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História Acima Das Estrelas - Décimo Passo - Fique!


Escrita por: HayleyHanazawa

Notas do Autor


Nesse cap. terá perspectiva de cada um deles. Revelações sobre passado e confusões sentimentais. Estejam preparados... Haverão muitas novidades... Ouçam Don't Go - Thunder

Capítulo 11 - Décimo Passo - Fique!


Fanfic / Fanfiction Acima Das Estrelas - Décimo Passo - Fique!

G.o Pov.on

Fazia quase dois meses desde o acidente. Todos nós estávamos diferentes. Eu podia dizer com convicção que estava vazio. Lembro perfeitamente quando os bombeiros foram fazer o resgate.

Flashback.on

Um homem avisou que haviam tirado uma pessoa do carro e essa estava morta. E do estado que o carro se encontrava ninguém poderia estar vivo. Meu coração parou naquele momento. Eu só pensava no meu pequeno anjo. Depois fui tomado por uma angústia tão destruidora que não soube o que fazer. Thunder permanecia ajoelhado no chão com os olhos vidrados no carro. Eu me ajoelhei aos seu lado e passei meu braço em sua volta. 

Ele é tão jovem para ter que passar por isso!

Seungho tentava se manter firme conversando com o pessoal do resgate e os policiais. Mas eu o conhecia bem, ele estava tão quebrado quanto nós. Eu vi ele limpando algumas lágrimas disfarçadamente. 

Joon chorava, mas estava sem expressões, estava em choque. Mir não sabia se enxugava suas lágrimas ou as de Joon.

Alguém gritou me chamando atenção.

- Há alguém vivo. - alguém avisou sorridente

Nunca fui alguém muito religioso, mas naquele momento pedi com todas as minhas forças que não fosse um sonho e ela estivesse bem. 

Thunder parou de respirar ao meu lado. 

- A garota, ela está viva. - O homem gritou contente

- Ela.. está... tá viva. - Thunder gaguejou

- Sim, está! - falei sorrindo entre as lágrimas.

Flashback.off

Lembro exatamente a esperança que me invadiu naquele momento.

Mas agora a situação mudou, estamos nos acabando aqui.

Violleta está em coma.

A cada maldito dia Thunder se culpa por não ter conseguido salvá-la. E isso acaba com ele. Tivemos uma pausa de duas semanas, mas depois voltamos. Precisávamos retomar nossas atividades. 

Ensaiávamos duro e depois íamos vê-la.

Thunder estava quase sempre lá. Ele não saia de perto dela. Ele recusou participar de um dorama, de programas de variedade de competições. 

Agora na terceira semana do segundo mês ele encenava perfeitamente em frente as câmeras. Eu me assustava no quão perfeitamente ele levava a situação nos lives e programas. Mas assim que as câmeras eram desligadas ele perdia seu sorriso, agradecia e ia embora.

- Estou indo vê-la. - Seungho avisou

- Também vou. - Mir falou com o olhar triste

- Vamos todos. - falei

Assim que chegamos no hospital vimos seu avô. Ele estava sempre por aqui gritando e brigando com os médicos e enfermeiros sobre não estarem fazendo o possível. 

Ele parecia acabado. Isso me deixa confuso.

- Alguma novidade? - Thunder perguntou a ele

Ele sacudiu a cabeça negativamente e sentou em uma cadeira do corredor. 

- Eu vou primeiro. - falei

Respirei fundo e entrei na sala. Havia novas flores e novos ursos.ia ao perceber que tudo estava em constante mudança, menos Violleta. 

- Olá. - falei me aproximando.

Ouvi o som fraco de sua respiração e me sentei ao seu lado.  

- Você precisa voltar, todos sentimos sua falta. Você nos deixou uma bagunça, sabe? Até seu avô está diferente.

Eu segurei sua mão e a beijei. 

- Volte para nós meu anjo. - sussurrei sentindo meu coração se apertar.

