1. Spirit Fanfics >
  2. Acima Das Estrelas >
  3. Quarto Passo - Extinto Protetor

História Acima Das Estrelas - Quarto Passo - Extinto Protetor


Escrita por: HayleyHanazawa

Capítulo 5 - Quarto Passo - Extinto Protetor


Fanfic / Fanfiction Acima Das Estrelas - Quarto Passo - Extinto Protetor

Violleta Pov.on 

Eu estava pronta para dormir quando minha campainha tocou. Assim que vi Thunder, abri um sorriso por vê-lo. Quando abri a porta, percebi que Thunder estava com o lábio inferior inchado e vermelho.

- Oppa o que aconteceu? - perguntei preocupada

Assim que me aproximei ele se afastou.

- Por que não me contou? - ele falou bravo 

- Sobre o que?

- Não se faça de boba. Eu já sei que Joon passou a noite aqui.

Meu coração gelou e eu me senti sem chão, não sabia o que dizer.

- Entre. - pedi fraca

- Só quero que me diga porquê não me contou! - ele exigiu

- Porque eu pedi que esperasse passar nossos compromisso. - G.o disse aparecendo do nada.

- Quem pediu para se intrometer nisso? Isso é entre Violleta e eu. - Thunder falou com raiva

- Sei que se sente traído, mas precisa entender, ela não teve culpa. Joon apareceu, ela tentou ligar para você e até mesmo Seungho, mas vocês não atenderam. - G.o tentou explicar

- Joon estava com febre e desorientado. Ele dormiu no sofá. Eu não sabia o que fazer, mas sabia que não podia deixá-lo na rua. Me desculpe!. 

- A unica coisas que pedi foi que confiasse em mim. - Ele falou e pude ver a dor em seus olhos, aquilo me matou por dentro.

- Como Joon soube seu endereço Violleta? 

Eu engoli seco e abaixei a cabeça.

- Diga! - ele exigiu

- Ele viu no gps do Seungho. - falei envergonhada

- Quantas vezes ele esteve aqui? - ele insistiu ainda com raiva

Eu estava com medo que ele me deixasse, mas sabia que a culpa também era minha. 

- Duas. 

Lagrimas silenciosas correram em meu rosto e eu me senti fraca. Meu coração doía.

Thunder respirou fundo e se afastou um pouco.

- Na primeira vez ele estava doente ou desorientado Violleta? - ele perguntou entre dentes

Eu apenas balancei a cabeça negativamente.

- E você não me contou, não é? - ele disse amargo

- Me desculpe, não foi minha intenção. 

- Eu... Eu, preciso pensar! - Foi a ultima coisa que CheonDung disse antes de sumir na escuridão da noite. 

Meu coração apertou no peito com tanta força que eu caí de joelhos. As lagrimas queimavam meu rosto. G.o me tirou do chão e me abraçou forte. Eu me agarrei, porque sabia que não conseguiria me sustentar em pé. 

Ele me levou para dentro e me sentou no sofá. Eu chorava silenciosamente no ombro de G.o. 

- O que eu faço oppa? - sussurrei

- Espere ele esfriar a cabeça.

- Me desculpe, por minha culpa eles estão brigados. Eu estou sempre estragando tudo. 

G.o segurou meu rosto gentilmente e enxugou minhas lagrimas.

- Nunca mais repita isso. A culpa não é sua. 

Eu o abracei forte, mas confesso que nada era comparado ao abraço de Thunder. Eu estava sem chão.

- Vá atrás dele. Eu vou ficar bem. - falei limpando minhas lagrimas. 

- Tem certeza? - ele perguntou analisando meu estado

- Sim. Eu vou ficar bem.

- Então eu vou, mas me ligue. 

Ele anotou o numero em meu telefone e deu um beijo em minha testa antes de ir.

- Obrigada por tudo. 

- De nada. 

Assim que fechei a porta eu desabei novamente. 

Violleta Pov.off

Thunder Pov.on

Eu estava caminhando sem rumo. Já fazia mais de uma hora que eu andava pelas ruas sem encontrar um caminho certo. Eu sabia para onde devia ir, mas precisava pensar. 

