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História Acima Das Estrelas - Décimo Segundo Passo - Confie em mim!


Escrita por: HayleyHanazawa

Notas do Autor


Desculpe a demora, mas ta cada vez mais difícil postar... Conto com a paciência de vocês, e prometo tentar não demorar muito!

Capítulo 13 - Décimo Segundo Passo - Confie em mim!


Fanfic / Fanfiction Acima Das Estrelas - Décimo Segundo Passo - Confie em mim!

Violleta Pov.on

Thunder ficou chocado ao me ver e eu estava me sentindo levemente estranha.

- Violleta? Está tudo bem? - ele perguntou preocupado.

- Sim, é apenas uma sensação de Déjàvu.

Thunder me encarou espantado ficou imóvel.

- O que foi? - perguntei confusa

- Você disse sensação de Déjàvu? Thunder perguntou ainda assustado

- Sim.

Thunder abriu um sorriso largo e eu me senti confusa.

- Aqui foi onde nos encontramos pela primeira vez. - ele explicou contente

Eu olhei em volta e duvidei de sua palavras.

- Vem. - ele falou me puxando

Ele me fez sentar ao seu lado no piano e pediu que eu tocasse.

Olhei as teclas do piano como se fossem minhas inimigas. Não tinha boas lembranças com pianos. Apenas uma vasta linha de dor e sofrimento.

- Por favor, toque! - Thunder sussurrou

Sua proximidade me deixou nervosa e seu olhar me tirou o foco.

Eu apenas assenti e comecei a dedilhar algumas notas.

Logo a melodia amarga começou a soar. Aquilo me machucava, mas também era como um desabafo.

Algumas coisas piscaram em minha mente, foi muito rápido. Cada imagem era cortante. Minha cabeça doía.

Eu parei de tocar e me senti confusa.

- Está tudo bem? - Thunder perguntou preocupado.

Eu sacudi minha cabeça para afastar aquela sensação ruim e o encarei.

- Não sei me sinto estranha. Minha cabeça está uma bagunça.

Achei ter visto alguém conhecido pelo reflexo da vitrine, mas quando me virei não havia ninguém.

Thunder me encarou surpreso.

Minha cabeça doía um pouco.

- Podemos sair daqui? - pedi

- Tudo bem. - ele falou parecendo um pouco desapontado.

- Quer almoçar comigo? - ele perguntou

- Sim.

Olhei para a porta e achei ter visto alguém novamente. 

- Vamos? - ele perguntou me encarando.

Eu assenti e levantei.

Ele me levou a um restaurante aconchegante um pouco afastado do centro
da cidade.

- Como foi parar naquela loja de musica? - ele perguntou intrigado

Eu engoli seco e tomei coragem.

- Eu estava te procurando. - falei um pouco sem jeito.

Ele me encarou surpreso.

- Por que?

- Eu queria pedir desculpas pela forma que venho me comportando com
você. - disse envergonhada.

Ele deu um meio sorriso e assentiu.

- G.o me contou que você me salvou, não ele.

- Então por isso está pedindo desculpas? Está com peso na consciência? - Thunder perguntou chateado.

Eu realmente não sabia como me sentia sobre isso, mas sabia que estava
agindo mal com ele.

- Não precisa responder. Apenas diga o que sente eu sou grande o suficiente para aguentar. - ele falou amargo

- Você não está facilitando nada.

Ele me encarou parecendo chateado e se aproximou sobre a mesa.

- Quando acordei você tinha sumido e deixado apenas um misero bilhete. - ele sussurrou amargo.

- Sabe quantas vezes eu perdi você? Sabe quantas noites eu fiquei em claro por você? Sabe o quanto doí você não lembrar de mim? Está difícil para mim também! - sua voz era controlada, mas seu olhar era desesperado e angustiado.

Nosso almoço chegou e Thunder ficou calado. Ele comia e me observava. Me senti mal e perdi a fome. Eu errei mais uma vez.

Depois de terminarmos ele pagou a conta e me puxou com ele.

- Onde vamos? - perguntei

- Vou te levar para casa. Infelizmente tenho um compromisso agora.

Ele me colocou no carro sem dar uma palavra.