- Apenas volte. - minha voz fraquejou e algumas lágrimas escorreram em meu rosto. 

G.o Pov.off

Mir Pov. on

Eu estava assistindo meus hyungs desmoronarem e não podia fazer nada. Isso era frustrante e doloroso. 

G.o tentava confortar Thunder sempre que podia. Ele estava mais calado e desligado também

Joon entrou em um mundo só dele. Ele estava trabalhando feito um louco quase não ficava em casa. 

Seungho estava se comportando como um pai preocupado com seus filhos. Ele resolvia as burocracias do nosso trabalho e muitas outras coisa. Ele parecia carregar o mundo em suas costas.

Thunder tenta parecer bem 24 hrs por dia, mas todos sabemos que não é verdade. Ele não dorme, não come. Ele está irreconhecível. 

Eu não sabia como agir. Queria ajudar meus hyungs a superar. Mas era difícil superar alguém que está tão vivo quanto morto. É doloroso não poder chorar por sua morte e nem celebrar sua vida.Tudo se torna complicado. Também sinto sua falta.

Mir Pov.off

Thunder Pov. on

Tudo me lembrava dela!

Devo ter dito que estou bem milhões de vezes. Nenhuma delas é verdade.

Sinto sua falta!

Não sou mais o mesmo, eu sei.

Preciso dela aqui comigo.

Lembro quando chegamos ao hospital. Violleta havia ido em um helicóptero. Eu corri como um louco com o carro assim que cheguei recebi a notícia que ela estava em cirurgia. 

Nunca senti nada parecido. Medo, dor, saudade, angustia, preocupação ansiedade...
Era uma mistura de sentimentos que me fazia sentir como se eu fosse explodir. 

Eu andava de um lado para o outro enquanto esperava o término da cirurgia. 

Foram longas 5 horas. Era como se alguém me torturasse.

Um médico veio até nós e sua cara não era nada boa. 

- Ela já foi operada e sobreviveu. - ele anunciou 

Eu senti um alívio mas o aperto em meu peito ainda não havia cessado. Havia mais.

- Precisamos esperar 24 hrs para dar um diagnóstico preciso. Mas se ela não reagir nesse tempo ela entrará em coma. 

Senti o peso do mundo cair sobre mim, perdi a fala e esqueci como respirar. 

- Isso não pode acontecer. - falei para mim mesmo. 

E agora estou aqui, literalmente á espera de um milagre. 

Sonho todos os dias com seus olhos, seu sorriso coisas que não vejo faz muito tempo.

Eu sentia falta de tudo dela. Seu cheiro, seus cabelos, seu beijo, sua voz, sua risada, seu toque. Cada detalhe me acertava como uma pancada. 

Eu entrava naquele quarto e me enchia de expectativas, mas quando via seu rosto sem expressão e os aparelhos ligados a ela, tudo que havia de bom em mim era sugado. Isso se repetia a cada maldito dia. 

Eu nunca tive um longo diálogo com ela como os outros costumavam fazer. Simplesmente não consigo. Eu a abraço, beijo seu rosto repetidas vezes e sussurro que te amo e que sinto sua falta. Talvez se eu repetir sempre que sinto sua falta ela volte. Pode ser bobo, mas quando não há nenhuma esperança na qual se agarrar há duas opções:

1.Desistir 

2. Criar suas próprias teorias e se agarrar a elas tendo por consequência alguma esperança.

Escolhi inventar novas formas de me manter esperançoso. Isso me mantinha vivo.

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Estava de noite e tudo parecia frio e inquietante nesse lugar. VIolleta continuava imóvel em sua cama. Seu avô me deu permissão para ficar então eu sempre estava aqui.

Eu me lembrei de quando cantei para ela dormir. Ela havia gostado disso.

Não vá... Não me deixe
Eu não estou acostumado a viver um dia sem você
Eu continuo caindo sem você
Eu sou como uma árvore sem raízes

Volte...

