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História Acima Das Estrelas - Terceiro Passo - Atos vs. Consequências


Escrita por: HayleyHanazawa

Capítulo 4 - Terceiro Passo - Atos vs. Consequências


Fanfic / Fanfiction Acima Das Estrelas - Terceiro Passo - Atos vs. Consequências

Violleta Pov.on

Eu estava um pouco nervosa, quase não dormi. Deveria ter contado que hoje seria meu aniversário, ele entenderia meu motivos para não comemorar esse dia, mas ontem ele estava chateado, não consegui chateá-lo com mais um dos meus problemas. Infelizmente meus problemas são maiores que eu e depois de tantos anos Thunder é o único que eu gosto e sinto que é diferente, por isso tento protegê-lo de mim mesma, penso que minha vida é amarga demais para alguém tão bom como ele.  

Depois de um banho relaxante coloquei um short azul e uma blusa beje com pedrinhas, passei uma maquiagem leve, antes de terminar de passar o gloss ouvi a campainha e corri para atender.

Thunder oppa estava em minha porta segurando uma sacola, ele vestia uma blusa branca de manga que o modelava elegantemente e uma calça preta junto com uma bota preta. Me sinto abençoada por ter essa visão tão de perto. Seus cabelos castanho claro estavam em um penteado um pouco bagunçado ele estava perfeitamente lindo. A unica coisa que me incomodava era a expressão séria que ele mantinha no rosto. 

- Entre. - pedi um pouco sem jeito.

Ele entrou ainda sem dizer nada e tirou a mão das costa me revelando um lindo buquê de lírios. Eu sorri e aceitei as flores. 

Thunder me abraçou e beijou minha testa com ternura. 

- Feliz aniversário. - ele sussurrou no meu ouvido.

Eu empalideci e fiquei imóvel. 

Thunder se afastou o suficiente para poder olhar para mim e beijou minha bochecha. 

- Seungho me contou tudo. - ele falou

- Você não ficou chateado? - perguntei confusa.

- Um pouco, mas depois tentei entender seus motivos. - Ele falou ainda abraçado comigo.

Por algum motivo, aquele abraço me fazia me sentir confortável, era aconchegante, era como se eu estivesse em casa e isso de certa forma era assustador.

- Obrigada por entender. - falei escondendo meu rosto em seu peito. 

- Só preciso que prometa uma coisa. - ele pediu

Eu olhei em seus olhos e permiti que falasse.

- Quando precisar conversar, apenas diga, eu estarei sempre aqui para você. Confie em mim. - sua voz era calma e hipnotizante. 

Eu assenti e ele deu um meio sorriso.

- Oppa, o que vamos fazer? - perguntei sentando ao lado dele.

- Trouxe alguns filmes para você escolher e trouxe sorvete. - ele falou animado.

Eu sorri e lhe dei um beijo no rosto.

Escolhi um de suspense, coloquei no DVD e me sentei ao seu lado.

Thunder parecia animado, tanto que resolveu me sujar com sorvete.

- Oppa! - reclamei rindo de sua atitude.

Passei um pouco de sorvete no seu nariz, mas Thunder sabia como me deixar mole, ele fez biquinho e eu sorri como uma boba. 

- Para isso não é junto, assim não consigo resistir. - falei colocando a mão nos olhos. 

Senti um pequeno roçar de lábio e retirei a mão dos olhos. 
Thunder havia me roubado um beijo, tinha sabor de sorvete de chocolate e me fez corar um pouco. Ele sorriu e olhou para a tela. 

O filme começou a ficar horripilante demais para meu gosto. Thunder percebeu e passou o braço à volta fazendo com que eu me sentisse mais segura. Eu deitei meu rosto em seu peito e respirei fundo sentindo seu perfume. Senti seu outro braço passar em minha cintura me prendendo a ele, causando uma sensação boa. Eu furtivamente de olhei para seu rosto. Ele parecia calmo e concentrado, uma visão perfeita vista de perto. Thunder me flagrou enquanto o admirava, eu senti minhas bochechas queimarem e escondi meu rosto em seu peito.

Thunder segurou meu rosto carinhosamente e se aproximou, ele olhou dentro dos meus olhos como se pedisse permissão, eu apenas continuei imóvel e senti seus lábios roçarem nos meus abrindo passagem. Ele mordiscou meu lábio e sorriu maliciosamente. 
Ele me beijou com carinho, seus movimentos eram lentos e sensuais. Suas mãos apertavam minha cintura enquanto sua língua percorria cada centímetro da minha boca. Eu me estiquei para ficarmos da mesma altura, mas Thunder me puxou para seu colo prendendo minha cintura junto a ele. Ele plantou beijos provocantes em meu pescoço e ombro descendo até o início dos meus seios. Um arrepio percorreu meu corpo e Thunder me acalmou com um beijo calmo e despreocupado. Ele subiu a mão por dentro da minha blusa e com cuidado eu segurei sua mão. 

