1. Spirit Fanfics >
  2. Acaso ou destino? >
  3. Sociedade dos poetas mortos

História Acaso ou destino? - Sociedade dos poetas mortos


Escrita por: fictioneira2003

Capítulo 23 - Sociedade dos poetas mortos


Fanfic / Fanfiction Acaso ou destino? - Sociedade dos poetas mortos

 

- Senhora (s/n), seu sangue é O negativo, sendo assim é possível realizar a transfusão. Os dois são compatíveis, mas você precisa realizar ainda hoje a doação, se não Min corre perigo de piorar seu quadro até a madrugada de amanhã. Isso porque descobrimos que sua hemorragia não é apenas externa como pensávamos, e sim, interna também. O que piora em 1000 o caso dele. Bom a senhora pode acompanhar-me para recolher seu sangue?- A enfermeira disse com um rosto sério e severo, suas palavras me causaram espanto e medo. E se eu não fosse capaz de salvar Yoongi? E se o exame tivesse recusado meu sangue? Enfim, joguei esses pensamentos ruins para bem longe daquele hospital e apenas segui aquela moça. Pé ante pé. 

Entrei na sala, a enfermeira pediu que eu relaxasse e esperasse um tempo para que ela realizasse todo o processo, já que era caso de urgência e eu não estava completamente preparada para o procedimento. Dormi recostada em uma poltrona super confortável, onde tinha até opção de fazer massagem. Meu sono estava tão bom, mas passado um tempo fui acordada aos berros pela Enfermeira. A única coisa que fiz foi abrir meus olhos e fazer uma expressão de "você tá de brincadeira com minha cara né viada?".

- A senhora poderia fazer a gentileza de trocar de poltrona e ir até aquela, para que eu possa retirar seu sangue? - Apenas segui seus comandos e fui para a outra cadeira desconfortável. Aff

Putz. A enfermeira começou a esterilizar os materiais, e quando ela tirou a seringa da gaveta meu coração deu um salto. 

- Garota você não pode desmaiar, senão não será possível concluir o procedimento. O paciente não pode estar desacordado, já que isso pode acarretar problemas futuros para a senhora. - ela continuou passando outras instruções mas pude prestar atenção apenas nisso que foi dito.

Chegou a hora e eu comecei a suar desesperadamente, tentei não focar na agulha que seria enfiada dentro de mim. Respira (s/n) é por uma boa causa. Senti meus olhos pesarem e fui perdendo os sentidos aos poucos não pude resistir até que...

De repente Jimin empurra a porta do consultório com força, centraliza os olhos em mim e me beija. Um beijo intenso e bom. Para alguém que perdeu o BV a poucos dias, até que eu não estou mal. Ele se afasta e olha para a enfermeira louca de raiva do nosso lado. 

- Esse beijo foi para você não desmaiar e lembrar que eu sempre estarei aqui. - ele vira para a megera com o pé na cova que estava me atendendo e continua - Agora a senhora pode retirar todo o sangue necessário sem nenhuma interrupção a mais, te garanto que ela estará muito acordada. - finalizou com risinhos.

Após dizer isso, foi em direção à porta e sumiu com seu cabelo loiro (sim, ele pintou novamente) junto ao sol daquela tarde que invadia o recinto através da janela. Dito e feito, não desmaiei uma vez sequer, na verdade nem importei-me com aquela agulha violando todo o meu corpo, só fiquei pensando no beijo e o que aquilo significava. Alguma coisa estava errada não entendia. Dentro de mim passavam-se um misto de sensações estranhas das quais eu nunca tinha experimentado antes. E muito menos gostaria de experimentar.

Doei todo o sangue e a enfermeira disse que eu já poderia ir para a recepção esperar que Yoongi passasse pela operação, sai um pouco fraca da sala. Já que eu tinha doado quase um litro de sangue e não comia há um bom tempo, enquanto caminhava pelos corredores daquele hospital, que trazia ora alegria ora tristeza, passei pelo corredor de traumatologia. Eram casos e casos, haviam pessoas sendo operadas, chegando sem alguma parte do corpo ou toda destroçada. Vou para o cantos com o intuito de desviar das macas e pacientes. Quando bato a cabeça em uma placa de identificação do quarto. Viro delicadamente minha cabeça para ler o que estava escrito. 

"Paciente 2603 - Bong Su Doo. Renomada poeta e escritora" - Por curiosidade espio o feixe da porta e vejo aquela típica cena que a vida sempre reproduz. A mulher já idosa sangrando e o infernal piiiiii (interrupção dos batimentos cardíacos) anunciando que sua vida chegou ao fim. Só pude ver um jovem no qual parecia seu neto chorando do lado de sua cama. Não vi seu rosto, pois o garoto estava de costas para a porta. Seguida daquela cena, vieram um turbilhão de sensações que explodiram em minha mente e eu desmaiei na porta do quarto de uma mulher desconhecida no meio de uma ala lotada de gente. A última coisa que eu lembro foram as pessoas correndo para me socorrer, incluindo médicos e enfermeiras(os) e minhas últimas palavras foram: "Vivemos na sociedade dos poetas mortos". Meus olhos se fecham.

 

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...