Minha voz saiu um pouco estrangulada, e algumas lágrimas caíram durante o verso. 

- Volte. - repeti em um sussurro

Meu coração doía assim como todo meu corpo. 

Lhe dei um beijo na testa e me deitei no sofá ao lado. 

Eu estava correndo alegremente em uma campina com Violleta, haviam flores lindas e de diversas cores. VIolleta segurava minha mão com força como se o simples pensamento de soltá-la me lhe trouxesse dor. 

De repente o céu ficou escuro e as flores murcharam tudo que era belo e vívido agora estava sombrio e morto. 

- CheonDung! - ouvi um grito de uma voz conhecida. 

Violleta estava sendo arrastada para a escuridão. Eu corri, mas era como se eu não saísse do lugar. Quanto mais eu corria mais distante ela ficava. Meu peito se comprimiu e senti meu coração doer.

- Violleta! - Gritei.

Percebi que foi um sonho, eu ainda estava no hospital e Violleta ainda "dormia".

Eu me levantei e fui até ela. Acariciei seu rosto mais pálido e senti sua pele fria. 

Eu olhe o monitor cardíaco que apitava de forma muito devagar. Os batimentos de Violleta estavam fracos demais e diminuindo mais ainda. 

Eu apertei a campainha para que alguém viesse.

- Alguém, por favor! - eu gritei

Uma enfermeira entrou e se apavorou.

Ela saiu e voltou com um médico. 

- Traga o desfribilador rápido! - Ele gritou assim que viu o estado de Violleta.

- O que há errado? - perguntei desesperado

- Ela está tendo uma queda de pressão. Seu coração está parando. - ele explicou fazendo massagem cardíaca.

A enfermeira entrou e preparou o aparelho entregando ao Dr.

Eu estava em desespero. Não sabia o que fazer ali.

- 1, 2, 3. Afasta! - o médico gritava repetidas vezes enquanto tentava reanimá-la com o desfribilador.

E então o monitor cardíaco deu um apito longo estilhaçando meu coração em milhões de pedaços. 

- Sinto muito. - O Dr. falou

- O que? Não, não,não! Isso não está acontecendo. - gritei.

- Por favor, acalme-se! 

- Me acalmar o que? Ela.. Ela não pode!

Eu corri até ela e segurei seus ombros sacudindo-a. 

- Acorde agora! - eu repetia desesperado enquanto abalançava.

- Vamos, vamos, por favor, por favor! - eu implorei com os olhos embaçados comas lágrimas.

- Você não pode fazer isso comigo! - Eu berrei.

Eu segurei seu rosto com delicadeza e a beijei. Eu pressionei meus lábios contra os seus lábios de gelo. E ela continuou assim, como uma boneca de gelo. 

Eu abracei com força, como se minha vida dependesse disso. Eu não podia soltá-la.

Minha lágrimas eram como uma avalanche em meu rosto meu coração doía a cada batida.

- Por favor! - implorei em um sussurro.

Ouvi um ofego e estremeci. 

O médico me encarava com espanto e a enfermeira parecia apavorada. Eu olhei para Violleta e vi seu peito subir e descer devagar. 

Seus olhos se abriram e senti meu coração rasgar de felicidade.

Eu não podia acreditar nisso, ela estava bem. Ela estava de volta.

Eu a abracei com cuidado para não a machucar. 

Ela me encarou confusa e olhou em volta.

- Como se sente? - perguntei

- Não sei. - ela falou baixo ainda ajustando seus olhos a luz.

- Desculpe, mas precisamos examiná-la. Isso não acontece todos os dias. - o Dr falou ainda assustado.

- Claro. Façam o que deve ser feito. - falei a ele. 

Olhei para seu rosto confuso que me avaliava e senti um alívio sobre humano tomar conta de mim.

- Volto depois. - falei lhe dando um beijo na testa. 

Ela ficou assustada e imóvel, depois corou. Eu sorri e deixei o quarto.