- Hoje não. - sussurrei olhando dentro de seus olhos

Ele me deu um selinho e assentiu. 

Eu enterrei meus dedos em seu cabelo e o puxei para mais um beijo, Thunder permitiu que eu comandasse agora. Eu beijei seu pescoço e ouvi Thunder arfar um pouco.

Eu coloquei minhas pernas uma de cada lado ficando completamente colada a ele. Ele olhou em meus olhos com fogo e me puxou contra ele me beijando profundamente, nossas línguas dançavam juntas enquanto as mãos de Thunder passeavam pelo meu corpo, ele apertava minhas coxas me deixando excitada, era difícil resistir a ele dessa forma. Eu passei minhas unhas em suas costas e ele arfou mais uma vez, aos poucos eu descobria seus pontos fracos. Mordi sua orelha e Thunder ficou paralisado. Eu percebi que ele estava no seu limite, eu estava sentindo sua excitação, e eu também estava excitada, mas sabia que não conseguiria ir mais adiante que isso, não sem me arrepender depois. Não hoje! 

Ele me beijou novamente e encostou sua testa na minha respirando descompassadamente assim como eu.

- Acho melhor pararmos por hoje. - ele falou com a voz rouca. 

- Komawo oppa! Por ter paciência comigo. 

Ele passou os braços em minha cintura e me abraçou apertado.

- Vou esperar o quanto quiser. - ele falou suavemente e beijou meu ombro carinhosamente.

Eu me sentei ao seu lado e o abracei. 

Eu queria congelar aquele momento e guardá-lo para sempre. Eu estava me sentindo tão feliz, tão amada... 

Thunder recebeu uma mensagem e pareceu inquieto. 

- Temos que ir ao apartamento, aconteceu alguma coisa. - ele disse nervoso.

- Vou me trocar. - falei correndo para o quarto. 

Coloquei um vestido rosê com babados na saia um casaco beje amarado na cintura.

- Vamos oppa.- falei passando pela sala.

Calcei uma sapatilha e Thunder me puxou porta á fora.

Assim que chegamos ao apartamento Thunder parecia inquieto. 

Quando nós entramos eu congelei no mesmo lugar. Eu estava me sentindo assutada e insegura.

- Surprise! - eles disseram alegres. 

Meu corpo todo arrepiou-se com aquela palavra. Desde que meus pais morreram, meu aniversário era um dia que meu avô me torturava psicologicamente e eu me sentia horrível. 

Seungho veio até  mim e me abraçou forte me dando felicidades, mas eu não conseguia responder. Era estranho, eu estava paralisada, nunca havia acontecido isso antes Acho que estava em choque.

- Está tudo bem? - ele perguntou percebendo minha reação estranha. 

- Es-tá-tá! - eu gaguejei

Lee Joon me abraçou apertado demais me levantando do chão e depois Mir.

G.o me abraçou de um jeito protetor.

- Sinto muito. - ele sussurrou em meu ouvido.

- Komawo oppa. - minha voz soou fraca e tremula.

- Bem vamos comer! - Mir falou animado. 

Thunder pegou minha mão e me levou até a cozinha.

- Sinto muito, é difícil contrariar o Líder principalmente quando Joon e Mir o apoiam. Eu e G.o perdemos a votação. - ele tentou se explicar.

G.o apareceu na cozinha e nos encarou.

- Está tudo bem, eu só preciso me acostumar com a ideia. - falei tentando parecer bem.

- Eu não concordei com isso, porque sabia que você se sentiria desconfortável, mas também acho que você precisa superar isso. - G.o disse calmo. 

Thunder me deu um copo de água e eu bebi como se minha vida dependesse disso. Eu não estava com sede, mas estava nervosa.

- Você precisa saber que todos nós estamos dispostos a te ajudar, - G.o falou com um sorriso amigável.

- Komawo Oppa! - falei um pouco sem jeito. 

Assim que voltei para sala os oppas me olharam animados. 

- Vamos sente-se. Coma algum coisa! - Lee Joon pediu

Quando me sentei Joon saiu de seu lugar e sentou ao meu lado. 

- Você está bem? - ele perguntou baixo para que apenas eu entendesse.

Eu apenas assenti.

Thunder assim que viu Joon ao meu lado arqueou a sobrancelha. 