Eu estava magoado. Violleta parecia não confiar em mim. 

Meu coração doía assim como todo o meu corpo. Algumas lágrimas desciam pelo meu rosto. Tudo parecia sem vida, sem cor. Eu estava magoado.

Meu celular tocava, mas eu não tinha forças para atender. Continuei a me arrastar até ficar exausto. 

Fui para a minha casa. Não podia ir para o apartamento depois do que aconteceu. 

Flash Back On

- Você o que? - perguntei a Joon

Ele olhou para mim e suspirou.

- Eu passei a noite na casa da Violleta. - ele falou com a maior cara de pau.

- Você o que? - eu vociferei

Antes que Joon dissesse alguma coisa eu soquei seu rosto. Ele ficou com uma marca vermelha na bochecha  e partiu para cima de mim, dando-me um soco na boca.

Os outros correram para nos separar.

- Seu idiota! Eu estava mal, ela apenas me ajudou. Pensando melhor eu deveria ter feito alguma coisa. Você não confia nela. Então não a merece. - Joon falou se achando o dono da razão. 

Eu fiquei com mais raiva. Queria acabar com ele!

- Você nunca mais se meta com ela, me ouviu? - eu ameacei com a voz baixa.

Eu saí dali com ódio de Joon. Eu queria ouvir da boca dela que era mentira. Eu precisava ouvir dela.

Flash Back off

Dara estava em casa e me olhou espantada. 

- G.o está atrás de você como um louco. O que ouve irmãozinho?

- Agora não noona. - sussurrei e me tranquei em meu quarto.

Thunder Pov.off 

Violleta Pov.on

O dia raiou e eu não tinha dormido nada. Meu olhos estavam inchados e vermelhos. Eu me sentia fraca e desanimada. Me arrastei até o banheiro e lavei meu rosto na busca de amenizar o estrago. 

Preparei um chá para me acalmar e me sentei na varanda. Tudo parecia tão sem vida.

Me lembrei que nosso primeiro beijo foi ali naquela mesma varanda, isso me entristeceu ainda mais.  

A campainha tocou, mas eu não queria abrir. Eu não queria ver ninguém! 

Me levantei e caminhei vagarosamente até a porta. O oppa Seungho estava ali com uma expressão preocupada no rosto.

Assim que abri ele respirou fundo aliviado.

- Por que demorou para abrir? - ele perguntou bravo.

Eu não disse nada, apenas encarei o chão.

Seungho me puxou para um abraço protetor e acariciou meus cabelos.

- Sinto muito! - ele sussurrou. 

- Eu vou ficar bem oppa, não se preocupe. 

- Eu vim te fazer companhia. - O Seungho falou olhando para meu rosto. 

- Você está com uma cara péssima! - Seungho observou

A sinceridade dos coreanos ainda era um pouco nova para mim.

- Eu sei. 

- Vamos dar uma volta o dia está lindo e você não pode ficar trancada aí o dia todo.

- Obrigado, mas não quero oppa. Estou cansada. 

- Não aceito não como resposta. Anda, vá se trocar e esconder essas olheiras. 

Eu suspirei e entrei para me arrumar. 

Depois de levar um tempo tentando parece apresentável eu fiquei pronta. 

- Agora sim, você está bonita. - ele elogiou

Eu lhe dei um meio sorriso amarelo e nós saímos. 

Por mais que Seungho estivesse fazendo um bom trabalho para me distrair, eu ainda pensava nas palavras de Thunder. 

- Olha eu sei que está sento difícil, mas você precisa se acalmar. O Thunder gosta muito de você e eu acredito que isso vai ser passageiro. Se não for é um bom sinal de que ele não te merece. - Seungho falou de repente tirando-me de meus devaneios. 

- Quero que saiba que eu estou aqui. - ele falou pegando minha mão carinhosamente. 

- Ótimo, agora vai dar em cima do líder também. - ouvi uma voz conhecida dizer sarcasticamente. 

Nós estávamos em um pequeno restaurante almoçando e pude ver alguns clientes olhando para nossa mesa. 

- Não diga absurdos Mir. - Seungho repreendeu. 

- Ela vai acabar com o grupo hyung. - Mir falou chateado

Eu olhei para ele um pouco envergonhada e vi que Mir me olhava com desprezo. 