Thunder Pov.Off

Seungho Pov.on

Eu estava deitado na minha cama pensando nos compromissos que tínhamos ao longo da semana.

Todos ainda estavam atordoados com essa situação, então eu precisava assumir meu papel de líder. Eles precisavam disso mais do que nunca. 

Minhas olheiras aumentaram, fazia tempo que não tinha uma boa noite de sono. Para falar a verdade desde o acidente não durmo mais que 3 horas por noite. 

Sinto falta dela, e estou preocupado com o curso das coisas. Todos estamos desanimados, mas CheonDung está nos deixando realmente preocupados. 

Ele recusou doramas, e também programas de variedade. Sandara ligava todos os dias para ele, e também para mim ou G.o. Ela estava preocupada com ele e não era para menos.

Lembro quando estávamos no hospital aguardando o término da cirurgia. 

Flashback.On

ChenDung andava de um lado para o outro e isso me deixava ainda mais impaciente. Eu pedi inúmeras vezes para que ele sentasse, mas ele me ignorou. 

G.o permanecia de olhos fechados e respiração controlada tentando se mantar calmo. Mir e Joon ainda estavam em choque. 

Quando o médico finalmente apareceu, não trouxe boas notícias. Se Violleta não reagisse dentro de 24hrs ela entraria em coma. 

Meu coração foi esmagado no peito. Ela precisa reagir!

Pedi para nos liberarem essa semana, e nossos empresários disseram que estaria tudo bem. 

O avô de Violleta passou por nós como um furação e olhou em volta.

- Onde ela está? - ele perguntou nervoso

- Ela acabou de sair da cirurgia. - respondi

- E ela está bem? - Ele perguntou se aproximando

Eu não consegui mais falar. Um nó de formou em minha garganta e eu travei. Sun Hee Wook empalideceu e olhou para cada um de nós. 

- O que houve? - ele perguntou assustado

- A cirurgia foi bem, mas se ela não reagir dentro de 24 hrs, entrará em coma. - Joon respondeu frio encarando um pondo vazio.

- Não, não pode ser! - ele disse em tom de desespero e correu sem rumo.

Nós esperávamos ansiosamente Violleta abrir os olhos. Eu estava assustado, mas precisava me manter firme para dar apoio aos outros.

Uma enfermeira deixou que entrássemos um por vez. CheonDung foi o primeiro. Eu estava na porta para me assegurar que CheonDung ficaria bem. 

- Eu.. eu sinto ttanto! - ele sussurrou coma voz tremula

Abri a porta um pouco e espiei.

Ele segurava a mão dela entre as suas e chorava. CheonDung acariciou seu rosto e beijou sua testa.

Ele beijou seu rosto repetidas vezes com carinho depois beijou suas mãos. 

- Você precisa acordar. - ele falou em tom de aviso beirando ao desespero

- Vamos, abra os olhos, eu estou aqui esperando por você. - ele sussurrou

Ele respirou pesadamente e a abraçou.

- Eu te amo tanto! - ele disse ainda abraçando cuidadosamente o corpo fraco de Violleta.

Ele estava despedaçado. 

- Você tem que voltar para mim. Sinto sua falta! - ele repetiu antes de se virar para sair. 

Eu encostei na parede e respirei fundo. CheonDung saiu sem olhar para trás.

Eu entrei no quarto e olhei para seu rosto sem expressões.

- Ele tem razão. Você precisa voltar. - falei me aproximando

- Ele precisa de você. - afirmei

- Eu preciso de você. - sussurrei.

- Não sou bom com as palavras, só sei que não será o mesmo sem você. 

- Há muita coisa que eu preciso falar para você. Então apenas volte. - falei acariciando seu rosto.

Em um impulso eu a beijei. Foi um beijo rápido, mas ali havia muito mais do que eu poderia mostrar com palavras.

Flashback.Off

Só com aquela lembrança meu coração batia forte. Toquei meus lábios e uma lagrima rolou em meu rosto. 