Ele sentou do meu lado esquerdo. Não sei por quê, mas eu me senti desconfortável. 

- Thunder e eu começamos a desenvolver a letra daquela canção. - Seungho falou olhando para mim.

- Ele me mostrou ontem e já estou com algumas ideias sobre o tema. Na verdade já comecei a escrever. - Thunder comentou

- Esse é o motivo de minhas olheiras. - reclamou Joon apontando para seus olhos.

Na verdade eu não vi nenhuma imperfeição como olheiras em seus olhos.

- Você é muito exagerado. - Seungho implicou

G.o se mantinha calado observando todos nós. G.o era bem diferendo do que achava que era. Ele é bem maduro até mais que Seungho, mas ele parece indeciso o que faz Seungho se destacar como mais velho. 

Logo eles começaram se despedir, amanhã o MBLAQ teria um dia cheio. 

- Obrigada pela festa. - falei contente a eles.

- Hyung me empreste o carro para levar Violleta? - Thunder pediu a Seungho.

- Tome cuidado. - Seungho falou jogando a chave para ele. 

Seungho me deu um abraço de urso e se afastou segurando meus ombros.

- Se cuide! - de alguma forma aquilo soou diferente, profundo.

- Obrigada por tudo oppa! - sussurrei.

Ele sorriu e foi embora.

Lee Joon me puxou com força para si e beijou minha bochecha e meu pescoço, dando-me um sorriso sedutor logo em seguida. Eu me senti extremamente irritada e constrangida com aquilo

Eu me afastei um pouco brusca e vi Thunder se aproximar.

- Está tudo bem? - ele perguntou olhando para mim.

Ele não viu. - deduzi.

De certa forma isso me deixou chateada, mas eu não queria encerrar a noite com Thunder brigando com seu hyung, então decidi ficar quieta, mas eu estaria alerta. 

Eu assenti e segurei sua mão. Joon continuou sorridente olhando fixamente para mim.

- Vamos, oppa! - pedi fazendo biquinho.

Ele sorriu e assentiu.

No caminho de casa eu fiquei o observando dirigir. Nunca o vi tão feliz e de certa forma isso me animou. 

Assim que chegamos em frente minha casa ele ficou um pouco cabisbaixo.

- É uma pena que o dia esteja acabando.  - Ele comentou olhando o céu estrelado.

Eu o abracei forte e respirei fundo na busca de gravar o momento na memória. 

- Quero que conheça alguém amanhã. - Thunder disse animado.

- Quem? - perguntei curiosa.

- É uma surpresa. Te vejo amanhã à noite. Não se preocupe eu o trarei a sua casa. - ele disse satisfeito.

- Ok. Estou curiosa. 

Ele sorriu e beijou minha testa. 

- Preciso ir. Te vejo amanhã

Ele me deu um beijo de despedida e foi embora. 

Antes de dormir recebi uma mensagem perturbadora. 

Tenha bons sonho, meu anjo! - Joon

Aquela mensagem foi mais que perturbadora, foi desconcertante. 

Como ele havia conseguido meu numero? E desde quando temos essa intimidade? 

Tentei voltar a dormir, mas foi difícil, eu tentava entender o que se passava na cabeça de Lee Joon, mas era impossível desvendá-lo em tão pouco tempo.

O dia foi lento e torturante. Joon mandou quinze mensagem, dizendo o que estava fazendo, onde estava e perguntando o mesmo para mim. Eu não respondi a nenhuma delas, era estranho e embaraçoso. Desliguei o telefone e me senti mais tranquila. 

Depois descobri que desligar o celular foi uma péssima ideia. 

Corri contente para atender a porta, estava ansiosa para conhecer a tal pessoa que Thunder disse que traria aqui. Assim que abri tomei um susto desagradável. 

Lee Joon estava parado em minha porta com uma expressão um pouco brava no rosto.

- Por que não me respondeu nenhuma vez? - ele perguntou chateado

- Na verdade, não sei. Como conseguiu meu numero? - perguntei brava

- Não vai me convidar para entrar? - ele mudou de assunto

- Não. - respondi seca

Ele sorriu e passou a mão no cabelo.

- Você é difícil de entender. - ele reclamou debochado

- Você também não é nenhum livro aberto.

Ele arregalou os olhos e depois bufou em sinal de frustração

- Aish, garota nervosa. 

- Como conseguiu meu numero?

- Peguei no celular de Thunder. - ele respondeu deixando os ombros caírem.

Eu o olhei espantada e balancei a cabeça negativamente.

- Preciso conversar com você, mas estou cansado. - sua voz soou séria e um pouco melancólica.