- Sinto muito! 

Ele me ignorou e sentou conosco. 

- Eu vou estar de olho.

- Se soubesse que faria esse tipo de cena, não teria dito onde estávamos. - Seungho lamentou

- O que ela tem de tão interessante? Todos estão enlouquecendo por ela. Até mesmo G.o agora vive preocupado pelos cantos. Tudo isso é culpa dela. - Mir falou duramente apontando para mim.

- O que deu em você Miru? Não diga esse tipo de coisa a ela. Não vê que ela está mal? A culpa não é dela!

- Não é minha intenção. Me perdoe. - falei a Mir

- Não se faça de boba. Você é o pior tipo. Se quer que eu acredite em sua inocência, duma de nossas vidas. - sua voz soou ríspida e cortante e assim que disse isso ele saiu do restaurante a passos largos.

Eu abaixei minha cabeça e encarei minhas mão em meu colo. Eu estava tão envergonhada que não conseguia olhar para eles.

- Não dê ouvidos a ele. Ele não sabe o que diz. Mir vive em um tipo de conto de fadas e ele tem medo de seu castelo desmoronar. Thunder e Joon brigaram ontem e ele está em choque ainda. 

Eu assenti em silêncio.

- Oppa, eu quero ir para minha casa. Não dormi direito e preciso descansar. 

Ele suspirou e pediu a conta. 

O caminho de volta nunca pareceu tão longo e torturante. Eu sentia o peso do mundo em minhas costas e me sentia claustrofóbica naquele carro.

- Sinto muito, por tudo que aconteceu. Me ligue se precisar de alguma coisa.

Eu assenti e o Seungho foi embora. 

Violleta Pov.off

Thunder Pov.on

Dara estava fazendo de tudo para me animar. Eu agradeço por ela se preocupar comigo, mas não a nada que vá me ajudar agora.

Estou sozinho em casa. Dara saiu para cumprir sua agenda de compromissos. Confesso que estou meio sem rumo, parte mim quer correr até a casa de Violleta e abraçá-la para nunca mais soltar, mas tem outra parte que ainda não a perdoou, que ainda não a entende. 

Hoje temos uma apresentação, estou tentando ao máximo me concentrar, mas sinto que não vou conseguir. 

A van buzinou e eu respirei fundo antes de sair de casa.

Assim que abri a porta percebi que o clima estava péssimo. Joon olhava pela janela enquanto Mir estava emburrado e os hyungs G.o e Seungho estavam preocupados. 

- Olá. - falei assim que sentei. 

Todos responderam, exceto Joon. Eu também não estava preparado para falar com ele. Ainda sentia raiva dele. 

Assim que chegamos, nos trocamos e fomos para a maquiagem. A maquiadora percebeu que meu lábio estava marcado, mas o maquiou sem dizer nada. 

Assim que entramos no palco me concentrei na música e deixei rolar. Consegui me sair bem apesar de tudo, mas minha voz não parecia em seu melhor estado. Por sorte ninguém prestou muita atenção nisso. 

Ao terminar a apresentação, nós seguimos para o camarim. Joon estava me encarando de forma estranha e isso me incomodou. 

- Precisamos conversar! - ele falou de repente.

- Não temos nada para falar um com o outro a não ser que seja sobre trabalho. - falei rispidamente

- Para de agir como criança, precisamos conversar e resolver tudo de uma vez..

Eu lhe dei um olhar assassino e pude ver o hyung Seungho se aproximar.

- Aqui não. - ele repreendeu

- Estou esperando lá fora. - Joon falou saindo do camarim.

- Vá falar com ele. Resolvam as coisas. - o líder aconselhou.

Eu encontrei Joon fora do prédio.

Enquanto caminhávamos Joon parecia concentrado. 

- G.o me disse que você soube que eu já estive na casa de Violleta duas vezes. Eu quero que saiba que a culpa toda minha. Eu fui até a casa dela, eu pedi que ela guardasse segredo da primeira vez. Eu disse que seria ruim se você soubesse. Ela ficou chateada e preocupada, mas não queria que brigássemos, então guardou segredo. - ele explicou

- Aonde você quer chegar? - perguntei confuso

Ele suspirou e continuou a falar.