Seungho Pov.off

Joon Pov.on

Eu estava decorando minhas falas para o filme que participaria quando meu telefone tocou. 

Era Thunder!

- Thunder, você sabe que horas são? - perguntei indignado.

Depois me bateu o arrependimento, poderia ser algo sobre Violleta.

- Aconteceu alguma coisa com Violleta? - ele perguntou preocupado

- Hyung, reúna todo mundo e venham ao hospital. - Ele falou e desligou

Eu entrei em pânico. Vesti um casaco e chamei os outros.

- Thunder pediu para irmos ao hospital. - falei nervoso

- Aconteceu alguma coisa? -G.o perguntou a beira de um ataque de nervos.

- Thunder não disse. 

Todos se trocaram o mais rápido possível e fomos para o hospital.

Thunder mantinha um expressão ilegível no rosto e isso me preocupou. 

- O que houve CheonDung? - G.o perguntou assustado

- Ela acordou. - ele falou calmo.

Todos ficaram mudos apenas encarando CheonDung

- Como é? -  perguntei

- Ela acordou Hyung! Ela acordou. - Ele respondeu eufórico

- Wow! Não acredito! - G.o gritou contente o abraçando

Todos comemoravam felizes e eu nunca me senti tão bem antes. 

 Como aconteceu? Ela simplesmente abriu os olhos? - Mir perguntou curioso

Thunder contou tudo e eu me segurei.Ele disse que a beijou e eu queria matá-lo. Sei que ele é o namorado dela, mas não adianta dizer isso para meu coração. 

- Parece aqueles filmes sabe? Que a mocinha desperta como mágica com o beijo do príncipe. - Mir comentou brincalhão. 

Fechei minhas mãos em punhos e tentei me controlar.

Eu me sentei em uma cadeira no corredor e contei os segundos impaciente para vê-la.

O avô de Violleta apareceu apressando.

Ele havia dado carta branca a Thunder e isso me incomodou. Eu queria ficar com ela. Eu! 

Ele não era o dono dela. Todos os dias quando vinha visitá-la ele estava lá ao lado dela. Como um dono segurando seu cão na coleira. Aquilo me irritava. 

Comecei a trabalhar feito um louco, precisava manter minha mente ocupada ou faria um grande cena de luta com CheonDung.

Eu estava mal e apenas ela era capaz de me curar. Eu sabia disso à algum tempo. Ele sempre me acalmava, apenas o som da sua voz era como morfina para mim. Eu ansiava por ela a cada segundo, mas precisava me conter.

Pelo menos por enquanto... 

Joon Pov.off

Thunder Pov.On

Sun Hee Wook apareceu com uma expressão confusa e desesperada do rosto e veio até mim.

- É verdade o que me disseram? Ela realmente acordou? - ele perguntou incrédulo.

- Sim. - eu disse com um sorriso. 

- Que alívio! - ele disse respirando fundo e se sentando ao meu lado.

Eu vi um pequeno sorriso se formar em seu rosto.

Era como se ele tivesse perdido a prática, seu sorriso era trêmulo.

Depois de inúmeras conversas que tive com ele eu quase o respeitava. 

Flashback.on

Eu estava dormindo no sofá do quarto de Violleta quando ouvi um barulho. 

Abri meus olhos devagar ajustando-os á luz e me levantei. 

A cena que vi foi inacreditável. Eu nunca poderia sonhar em ver algo assim.

O todo poderoso Sun Hee Wook estava de joelhos perto da cama de Viollete aos prantos segurando a mão dela.

Eu me levantei e caminhei até ele.

Coloquei a mão em seu ombro para lhe dar apoio e ele se assustou um pouco.

- Desculpe, não queria acordá-lo.- Ele disse se levantando e secando suas lágrimas. 

- Tudo bem. 

Ele olhou para sua neta e respirou fundo.

