanfic / Fanfiction Abra seu Coração para a Salvação! - Encontro com o Demônio

— Abram seus corações para a salvação!

O Pastor Craig gritou no microfone, e sua voz anasalada ecoou pelas paredes douradas da igreja, dando início a mais um culto evangélico. Os irmãos presentes responderam a sua convocação com olhares respeitosos, algumas irmãs suspiraram observando os gestos longos daquele que dirigia o culto. Após a pequena bagunça, o pastor prosseguiu:

— Estão com suas bíblias? Temos uma passagem importante para hoje.

Os irmãos e irmãs ali presentes começaram a vasculhar suas bíblias, e encontraram a seguinte passagem, Craig também a leu em voz alta:

 

“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.”

 

Após a leitura, o pastor andou no altar enfrentando seus fiéis atenciosamente, ele teve uma conversa com seus seguidores sobre como somos partes da glória de Deus, e a maneira como Deus reuniu tantas pessoas naquele espaço, todas parte de sua glória. Quando acabou o monólogo, chamou um cantor da igreja e entoou juntamente a ele músicas sobre Deus ser o protetor de todos nós.

Então, passaram pra melhor parte: Chamou pessoas para contar suas histórias com o Senhor, e exorcizou um homem que supostamente tinha sido possuído.

Ou seja, tudo correu como a rotina que Craig levava normalmente.

No término de mais um culto, o jovem pastor sentia que havia cumprido seu dever, e enchido o coração daqueles irmãos e irmãs com esperança e fé. Claro que a maioria das possessões eram combinadas e as histórias inventadas, mas se isso fazia bem aos seus fiéis, então estava tudo bem.

O moreno já estava preparando suas coisas para ir embora, pois aquele era o último culto do dia, quando uma figura loira apareceu em sua sala.

— Pastor Craig! — Chamou ele, ainda parado ao lado da entrada. — Posso falar com o senhor?

Craig franziu as sobrancelhas. Era raro alguém que não fosse uma irmã pecadora ir em sua sala privada a esse horário, mas prometeu que sempre iria ajudar seus fiéis no que quer que fosse, na hora que fosse.

— Entre, irmão...? — Respondeu ele, ainda olhando para os papéis que estava organizando antes de ir embora.

— Butters, senhor. — Disse o recém-chegado. Craig lembrou de vê-lo em diversos cultos.

— O que o traz aqui? — Perguntou Craig, agora cruzando as mãos sobre a mesa e prestando atenção no loiro.

Sob o batente da porta, Butters parecia agitado e nervoso, ele olhava para os lados com as bochechas coradas, Craig achou que este fiel estava realmente necessitado de alguma benção.

— Conheço um homem que precisa muito da sua ajuda, pastor. Creio que a alma dele já esteja perdida, mas você podia ao menos tentar. — Contou Butters, enquanto brincava com os polegares.

— Não há uma alma no mundo que não possa ser salva pelo Senhor. —Disse Craig, agora determinado a ajudar esse homem mencionado por Butters, e é claro, ganhar um relato legítimo para seus cultos.

— Oh, não, o senhor só vai entender quando enfrentar a situação. — Disse o loiro, ainda nervoso e brincando com seus dedos.

— Então me mostre.

 

 

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

 

Butters levou Craig para a floresta próxima a cidade, e no caminho contou que havia encontrado aquele homem algumas semanas atrás, quando seu amigo Eric Cartman o fez andar pela mata por ter perdido uma aposta. Aparentemente, o homem a ser salvo vivia sozinho em uma cabana de madeira, tomava muito café e por incrível que pudesse parecer, era um cara muito legal, para Butters.

 

— Chegamos. — Anunciou Butters, apontando com a mão uma casa feita de madeira rústica, era pequena, e parecia ter sido feita com cuidado. Ao se aproximarem, Craig percebeu que havia musgo crescendo em todos os espaços entre as tábuas.

Butters girou a maçaneta e viu que a porta estava aberta, então gesticulou silenciosamente chamando Craig para entrar. Por dentro a casa era bastante escura, e o pastor procuraria um interruptor, mas não acreditava que houvesse qualquer forma de energia elétrica ali.

— Quem está aí? — Chamou uma voz agitada, com um fundo de raiva.

— Sou eu, Butters! — Craig viu a luz da lua bater no sorriso puro que se formava no rosto do loiro ao seu lado nesse momento.

— Oh, olá Butters, faz um tempo desde que não te vejo! — A voz agora ainda era agitada, mas sem o tom de raiva, havia um toque de cortesia.

Uma vela repentinamente piscou acesa em um candelabro, quem a acendeu, Craig não viu, mas pôde sob aquela luz dar uma observada na casa.

Ela era úmida, com musgos crescendo entre as tábuas como na parte de fora. Havia aparentemente dois quartos, uma cozinha e a sala aonde se encontravam agora. Nas paredes, vários livros se encontravam, e no chão, assim como na mesa de centro de madeira, algumas canecas vazias e uma cafeteira. A sala também possuía um sofá de couro preto, ao estilo antigo que rebrilhava com a luz bruxuleante, e foi ali que Butters se sentou, sorrindo calmamente.

Porém, o que mais chamava atenção na sala não era sua decoração que parecia ter saído de algum filme de terror antigo.