- Na outra noite eu estava angustiado, percebi que mesmo perto de tantas pessoas eu me sinto sozinho. - Joon sorriu amargamente - Eu andei por horas naquela noite e o único lugar que eu queria estar era a casa dela. Quando cheguei, ela ficou assustada, não sabia o que fazer. Quando ela perguntou o que eu fazia lá eu disse que não sabia, eu disse a verdade. No dia seguinte eu descobri que eu fui até lá porque no fundo sabia que ele é a unica que é capaz de me preencher.

Ele parou e sentou em um banco. 

- Quero deixar bem claro que não foi minha intenção atrapalhar vocês. - Joon falou entre um suspiro. 

Eu me sentei no banco um pouco distante dele e tentei entender Joon.

- Não foi só por isso que eu pedi um tempo. Eu sinto que preciso de um tempo para colocar meus pensamentos em ordem. Acho que talvez ela também precise de um tempo. Ela ainda precisa superar alguns obstáculos. Ela precisa confiar em mim. - disse sinceramente.

- Eu sei. - Joon disse

Respirei fundo tomando coragem e decidi perguntar de uma vez.

- Joon, fale a verdade. Você está apaixonado por ela? 

Joon olhou para mim espantado e voltou a olhar para o chão.

- Sim. Não foi intencional, quando percebi eu já estava pensando nela à todo tempo.

Eu já sabia disso, mas senti como uma facada em minhas costas.

Thunder Pov.off

Violleta Pov.on

Para completar minha maré de azar. A secretária azeda ligou e disse que haveria um jantar aqui em Seul depois de amanhã e eu deveria ir, afinal sou a herdeira do império Sunhee. 

Eu realmente odeio isso! 

Acordei ao som do meu celular. Era G.o.

- Yoboseyo oppa. - falei ainda sonolenta.

- Abra a porta. 

- Me dê um minuto.

Me troquei e fiz minha higiene. 

Assim que abri G.o entrou impaciente.

- Seungho me contou o que Mir fez. Aquele idiota nunca escutou tanto em toda a vida dele. - G.o falou bravo

- Tudo bem oppa. Ele não fez por mal.

- Você precisa parar de proteger todo mundo e esquecer de si mesma. - G.o me repreendeu.

Eu fiquei um pouco espantada e me encolhi um pouco.

Ele respirou fundo e me abraçou.

- Desculpe. Estou preocupado com você.

- Tudo bem. 

- Como ele está? - perguntei um puco sem jeito.

- Está mais calmo. Ele e Joon conversaram ontem. Parece que estão tolerando um ao outro.

Eu fiquei realmente aliviada com aquela notícia.

- Dongsaeng, tudo vai se resolver. Confie em mim. 

Eu dei um meio sorriso e concordei.

- Eu preciso ir agora. Se cuide. 

O levei até a porta e sorri. G.o se tornou um ótimo amigo. 

Segurei sua mão antes que ele saísse e o abracei.

- Komawo oppa!

G.o sorriu e bagunçou meu cabelo.

- Estarei aqui sempre que precisar. 

Mais tarde recebi uma encomenda que meu avô mandou. Era um vestido de festa pêssego. Era muito bonito, mas me deixou preocupada. Meu avô nunca me convidou para um jantar assim. 

Me lembrei que depois de amanhã seria o encontro com o Thunder oppa, se tudo isso não tivesse acontecido. Mas como a vida sempre faz questão de dar rasteiras e esfregar na minha cara, nessa sexta irei a um jantar suspeito e meu queri avô estará lá. Eu devo ter azar o amor e sorte no azar. Não é possível!

Resolvi sair um pouco para espairecer. Eu já estava me sentindo mal dentro dessa casa com esse vestido.

Saí pelas ruas de Seul sem rumo, havia algo errado comigo! Eu descobri que não era a casa ou o vestido. Eu estava me sentindo presa dentro de mim mesma. 

Violleta Pov.off

Joon Pov.on

Eu sabia que CheonDung estaria alerta, já que lhe contei sobre meus sentimentos, mas não podia mentir para ele. 