Ele se aproximou para colocar meu cinto e senti meu cada pelo do meu corpo se arrepiar. Ele olhou em meus olhos e sorriu.

No momento que ele fechou minha porta e caminhou até seu lado eu respirei fundo tentando controlar meu nervosismo.

A volta para casa foi silenciosa, mas tranquila. Assim que cheguei vi Joon parado na minha porta. Ele encarou Thunder de cara feia e veio até mim.

- Onde estavam? - Ele perguntou

- Levei Violleta para almoçar comigo, por quê? - Thunder falou de forma não muito amigável.

Joon fez uma cara feia e não respondeu.

- Preciso ir agora. Cuidado com quem anda. - Thunder falou se despedindo de mim.

- Aish! - Joon falou frustrado. 

- Vamos entrar. - falei a ele.

- Eu ia te chamar para almoçar, mas parece que chegue tarde. - ele resmungou.

- Desculpe. Quer comer alguma coisa? - perguntei

- Você cozinharia para mim? - ele perguntou como uma criança abandonada

- Claro. 

Ele me ajudou contente e comeu entre suspiros e sorrisos.

Joon ficava feliz com gestos tão pequenos...

- Por que saiu do apartamento? - ele perguntou

- Estava me sentindo encurralada. Não podia mais ficar lá. Fora que você e Thunder sempre discutem. Não gosto de brigas. - expliquei

Joon pegou minha mão e me levou até o sofá. 

- Eu entendo. Me desculpe. - Ele falou abraçado a mim. 

Eu assenti e percebi que aquela proximidade não era segura. 

Me afastei um pouco e vi seu olhar profundo sobre mim. Ele se aproximou ainda mais no sofá me fazendo ficar presa.

- Por que foge de mim? - ele perguntou com um sorriso travesso

- Não estou fugindo. - falei nervosa.

Ele se aproximou mais do meu rosto olhando em meus olhos e eu me levantei.

- Tem certeza? - ele perguntou brincalhão.

- Joon! - o adverti.

- Desculpe ok? - ele falou ainda rindo.

Ele se levantou e me fez cócegas. Corri pela casa fugindo dele, mas ele era mais rápido e mais forte. 

Eu estava correndo pela cozinha quando desequilibrei e caí. Joon foi rápido e me pegou em seus braços. 

Sua proximidade me deixou alerta e eu tentei me afastar rapidamente. Ele me prendeu por alguns minutos e beijou minha testa e bochechas.

- Não vou morder você. - ele falou me colocando de pé.

- Só se você pedir. - ele disse travesso

Eu o encarei brava e ele sorriu.

- Vamos tomar um sorvete? - ele perguntou de forma infantil

- Pode ser. 

Ele me puxou pela mão e assim que saímos me senti o mundo cair sobre mim. 

Um carro parou em frente a minha casa e Thunder saiu dele.

- Por que ele ainda está aqui? - Thunder perguntou bravo.

- Acho que isso não te interessa meu caro. - Joon falou segurando minha mão.

- Joon, não provoque! - Falei soltando sua mão. 

Ele me encarou bravo e Thunder sorriu.

- Preciso que venha comigo. - Thunder falou autoritário me puxando pela mão. 

Ele me colocou no carro e acenou de forma debochada para Joon que ficou parado com um olhar matador. 

Ele entrou no carro e pude ver seu sorriso triunfante.

- Fique tranquila, estou apenas te sequestrando. Pode confiar em mim! - ele brincou enquanto ligava o carro.

As vezes me sentia como um antílope encurralada pelo tigre faminto. Ele me deixava inquieta e nervosa.

Eu já estava ficando com sono quando ele parou o carro. Assim que saí fiquei surpresa.

Estávamos na praia!

- Vamos até lá. - ele disse me chamando.

Eu senti o vento gelado bater em meu rosto e me arrepiei.

Não vou a praia desde que meus pais morreram.

Thunder colocou um casaco em mim e me puxou pela mão até a praia.

Violleta Pov.Off

Thunder Pov.On

Violleta não se lembra de mim por mais que se esforce. Sinto que estar comigo a incomoda, ela sempre se culpa por tudo, não me surpreenderia se ela se sentisse mal ou até mesmo em dívida comigo.

Decidi que lhe darei novas lembranças. Lembranças comigo. E vou reconquistá-la.