- Entre. - falei ainda em duvida.

Ele deu um sorriso como uma criança ao ganhar um doce e entrou animado.

Depois  de olhar a casa com atenção ele sentou no sofá contente. Aquilo me fez abaixar a guarda, e eu não sabia o porquê.

- Por que toda essa preocupação de repente? - perguntei me sentando um pouco distante.

Ele me olhou com curiosidade e sorriu.

- Eu não mordo. - ele disse se aproximando. 

Fiquei um pouco tensa com sua proximidade e desviei o olhar.

- Apenas responda minha pergunta. - falei um pouco nervosa. 

Ele riu nervoso e se afastou um pouco.

- Sobre a festa, a ideia foi minha, eu estava animado e falei com o líder, ele logo gostou da ideia e Mir ama festas. Foi fácil convencer Thunder o único que continuou na duvida foi G.o. Eu ouvi o Seungho hyung falando com Cheondung sobre o que seu avô fez, eu queria que você esquecesse isso, saísse do seu luto. Queria que ficasse feliz, mas me senti péssimo quando vi sua reação, achei que ao invés de ajudá-la eu estava piorando tudo. Me desculpe. Fiquei preocupado com você. - Joon parecia triste e um pouco desapontado.

- E-e-eu não sabia. Sinto muito, não queria te chatear. Fiquei um pouco assustada, mas gostei de comemorar meu aniversário. Komawo.

- Eu vi como você estava atuando toda a noite. Percebi que estava triste e insegura. Sei como é isso. Eu tenho que atuar a todo o momento.- sua voz soou fraca e melancólica

- Sou Lee Joon o ator e membro do MBLAQ! - falou e deu-me um sorriso amargo

- Sinto muito!

- Não se preocupe. 

- Bem, eu descobri recentemente que falar ajuda. Já conversou sobre isso com seus amigos? 

- Eles não entendem. G.o é o único que percebe, mas não pode fazer nada a respeito. Esse é o preço da fama. 

Passou algo pela minha cabeça e eu sabia que me arrependeria disso, mas decidi arriscar.

- Quer conversar sobre isso comigo? - perguntei

Ele me olhou espantado e pareceu confuso.

- Você ouviria? - ele questionou

- Claro, quero te ajudar! 

Ele deu um meio sorriso e bagunçou minha franja.

- Não diga a Thunder que estive aqui. Seria estranho ele saber que estive aqui. - ele falou um pouco envergonhado

Eu suspirei chateada e concordei.

- Pior seria se ele descobrisse que vasculhei o Gps do líder para achar seu endereço. - ele comentou e sorriu satisfeito.

Eu fiquei de boca aberta e lhe dei um pequeno tapa no braço, o que o fez rir ainda mais.

- Não faça mais esse tipo de coisa. Isso assusta! - eu o adverti

- Ok, preciso ir, logo o CheonDung vai estar aqui.

Eu o levei até a porta e antes que eu pudesse dizer algo ele me roubou um beijo. 
Minhas bochechas arderam e eu sabia que havia corado, mas estava com raiva dele. Mesmo que o beijo tenha sido no rosto!

- Até dongsaeng. 

Eu rosnei e fechei a porta. 

Joon era complicado, parecia ter sérios problemas de personalidade. Eu queria ajudá-lo, mas ao mesmo tempo tinha um pouco de receio quanto á ele. 

Eu estava à espera de Thunder, mas estava nervosa demais. Eu não queria mais esconder coisas dele, mas contar a ele sobre o que Joon fez seria loucura. Não quero que briguem.

Assim que a campainha tocou eu corri para atender. 

Thunder estava loiro. Eu sorri de satisfação e reparei o quanto ele era bonito de qualquer jeito. Ele é o único que conheço que ficou lindo até com um cabelo rosa. 

Eu o abracei forte e ele fez o mesmo. 

- Oppa quem eu vou conhecer? - perguntei curiosa. 

Ele sorriu e abaixou pegando uma casinha de passeio para animais, dentro estava Dadoong. O gato estava com medo e chorou assim que Thunder levantou sua caixa. 

- Dadoong! - falei puxando o para dentro.

- Tire-o daí, ele está com medo. - pedi gentilmente olhando para o gatinho.

Thunder libertou o gatinho que saiu com um pouco de receio e foi para os pés de seu dono. 

Thunder o pegou carinhosamente no colo e o acariciou acalmando o bichinho.

Eu cuidadosamente coloquei a mão em Dadoong. 

- É um prazer conhecê-lo. Sou Violleta. - falei com o gatinho.