Não suportava ficar no apartamento então saí para tomar um café. 

Eu estava distraído com meu celular quando ouvi a porta do Café abrir. Eu olhei involuntariamente, mas tive uma surpresa. Violleta entrou no café com uma expressão preocupante no rosto. Assim que me viu deu dois passos inseguros para trás e se dirigiu a porta. 

Eu deixei o dinheiro sobre a mesa e corri. 

Ela estava andando rápido, mas eu a alcançaria de qualquer forma. 

- Não fuja de mim. - falei segurando-a pelo pulso.

- Você já causou problemas o suficiente. - ela falou chateada.  

Ela conseguiu se livrar de minha mão e voltou a caminhar apressada.

- Ouça, me desculpe. Não foi minha intenção! - falei acompanhando seus passos.

- Apenas me deixe em paz. - ela falou chateada.

Eu a puxei pela mão e a fiz parar de frente para mim.

- Eu queria, mas não consigo. - confessei nervoso

- Ouça Violleta, eu gosto de você! Mais do que queria, mas do que devia. - falei em voz baixa para que apenas ela me ouvisse.

Ela me olhou espantada e tentou se afastar, mas eu não deixei.

- Eu vou respeitar você, não se preocupe. Só queria que soubesse a verdade. 

Eu a soltei devagar e ela ainda parecia um pouco em choque. 

- Então é por isso que Mir falou aquilo. - ela falou como se estivesse descobrindo algo importante.

- O que Mir falou?

- Não importa. - ela falou um pouco inquieta

Ela voltou a andar á passos largo e eu a acompanhei.

- Você está bem? - perguntei com medo da resposta.

Ela olhou para mim e riu sarcasticamente.

- Acho que já tenho a resposta. 

- Está tudo voltando a dar errado. - ela falou de repente.

Eu apenas olhei para ela.

- Estava tudo indo tão bem, achei que finalmente as coisas seriam mais fáceis para mim. Mas levei outra rasteira. - ela reclamou desiludida

- A culpa foi minha, me desculpe. 

- Não, a culpa foi minha. Sempre é. - ela disse com um sorriso amargo

- Eu sempre faço a escolha errada e machuco as pessoas. Eu vim para a coreia apenas para acabar com o MBLAQ. - ela falou como uma piada, mas algo em sua expressão me fazia perceber que era algo mais profundo que uma simples piada. 

Eu a puxei para mim e a abracei forte. 

- Nunca mais repita esse tipo de coisa. 

Aos poucos ela me abraçou de volta. Ela enterrou seu rosto em meu peito e ouvi ela chorar baixinho.

- Violleta? - chamei preocupado. 

Ela apertou-se ainda mais contra mim. Eu passei a mão em seus cabelos e tentei lhe dar consolo. Violleta tinha o dom de me deixar sem reação.  

- Desculpe. - ela falou se afastando e limpando o rosto. 

- Porque está se desculpando? 

Ela me olhou rapidamente e abaixou a cabeça envergonhada.

Eu peguei seu rosto entre minhas mãos e sorri para ela.

- Tudo vai ficar bem, eu prometo. 

Ela respirou fundo e voltou a caminhar. 

- Estou de carro posso te levar em casa. - propus a ela.

- Prefiro caminhar. Preciso esfriar a cabeça. 

- Então vou acompanhá-la. 

Violleta parecia perdida em pensamentos. Isso me deixava preocupado e inseguro. 

Assim que chegamos em frente sua casa ela respirou fundo e encarou a casa de forma estranha.

- Bem, obrigada. E me desculpe pelo meu jeito. - ela disse de forma insegura

- Tudo bem. Me diga se precisar de algo. 

Ela entrou em casa e eu ainda esperei alguns segundos ali na frente. Eu lutava contra mim mesmo, para não entrar lá. Isso era perigoso!

Andei apressado até onde deixei meu carro e fui para casa.

Assim que entrei em casa vi Thunder olhando nervoso para seu celular. 

- Acabei de encontrar com ela. - Falei logo

Thunder pareceu perder o ar, mas me encarou com a sobrancelha arqueada.