Violleta ficou mais surpresa do que eu esperava. Isso me deixou apreensivo.

A puxei pela mão e caminhamos até a praia.

Seus olhos brilhavam e percorriam cada centímetro da praia.

- Gostou? - perguntei curioso

Ela sacudiu a cabeça positivamente e deu um meio sorriso tímido.

- Não fui mais a praia depois que meus pais morreram. - ela comentou olhando para as ondas.

Os cabelos de Violleta chicoteavam ao vento e espalhavam seu perfume junto a brisa. Eu estava encantado com aquela visão. Era uma imagem que não poderia ser descrita com meras palavras.

Tirei meu celular do bolso e tirei uma foto dela. Fui flagrado por ela.

Ela apenas sorriu. Tirei mais uma foto e guardei o telefone.

- Oh! - ela falou de repente.

Vi quando ela parou e se abaixou pegando um pequeno balde na areia.

Violleta começou a montar um castelo de areia.

- Faz anos que não faço isso. Pode me ajudar oppa?

Meu coração acelerou e eu me aqueci. Ela me chamou de oppa novamente.

Eu sorri e me juntei a ela.

Violleta parecia feliz e isso me contagiou. Não vimos o tempo passar.

- Estou perdoada? - ela perguntou de repente.

Eu apenas sorri para ela.

Senti uma gota gelada em meu rosto e olhei para cima.

A chuva veio de repente. Peguei sua mão e puxei até o carro.

Ela passou a mão em seus cabelos um pouco molhados e riu.

- O que foi? - perguntei curioso

- Parece que a chuva está sempre entre nós ultimamente. - el falou olhando pela janela.

Eu concordei.

O transito estava parado e já estava escurecendo.

O guarda bateu no vidro e eu o abaixei.

- Houve um acidente na estrada, aconselhamos pegar o retorno e procurar um lugar pra ficar até amanhecer. A pista está muito escorregadia para prosseguir.

- Ok, obrigado!

- O que faremos? - ela perguntou

- Vamos voltar. Perto da praia há uma pousada.

Violleta pareceu um pouco preocupada, mas não protestou.

Assim que chegamos a situação pirou.

Thunder Pov.Off

Violleta Pov.on

- Como assim, só tem um quarto? - Perguntei incrédula ao Thunder.

- A dona da pousada disse que só há uma outra pensão fora dessa estrada e é perigoso irmos para lá nessas condições.

- O que faremos?

Thunder suspirou e me deu a chave.

- Vou ficar no carro.

- Mas está frio e é desconfortável.

- Vou ficar bem.

- Vou comprar algo para comermos, me espere no quarto. - ele pediu

Fui até o quarto e aproveitei para tomar um banho quente.

Depois de alguns minutos sai do banheiro e vi que Thunder já havia voltado.

Ele estava sentado na cadeira mexendo em seu celular e parou assim que me viu.

- Trouxe ramen. - Ele falou apontando para os potes sobre a mesa.

Me sentei e abri as embalagens.

- Obrigada! - falei a ele.

Thunder parecia um pouco distante e frio.

Ele comia em silêncio e isso estava se tornando desconfortável.

- Vou tomar um banho, prometo que já vou sair. - ele falou sem nem ao menos me olhar.

Segurei sua mão e me levantei.

- O que está acontecendo com você? - perguntei

Ele puxou seu braço e me encarou.

- Nada.

Entrei em seu caminho o impedindo de me evitar.

- Me responda.

- Eu estou cansado Violleta. - ele falou aparentemente calmo.

- Você sempre dificulta tudo para mim. Que droga! - falei nervosa.

- Você quer mesmo saber porque eu estou assim? - ele disse se aproximando.

Ele segurou meus braços e me puxou para junto dele.

Eu me encolhi e fiquei imóvel.

- É por isso que estou assim. - ele falou me soltando

- Sempre que chego perto de você me sinto um estuprador ou um lobo faminto. Você tem medo ou até mesmo nojo da minha presença. Eu não sei se consigo mais continuar assim. Eu estou cansado e magoado. Preciso de um tempo.

- Vou tomar um banho. - Thunder falou entrando no banheiro.

Suas palavras me rasgaram por dentro e eu não conseguia absorver tudo.

