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História Aceita um pouco de café? - Ayumi


Escrita por: tsuminiwa

Notas do Autor


OIIIIIIIIIIIIIIII
Eu sei que sumi, mas foi por uma boa causa: escola.

Olha, eu vou dizer que esse tempo que sumi, eu pude ter ideias incríveis para coisas na fanfic das quais eu não tive conexão desde o começo. Parece que essa fanfic vai ficar gigante, mas pelo menos tá tomando um bom rumo.

Eu peço desculpas porque queria que esse capítulo em especial fosse incrível e ótimo, mas têm alguns detalhes importantes para a fanfic. Então, talvez seja um pouco monótona, peço desculpas por isso.

Mas espero que gostem <3

Capítulo 3 - Ayumi


Fanfic / Fanfiction Aceita um pouco de café? - Ayumi

- Não sei se lembra de mim. Eu sou a Ayumi. – Ela foi interrompida pelo choro forte, porém ela tentou continuar – Eu lhe emprestei um vestido.
- Sim! Eu me lembro de você... Quer vir a minha casa tomar um café? Quero retribuir seu favor. 

Na verdade, nós não fomos para casa. As crianças me incentivaram em leva-los para um karaokê que ficava ali perto, com uma sala reservada só para nós. Não, como sempre, não protestei.

- Você tem que ser mais dura com eles. – Me veio à mente a fala de minha irmã, Joohyun, enquanto eu pagava pela sala.

As crianças correram na frente para a sala, Ayumi ficou preocupada e as seguiu com passos largos; e eu? Bom, eu as segui andando mesmo. Eu já havia me acostumado com toda aquela correria das crianças. E, sabe, são crianças normais, devem correr para coisas simples até que não seja mais socialmente aceitável ou que não aguentem mais.

Eu os vi no fim do corredor me esperando – porque eu estava com a chave, aposto que se algum dos dois estivesse com ela, eles já estariam cantando a décima música –, então apertei o passo.

- Anda logo, tia. – Os dois gritaram bravos
- Tá bom. – Eu corri um pouco para chegar até a porta mais rápido.
- Professora. O que houve? Você parece desanimada. – Ayumi falou enquanto eu tentava abrir a porta
- Só estou exausta mesmo... – Eu sorri tentando amenizar o que acabei de falar – É, eu não dormi direito e eu fiquei brincando com os meninos mais cedo. Eu já estou velha demais.
- Você só tem 29. Por favor. – Sunhyun disse correndo enquanto entrava na frente de todos

Só 29. Vinte e nove. 10 + 10 + 9. Quase 30.
Não, eu não estou tendo uma crise de quanto eu estou velha. Mas de quanto tempo se passou. E eu irei viver tanta coisa ainda. Na verdade, eu espero que sim...

E pensar que parece que foi ontem que eu estava no ensino médio, que eu tinha uma turma; no terceiro ano do ensino médio, a indecisão do que escolher como faculdade: “Como assim você quer ser professora se você é uma das piores alunas da escola?” o professor responsável por aconselhar alunos na decisão de qual profissão seguir, disse, indelicadamente; na faculdade, foi difícil, mas por ter morado em um dormitório com pessoas diferentes, a pressão era bem menor. E agora, aqui estou. Professora de geografia do Seungri High School.

Não sei dizer, apesar de ter resumido tudo em pensamentos, mas durante todo o processo normal de que o ser humano tem na sua vida, eu passei por tanta coisa. O que é normal de uma forma bizarra. E mesmo normal, é incomum, porque cada um tem sua forma diferente de atingir tudo isso. Ou às vezes, nem atinge.

É o que eu fico pensando sobre meus alunos.
Eles passam por coisas que eu passei, porém nunca é da mesma forma – e eu digo, ainda bem – e muita coisa que todos eles passam, eu não passei. E é bizarro como coisas simples mudam totalmente cada história escolar. Por exemplo, bem bobo: um aluno furou o seu tênis enquanto ia a pé para escola, ele chegou atrasado por causa do tênis, mas mesmo assim, recebeu um sermão de algum professor e acabou com a “imagem manchada” para todos os outros professores... Talvez, esse aluno tenha problema para passar de ano com algum professor que não entendeu muito bem o sistema de notas – notas devem ser dadas, não tiradas por qualquer motivo. Toda à história desse aluno por causa do tênis foi mudada.

Eu queria poder chegar a uma questão psicológica e como tudo isso afeta o rendimento escolar, como eu tenho um aluno que, em minha opinião, está passando por isso. Porém eu já sai da escola e tenho que me desligar, nem que seja 5 minutos daquele lugar. Minha conversa interna não irá ajudar, eu tenho que explicar isso tudo para o diretor.

- Amiga da tia, começa aí. – Sunhee pediu para Ayumi lhe entregando um microfone e me acordando para a atual realidade
- S-sim, sim.