- Obrigada por cuidar dela. Tanto antes quanto agora. - ele falou

Eu assenti.

Ele a olhava com dor em seus olhos. E isso me deixou curioso e preocupado.

- E pensar que a ultima coisa que ela me disse foi que me odiava. - ele lamentou

- Mas também não é como se eu não merecesse. - ele completou

- Desculpe senhor, mas não compreendo o senho. Achei que não gostasse dela. - disse sem consegui me conter

Ele suspirou e olhou para Violleta parecendo viajar para um mundo só seu.

- O problema é bem maior do que pensam, mas agora que Sung Keum está morto tudo poderá ser esclarecido. 

- Tudo começou com a morte de minha mulher. Todos disseram que foi um assalto. Eu era cego na época e acreditei. Acontece que pouco tempo depois a minha empresa começou a perder fornecedores e investidores, e por consequência começou a afundar. Meu único sócio e amigo naquele momento era o pai de Sung Keum. Ele sempre dizia que daríamos um jeito e eu confiava nele.  Eu decidi doar tudo que era dela, assim haveriam partes dela espalhadas pelo mundo. Ela estaria sempre viva em algum lugar. Certo dia eu estava em casa abri uma pequena gaveta de joias da minha falecia esposa. A gaveta parecia emperrada então eu a puxei com força. A gaveta saiu completamente em minha mão e alguns papéis caíram no chão. - ele fez uma pausa e respirou fundo.

- Sabe o que eram aqueles papeis meu jovem? - ele me perguntou com pesar.

Eu sacudi a cabeça negativamente e esperei que terminasse.

- Aquelas eram provas que minha esposa reuniu contra Sung JunHyun, o pai de Sung Keum. Ele estava desviando meu dinheiro para sua empresa fantasma e depois roubando meus fornecedores e investidores. Eu não perdi tempo e me encontrei com ele para esclarecer a situação. Ele nem ao menos negou. Ele riu da minha cara e disse: "Ela era esperta demais, sabe? Mais esperta que você. Eu soube logo de cara que não conseguiria enganá-la,mas você sempre foi bobo demais para ouvir sua mulher. ".

Ele respirou fundo e continuou

- Eu não estava acreditando no que estava ouvindo. Então foi ai que comecei a ligar os pontos. Ele mandou matá-la. E assim que perguntei ele sorriu com deboche e disse: "Então prove!"  Ele me desafiou. Eu procurei a polícia,mas nada pode ser feito. Eles investigaram Sung JunHyun, os investidores e fornecedores voltaram e fui indenizado, mas minha esposa ainda estava morta e não pude provar que ele a matou. Em uma noite eu bebi e fui até a casa de Sung JunHyun. Lembro se seu deboche, sua risada imunda e ele dizendo o quanto minha esposa implorou para ficar viva. Eu atirei nele. - ele parou e se sentou

- Depois disso achei que tinha acabado, mas se tornou uma bola de neve. A esposa dela mandou matar meu filho e sua família. Eu entrei em desespero. Assim que cheguei soube que ela estava viva. Minha unica família. Prometi a mim mesmo que faria de tudo para mantê-la segura. Principalmente depois de descobrir que a mãe de Sung Keum foi quem mandou matar meu filho e sua família. 

Sung Keum parecia diferente. 

- Ela sempre foi teimosa e queria ficar perto de mim, mas ela não podia. Eu tinha medo que algo acontecesse a ela por minha causa. E tinha mais um problema. - ele falou triste e fez uma pausa.

- Eu não consegui olhar para ela sem que a culpa me rasgasse por dentro. Então decidi fazer com que ela me odiasse. Isso se tornou confortável para mim, e eu sentia cada vez menos dor. Eu a fazia sofrer para aliviar minha própria dor e culpa. Isso é doentio eu sei. Agora eu entendo. Sung Keum surgiu de repente querendo se associar a mim, mas eu já entendi seu jogo logo de início. Ele queria um casamento arranjado com minha neta. Cedi a seu jogo, por que queria vingança e porque achava que tinha tudo sobre controle. - ele disse com pesar.