Eu não o odiava. Nem tinha medo dele. Disso eu tinha certeza.

Eu sentei na cadeira e fiquei repetindo suas palavras em minha mente.

Ele saiu do banho e me olhou por um momento.

- Boa noite. - ele disse saindo do quarto.

Eu tomei um longa respiração e me levantei.

Eu o puxei pelo braço e tranquei a porta.

-Você não vai sair daqui até eu terminar de falar. - avisei

- 1. Eu não tenho nojo de você! 2. Eu não acho que você seja um estuprador nem que possa me fazer mal. 3. Eu gosto da sua presença. - desabafei

Ele continuou imóvel olhando para mim sem expressões.

- Sabe o quanto é estranho não me lembrar de você com as pessoas dizendo que você era meu namorado? Sabe o quanto é estranho olhar para você e me sentir em dívida? - falei tentando controlar a voz.

- Sabe o quanto é estranho não lembrar de você e me sentir nervosa perto de você? Eu não consigo explicar a maneira que você me deixa. Eu quero ficar longe, mas não consigo,quero me aproximar, mas tenho medo.

- Eu também estou realmente tentando. É frustrante quando você se aproxima e meus pensamentos somem. Meu mundo se desfaz apenas com um olhar seu, mas eu não consigo me lembrar. - minha voz saiu estrangulada e baixa.

Vi Thunder se aproximar e me mantive imóvel.

Ele segurou meu rosto e me fez olhar para ele.

Ele limpou algumas de minhas lagrimas e olhou no fundo dos meus olhos.

Era como se apenas seu olhar dissesse tudo que eu precisava ouvir para
me acalmar.

Ele deu um beijo em minha testa e me abraçou.

Desta vez eu não fugi. Lutei contra meus temores e passei meus braços vagarosamente a sua volta. Ouvi um suspiro vindo dele. Meu rosto estava enterrado em seu peito. Seu cheiro me deixava calma e ao mesmo tempo agitada.

- Me desculpe. - sussurrei

- Você não tem culpa. Sinto muito por magoar você. - ele falou em meu ouvido

A chuva ficou mais forte e os trovões eram ensurdecedores.

- Não precisa dormir no carro. A chuva está muito forte. Fique aqui. - falei olhando para a janela.

- Vou ficar bem Violleta. - ele falou com um meio sorriso.

Segurei sua camisa e olhei para ele um pouco tímida.

Um trovão iluminou o quarto provocando um estrondo assustador.

- Fique! - pedi olhando em seus olhos.

Ele assentiu e eu senti minhas bochechas queimarem.

Eu fiquei um pouco constrangida ao dividir a cama com ele, mas confesso que me senti bem com ele perto de mim.

- Boa noite. - ouvi sua voz baixa.

-Boa noite oppa.

FlashBack On

Os galhos batiam na casa provocando um barulho assustados. Ouvia estalos e estrondos ressoavam. Aquilo a fazia pensar em quanto eu era pequena e indefesa. 

- Alguém chamou o super pai por aqui? - O pai falou de repente com uma voz engraçada.

Ele estava na porta com um lençol amarrado como uma capa de super herói. 

Ela saiu de baixo da coberta ainda desconfiada e com medo, mas sorriu aliviada quando ele entrou no quarto. 

- Seu reforço anti-tempestade está aqui menininha! - ele falou entrando no quarto. 

Histórias sobre dragões e guerreiros ofuscavam a imponente tempestade que caía lá fora e sua voz melodiosa a acalmava. 

Ele não devia saber, mas ele realmente é seu super herói.

Isso sempre funcionava.

Algum tempo depois....

Violleta ainda estava tentando se habituar a nova casa. Era tão grande e cheia de coisas. Mas ao mesmo tempo tão vazia. 

Violleta andava com seu pequeno ursinho pela grande casa quando ouviu um barulho. 

Seu pior inimigo veio pegá-la agora que ela está sozinha. 

A chuva estava forte e os ventos também. Os trovões faziam clarões e estrondos na noite silenciosa. 

Andava de um lado para o outro procurando alguém que lhe ajudasse. Sempre se encolhendo ao som de seu assustador inimigo. 

Ela viu seu avô na sala e correu pelas escadas. 