- Eu estava tomando um café e ela apareceu. Na verdade assim que ela me viu ela fugiu. - falei tentando acalmá-lo

Thunder sorriu e voltou a encarar o telefone.

- Eu conversei um pouco com ela. - confessei

- O que ela falou? - ele perguntou curioso

- Eu apenas me desculpei por causar problemas, mas a Violleta insiste em querer carregar o mundo nas costas.

- Só preciso que ela me dê um voto de confiança. - ele confessou chateado.

- Ouça, ela não é do tipo que esconde coisas. Ela simplesmente não consegue falar. Pense que ela não é como as outras garotas. Ela passou a vida inteira sozinha. Ela precisa entender que agora ela não está mais sozinha, mas você precisa ser paciente e apoiá-la. Caso contrário eu a tomarei de você! - falei petulante. 

CheonDung me fulminou e marchou zangado para seu quarto.

G.o saiu da cozinha e me encarou com olhar de reprovação.

- Como ela está? - ele perguntou desconfiado

Eu respirei fundo e caminhei até ele.

- Ela não parece bem. - falei baixo para que apenas G.o ouvisse

G.o suspirou e pegou o telefone e legou para Violleta.

Eu observei o hyung atentamente. Ele sentia necessidade de protegê-la, não sabia dizer se isso era bom ou ruim. 

Mir entrou na sala e encarou o hyung de cara feia. 

- Com quem ele está falando? - ele perguntou 

- Violleta.

- Aish, essa garota novamente? Ela conseguiu seduzir o hyung G.o também? Ela é pior do que eu pensava.

- O que pensa que está dizendo Mir? Não se atreva a falar dela assim nunca mais me ouviu? - O repreendi.

- Só estou dizendo a verdade. - ele retrucou petulante.

Mir entrou em seu quarto batendo a porta e eu fiquei perplexo ao ver um lado de mir pouco conhecido. Ele sentia muita raiva dela isso era incomum se tratando de Mir.

- Ela disse que o avô dela a convidou para um jantar ela está preocupada. - G.o falou de repente. 

Eu assenti e entendi a preocupação de Violleta.

- O que há com Mir? Ele parece estar com raiva da Violleta - Perguntei a G.o

G.o respirou fundo e cruzou os braços.

- Seungho disse que ele fez um show em um restaurante ontem. Ele disse muitas coisas ruins a ela. A culpou por tudo de ruim que está acontecendo. A acusou de seduzir vocês de caso pensado e pediu para ela ir embora. - G.o resumiu

Fiquei chocado, não conseguia imaginar Mir falando esse tipo de coisa.

- Aquele idiota! - praguejei em voz alta.

- Seungho e eu já brigamos com ele, mas ele é bem teimoso. 

Agora entendo o que Violleta quis dizer.

Joon Pov.off

Violleta Pov.on

Não estava ansiosa para esse jantar, na verdade na verdade não queria ir.

O carro que meu avô mandou havia chegado peguei minha bolsa e saí. 

Assim que cheguei tive uma surpresa. Havia muita gente e não parecia um jantar de negócios. 

Meu avô sorriu para mim e caminhou tranquilamente até mim. Ele ofereceu seu braço e eu o peguei.

- Que bom que foi obediente. Espero que continue assim. - ele falou em meu ouvido

- O que está tramando? - perguntei logo

- Nada de mais. Fique tranquila. Não faça nada idiota.

Eu respirei fundo e dei um meio sorriso às pessoas.

- Tenho uma surpresa para você. 

Eu o olhei espantada, mas ele me ignorou e sorriu para seus convidados.  Me sentei em uma mesa de destaque graças ao meu avô e esperei pela tal surpresa. 

Eu estava apavorada. 

Meu avô subiu no palco e saudou os convidados.

- Essa noite é muito especial para mim. Vocês sabem que perdi meu filho e minha nora á algum tempo. Eles me deixaram a Violleta, minha neta querida, desde então eu cuido dela com todo amor e carinho que posso. - Ele disse melodramático

Eu me engasguei com tanta mentira e cara de pau.

- Violleta é minha preciosidade. A joia mais valiosa que possuo e é com muito orgulho que venho dar essa notícia de primeira mão. Gostaria primeiro que minha neta subisse aqui.