Thunder riu e estendeu o gato para mim.

Eu o peguei e sorri quando vi que Dadoong não reclamou. Fui para o sofá e me sentei com ele no colo. Dadoong estava relaxado em meu colo e assim logo pegou no sono. Thunder ficava nos observando e sorria com as gracinhas de Dadoong.

- Obrigada por trazê-lo aqui oppa. - falei acariciando o bichinho

- Só tem um problema. - Thunder falou com uma sobrancelha arqueada. 

Franzi o cenho sem entender e esperei sua resposta.

- Estou ficando com ciúmes. - ele falou fazendo cara de bravo

- Desculpe, amo bichinhos. Pode pegá-lo. 

- Tenho ciumes do meu Dadoong sim, mas no momento não é isso que me incomoda. - ele falou olhando de uma forma perturbadora em meus olhos.

- Você precisa saber que sou um pouco ciumento e adoro carinho, só que até o momento não recebi nenhum. - ele falou fazendo beicinho.

Eu sorri e passei a mão em seus cabelos.

Eram exatamente como lembrava, macios e cheios. Ele fechou os olhos e sorriu satisfeito com o carinho.

- Isso é realmente bom. - ele comentou ainda de olhos fechados e suspirou.

- Já chega Dadoong é minha vez. - ele falou pegando o gatinho no colo e deitando a cabeça em minha perna. 

Dadoong estava deitado no abdomen de CheonDung, mas se levantou e passou pelo rosto do oppa deitando no espaço que sobrou em meu colo. 

Thunder olhou bravo para mim e levantou.

- Ótimo, agora terei que competir com um gato! - ele falou pegando Dadoong e colocando no chão. 

Eu ri de sua atitude e me aproximei dele. 

Eu enterrei minha mão em seu cabelo e o puxei um pouco para perto. 

- Gostei dele assim. - falei olhando seu cabelo.

Com carinho e bem devagar beijei sua testa, desci para a pontinha de seu nariz depois as bochechas. Thunder me olhava sério e passou um braço na minha cintura e me puxou com força para ele. Ele olhou dentro dos meus olhos como se procurasse algo e me beijou. 

- Devemos ter um encontro descente, apenas nós dois. - ele falou de repente. 

- Ok. 

- Vou levar você para jantar na sexta. - seu sorriso era o melhor de tudo.

- Vou adorar jantar com você. - falei alegre e dei um beijo rápido em seus lábios.

Ele passou a mão em meu cabelo e beijou minha testa. 

O telefone do dele tocou o assustando. 

- É minha irmã.

- Oi. - ele falou 

Ele começou a rir descontroladamente. 

- Ela acha que sequestraram Dadoong. - ele sussurrou para mim.

Thunder colocou no viva voz para que eu ouvisse.

- Noona, se acalme, ele está comigo. 

- Aigo, quase morri do coração. Não faça mais isso, me avise sempre. 

- Ok, noona, me desculpe. - Thunder disse segurando o riso.

- Onde está?

- Na casa da minha namorada. - Thunder falou normalmente.

Não sei porque mas me senti nervosa.

- É aquela garota misteriosa que você falou? - ela perguntou

Thunder corou desviou o olhar.

- Sim. - ele falou um pouco sem jeito.

- Quando eu vou conhecê-la? Estou curiosa para saber quem conquistou meu irmãozinho. - Dara falou animada

- Logo, logo. Vou desligar agora, até mais.

- Até. 

Violleta Pov.Off

Joon Pov.on

Eu costumava classificar as garotas, só de olhá-las já sabia o tipo de coisas que gostavam. Elas são repetições sem sentido. É sempre a mesma coisa, as boas e ingenuas, as espertas e atrevidas e fingem ser um desses dois tipos.

Pela primeira vez me sinto perdido. Violleta não se encaixa em nenhuma das opções e ao mesmo tempo em todas. É desconcertante admitir que não faço ideia de como agir perto dela. 
Eu descobri recentemente que ela não gosta de caras atrevidos. Eu vi a cara que ela fez quando eu beijei seu pescoço. Ela também não cede a meu charme, como da vez que dançamos juntos. Mas algo me incomodou, ela é a unica com quem me sinto seguro de ser eu mesmo e sinto como se ela pudesse me ver dentro desse personagem, isso me alegra e me assusta. 

Ela disse que estava disposta a me ouvir e eu mais do que disposto a falar com ela. 

Eu estava em um bar comemorando o sucesso de de Rough play, mas não parava de pensar nela. Isso estava saindo do meu controle, e eu sabia que não era mais apenas um jogo. Isso estava se tornando pessoal! 