- Vovô! = ela chamou 

O senhor parou no caminho e olhou para ela. 

- Vai sair? 

- Sim. 

- Mas está chovendo muito é perigoso. - a menia  falou assustada.

Mais um trovão ressoou e a menina se encolheu.

O avô riu debochando do pavor da garotinha. 

- Vou ficar bem. - ele falou 

- Eu estou com medo. - ela sussurrou.

O avô nada falou.

- Meu pai sempre ficava comigo até a chuva passar. - ela falou olhando para seus pés. 

- Seu pai não está mais aqui e você não é mais um bebê. - ele falou puxando seu ursinho. 

- Meu urso. - ela reclamou.

- Você não precisa mais dele. - ele falou saindo de casa com o urso.

Outro trovão ainda mais forte soou fazendo a menina se encolher. 

Ela correu para seu quarto e com sua coberta ela se encolhei de baixo da cama.

- Papai, Mamãe vocês podem me ouvir? - ela sussurrou entre a tempestade

- O você está bravo de novo e levou o Hyuk com ele. Cuidem para que ele volte á salvo. Ele é teimoso e durão. - a menina falou preocupada

- Sinto a falta de vocês! Bogoshipo appa! Natsukashii okaasan! 

Os trovões a assustavam e ela olhava para a porta como se estivesse á espera de um milagre.

E ela ainda espera seu herói... Ela sempre vai esperar...

FlashBack Off

Assim que me virei fiquei frente à frente com ele.

Ele estendeu sua mão e acariciou meu rosto. Era como se eletricidade passasse pelo me corpo.

Senti sua mão descer por minha cintura e com um toque firme ele me puxou para ele.

Eu estava tão perto que era difícil respirar.

- Me deixe ficar assim essa noite. - Ele pediu

Eu apenas continuei imóvel. Aquilo era assustadoramente confortável. Me sentia segura e calma. Logo o sono chegou.

Uma melodia conhecida ressoava aos meu meus ouvidos, algo suave e que falava diretamente com meu coração. Senti cada um de meus medos silenciar-se a melodia. Aquela voz.... Eu já ouvi antes...

Eu estava ao lado dele. Seu sono parecia profundo e tudo que eu podia ouvir era sua respiração calma. Um de seus braços estavam de baixo do seu rosto e o outro me envolvendo junto a ele. 

Me ajeitei um pouco na cama para poder ver melhor seu rosto. 

Ele parecia tão angelical e sereno. Seu cabelo loiro um pouco bagunçado harmonizava com os traços delicados de seu rosto. Estendi um dedo tremulo para tocá-lo. era mais forte que eu como um ferro atraído por um imã. 

Tracei meu dedo vagarosamente por seus cabelos macios, passeando pela lateral do seu rosto parei próximo ao seus lábios. Ouvi um suspirar e me assustei. 

Devagar eu me aproximei e toquei seus lábios. Outro suspiro. 

- Se você continuar, não sei se vou conseguir me conter. - sua voz soou rouca me assustando.

Eu rolei para o lado com o susto, mas Thunder me prendeu rolando junto comigo. Estava em uma posição perigosa e presa a ele. Ele estava em cima de mim com seus braços um de cada lado.

Ele olhou para meus olhos assustados e sorriu. Ele se aproximou com um sorriso travesso e beijou o canto dos meus lábios.

- Bom dia. - Sussurrou em meu ouvido provocando um arrepio

Ele se levantou e entrou no banheiro sem olhar para trás. Tenho certeza que minhas bochechas estão tão vermelhas quanto um tomate.

Me levantei apressada e tomei respirações profundas afim de me acalmar. 

Em meu telefone haviam 17 chamadas não atendidas. Todas vindas de G.o oppa.

Tentei ligar, mas telefone estava sem bateria.

Thunder Saiu do banheiro e me encarou.

- 17 chamadas de G.o oppa e meu telefone está sem bateria. Aish! - falei preocupada. 

- Pode pegar o meu. - ele falou apontando para a mesinha.

Peguei o aparelho e liguei para o oppa.

Ele atendeu na primeira chamada.

- Thunder o que houve? Viu Violleta? Onde você está? - Ele atropelou suas próprias perguntas nervoso.