Depois de dez ou nove músicas que cantamos, depois de dois refrigerantes que, cada uma das crianças tomou; depois de cinco latas de cerveja que Ayumi havia ingerido; depois de, dificilmente, ter engolido, em um gole, o energético horrível que comprei de tarde, que estava pela metade; Ayumi nos assustou com um “eu preciso lhe contar o motivo...” e continuou:
- Estou doente... Eu não sei o que é, mas sei que estou. Daqui a seis meses... Eu vou voltar para o Japão – Ela disse em meio à soluços e pausas longas e pensativas
- Os médicos daqui não são tão bons? – Sunhee se intrometeu
- Se algo acontecer, eu quero estar com os meus pais... Você entendeu, menininha?
- Continue o que estava falando, me perdoe por ela. – Disse olhando feio para Sunhee
- Hum... Eu irei perder tantas oportunidades de cobrir desfiles, ganhar roupas dos estilistas daqui para resenhar, terei que ir para uma subsidiária falida da Editora onde trabalho... Eu quero muito voltar para o Japão sim, sabe? Ficar com os meus pais, ver meus velhos amigos, me sentir mais em casa. Só que eu não quero ter que deixar a Coreia.
- Ah, lembra-se que é pouco tempo e você poderá voltar para cá quando melhorar... Se você vender sua casa, você sabe que pode ficar na casa da Joohyun ou na minha.
- Eu ficarei no Japão mesmo. Não irei morar em Tóquio se isso estender em vários anos, eu irei comprar uma casa no interior... Independentemente do que for, eles não irão me reencontrar na Editora HEE por ser tão concorrida. Eu irei para uma subsidiária coreana e entre ficar em uma coreana e uma japonesa: minha escolha é japonesa.
- Apesar de não ter dinheiro ou interesse suficiente para entender a moda que você cria suas matérias, eu leio sempre que posso as revistas que Joohyun compra por você ter escrito. E, bom, eu acredito no seu potencia de conquistar os estilistas e a população comum japonesa.
- A tia é uma pessoa radiante e otimista. – Sunhyun disse sorridente para Ayumi e continuou – Pode não acreditar, mas o otimismo é muito bom. Se ela te desejou isso, vai dar certo.

Eu amo tanto os meus sobrinhos.

- Obrigada, menininho. Tia dos menininhos, eu preciso te pedir algo.
- Pode pedir. – Disse sorridente
- Você pode voltar comigo? Não se preocupe. Eu irei pagar um ótimo salário, pagarei um professor de japonês particular partir de amanhã se aceitar. Você terá casa, roupas e plano de saúde.
- O que? Você está falando sério?
- Eu... Eu... Preciso de alguém de confiança que cuide das minhas agendas, principalmente, a médica... O ChungHo que lhe indicou. Ele disse que seria bom para você, que te ajudaria em “pensar grande e crescer” e que eu iria gostar de como você trabalha. Ele te encheu de elogios.

A partir daí, eu fiquei estática.

Então, eu entendi tudo.  Ele ainda estava com aquela ficção de que eu deveria pensar alto e crescer economicamente. Mas por quê? Eu não tenho mais nada com ele, nunca mais se quer vi ele. Só sei que quando estiver sozinha, irei ligar furiosa para ele.
- Julgando pela sua cara, ele não te fez bem algum em ter dito isso.
- Não, ele não fez. Acontece que “pensar grande e crescer” foi algo que ele me cobrou quando terminamos. – Disse travando o maxilar tentando não explodir ali e falar mal da geração passada e futura do ChungHo
- Eu-eu não sabia...
- Você não tem culpa disso mesmo. A culpa é toda dele.

Ayumi ainda parecia extremamente assustada com a minha reação, os soluços causados pela bebida que haviam desaparecido durante toda conversa vieram mais fortes. Depois de ter se acalmado, ela voltou a falar:
- O ChungHo ainda te ama. Ele só consegue falar em você, pensa sempre em você. E adivinha? Sempre que tem um encontro de jornalistas que ele encontra a Joohyun, ele se segura para não perguntar sobre você. Entretanto, me faz ir perguntar. Não sei se você acreditaria se eu dissesse isso, mas ele não é todo tipo de pessoa que joga indireta ou que se vinga. – Ela parou repentinamente e olhou para o chão. Falou ainda com o olhar fixo no chão – Se você for comigo, eu acho que ele pode te esquecer, sabe? Para ele, o Japão é em outro planeta.

Eu tentei digerir toda aquela informação que havia recebido calmamente, mas era como um barco tentando passar de qualquer forma pela minha boca. É difícil digerir algo que não se passou pelos dentes ainda. Então, eu tentei “mastigar” repetindo o que ela disse da forma que entendi.

- ChungHo é um obsessivo que quer que eu vá para “outro planeta” por não conseguir lidar com sua obsessão? É isso que você quis dizer com isso tudo?
- Não. Calma, Boah! Ele não é um monstro de sete cabeças. É só o ChungHo. Seu antigo ChungHo.
- Só o ChungHo que não teve coragem de terminar cara a cara e que pelo visto, não superou a separação que ele mesmo causou. Olha, Ayumi, eu gosto muito de você e eu fiquei muito feliz de ter te reencontrado depois de tanto tempo, não tenho nada contra você, porém contra o ChungHo... Por te admirar como pessoa e como jornalista, eu irei ligar para um táxi para te levar para casa, não irei xingar ele enquanto esperamos pelo seu táxi e vou pedir que, amanhã, conversemos sobre qualquer coisa, cogitar a possibilidade de eu aceitar essa proposta ou de encontrarmos alguém mais qualificado do que eu. Mas agora, eu só sei que se continuar falando aqui, eu irei explodir e serei presa por causar uma explosão.

Ela fez um “sim” com a cabeça assustada e se levantou pegando suas coisas.
- Não precisa ligar para um táxi, só ligue para esse número aqui – Ela me entregou um papel – E espere o carro chegar. E por favor, me perdoe.
- Não é culpa sua.   

Eu acordei com batidas fortes na porta, eu pensei “se você não fizer barulho, vão embora”. Pensei errado. As batidas se estenderam por cinco minutos e eu já não aguentava mais, então gritei:
- Quem é?
- Sou eu, Joohyun. – Então eu corri para abrir a porta 



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