Joon Pov.off

Violleta Pov.on

Foi a coisa mais fofa da parte do oppa trazer Dadoong aqui. O gatinho era uma fofura, logo vi o porque de todo o amor de Thunder e Dara por ele.

Já estava cansada e resolvi me deitar. Depois de tomar um banho e vestir meu pijama de ursinhos eu me deitei confortavelmente em minha cama e tentei dormir.

Ouvi um barulho estranho e me levantei ainda sonolenta, percebi que minha campainha tocou e alguém batia na minha porta. Eu corri até a porta e olhei pelo janelinha da porta. 
Para minha surpresa e pavor, Lee Joon estava em minha porta um pouco molhado e tremendo de frio.

Eu respirei fundo e abri a porta.

- O que faz aqui? - Perguntei nervosa. 

- Na-na-na-não se-ssei. - Ele disse tremendo e batendo os dentes. 

- Entra. - Falei puxando-o para dentro.

Assim que coloquei a mão no braço dele, percebi que Joon estava quente demais. Ele estava com febre. Eu não sabia o que fazer. A camisa de Joon estava completamente molhada. 

- Aigo, o que vou fazer? 

Joon estava de olhos fechados. Eu passei meus braços a sua volta dando-lhe apoio para ele andar. 

- Espere aqui. - falei deixando-o apoiado na porta do banheiro.  

Eu corri até meu quarto e procurei roupas que servissem em Joon. Encontrei uma calça de moletom larga e um casaco de gatinhos.

- Entre no banheiro e se troque. Tem toalhas limpas lá também. - falei lhe entregando as roupas. 

- Não tranque a porta. - falei preocupada com sua febre.

Joon pegou as roupas e entrou sem questionar. 

- Aigo o que vou fazer! - falei desesperada assim que ele entrou no banheiro

Peguei o telefone e liguei para o Thunder, mas caia direto na caixa postal.

Tentei também o do Seungho, mas chamou e ele não me atendeu. Já era tarde, todos deviam estar dormindo.

Quando me virei vi Joon encostado na parede segurando suas roupas molhadas. 

Eu não pude deixar de notar como ele havia ficado vestindo minhas roupas. Meu casaco de gatinhos, mesmo sendo grande, ficou um pouco justo nele e a calça estava curta. Eu ri e peguei suas roupas molhadas. Depois de colocá-las na secadora eu vi que Joon continuava calado parado no mesmo lugar. 

- Durma no sofá. - falei a ele. 

Ele concordou e deitou no sofá. 

Peguei um travesseiro e um cobertor. 

Assim que cheguei na sala vi que Joon estava dormindo. Levantei sua cabeça e coloquei o travesseiro e o cobri. Assim que me virei Joon segurou minha mão e se sentou.

- Eu quero conversar. - ele falou baixo e pausadamente. 

- Você precisa dormir. - falei a ele. 

Ele sacudiu a cabeça negativamente e olhou em meus olhos. Nunca vi nada parecido. Era como se eu pudesse ver tudo o que entristecia Joon, vi sua tristeza transbordar em seus olhos.

- Me deixe preparar algo quente para você beber.

Eu me levantei e fui até a cozinha.

- Chá ou chocolate? 

Assim que me virei dei de cara com Joon. Ele pegou meu braço e me puxou para ele me abraçando apertado. 

- Joon, o que está fazendo? - perguntei assustada tentando me livrar de seu abraço

- Por favor, me deixe ficar assim por um momento. - ele pediu me quebrando por dentro.

Passei meus braços em sua cintura e o abracei de volta encostando a cabeça em seu peito.

Joon parecia aliviado ao me abraçar.

- O que está acontecendo? - perguntei preocupada.

- Só estou cansado de fingir. Ultimamente eu não consigo mais sorrir com sinceridade. - ele disse com certo pesar.

- Acho melhor trocar o chá por brigadeiro. 

- O que?

- Logo você vai entender.

Ele se fastou um pouco e eu fui fazer o brigadeiro.

- Mas o que o faz se sentir assim? - perguntei

Ele olhou para o chão e se sentou em uma cedeira próxima.

- Sinto como se quem realmente sou não valesse nada. Sinto que sou apenas um corpo bonito e sem sentimentos. Parece que as pessoas não conseguem ver o que há dentro de mim. Gostam de acreditar na farsa da mídia. Me sinto preso dentro de mim mesmo. 

- Sinto muito. - falei sinceramente. 

- Porque não mostra quem você é? - perguntei.

- Eu não sei como. Você é a unica em anos com quem consigo ser eu mesmo. Me desculpe por causar problemas! - ele disse visivelmente chateado e arrependido. 