Na ponta do cômodo, se encontrava um homem loiro, com o cabelo espetado. Ele usava uma camisa verde mal abotoada e uma calça jeans surrada. Nos pés tinha um All Star preto e gasto. Isso seria absolutamente normal, se ele não estivesse flutuando próximo ao teto, com ajuda de suas grandes asas vermelhas que agitavam leve e lentamente, eram semelhantes a asas de morcego, e combinavam perfeitamente com seus chifres e cauda em formato de seta, que parecia não ficar quieta, como um gato observando desconfiado.

Craig não acreditou no que seus olhos viam.

Quando Butters lhe falou que provavelmente não tinha uma maneira da alma daquele homem ser salva, ele não sabia que o estado estava tão avançado. Craig se aproximou do demônio, tirou uma cruz dourada de seu bolso e a apontou para a criatura, sem dizer nada.

— Quem é esse? É seu amigo? — Perguntou o demônio com a sobrancelha erguida, se referindo a Craig.

— Acho que sim. — Respondeu Butters, observando a reação exagerada de Craig.

— A... a-abra seu coração para a salvação! — Bradou Craig, dando um passo à frente.

Ele fraquejou por um momento, mas se determinou em ajudar aquela alma já em um estado tão avançado de corrupção.

O demônio de início recuou um pouco, mas logo olhou para o pastor com um sorriso desafiador, interessado em ver até onde ele iria.

Em alguns minutos Craig tentou de tudo, água benta, versículos da bíblia do novo testamento, do velho testamento, orações em latim, tudo que ele lembrava, enquanto a criatura entediada puxou o celular do bolso, enviou mensagens, iniciou uma conversa paralela com Butters, como se não houvesse outro visitante no meio de sua sala, quando finalmente o pastor calou-se frustrado, aceitando que nada adiantou, os olhos do ser demoníaco brilharam de um canto da sala.

— Já acabou o seu showzinho? — Perguntou o demônio, com um sorriso sarcástico.

Craig ficou abismado, nada que ele sabia fazer parecia ter algum efeito naquele demônio, será que era muito poderoso ou algo assim?

— Eu sabia que ele não tinha salvação, mas obrigado por ao menos tentar, pastor. — Consolou Butters, se levantando do sofá e dando tapinhas amigáveis no ombro do moreno.

— Pastor? Ah, agora esse espetáculo todo faz sentido. — Refletiu o demônio, finalmente descendo do ar e pousando próximo à mesa de centro, dedos longos apanharam uma cafeteira servindo café em três canecas. Ele bebeu um pouco de uma delas e ofereceu as outras para Craig e Butters.

— Pode tomar, não tem nenhuma droga demoníaca ou coisa assim. — Ele disse, assim que Craig pegou a caneca.

O moreno ficou desconfiado, mas viu Butters bebendo o líquido preto tranquilamente e resolveu experimentar.

— Então, Butters, por que trouxe o pastor aqui? — Perguntou o demônio, novamente levantando o voo e sentando no ar, os observando de cima.

— Ah, Tweek, achei que talvez se um pastor bom como o Craig te ajudasse, você pudesse voltar a ser um humano. — Disse o pequeno loiro, largando sua caneca e brincando com seus polegares.

— Desde quando demônios tem nomes? — Perguntou Craig, franzindo as sobrancelhas, ainda bebendo seu café que, por algum motivo, ele tinha achado realmente bom.

— Desde sempre, eu diria. — Respondeu Tweek encarando o pastor, como se aquela fosse uma pergunta idiota. — E, Butters, eu nunca vou voltar a ser um humano, pois sequer já fui um.

— Como... você sempre foi um demônio? — Perguntou o pastor, agora levemente chocado.

— Por que a surpresa? Achou que nós fôssemos algo como espíritos que perseguem pessoas para possui-las? Nem ao menos fazemos isso, é uma perca de tempo. — Respondeu Tweek, já entediado com tamanha desinformação.

Aquilo era totalmente diferente do que o moreno havia aprendido em todos os anos estudando, mas provavelmente era uma das muitas mentiras que os servos de Satan lhe diriam para tentar seduzi-lo, e não se deu por vencido.

— Não acredito que sua alma não tenha salvação... Tweek. — Colocou Craig, determinado, se pondo de pé e aproximando-se do loiro. — Te convido para ir na igreja amanhã, no último culto do dia, Butters pode te levar.

— Posso sim! Se o Tweek aceitar, claro. — Concordou Butters.

— Eu vou, me interessei por você. — Disse Tweek, movendo-se no ar e se abaixando para olhar direto nos olhos de Craig.

— Se interessou pela minha fé e meus métodos de executá-la? — Ofereceu o pastor, com uma certa animação na voz, encarando o loiro nos olhos.

— Não, na verdade me interessei por você. — Ele deu ênfase na última parte, juntamente com um sorriso lascivo.

Craig sentiu suas bochechas esquentarem, sem entender a situação. Possivelmente era pelo calor que feras infernais possuíam em seus corpos.

Diferente de Craig, Butters entendeu perfeitamente o que havia acontecido ali e apenas murmurou.

— Oh, hamburgers!


Notas Finais


A fic vai ter quatro capítulos, e pretendo postar um por dia
To sem aula a três meses, então to com tempo pra escrever (sim, capt novo na fic principal tb)
Comentem!


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