Eu tremi um pouco e subi, estava com muito medo. 

- Queria anunciar a maior alegria que minha neta me deu até hoje. É com prazer que digo que ela está noiva de um homem que respeito e admiro.- Ele falou e sorriu para mim

Meu coração gelou e eu fiquei imóvel

- Ele vem aprendendo e crescendo cada vez mais. Suba aqui Keum Sung. 

Um homem de aparentemente 25 anos subiu sorridente no palco e cumprimentou meu avô. Ele caminhou até mim e retirou do bolso uma caixinha preta dentro havia uma aliança com um diamante em cima. Ele colocou em minha mão e deu um beijo leve em meus dedos.. 

Eu estava em choque, ele pegou meu braço e colocou no seu. 

- Desejo toda felicidade do mundo ao casal. - Meu vô disse sorrindo para nós

Keum Sung praticamente me arrastou até a mesa. Ele sentou ao meu lado e me deu um pouco de água.

- Seu avô me falou sobre você. Disse que relutaria um pouco. Mas verá que não tem saída. - o homem falou convencido e foi falar com os convidados

Meu avô sentou ao meu lado e sorriu dissimulado.

- Por quê está fazendo isso? - perguntei com a voz embargada

- Preciso da empresa dos pais dele para um novo investimento.

- Então você me vendeu a ele? - perguntei indignada

Ele riu como se tivesse ouvido uma piada.

- Pense como quiser. 

- Eu não quero, por favor! 

- O que está feito está feito. - Ele disse friamente

Eu respirei fundo e engoli o choro que estava prestes a sair.

- Quanto tempo eu anida tenho? 

- Dois meses. 

Eu me levantei e saí da festa discretamente.

Assim que cheguei em casa tive um surpresa. CheonDung oppa estava parado em minha porta. Meu coração bateu mais rápido e eu senti um arrepio.

Eu me aproximei e ele se virou surpreso.

- Olá. - falei fraca

- Oi. Está bonita. - ele disse um pouco sem jeito

- Obrigada. 

- Eu queria conversar com você. Não pude vir mais cedo, me desculpe. - Ele falou calmamente

- Tudo bem.

Eu peguei minha chave e coloquei na porta e segurei a maçaneta. Thunder pegou minha mão esquerda e eu me apavorei ao ver a aliança;

- O que é isso Violleta?

Eu tremi e puxei minha mão.

- Um anel de noivado. - falei com a voz tremula

Ele se afastou e respirou fundo.

- Não acredito. Como pôde? E tão rápido? - Ele perguntou incrédulo.

- Me deixe explicar! 

- Não quero ouvir. - Ele falou andando na direção oposta.

Eu olhei o oppa ir com o coração apertado.

Entrei e me livrei daquele vestido e joguei a aliança no chão. Vesti um de meus pijamas e me sentei no sofá. 

Mais uma vez meu avô me surpreendeu. Thunder não me deixou ao menos explicar. 

O choro que segurei toda a noite saiu de uma vez só causando dor e desespero. Eu abracei meu joelhos e me encolhi no sofá. 

Eu estava me sentindo presa novamente. Me faltava ar, não sei o que está acontecendo comigo. Eu não conseguia respirar.

Peguei o telefone e liguei a discagem rápida, era G.o. 

- Pre-ciso de a-ju-da. - disse entre arfadas

- Onde está? - ele perguntou

- Em casa. - falei de uma vez.

Eu estava me sentindo tonta. Ouvi o oppa gritar meu nome no telefone, mas não consegui responder. Não demorou para tudo escurecer e eu perder o controle do meu corpo.

Volleta Pov.off 

Mir Pov.on

Era impressionante como tudo mudou depois que ela apareceu. No início eu até gostava dela. Ela é bonita e parecia ser boa. Mas percebi que ela está destruindo o MBLAQ, e isso eu não vou permitir.

Joon e CheonDung agrediram-se por ela. Aquela cobra. Ela não vale nada está roubando todas as atenções.

Eu vou dar um jeito nisso nem que eu precise jogar sujo, eu vou afastá-la de nós.  

Ela não vai conseguir o quer, nem por cima do meu cadáver! 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...