- Tudo bem.

Coloquei o brigadeiro na geladeira e percebi que Joon me encarava curiosamente.

Ele me encarou questionadoramente e eu sorri maliciosamente.

Me sentei no sofá e Joon sentou ao meu lado. Eu coloquei a mão em sua testa para verificar sua temperatura e percebi que Joon não estava tão quente.

- Parece que a febre abaixou.

Ele pegou minha mão e a beijou. 

- CheonDung tem muita sorte. - ele falou de repente.

- A respeito do que?

- Ter você ao lado dele. - ele falou olhando dentro dos meus olhos. 

Eu senti minhas bochechas corarem violentamente e olhei para minhas mãos em meu colo.

Ele riu de mim e bagunçou meu cabelo.

- Você fica linda quando fica corada. - ele comentou

Assim que o brigadeiro ficou pronto eu peguei duas colheres e entreguei uma a Joon.

Ele pegou uma colherada e comeu um pouco desconfiado. Eu o olhei com atenção e esperei sua reação.

- Isso é ótimo. - ele falou pegando outra colher. 

Eu sorri de satisfação e também peguei um pouco. 

Joon comia alegre, como uma criança e de certa forma aquilo me fez feliz.

Depois de uma longa aula para ensinar Joon a falar BRIGADEIRO ele terminou de comer feliz da vida dizendo que eu teria que fazer isso mais vezes. 

Na manhã seguinte eu acordei preocupada. Joon estava dormindo na minha sala e eu sabia que Thunder não gostaria de saber disso.

Eu me troquei prendi o cabelo em um coque e depois de fazer minha higiene fui até onde Joon estava dormindo. 

Ele parecia estar em um sono profundo e eu achei melhor não acordá-lo. 

Vi seu celular em cima da mesa e percebi algumas ligações de G.o. 

Retornei a ligação e ele atendeu na primeira chamada.

- Yoboseyo? Joon, onde você se meteu? - G.o falou preocupado.

- Oppa, sou eu Violleta.

- Aigo, o que faz com o celular de Joon? - ele perguntou confuso

- Ele apareceu aqui ontem á noite, ele estava molhado e com febre. Não consegui ligar para o Thunder, ou Seungho. Então o deixei ficar, mas estou preocupada. Para ser sincera estou até mesmo um pouco arrependida.

- Ele está bem? 

- Está. E está dormindo.

- Me passe seu endereço, estou indo.

Eu passei o endereço e esperei G.O chegar.

Assim que a campainha tocou eu corri e atendi.

Um G.o preocupado estava parado em minha porta. Eu me senti um pouco envergonhada e pedi para que entrasse.

- Onde ele está? 

- Por aqui. - disse o levando até a sala.

G.o o encarou bravo e deu um tapa em sua testa.

- Aigo, me deixe dormir. - ele resmungou

- Vou me lembrar de bater com mais força; - G.o avisou.

Joon levantou em um pulo e olhou assustado para G.o

- O que faz aqui Hyung? - ele falou gaguejando

- Violleta me chamou. 

Ele olhou para mim confuso e se levantou.

- Você sabe o quanto de problemas você vai causar tendo passado a noite da casa de uma garota e sendo ela namorada do nosso amigo?

- Aish, nós não fizemos nada Hyung. 

- Aigo, você não devia ter feito isso. - G.o o repreendeu

- Agora pegue suas coisas e vamos para casa.

- Ok, já vou. - Joon falou irritado.

Eu lhe entreguei sua roupa e ele caminhou vagarosamente até o banheiro.

- Desculpe oppa. Eu realmente não consegui entrar em contato e não soube o que fazer.

- Você precisa parar com essa mania de se desculpar pelo erro dos outros. - ele falou sério.

Eu assenti e me sentei.

- Eu ainda preciso conversar com Thunder sobre isso. - falei suspirando

- Ainda, não espere um pouco. Hoje temos um compromisso importante, não será bom se estiverem brigados. 

- Ok. 

- O que houve ontem? - ele perguntou com um olhar intrigante.

- Ele chegou aqui molhado e com febre, parecia um pouco desorientado também.

- Vocês conversaram? 

- Sim. ele queria falar sobre os sentimentos dele.

G.o arregalou os olhos e pareceu perder o ar.

- Sentimentos? - ele perguntou confuso e assustado

- Sim, ele está passando por um momento difícil. Vocês precisam ajudá-lo. Ele se sente um pouco desvalorizado o que o faz ter conflitos pessoais.