- Oppa, sou eu, Violleta, nós estamos bem.

- Hoow, como assim? Vocês estão juntos? Desde ontem? - ele perguntou exagerando como sempre

- Oppa, não apresse as coisas. 

- Aish! Sou eu quem tem que chamar sua atenção e de CheonDung também. Sabe o quanto estamos preocupados? Custava avisar onde estavam? Avise a CheonDung que vou matá-lo assim que chegar em casa. 

- Oppa, estamos bem. Tivemos que ficar em uma pousada porque houve um acidente na estrada e estava chovendo muito. - expliquei.

- Mas, vocês estão bem? Quero dizer, se entendendo? - ele perguntou com a voz baixa.

CheonDung me encarava curioso encostado a parede.

- Oppa, preciso desligar.

- Aigo! Me diz.. - não esperei completar a frase e desliguei o telefone.

CheonDung me encarou com um sorriso malicioso e caminhou até mim.

- Pelo que conheço o hyung ele fez alguma pergunta constrangedora sobre nós. - Thunder falou sentando ao meu lado.

Eu assenti e devolvi seu telefone.

- Obrigada. 

Ele sorriu e colocou seu telefone na mesinha ao lado da cama. Sua proximidade me fez prender a respiração. 

Thunder parou com o rosto próximo ao meu e sorriu.

- Por que está tão nervosa? Não era eu quem estava aproveitando de você enquanto dormia. - ele falou brincalhão

Eu me levantei apressada e corri para o banheiro. Respirei fundo tentando me controlar e lavei meu rosto. Tentando me acalmar. Depois de pronta eu saí e vi o oppa sentado com algumas sacolas. 

- Café da manhã. - Ele falou alegre.

Me sentei e vi ele retirar algumas coisas da sacola.

Thunder me encarava de maneira curiosa e eu desviava o olhar. 

Estávamos prontos para ir quando ele me parou.

- Por que sinto que quando sairmos daqui tudo vai voltar a ser como era antes? Nós dois brigando a todo tempo e você sempre distante de mim... - Ele falou com um sembrante triste

Eu não sabia o que responder. No fundo também sentia isso. 

Em um impulso que não consigo explicar eu o abracei. Abracei apertado como se tivesse medo que ele escapasse de mim. Ele retribuiu da mesma forma. Ouvi seu coração bater forte em seu peito e sua respiração profunda. 

Posso não me lembrar dele, mas sabia que o queria em minha vida. 

Antes de entrarmos no carro Thunder ria ao olhar seu celular.

- G.o está ligando, devo atender? - ele perguntou

- Any, Any. Avise que estamos indo. - falei um pouco nervosa.

As perguntas de G.o me deixavam nervosa. 

Ele mandou uma mensagem para G.o e partimos.

A volta foi silenciosa, porém harmoniosa. Pela primeira vez me senti realmente próxima a ele. 

-  G.o vai fazer um verdadeiro show quando eu chegar.

- Eu havia me esquecido, mas ele disse que iria te matar assim que você chegasse em casa.

CheonDung riu e parou o carro em frente a minha casa.

- Então até mais. - falei saindo do carro.

- Até.

Depois de um banho relaxante eu me sentei ainda flutuando ao lembrar do que aconteceu ontem. 

Meu estomago roncou me tirando dos meus devaneios e eu comecei a preparar meu almoço. Estava quase tudo pronto quando ouvi a campainha tocar.

Joon estava impaciente do outro lado da porta. Abri e vi seu semblante chateado.

- O que houve oppa? - perguntei

- Posso entrar? - ele perguntou

Eu assenti e ele entrou.

- O que houve ontem? - ele perguntou

- Houve um acidente na estrada, e não pudemos voltar. - resumi a história.

- Disso eu sei, quero saber o que houve entre você e Thunder. - ele perguntou parecendo um pouco bravo.

Eu o encarei confusa.

- Nada. Por que pergunta?

Ele respirou profundamente e se aproximou.

- Você está livre hoje à noite? - ele perguntou

- Acho que sim, por quê?

- Gostaria que me acompanhasse a um lugar hoje. 

- Não sei... - falei em duvida.

- Não é nada de mais, apenas vá comigo. Não quero ir sozinho. - ele falou cabisbaixo.