- Mas tudo começou a sair de seu curso e isso era perigo. Percebi que se Sung Keum intervisse na vida pessoal de Violleta seria de forma é drástica. Então fui até o apartamento de vocês. Precisava assustá-los, para afastá-los do perigo e sabia que ela também corria perigo se continuasse desafiando Sung Keum. Então decidi escondê-la,mas Sung Keum a encontrou. A nossa sorte foi vocês serem teimosos e a encontrarem. - ele disse a ultima parte com um  meio sorriso. 

- Sarah, me contou tudo o que aconteceu. Eu queria acabar com ele, mas isso nunca teria fim. Precisava reunir provas, mas precisava que Violleta estivesse com ele. No final eu não consegui nada do que queria e ai está minha neta. 

- O acidente serviu para abrir meus olhos. Eu estava errado. Eu estou arrependido. Só quero que ela acorde. Mais nada! Quero que ela fique bem. Mesmo que ela me odeie eu vou estar bem se ela estiver bem. Sinto muito por causar isso a vocês. - ele disse com pesar

Sun Hee Wook viajou o mundo na busca de especialistas médicos que pudessem ajudar. Ele não descansou um segundo se quer. Eu podia ver seu arrependimento e culpa.

Flashback.Off

- Ela está dormindo. Há muitas coisa para ela absorver. - O médico falou na porta do quarto dela.

- Mas ela está realmente bem. - ele falou olhando o prontuário em sua mão

- Graças a Deus! - Sun Hee Wook falou

O médico pigarreou e guardou sua caneta no bolso.

- Mesmo ela estando bem, acho bom que fique mais três dias. - O Dr. avisou

- Claro Dr. faça como achar melhor. - Sun Hee Wook falou

- Agora que ela está bem,aconselho todos vocês a irem para casa descansar e voltar amanhã de manhã. - ele aconselhou 

Nós seguimos seu conselho e fomos para casa. 

Meu coração acelerava só de pensar que poderia vê-la amanhã novamente. 

Minha ansiedade era tanta que nem dormi direito. Queria vê-la, abraçá-la, beijá-la. Não conseguiria me conter. Finalmente tudo se acertaria. 

Meu despertador tocou e eu confesso que nunca senti tanto apresso por aquele barulho logo pela manhã.

Me levantei e tomei um longo banho. Arrumei meu cabelo e fui escolher uma roupa. Queria estar bonito para ela. 

Vesti uma calça jeans escura, uma blusa branca e uma jaqueta de couro preta. 

Saí do quarto e vi todos conversando alegres enquanto tomavam café.

- Está bonito, hã! - Mir comentou dando um risinho

- Assim Violleta vai ter um mini ataque. - G.o brincou

- WoW! Nem brinque com isso Hyung. - falei escondendo meu nervosismo

Joon mantinha uma expressão indiferente o rosto e Seungho parecia contente porém cansado. 

Tomei meu café rápido estava ansioso.

- Vou passar em um lugar antes, então vou no meu quarto. 

Sai cantarolando pelo prédio. Peguei meu carro e fui até uma loja. Comprei um grande urso de pelúcia e uma caixa de bombons. Depois parei em uma floricultura e comprei um buquê de rosas brancas e vermelhas.

Chegando no hospital corri para o quarto dela. ouvi risadas e depois de duas batidas entrei. 

Ela me olhou ainda sorrindo e eu fui até ela.

- Trouxe para você. - falei lhe entregando os presentes.

- Obrigada, é muita gentileza sua. - ela respondeu

Eu a abracei forte. 

Algo mudou.

Violleta me empurrou e eu fiquei confuso.

- Você está bem Violleta? - perguntei

Ela assentiu me avaliando.

- Quem é você? 


Notas Finais


Espero que tenha gostado. ;) Bjs


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