- Isso foi um diagnóstico? - G.o perguntou debochado

- Oppa, converse com ele. Tenho certeza que você pode ajudá-lo. - pedi gentilmente

G.o deu um sorrisinho e assentiu.

- Obrigada por cuidar dele. - ele disse bagunçando meu cabelo.

Meu cabelo virou um ninho de passarinho graças à G.o.

- Oppa! - reclamei tentando ajeitar meu cabelo.

- Você parece... Fofa! - ele disse rindo e tentando ajeitar meu cabelo.

- Atrapalho? - Um Joon mal humorado perguntou da porta do banheiro.

- Deixe de ser bobo e vamos embora. Você já causou problemas o suficiente por no mínimo uma semana.

- Calma Hyung. - Joon falou com as mãos para o alto.

- Até mais dongsaeng! - G.o falou gentilmente com um sorriso.

- Até.

Joon veio até mim e me abraçou apertado me deixando desconfortável.

- Obrigada por tudo mesmo. Principalmente pelo Bri-ga-dei-ro! - ele falou com um pouco de dificuldade.

- De nada. - falei sentindo minhas bochechas corarem.

- O que é isso? - G.o perguntou curioso

- O melhor doce que já comi. - Joon falou

G.o me encarou e arqueou a sobrancelha.

- Oppa, é um doce do meu país. Prometo fazer para você também. - falei um pouco sem graça.

- Vou cobrar essa promessa. - ele avisou alegre.

- Agora vamos Joon. - era impressionante a mudança no tom de G.o quando ele falava comigo e quando falava com Joon.

Isso me fez rir da cara de Joon.

Violleta Pov.off

Thunder Pov.on

Aigo, aquela garota, conquistou até mesmo Daadong, já vi que vou ter que levá-lo até ela com mais frequência. 

Hoje os ânimos no apartamento não estava dos melhores. Joon não dormiu em casa. Ele disse que iria beber com os amigos que fizeram o filme junto com ele, mas não deu mais notícias. Para piorar não atende o telefone e sabe que temos compromisso hoje.

O líder estava calado demais, o que indica um longo sermão preparado para o Hyung Joon. Já G.o estava uma pilha de nervos o que era um pouco raro de se ver. Ele saiu daqui como uma bala sem nos dizer nada.

Todos estávamos preocupados.

O Hyung entrou de cara feia acompanhado de Lee Joon.

- Olá pessoal! - Joon falou com a cara mais deslava do mundo.

A chuva de sermões foi inevitável. 

Depois de gravarmos um programa, nós fomos ensaiar, logo teríamos shows e devíamos nos preparar.

- Estou louco para comer chocolates. - Mir delirou em voz alta. 

Joon estava distraído escrevendo em seu caderno. Ele passou o dia assim, distante.

- Vou comprar o preferido de Joon e não vou dar a ele, como castigo por nos fazer ficar preocupados.

- Prefiro o brigadeiro da Violleta. - Joon falou ainda olhando seu caderno.

Eu parei no momento em que ouvi o nome Violleta.

- Você prefere o que? - perguntei confuso

Thunder Pov. off

G.o Pov.on

Seungho está mais centrado que nunca, ele parece mais maduro e responsável. Thunder nunca esteve tão feliz, Joon parece mais confiante e parece finalmente estar reconhecendo sua verdadeira personalidade por trás daquele personagem. Ela está nos mudando, sem perceber!

Tenho plena consciência que isso está saindo do controle, mas a culpa não é dela. Ela não parece compreender bem o efeito que tem sobre as pessoas. 

                                                      °°°

Violleta era um doce e tinha um coração de ouro e não percebia o que estava acontecendo. Eu estava de olho em Seungho, mas quem realmente me preocupava era Joon, apesar de sua aparência ele é muito sensível e acho que ele se sente ligado a ela de certa forma. Foi a primeira pessoa com quem ele conseguiu desabafar.

Eu já estava prevendo que isso não seria bom.
Joon falou mais do que devia e Thunder estava confuso. Pela primeira vez eu não sabia como controlar a situação.

Eles vão magoá-la, posso ver! 

Eu não posso deixar isso acontecer! 

Eu não vou deixar acontecer! 

Eu preciso, eu... Eu preciso protegê-la!


Notas Finais


Gente, parece um milagre.. Estava escrevendo esse cap e esquematizando o próximo quando vejo o lançamento do Solo do meu Ultimate Bias o Cheondung!!! É como se o Dunguie tivesse lido meus pensamentos e escrito essa linda canção!! Vcs podem imaginar o quanto Surtei??? Quase chorei.... rsrs' Ainda estou um pouco assustada com isso...


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