- Ok. 

- Não diga ao Thunder ainda, eu mesmo vou dizer a ele, não quero causar problemas. - Joon falou 

- Não sei oppa. Ele vai ficar chateado. Não quero que você briguem.

Joon se aproximou e segurou minhas mãos sobre seu peito.

- Pode confiar em mim! Você não confia em mim? - ele perguntou sério

- Confio, só não quero que briguem por minha causa. - confessei

- Não vamos brigar. Prometo. - ele disse com um sorriso 

- Ok. - disse dando-me por 

Ouvi algo apitar e lembrei do almoço.

- Quer almoçar comigo? - perguntei

Ele assentiu com um grande sorriso no rosto. 

Joon comia alegre e elogiava sempre que podia.

- Eu realmente amo sua comida. - ele falou contente

- Obrigada. 

Joon olhou o relógio e se assustou.

- Me desculpe, mas preciso ir, tenho que resolver alguns assuntos urgentes e já estou atrasado. - Ele disse apressando.

- Ok, até mais tarde. - falei o acompanhando até a porta.

- Obrigado. - Ele disse calmo e me deu um beijo na testa.

- Enviarei algo pra usar hoje. Quero muito que o use ok?

- Ok, oppa. - 

Não posso mentir ainda estou preocupada com isso. Algo está me incomodando. 

Meu telefone tocou e vi que era Thunder. Me senti nervosa por um momento e respirei fundo para atender. 

- Alô. 

- Oi Violleta. Só liguei para saber se está tudo bem. - ele falou de forma estranha

- Sim. 

- Então.. Gostaria de saber se você quer sair comigo hoje. 

Sufoquei por um momento e pensei no que diria. Só pode ser brincadeira!

- Não posso oppa. 

- Hum. Ok. - ele falou parecendo decepcionado.

- Nos falamos depois então. Até mais. - ele disse.

- Até. Respirei fundo e tentei me acalmar. Me sentia como se tivesse cometendo um crime. 

Mais tarde recebi uma encomenda que Joon avisou cedo.

Era um lindo vestido cor de pêssego e um par de sapatos pretos. 

Vi a hora e me arrumei apressada. 

Joon veio me buscar pontualmente ás 8.

Saí apressada e vi o oppa olhando para o céu estrelado. Ele olhou para mim e sorriu satisfeito. 

- Você está linda! Está perfeita! - ele falou suavemente olhando para cada detalhe do meu corpo.

- Você também está muito bonito oppa. - falei envergonhada

Ele sorriu e me levou até o carro. 

- Para onde estamos indo? - perguntei curiosa

- É uma surpresa. 

Joon parecia ansioso e eu ainda estava preocupada e um pouco desconfortável.

Ele parou em frente á um grande prédio e entregou as chaves ao manobrista.

Assim que fomos para a porta uma chuva de flashes caiu sobre nós.

haviam fotógrafos para todos os lados.

Joon passou meu braço pelo seu e me levou para dentro com um enorme sorriso no rosto.

- Joon, o que é isso? - perguntei olhando para o lugar.

- Uma festa. - ele falou o obvio

- Que tipo de festa? - perguntei assutada

- Do tipo que será inesquecível. - ele disse com um sorriso sombrio

- O que faz aqui? - uma voz brava perguntou.

Violleta Pov.off

- Olá querido! Faz um tempo que não venho aqui, mas você sabe o porquê não é? - aquela voz macia falou 

- Encontrei sua queridinha. Ela parece bem. Parece feliz! - falou sorridente

- Mas sabe de uma coisa? Se depender de mim isso vai ser por pouco tempo meu amor. E logo depois disso me juntarei a você... 


Notas Finais


Bogoshipo = Sinto Sua falta (Coreano)
Natsukashii = Sentir falta de alguém ou época que não volta (Japonês)
Okaasan = Mãe (Japonês)
Any = Não
Roupa do Joon: http://www.officiallykmusic.com/wp-content/uploads/2013/10/LeeJoon29Oct2013.png
Roupa da Violleta: http://2.bp.blogspot.com/-0Pyz_jLg9Og/T9k_1heyXaI/AAAAAAAAAMI/gkd22PPo3mw/s1600/562089_278868115537089_396845359_n.jpg


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